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O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
 
No início do século XV, com a conquista de Ceuta no Norte da África, Portugal deu início à sua expansão ultramarina. 
Essas difíceis aventuras só foram possíveis devido a conjunção de alguns aspectos técnicos relevantes com interesses comerciais entre a coroa e alguns segmentos da sociedade. 
O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
 
A Escola de Sagres, criada pelo Infante D. Henrique, reunia especialistas e interessados em navegação e deu ao País o impulso necessário para que a expansão marítima se tornasse uma realidade irreversível. 
A busca por novos caminhos marítimos tinha como objetivo as iguarias, utilizadas na conservação de alimentos. 
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Cronologicamente, têm-se a seguinte evolução das conquistas ultramarinas portuguesas:
Em 1520, Fernão de Magalhães consegue passar do Atlântico para o Pacífico através do Estreito de Magalhães, no extremo sul do continente americano. 
Após tantas conquistas, os portugueses chegaram à China e ao Japão e exerceram uma influência considerável (1540 a 1630).
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A ocupação da África limitou-se ao litoral, em postos fortificados de comércio, denominados feitorias, de onde partiam ouro, marfim, pimenta malagueta e escravos para Portugal.
É importante notar que o primeiro triângulo comercial português em sua expansão marítima tinha como vértices as Ilhas Atlânticas, a Costa Ocidental da África e a Europa.
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Nas ilhas do Atlântico os portugueses realizaram o plantio em grande escala através do trabalho escravo. Uma das características do processo de colonização português se caracteriza por grandes propriedades, na quais se cultivava um único produto destinado à exportação. A esse processo de exploração do solo dá-se o nome de “plantation”.
Pelo pacto colonial, as exportações eram exclusivamente para Portugal.
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A Espanha também desenvolvia esforços na busca pelo caminho marítimo para as Índias. Sua rota, ao contrário da portuguesa voltada para o Sul (ciclo oriental), dirigia-se na direção Oeste (ciclo ocidental). Tal projeto de navegação permitiu que Cristóvão Colombo chegasse à América em 1492.
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Portugal, sentindo-se prejudicado, contestou a descoberta e buscou repactuar as cláusulas do Tratado de Toledo.
O Tratado de Toledo (1480), em síntese, dividia a Terra em dois hemisférios: Norte (pertencia à Espanha) e Sul (Portugal). 
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A princípio, o acordo atendia aos interesses portugueses pela opção da rota Sul, que pretendia alcançar as Índias através da travessia do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul do continente africano. 
Posteriormente, com a intermediação do Vaticano, Portugal e Espanha iniciaram as negociações de um novo pacto. 
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Em 1493, o Papa Alexandre VI editou a Bula Intercoetera, que definia como sendo da Espanha as terras descobertas a Oeste de uma linha vertical imaginária situada, aproximadamente, a 600 km a Oeste das ilhas de Cabo Verde e a Portugal, as que ficassem a leste. Note-se que, ao invés de dois hemisférios (Toledo), a Terra foi dividida em dois meridianos.
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Após a descoberta da América por Cristóvão Colombo, Portugal, sentindo-se prejudicado, manteve ferrenha oposição à Bula e, em 1494, conseguiu, através da assinatura do Tratado de Tordesilhas, que a distância de 600 km fosse ampliada para cerca de 2.000 km.). 
Com isso, Portugal garantiu o controle sobre o “corredor Atlântico” entre a costa ocidental da África e a América do Sul.
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A busca por especiarias ficou consolidada a partir da conquista do caminho marítimo para as Índias, por Vasco da Gama, em 1499. Com isso, o comércio de longa distância tornou-se cada vez mais presente, proporcionando a Portugal uma invejável experiência náutica, base de novas conquistas. 
No ano seguinte, a descoberta do Brasil por Pero Alvares Cabral veio consolidar a expansão.
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A DESCOBERTA DO BRASIL
No Brasil havia uma população indígena bastante homogênea em termos culturais e linguísticos, distribuída ao longo do litoral e na bacia dos rios Paraná e Paraguai. Essa população consistia basicamente de dois grupos: os Tupis – Guaranis e os Tapuias. 
 
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Os índios, para sua subsistência, derrubavam árvores, faziam queimadas para o plantio de feijão, milho, abóbora e mandioca. A farinha se tornaria o alimento fundamental na colônia. 
Por outra lado, a população indígena foi praticamente dizimada, devido o contato com os portugueses, e os que resistiram tiveram como única saída a preservação de seus costumes.
 
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O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO
O primeiro período de colonização vai até 1549 e corresponde à implantação de Feitorias e Capitanias Hereditárias. Há a exploração do litoral brasileiro com o reconhecimento e posse da terra (Feitorias) e um escasso comércio. 
O modelo foi adotado no continente africano e nas Índias e servia para armazenar ouro, marfim e escravos. 
 
O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
 
Fernando de Noronha liderou um consórcio português que arrendou por três anos (1502 a 1505) as terras brasileiras, recebendo o monopólio comercial do novo território, tendo em contrapartida que enviar anualmente seis navios para explorar 2.000 km de litoral e construir uma feitoria. Ao término do contrato, a Coroa portuguesa, percebendo sua ineficácia,
desistiu desse modelo e tomou para si a responsabilidade de exploração do solo.
O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
 
Fernando de Noronha liderou um consórcio português que arrendou por três anos (1502 a 1505) as terras brasileiras, recebendo o monopólio comercial do novo território, tendo em contrapartida que enviar anualmente seis navios para explorar 2.000 km de litoral e construir uma feitoria. Ao término do contrato, a Coroa portuguesa, percebendo sua ineficácia,
desistiu desse modelo e tomou para si a responsabilidade de exploração do solo.
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Se o Tratado de Tordesilhas dava certa segurança com relação à Espanha quanto à posse das novas terras, o mesmo não ocorria com a França e outros países, que defendiam a ideia de que seria dono de uma nova terra aquele que a ocupasse. Por essa razão Portugal enviou, em 1530, a expedição de Martim Afonso de Souza para patrulhar a costa, estabelecer uma colônia (São Vicente, em 1532), e fez surgir
as Capitanias Hereditárias. 
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O Brasil foi dividido em 15 Capitanias cujo projeto, de um modo geral, não foi bem sucedido. O sucesso da Espanha com os metais preciosos fizeram com que o governo português optasse pela instituição de um governo geral, enviando ao Brasil o primeiro governador geral: Tomé de Souza (1549). O segundo período de colonização ocorreu de 1549 a 1822, indo da introdução dos Governos Gerais 
até o término do Brasil colônia, com a 
Independência.
Com Tomé de Souza chegaram os primeiros jesuítas. A colonização foi organizada pelo Estado e pela Igreja.
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Com Tomé de Souza chegaram os primeiros jesuítas. A colonização foi organizada pelo Estado e pela Igreja. 
A religião do Estado era a católica e os membros da sociedadedeveriam ser católicos. 
Ao Estado cabia o papel fundamental de garantir a soberania sobre a Colônia, e à Igreja a educação das pessoas, cuidando para veicular na população a ideia de obediência ao que estivesse estabelecido.
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O primeiro período de colonização vai até 1549 e corresponde à implantação de Feitorias e Capitanias Hereditárias. Caracterizou-se pelo reconhecimento e posse da terra e um escasso comércio. 
O sistema para explorar o litoral brasileiro baseou-se no sistema de Feitorias que reproduzia o processo já adotado por Portugal no continente africano e nas Índias e servia para armazenar ouro, 
marfim e escravos. 
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O objetivo principal de um contingente de mais de mil pessoas era garantir a posse territorial definitiva da nova terra. Para tanto, Tomé de Souza criou os cargos de Ouvidor (administrava a Justiça), Capitão-Mor (vigiava a costa) e Provedor-mor (controlava o crescimento da arrecadação).Nessa época, foi construída a cidade de São Salvador, na Bahia, capital do Brasil até 1763. Administrar a Colônia 
não era tarefa das mais fáceis. 
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As determinações de um Estado absolutista, onde o território, os súditos e seus bens pertenciam ao rei, confrontavam-se frequentemente com as pressões e anseios dos colonizadores. Esse conflito de interesses, de certa forma, enfraqueceu gradativamente o poder da Coroa. O modelo colonialista adotado por Portugal apoiava-se no latifúndio, na monocultura para exportação e no trabalho escravo (plantation). 
	
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A tentativa de escravizar o índio revelou-se improdutiva. Assim, foi adotado o tráfico de negros vindos da África, sendo os grandes centros importadores as cidades de Salvador e Rio de Janeiro.
Importante notar que a miscigenação ocorrida no Brasil deveu-se ao contato dos brancos com os negros (na Casa Grande e nas Senzalas) e com os índios (através das expedições denominadas Bandeiras).
	
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Essa miscigenação revelou-se, no futuro, uma das principais características do povo brasileiro, contribuindo para minimizar possíveis focos de tensões raciais na sociedade ao longo dos anos.
	
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Aline Maria Ferreira de Souza dos Reis
Graduação em Comunicação Social, Pós em História da Filosofia e Mestrado em Filosofia pela Universidade Gama Filho. Professora auxiliar da Universidade Estácio de Sá etutora EAD dos cursos de Serviço Social, História, Pedagogia e outros.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775560Z6
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