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O GATO NA INTERNAÇÃO

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O Gato na Internação 
MSc Pillar Gomide do Valle 
O gato como paciente 
• Alteração na rotina 
• Interferência de infecções virais graves 
• Metabolismo particular fármacos 
• Metabolismo energético 
O gato como paciente 
• Muito sensíveis ao estresse 
• Tratamento antes do diagnóstico 
• Uma única chance 
• Cada um é diferente 
O gato como paciente 
• Comportamento independente 
• Territorialidade não hierárquica 
• Brigas e disputas entre machos 
• Facilidade de reagir ao estresse 
Traumas Mais Comuns 
• Acidentes automobilísticos, quedas de 
grandes altitudes e feridas por combate 
 
Princípios do manejo felino 
• O comportamento de um gato pode mudar rapidamente 
• Gatos são territorialistas, mesmo em um hospital 
• Em um ambiente estranho, ficam intimidados e não 
agressivos 
• Gatos têm estratégias defensivas e ofensivas que devem ser 
reconhecidas 
• O bufo é um blefe??? Observe a colocação das pinas e o 
formato da língua!!!! 
 
Gato Irascível 
• Evitar agressividade!!!!! 
• Quetamina (Vetaset®) 100 mg/mL 
– 0,5 a 1,0 mL/gato PO (2,0 a 3,0 mL numa seringa acoplada 
a uma sonda Tom cat) 
 – Cuidado com a córnea!!! 
• Leva 10 min pra fazer efeito, que é leve e dura em 
média 20-30 minutos. 
• Causa sialorreia profusa, se necessário atropinizar via 
IM ou IV (nunca PO – acentua ainda mais a sialorreia). 
» Anestésicos voláteis: gaiolas, caixa de transporte 
 
Irascível 
• Toalhas, máscaras, e gaiolas podem e devem ser 
usadas, mas sempre com muita segurança e sem 
agressividade. 
 
• É importante ser ágil e ter técnica, sempre se 
protegendo e evitando que o gato fique com um 
membro ou a cabeça presa em algum lugar, pois ele 
entrará em pânico e pode ocorrer algum acidente. 
• Está nervoso ou inseguro do que está fazendo: pare 
tudo e recomece com outra técnica, anestesia e 
segurança. Ou desista e tente de novo outro dia 
com sedação prévia. 
 
• Nunca, JAMAIS contenha um gato dispneico. 
 
Manejo hospitalar 
• Área de internação: 
• Exclusiva para gatos 
• Fácil acesso, limpo 
• Ambiente calmo e seguro 
• Balança e materiais 
• Pessoas treinadas 
 
Manejo hospitalar 
• Rotina de internação: 
• Essencial (mín 2x/dia): 
• Pesagem 
• Exame físico 
• Medicações 
• Alimentação 
• TºC 
– Febre= hiperemia de pina e pelo arrepiado 
Administração de medicações 
• ORAL 
• Comprimidos 
• Líquidos 
• PARENTERAL 
• Subcutânea 
• Intramuscular 
• Intravenosa (trocar cateter em té 72hs) 
Manejo alimentar 
• Requerimentos obrigatórios únicos 
• Evolução baseada em dieta a base de tecido animal 
• Conservação de energia: enzimas desnecessárias 
• Felinos são carnívoros verdadeiros....! 
• Altos níveis de proteínas, níveis moderados de 
gorduras e baixos níveis de carboidratos! 
 
Comportamento alimentar 
- Presas na natureza: roedores, aves, insetos, coelhos, pequenos 
répteis 
- Maior atividade: entre 11h da noite e 4h da manhã! Porque as 
presas são mais vulneráveis ao entardecer e à noite! 
- 1 roedor = 30 kcal = 8% requerimento diário, o que requer 10 a 
20 refeições e muitas sonecas durante o dia!!! 
- 1 em cada 15 incursões de caça obtém sucesso, isso custa mais 
de 100 incursões diárias e 6 a 8 horas de exercícios por dia. 
Um gato pode morrer por desnutrição se 
somente lhe for oferecido um alimento 
que ele não goste! 
Melhor alimentação: 
• Aquela Que O Gato Irá Comer!!!! 
• Testar As Preferências.... 
• Alimentos Novos e Variados *** 
• Umidade, Proteína, Gordura 
• Cuidado com aversão a dietas terapêuticas 
Comportamento alimentar 
• Pontos importantes: 
• Não deixar alimentos pastosos muito tempo 
• Remover barreiras físicas 
• Providenciar esconderijo 
• Ciclos de luz e escuridão 
• A pessoa que alimenta não é a que estressa 
• Muita paciência e carinho! 
 
Quero um lugar bem quentinho, aconchegante, 
sem barulho nem latidos de cachorro, longe da 
minha vasilha sanitária e... 
Claro, uma comida beeeem gostosa! 
 
Estimulantes de apetite 
• Devem ser usados por poucos períodos de tempo em gatos 
em fase de recuperação ou quando a causa identificada não 
pode ser eliminada. 
• Aversão a determinados alimentos; 
• Medir o consumo da ingesta e o peso regularmente para 
confirmar efetividade da medicação. 
• Insucesso / suporte nutricional prolongado: Enteral ou 
parenteral! 
Estimulantes de apetite para felinos 
 Ciproeptadina (Periatin®): 1-2 mg/gato PO q.8-24 h 
 Efeitos colaterais: Excitabilidade extrema e agressividade. 
 Mirtazapina®: 3,25 mg/gato q.72 horas 
 Efeitos Colaterais: Sedação, constipação 
 Acetato de megestrol: 0,5 mg/kg/24 h PO por 3-5 dias, depois 
a cada 5 dias 
 Efeitos colaterais: Diabetes, hiperplasia/neoplasia mamária, piometra. 
Estimulantes de apetite para felinos 
 Prednisona (Meticorten®): 0,25 – 0,5 mg/kg /24 h PO 
 Efeitos colaterais: Imunodepressão, hiperglicemia. 
 Complexo B: 2 mL/L em fluidos IV 
 Efeitos colaterais: Nenhum. 
 Diazepam (Valium®): 0,2 mg/kg IV q.2 h 
 Efeitos colaterais: Sedação, efeito curto, hepatotóxico. 
Lembrem-se 
• Descendentes do Gato Selvagem Africano (Felis silvestris 
lybica) 
• Ignoram níveis mínimos de desidratação (<4%) 
• Concentram a urina 
• Presas = 74% a 78% de umidade 
• Ração seca = 9% a 12%, 
• Ração úmida = 60% a 84% 
 
O gato internado 
• O gato como paciente crítico 
• Monitorização a cada hora 
• Registros com indicações claras 
• Patência e troca dos cateteres 
• Mudanças de decúbito 
• Bons tratos, carinho e atenção 
• Visita dos proprietários 
Choque Séptico 
1. Fase hiperdinâmica ou quente: Inicial 
• Hipertermia, calafrios; Pele quente e ruborizada, pulso cheio 
• Taquicardia; Taquipneia – alcalose respiratória 
• Confusão mental 
• Débito cardíaco normal ou elevado 
• Plaquetopenia 
2. Fase hipodinâmica ou fria: Tardio 
• Cianose; Pele fria e úmida (pegajosa) 
• Taquicardia com pulso filiforme (fino); Hipotensão arterial 
• Respiração rápida e superficial 
• Oligúria – anúria 
• Diminuição do débito cardíaco; Coagulação intravascular disseminada 
• Diminuição do nível de consciência – sonolência, letargia, confusão mental, coma. 
• Aumento do ácido láctico – acidose metabólica 
• Leucocitose 
 
Particularidades da Hemodinâmica 
• Não fazem contração esplênica. 
• Pulmões menos complacentes 
• Fibras vagais junto com as do SNS 
• Muito sensíveis a hipotermia 
• Raramente tem fase hiperdinâmica 
• Resposta adrenérgica débil 
• Sensíveis a hipoxemia 
• 5 -6%PV em volume sanguíneo 
 
Particularidades 
• Resposta ao choque: 
• Depressão profunda 
• Pulso fraco ou não palpável 
• FC normal ou bradicardia 
• Hipotermia & hipotensão 
• Mucosas pálidas 
• TPC aumentado 
• Resposta fisiológica única: 
• Não há sinais hiperdinâmicos no choque 
• Tríade do choque: 
• Bradicardia, hipotermia e hipotensão 
• Não há contração esplênica na hemorragia 
• Fluidoterapia: 
• Volume sanguíneo: 50 mL/kg 
• Tendência a edema pulmonar e efusão 
• Atenção à frequência cardíaca 
• Choque: associar cristaloides e coloides 
• Sem resposta: dopamina 
• Monitorar PA, PVC 
• Aquecer sempre os fluidos! 
• Sinais de super-hidratação 
• Taquipneia 
• Crepitações pulmonares ou abafamento sons 
• Secreção serosa nasal 
• Furosemida: 2 a 7 mg/kg IV 
 
• Sistema respiratório 
• Sensíveis à hipóxia pulmonar 
• Cianose, respiração oral 
• Tipo de dispneia 
• Providenciar oxigenioterapia 
• Toracocentese: dispneia expiratória restritiva 
• Evitar o estresse!!! 
• Boca aberta, cianose = EMERGÊNCIA! 
• Cuidado com manipulação 
• Minimizar o estresse 
• Oxigenoterapia: FiO2 40% a 100% 15 a 20 min. 
Método de 
administração 
FiO2 (%) no ar 
inspirado 
Tubo em frente as 
narinas 
25%-40% 
Cateter 
transtraqueal 
30%-40% 
Máscara 50%-60% 
Catéter nasal 50% 
Caixa de oxigênio 60% 
Tubo endotraqueal 100%• Dispneia inspiratória: Sibilo!! Investigue 
cavidade respiratória superior (anestesia, RX) 
 
• Dispneia expiratória: Doença do TRI 
– Restritiva: Pneumotórax ou quilotórax 
– Obstrutiva: Asma felina 
• Alguns pacientes requerem sedação: 
• Butorfanol: 0,4 a 0,8 mg/kg IV 
• Diazepam: 0,1 a 0,5 mg/kg IV 
• Acepromazina: 0,01 a 0,2 mg/kg IV 
• Quetamina: 5 mg/kg IV 
• Evitar a ansiedade!!! 
 
• Não radiografar enquanto houver dispneia!!! 
• Auscultar 
• Evidências de contusão pulmonar 
• Hemotórax, piotórax, pneumotórax 
• Toracocentese!!! 
 
Toracocentese 
• Tratamento inicial 
• Sedação (0,1 Ketamina + 01 diazepan + soro – seringa 1ml (injeta0,5 e 
depois 0,2 coforme necessidade) 
• Oxigênio disponível 
• Tricotomia e antissepsia cirúrgica; Decúbito esternal 
• 6, 7 ou 8 espaço intercostal (Evite bordas costais - vasos) 
• Scalp 21 - Entrada: 45, bisel voltado para o paciente 
• Líquidos - Terço ventral: abaixo junção costocondral 
• Pneumotórax = terço dorsal 
• Abrir torneira e realizar sucção 
• Drenar o máximo possível - Drenar nos dois hemitórax sempre (exceto; 
piotórax) 
 Ket 2,0mg/kg; 
Diazepan 0,2mg/kg 
Sistema cardiovascular 
» Espaço cardíaco: 2 EIC 
» Sopros, ritmo de galope 
» Fluido em excesso, corticosteróides 
» Edema, tromboembolismo 
» Monitorar PA 
» Dirofilariose (Febendazol 10 a 14d) 
Pressão Arterial Sistólica 
» Aumentada: > 160–180 mmHg 
• Gato berra a noite! 
• IRC, hipertireoidismo, descolamento retina se 
> 200 mHg 
• Amilodipina: 0,625 mg PO SID 
• Propanolol: 0,2 a 1 mg/kg PO TID 
• » Hipotensão: 
< 90 mmHg – Fluido, coloides, dopamina 
 
Sistema urinário 
• Nefrologia 
• Cuidado com AINE´s e gentamicina 
• PA, Hidratação 
• Hipertensão, hipocalemia 
• Trato urinário inferior 
– Buscar causa da obstrução: urólito > 70% casos 
– Espasmos uretrais iatrogênicos 
Glicemia 
• Hiperglicemia por estresse 
• Confirmar com frutosamina 
• Hipoglicemia: 
• Mensurar quando há depressão mental 
• Perpetua hipotensão e hipotermia 
Eletrólitos 
• Hipocalemia: polimiopatia periférica 
 Anorexia, IRC 
 Diferenciar de deficiência de tiamina 
• Hipercalemia: podem não ter bradicardia 
 Obstrução uretral 
• Hipofosfatemia: hemólise, ↓ energia 
 Síndrome de realimentação 
 Tratamento de Diabetes mellitus 
• Hiperfosfatemia: hipocalcemia, hiperparatireoidismo 
 IRC 
 
Transfusão de sangue 
• FIV, FeLV, não há contração esplênica 
• Hipotensão, anemia, leucopenia 
• Hematócrito < 15% - 20% 
• Tipos sanguíneos, reações 
• Tipo A dominante sobre o B (homozigotos) 
• » Siameses 100% tipo A 
• » Persas 86% tipo A 14% tipo B 
• » Devon Rex 59% tipo A e 41% tipo B 
• Bolsa de sangue 4-5 seringas de 10ml contendo 1 ml de 
anticoagulante. 
• Peso do receptor kg x 70 x ht desejado – Ht receptor 
 Ht doador 
Tipo A 73% 
Tipo B 26% 
Tipo AB <1% 
Imunodepressão 
• FeLV: ↓ função leucócitos T antes de linfopenia 
• FIV: + bactérias ou protozoários 
• PIF: 2 sorotipos (Fecv e Fipv) tropismo céls. MO 
– Fecv diarreia auto limitante – mutação Fipv = PIF 
• Terapia imunodepressora, estresse 
• Neutropenia + febre = toxoplasmose 
Conclusões 
• O gato não é um pequeno cão 
• Busca por conhecimento específico 
• Prezar pelo atendimento diferenciado 
• Atenção para particularidades 
• Quem ganha é o nosso paciente!!! 
 
• Livros recomendados: 
• SHERDING, R.G. The Cat: Diseases and Clinical Management. 
Philadelphia: WB Saunders, 1994. 
• HOLZWORTH, J. Diseases of the cat: Medicine and Surgery. 
Philadelphia: WB Saunders, 1987. 
• SOUZA, H.J.M. Coletâneas em Medicina e Cirurgia Felina. Rio de 
Janeiro: L.F. Livros de Veterinária LTDA, 2003. 
• LAPPIN, M.R. Feline Internal Medicine Secrets. Philadelphia: Hanley 
& Belfus, Inc, 2001 
• NORSWORTHY, G.D.; CRISTAL, M.A.; GRACE, S.F.; TILLEY, L.P. The 
Feline Patient: Essentials of Diagnosis and Treatment. Blackwell 
Publishing, 2006. 
• RAND, J. Problem-based Feline Medicine. Elsevier Saunders, 2006. 
• AUGUST, J.R. Consultations in Feline Medicine. Volumes 1, 2, 3, 4 e 5. 
W.B Saunders, 
• 1991, 1994, 1997, 2001 e 2006. 
• NORSWORTHY, G.D. Addressing and handling the cat. Feline Practice. 
Philadelphia: J.B. Linpincott Company, 1993, cap.2, p.28-30 
 
Medo, ansiedade e 
fobias em gatos 
Gato com medo 
• Pode se tornar mais dependente do 
dono 
• Não ter confiança nos membros da 
família 
• Ansiedade de separação 
• Agorafobia 
Estímulos desencadeadores do medo 
• Outros animais (incluindo gatos) 
• Pessoas estranhas 
• Barulhos 
• Situações não habituais (viajar, ir ao 
veterinário) 
Causas potenciais de medo em gatos 
• Socialização e habituação deficientes; 
• Fatores genéticos (timidez); 
• Incidentes traumáticos; 
Causas potenciais de medo em gatos 
• Antecipação de experiências 
desagradáveis; 
• Idade – perda das capacidades e 
aumento dos medos em idosos; 
• Reforço das respostas medrosas pelo 
proprietário 
 
Respostas ao medo 
• Autodefesa: 
– Possibilidade de afastar o estímulo 
amedrontador; 
– Impossibilidade de escapar. 
• Fuga do ambiente físico e social 
Respostas ao medo 
• Diminuição do limiar de reatividade aos 
estímulos, levando a manifestações 
comportamentais reativas ao medo. 
Retirada do ambiente físico e social 
• Aumento do comportamentos de retirada e 
reservado (incluindo o se esconder); 
• Relutância para sair: 
– de casa 
– em espaços abertos 
Retirada do ambiente físico e social 
• Procura por lugares inacessíveis para descansar 
• Diminuição da interação com os membros da família 
• Diminuição do interesse nas brincadeiras sociais ou 
com objetos 
Sinais de comportamento reativo ao medo 
• Marcação (borrifo e fezes) dentro de casa; 
• Perda dos hábitos higiênicos (por associação da 
localização da bandeja com o estímulo 
amedrontador); 
• Reação de fuga com baixo limiar; 
Sinais de comportamento reativo ao medo 
• Agressividade defensiva 
• Pica (ingestão de objetos não digeríveis: lã, 
plástico,....); 
• Lambedura excessiva e mesmo automutilação. 
 
Sinais somáticos de medo: 
• Midríase; 
• Taquipnéia; 
• Pilo-ereção; 
• Inapetência; 
• Vômito. 
Medo normal: 
• Protege o indivíduo sem interferir no 
comportamento normal importante 
para manutenção da vida; 
• Tem efeito apenas temporário 
(enquanto o estímulo amedrontador 
estiver presente ou for percebido 
como uma ameaça); 
 
Medo normal: 
• Diminui com a exposição ao 
estímulo amedrontador (a 
habituação é mais rápida a 
estímulos estáticos e mais lenta para 
estímulos animados); 
• A resposta medrosa é proporcional 
ao estímulo 
 
Fobia 
• Limita ou interfere no comportamento 
normal; 
• Persiste após a remoção do estímulo; 
• Não diminui com a exposição ao estímulo 
(não ocorre habituação); 
• A resposta fóbica não é proporcional ao 
estímulo, é tudo ou nada. 
 
Prevenção do medo,ansiedade e 
fobias felinos 
• Selecionar filhos de pais sociáveis 
• Evitar filhotes que foram criados 
isolados das atividades domésticas 
normais 
• Os filhotes devem ser expostos a uma 
grande variedade de pessoas e animais 
Prevenção do medo,ansiedade e 
fobias felinos 
• Os filhotes devem ser expostos a uma grande 
variedade de barulhos e eventos 
• O comportamento confiante pode ser 
modelado através do reforço da aproximação 
e de outros comportamentos corajosos, 
usando recompensas (comida, brincadeiras) 
Prevenção do medo,ansiedade e fobias 
felinos 
• Para encorajar o comportamento confiante é 
importante não pegar e segurar o gato, mas sim 
permitir que ele se aproxime voluntariamente. 
• Os donos devem ser ensinados a entender e a 
responder apropriadamente aos comportamentos de 
saudação dos felinos 
• Organização de festas para filhotes ou escolinhas de 
socialização (até as 7 semanas) 
• Encontro educativo para proprietários (tópicos: 
enriquecimento ambiental,manuseio e interação 
social) 
Evitar o reforço não intencional do medo: 
• Parar reafirmação intempestiva 
• Evitar qualquer confronto ou punição física 
• Ao redecorar o ambiente evitar grandes mudanças no 
centro do território felino 
• Evitar a hipervinculação, encorajando o acesso ao 
exterior e permitindo que o gato expresse toda a gama 
de comportamentos naturais da espécie 
Gato com medo 
• Ele deve se sentir no controle da situação 
• Forçar a exposição ao estímulo 
amedrontador não costuma ser eficaz 
Introdução de um gato num novo ambiente 
• Antes de levar o gato para o novo ambiente, esfregue 
um pano no corpo e focinho dele e guarde num saco 
plástico para ser usado mais tarde; 
• Ao transferir o gato leve junto objetos que tenham as 
suas marcas odoríferas (cama, arranhador, bandeja 
higiênica) 
Introdução de um gato num novo ambiente 
• Na nova casa prepare um quarto calmo, colocando a 
comida, água e bandeja higiênica 
• Use o pano com o odor do gato para esfregar á mobília 
presente 
• Ligar o difusor Feliway 2 a 3 horas antes da chegada 
• Colocar mais difusores pela casa (1 difusor/50 m2) 
Introdução de um gato num novo ambiente 
• Os gatos são extremante ligados ao seu território, 
principalmente ao núcleo (cerne) do mesmo. 
• Estímulos que são tolerados ou apreciados quando o 
animal se encontra num ambiente/núcleo conhecido 
podem desencadear reações medrosas num ambiente 
desconhecido, as quais podem ser permanentes 
Introdução de um gato num novo 
ambiente 
• Prioridade: 
Estabelecer um novo núcleo 
territorial 
Introdução de um gato num novo 
ambiente 
• Permita que o gato explore o novo ambiente (deixe-o sair 
sozinho da caixa de transporte) 
• A caixa de transporte deve ser deixada à disposição do 
gato 
• Não permitir o acesso ao restante de casa até o animal 
estar relaxado neste 1º quarto. 
• Permitir o acesso ao resto da casa gradualmente (1 a 2 
divisões por algumas horas, sem interferência humana) 
Marcação com ferômonios 
• Marca o centro do território (marcação com as 
glândulas do focinho e do flanco) 
• Permite reconhecer os elementos do ambiente 
como familiares 
• Cria um ambiente apaziguador para o gato marcador 
 
Tratamento dos medos: 
Técnicas Comportamentais 
• Habituação 
• Dessensibilização 
• Contra-condicionamento 
• Exposição controlada 
Tratamento dos medos: 
Intervenção farmacológica 
• Estímulos amedrontadores não 
reconhecidos 
• Estímulos amedrontadores não controláveis 
• Respostas medrosas extremas 
• Interferência da resposta medrosa no 
aprendizado 
• Alterações neurológicas 
Tratamento dos medos: 
Mudar a reação do dono 
• Não reforçar vocal ou tatilmente 
• Não punir 
• Não forçar o confronto com as 
situações amedrontadoras (evitar a 
imersão) 
Medo de espécies não humanas 
O objetivos imediatos da terapia são: 
• Evitar a progressão de um comportamento 
de evitar-fugir para um agressivo 
• Reduzir o estresse 
Medo de espécies não humanas 
• Evitar qualquer exposição não controlada ao 
estímulo amedrontador, principalmente em casa; 
• Parar qualquer punição do comportamento 
medroso. Não obrigar o gato a ficar na presença 
daquilo que ele teme 
Medo de espécies não humanas 
• Não carregue/segure o gato enquanto estiver na 
presença do estímulo amedrontador (pode 
desencadear respostas muito agressivas e 
perigosas) 
• Pare as tentativas de acalmar o animal (podem 
reforçar o medo) 
Medo de espécies não humanas 
• Os gatos devem ser constantemente 
supervisionados durante o seu contato com cães 
• O cão deve estar devidamente sob controle quando 
na presença de um gato medroso 
• Providencie lugares seguros facilmente acessíveis 
para onde o gato possa fugir. Devem ter tudo que é 
necessário ao gato (cama, comida, bandeja, etc...) 
Medo de espécies não humanas 
• Se o gato sentir necessidade de fugir, deixe-o sair 
do ambiente, ao mesmo tempo que controla o cão 
impedindo-o de perseguir o gato. 
• NÃO PEGUE O GATO NO COLO PARA TIRÁ-LO DA 
SITUAÇÃO AMEDRONTADORA 
• Dessensibilização por partes (odor/som/visão) 
 
Medo de espécies não humanas: 
PREVENÇÃO 
• Socialização primária com cães 
• Providenciar várias rotas de fuga e abrigos seguros 
(prateleiras, portões, etc...) de fácil acesso. 
• Vários lugares de alimentação/banheiro, de modo 
que o gato nunca se sinta confinado/vulnerável por 
não ter acesso a eles 
• Ferômonios (F3- Feliway ; F4-Felifriend) . Não usar o 
Felifriend se o gato já foi perseguido por cães. 
 
Medo de espécies não humanas: 
PREVENÇÃO 
• Fazer a introdução de forma gradual e 
controlada 
• Durante os encontros iniciais o cão 
deve ser contido. Deve também ser 
educado a vir e sentar junto ao dono 
sob comando 
 
Sinais de que o gato está relaxado e 
confiante 
• Restauração dos níveis normais de marcação (facial 
e de flanco) 
• Retorno dos comportamentos lúdicos e afiliais 
normais 
• Postura de repouso relaxada (barriga para cima) 
• Movimentação confiante pelo ambiente sem 
hesitação 
• Pequena tendência para se surpreender com 
barulhos ou movimentos súbitos 
Medo de pessoas 
• O objetivo é evitar que o medo se torne agressão 
– Deve-se dar oportunidade para o gato escapar de 
situações que ele ache alarmantes 
– Providenciar uma área segura, que tenha tudo que 
um gato necessita (comida, cama, banheiro), e que 
esteja sempre acessível 
– Identifique o tipo de pessoa que o gato tem mais 
medo 
Medo de pessoas 
• O objetivo é evitar que o medo se torne agressão 
– Identifique as peças de roupas ou comportamentos 
que produzem mais medo 
– Evite a exposição a estes estímulos sempre que 
possível 
– Não manuseie, contenha ou force o gato (de 
qualquer outra maneira) a permanecer perto da 
pessoa que o assusta. 
Medo de pessoas 
Prevenção 
• O período de socialização é muito curto (até 7 
semanas), geralmente o filhote ainda está com o 
criador: 
– Não adquira filhotes cujos pais são medrosos ou 
agressivos; 
– Evite filhotes que foram criados em ambientes 
sensorialmente pobres ou estéreis 
– Forneça locais de refúgio e rotas de fuga 
– Permita que o gato ganhe confiança no novo ambiente 
antes de introduzir novas pessoas 
Distúrbio de ansiedade generalizada 
1. Medo excessivo 
2. Comportamentos defensivos: 
a. “congelamento” 
b. Evitar e fugir 
c. Agressão “afastamento” 
d. Agressão medrosa 
 
Distúrbio de ansiedade generalizada 
• Sinais de estresse: 
– Vocalizações 
– “Grudar” nos donos 
• Hiperatividade autônoma: 
– Miose ou midríase 
• Hipervigilância: 
– Varredura do ambiente 
– Assusta-se com pequenos 
estímulos 
Distúrbio de ansiedade generalizada 
• Cautela e timidez 
• Atividades de deslocamento: 
– Lambedura 
– Andar de um lado para o outro 
– Polifagia 
– Polidipsia 
• Comportamentos de marcação 
aumentados: 
– Esfregar a face 
– Arranhadura 
– Borrifo 
Distúrbio de ansiedade generalizada 
• Distúrbios de eliminação 
• Modificação da rotina alimentar (frequência, 
quantidade, contexto social) 
• Alteração da rotina de dormir (dormir em lugares 
escondidos) 
Distúrbio de ansiedade generalizada 
• Etiologia multi-fatorial 
• Patogenesia multi-fatorial 
Problemas de vinculação 
• O gato vincula-se primariamente ao território 
• Gatos, ansiosos ou medrosos, podem se 
tornar dependentes do seu dono para se 
sentirem seguros e confiantes: 
– Porque o ambiente não lhes oferece 
oportunidades suficientes para regularem os seus 
estados emocionais 
– O dono reforça regularmente o comportamento 
dependente 
Problemas de vinculação 
Sinais: 
• Seguem o dono por toda a parte 
• Vocalizam e exigem atenção 
continuamente 
• Ficam mais ansiosos quando o dono 
se prepara para partir 
• Marcação e eliminação em itens 
pessoais do dono 
Problemas de vinculação 
Causas: 
• Falta de estímulos ambientais e novidades 
• Falta de oportunidadespara exercer 
controle sobre o acesso a recursos 
• Reforço pelo dono dos comportamentos 
para chamar a atenção 
• Dono que conforta ou oferece segurança 
quando o animal está com medo ou 
ansioso 
Problemas de vinculação 
Causas: 
• O dono que algumas vezes reforça os 
comportamentos para chamar a 
atenção e outras vezes enxota o gato 
apenas torna o animal mais ansioso, 
principalmente se o dono controla o 
acesso ao exterior e a comida 
Problemas de vinculação 
Causas: 
• Os gatos acham frustrante de 
estressante esperar pela intervenção 
humana para terem acesso a 
recursos essenciais 
• Os problemas de vinculação estão 
frequentemente associados a: 
– Agressão relacionada com frustração 
– Borrifo de protesto 
Problemas de vinculação 
Prevenção: 
• Enriquecimento ambiental: 
– Brinquedos que liberam comida 
– Lugares para se esconder e para escalar 
– Oportunidades para brincar 
• Providenciar acesso ao exterior (pode ser 
um gatil externo numa varanda ou no 
jardim) 
• Trocar constantemente os brinquedos 
para ter sempre novidades e prevenir o 
tédio 
• Não reforçar os comportamentos para 
chamar a atenção 
Ansiedade felina em ambientes fechados 
• Ambientes pequenos hipo-estimulantes: 
– Não permitem distanciamento 
– Mudança hiper-hipo 
– Hereditariedade 
• Sinais como os do distúrbio de ansiedade 
generalizada 
 
Ansiedade felina em ambientes fechados 
• Aumento dos seguintes sinais: 
a. Comportamentos predatórios 
b. Comportamentos lúdicos 
direcionados a partes do 
corpo humano 
c. Surtos de hiperatividade 
d. Síndrome do rolamento 
cutâneo 
 
Ansiedade felina em ambientes fechados 
e. Agressão defensiva desencadeada pela 
contenção, manipulação, ou escovação p.ex. 
f. Hipervigilância 
g. Sinais atividade SNA – salivação, diarréia, vômito 
Ansiedade felina em ambientes fechados 
h. Atividades de deslocamento (alopecia por 
lambedura, obesidade relacionada com 
hiperfagia) 
i. Patas suadas e/ou esvaziamento dos sacos anais 
 
Distúrbio da hiperatividade episódica 
• Período definido de “alto-astral” durando vários 
dias: 
– Diminuição da necessidade de dormir (hipossonia) 
– Aumento da atividade motora (agitação) 
– Hipervigilância 
– Hiperexcitabilidade 
– Distração 
 
 
Distúrbio da hiperatividade episódica 
• Outros sinais: 
– Agressão defensiva/ofensiva desencadeada por 
estímulos banais 
– Comportamentos estereotipados repetitivos (p.ex. 
correr atrás da cauda) 
Distúrbio da hiperatividade episódica 
• Outros sinais: 
– Olhar fixo por mais de 10 segundos 
– O início do episódio pode ser acompanhado de 
midríase 
 
Bases da sociabilidade felina 
1. Atração mútua 
2. Coesão grupal 
3. Comportamento cooperativo 
Bases da sociabilidade felina 
1. Atração mútua 
2. Coesão grupal 
3. Comportamento cooperativo 
4. Habilidade para tolerar a presença de 
outros adultos, sob certas condições 
Sociabilidade felina 
• Os gatos podem coexistir 
pacificamente quando as condições 
ambientais forem propicias (fonte de 
alimento abundante e localizada) 
Agressividade 
Preocupar-se com a quebra 
da tolerância e como 
restabelecê-la 
O conceito de tolerância 
1. Tolerância mútua – quando dois ou mais 
gatos vivem pacificamente numa 
mesma casa, sem brigas sérias 
2. Ausência de tolerância – quando dois 
gatos brigam sempre que se vêem 
Agressividade defensiva 
• Medrosa 
• Dolorosa 
• Desencadeada por carinho 
• Associal 
• Redirecionada 
 
Agressividade ofensiva 
• Lúdica contra humanos 
• Territorial 
• Entre machos 
 
“Agressão medrosa” 
entre gatos 
• Sinais de medo: 
– Midríase 
– Orelhas grudadas na cabeça, voltadas para trás 
– Agachado com a cabeça encolhida 
– Membros debaixo do corpo 
– Sibilos e cuspidas 
“Agressão medrosa” 
entre gatos 
• “Gato de bruxa” – gato muito assustado e 
pronto para se defender, se o estímulo 
amedrontador se aproximar 
Características 
• Comportamento medroso antes do ataque 
• Só ataca se o estímulo amedrontador se 
aproximar demais, ou tentar pegar, etc..., ou 
no caso de outro gato o ameaçar ou atacar 
Agressividade medrosa 
• Só é um problema para os humanos quando 
existe a necessidade de aproximar e 
manipular o gato medroso 
Possíveis fatores causais 
1. Fatores genéticos ou experiência inicial 
deficiente 
2. Evento desencadeador de medo 
3. Interações sociais desencadeadoras de 
medo 
4. Medo/agressão condicionados 
Fatores genéticos ou experiência inicial 
deficiente 
1. Gatos naturalmente tímidos ou medrosos 
2. Experiência inicial limitada (socialização 
primária) com outros gatos 
3. Os fatores genéticos têm de ser melhor 
estudados 
Eventos desencadeadores de medo 
• O aparecimento de um problema sério de 
agressividade entre dois gatos que viviam 
bem, frequentemente é resultado de 
algum evento desencadeador de medo 
(um novo cão ou gato na casa, algum 
barulho forte, etc...) 
Interações sociais desencadeadoras de 
medo 
Gato A 
amigável e afim de brincar 
Gato B 
 reage de modo pouco sociável, 
se agachando e sibilando 
Gato A 
reage agressivamente 
por medo ou defesa 
Gato B 
 reage agressivamente 
Agressão/medo condicionados 
• Cada briga/ameaça, tende a aumentar o medo do 
gato medroso, resultando no agravamento do 
problema da agressão medrosa 
Agressão/medo condicionados 
Após uma briga séria, os gatos podem reagir 
agressivamente mesmo quando o outro gato se 
aproxima calmamente 
Tratamento 
• Corrigir os conceitos errados do proprietário 
e aumentar o entendimento do problema 
• Terapia comportamental 
Corrigir os conceitos errados do proprietário e aumentar o 
entendimento do problema 
 
1. Alguns proprietários pensam que os gatos estão brigando por 
dominância e deste modo o melhor é deixá-los brigar até que se 
estabeleça a nova ordem 
2. Problemas deste tipo são normais entre gatos, devendo ser vistos como 
um comportamento normal em gatos que ficaram com medo do outro 
3. O problema maior é o medo e não a agressão 
Terapia comportamental 
• Dessensibilização: 
1. Só deixar os gatos terem contato em situações onde a briga pode ser 
totalmente prevenida, e o medo produzido é pequeno de modo a 
haver uma habituação 
2. Manter os gatos em quartos separados com porta de tela, para que 
possam se ver 
3. Trocar os gatos de quarto diariamente 
Imersão 
• Colocar os gatos em duas gaiolas, lado a lado, 
até que 
os sinais de 
medo diminuam 
Medicamentos 
• Ansiolíticos: 
– Medo muito intenso 
– Medo recente e não muito intenso 
 
Agressão defensiva em resposta a 
estímulos aversivos 
• A resposta agressiva a estímulos 
aversivos é natural em gatos 
e em geral não é um 
problema, se for possível 
evitar os estímulos. 
• Um gato não agressivo pode agredir se: 
– For pisado 
– Puxarem o pêlo 
– For cutucado 
– For medicado 
– Tiver uma área dolorida 
manipulada 
Agressão desencadeada por carinho 
• Carinho que se tornou desagradável, por ser 
muito prolongado 
• Cada gato tem o seu limiar para carinho 
Reação agressiva a pessoa que se aproxima 
• Embora costumem ser classificados como agressão por medo, 
em muitos casos o gato não mostra sinais de medo 
• Podem ser que o gato esteja apenas sinalizando que quer 
distância, da pessoa que 
o está incomodando 
Agressão redirecionada 
• É a agressão dirigida a uma alvo, diferente daquele 
que desencadeou o estado agressivo, por este estar 
fora do alcance ou não mais presente 
Agressão redirecionada 
• Podem ser casos de agressão defensiva contra 
alguém que interrompeu uma interação social com 
outros gatos 
Tratamento 
1. Evitar as situações desencadeadoras 
2. Veterinários – feromônio F4 (Felifriend): 
 Não usar em gatos que já brigam 
 Pode ser usado na introdução de um novo 
gato 
Agressão ofensiva 
1. Agressividade territorial 
• Muitas vezes a vítima se esconde 
num lugaronde pode rechaçar os 
ataques, podendo deixar de comer e 
usar a bandeja 
Agressão ofensiva 
Diferenciar da agressão por medo: 
1. Perseguir, caçar e atacar a vítima sem sinais de medo 
2. O agressor procura pela vítima, podendo ficar de tocaia 
perto do esconderijo da vítima 
3. Em alguns casos, que começam como agressão medrosa, 
evoluem para agressão territorial (Chapman 1991) 
4. Geralmente a vítima é um gato recém introduzido, porém 
pode ser observada entre gatos que já viviam juntos 
5. Gatos com 1 a 3 anos (Borchelt & Voith, 1987) 
Tratamento 
• O prognóstico é ruim 
• Re-alojamento pode ser a solução 
• No caso de haver dúvida se é 
territorial ou medrosa, tratar como se 
fosse esta última 
Agressão entre machos 
É uma forma de agressão 
ofensiva ou territorial 
Ritual encontro 
• Comportamento de ameaça ritualizado: 
• Em pé rígido, com os posteriores ligeiramente 
levantados, olhando fixamente, as orelhas viradas 
com a parte posterior virada para a frente, 
balançando a cabeça de um lado para o outro, 
rosnando, e lentamente abrindo e fechando a boca 
• Se um dos gatos parar de ameaçar e se afastar 
lentamente a briga pode ser evitada 
– Este tipo de ritual raramente é relatado no 
caso de gatos pertencentes à mesma casa 
Tratamento 
• Castração: 
– Redução da agressão em 90% dos 
casos (Hart & Barret, 1973) 
• Tratar como se fosse agressão por 
medo 
Agressão lúdica 
• Pular e morder quem passa 
• Morder mão que balança 
• Atacar o pé do dono que se mexe 
debaixo das cobertas 
• Em geral a mordida é inibida e as 
garras recolhidas 
Tratamento 
1. Todo o ataque lúdico deve ser punido (ralhar 
severamente, jato de água, batendo palmas ou outro 
barulho) 
2. A punição deve ser intensa o suficiente para parar o 
ataque imediatamente, sem causar medo intenso 
Tratamento 
3. Usar um brinquedo para distrair a atenção do gato antes de 
começar ataque, ajuda a treinar o gato para atacar 
brinquedos e não pessoas 
4. Brincar energicamente com o gato usando varinha de 
pescar, apontador laser, etc... 
5. Deixar brinquedos que se movam para que o gato possa 
brincar quando sozinho 
Agressão instrumentalizada 
• Alguns gatos aprender a agredir o 
dono para obter recompensas 
Agressão patofisiológica 
• Trauma 
• Infecção 
• Parasitas 
• Raiva 
• Artrite 
• Lesões orais dolorosas 
• SUF 
• Hipo ou hipertireoidismo 
• Epilepsia 
• Etc.... 
Referências bibliográficas – 
comportamento 
• ASKEW, H.R. 2003. Treatment of behavior problems in dogs and cats. 2a ed., Blackwell Publishing, Vienna, 391 p. 
• BAUMEL, C. 1992. Bien communiquer avec son chien. 1 ed. Editions De Vecchi S.A., Paris, 207 p. 
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• BOWEN, J.; HEATH, S. 2005. Behaviour problems in small animals. 1a ed., Elsevier Saunders, Edinburg, 283 p. 
• BRADSHAW, J.W.S. 1992. The behavior of the domestic cat.1 ed., CAB International, Oxon, 219p. 
• CAMPAN, M. et all. 1977. Introduction à l'étude du comportement animal - 40 manipulations. 1 ed. , Éditions 
Fernand Nathan, Toulouse, 238 p. 
• CAMPBELL, W.E. 1992. Behavior problems in dogs. 2 ed., American Veterinary Publications, California, 328p. 
• CESCHI, C. 1993. Chien-maître: comment communiquer. Manuel pratique de psychologie canine. 1 ed., Editions 
De Vecchi S.A., Paris, 121 p. 
• COREN, S. 1995. The intelligence of dogs. 1 ed, Bantam Books, New York, 271p. 
• COREN, S. 2000. How to speak dog. 1 ed., Free Press, New York, 274 p. 
• FOGLE, B. 1990. People & pets. 1 ed., Boxtree Limited, London, 120p. 
• FOGLE, B. 1992. Know your cat - an owner's guide to cat behaviour. 1 ed., Dorling Kindersley Book, London 
• FOGLE, B. 1992. Know your dog - an owner's guide to dog behaviour. 1 ed., Dorling Kindersley Book, London, 128 
p. 
• FOGLE, B.1990. The dog's mind. 1 ed. , Pelham Books, London, 201 p. 
• GAGNON, A-C; CHAURAD, J-P; LARUE, J-F. 1993. Comportement du chat et ses troubles. 1 ed., Editions du Point 
Vétérinaire, Paris, 237 p. 
• HART, B.L.; HART, L.A. 1985. Canine and feline behavioral therapy. 1 ed. , Lea & Febiger, Philadelphia, 275 p. 
• HART, B.L.; HART, L.A. 1988. The perfect puppy - how to choose your dog by its behavior. 1 ed., W.H. Freeman and 
Company, New York, 182p. 
Referências bibliográficas – 
comportamento 
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• MAGGITTI, P. Guide to a well-behaved cat. 1993, 1 ed., Barron’s Educational Series, New York, 138p. 
• MARDER, A.R.; VOITH, V.L. 1991. Advances in companion animal behavior. Veterinary Clinics of North America, 
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• MILANI, M.M. 1986. The dog language and emotion of dogs. 1 ed., Quill, New York. 283 p. 
• MILLER, M. 1992. Melissa Miller's definitive I.Q. test for cats and I.Q. test for cat owners. 1 ed., Penguin Group, 
London, 175 p. 
• O’FARRELL, V. 1994. Dog’s best friend - how not to be a problem owner. 1 ed., Methuen, London, 218p. 
• OVERALL, K.L. 1997. Clinical behavioral medicine for small animals. 1 ed., Mosby, St. Louis, 544p. 
• PAPURT, M.L. 1999. Compatibles canines – keeping the peace among your pets. 1 ed., Barron´s, New York. 137 p. 
• PIROTIN, D.; COHEN, S.S. No naughty cats. 1995, 2 ed., HarperPaperbacks,New York, 189p. 
• ROSSI, A. 2000. Adestramento inteligente – com amor, humor e bom senso. 3 ed., CMS, São Paulo, 252 p. 
• ROSSI, V. 1993. Le dressage du chien. 1 ed., Editions De Vecchi S.A., Paris, 133 p. 
• SIFE, W. The loss of a pet. 1993. 1 ed., Macmillan Publishing Company, New York, 164p. 
• STEWART, M. F. Companion animal death. 1999, 1 ed., Butterworth-Heinemann, Oxford, 188p. 
• THORNE, C. The Waltham book of the dog and cat behavior. 1 ed., Pergamon Press, Oxford, 159p. 
• VAUCLAIR, J. 1992. A inteligência dos animais. 1 ed., “Livros do Brasil”, Lisboa, 241 p. 
• VOITH, V.L.; BORCHELT, P.L. 1995. Readings in companion animal behavior. 1 ed., Veterinary Learning Systems, New 
Jersey, 276p. 
 
Psicofármacos utilizados na 
terapia comportamental 
 
• Segundo o proprietário 
• Segundo o Médico-Veterinário 
• Segundo o animal 
Intervenção farmacológica 
1. Depende de um diagnóstico 
2. Depende da cooperação do dono 
3. Pode levar a abuso por parte do 
dono 
4. Raramente é suficiente isoladamente 
5. É adjuvante da terapia 
comportamental 
 
Avaliação Pré-prescrição 
• Exame clínico e comportamental 
completos 
• Hemograma completo 
• Bioquímica sérica (perfil hepático e renal) 
• Avaliação cardíaca 
Pacientes de risco 
• Animais velhos 
• Animais com alterações cardíacas ou 
metabólicas 
• Animais recebendo outras medicações 
• Idiossincracias 
 
Critérios para a seleção dos casos 
• O diagnóstico comportamental 
• A duração do problema 
• A severidade dos sintomas 
• O risco de eutanásia ou re-alojamento 
• Necessidade de resultados rápidos 
Término do tratamento 
• Retirada gradual da medicação (“Desmame”) 
• Se for necessária a substituição da medicação 
recomenda-se um período de 2 semanas de 
descanso antes da introdução da nova 
medicação 
Monitoração 
• Tratamentos de longa duração 
• Repetir regularmente (intervalo máximo de 6 meses) 
• Informar o proprietário dos possíveis efeitos 
colaterais 
• A medicação deve ser ajustada de acordo com a 
evolução do caso 
Riscos 
• Efeitos colaterais médicos e comportamentais 
• Sedação (que interfere com o aprendizado) 
• A confiança do dono na medicação: 
1. Dificuldades para terminar a medicação 
2. Não realizar a terapia comportamental 
• Mascarar os sintomas sem tratar a causa 
 
Inibidores da monoaminooxidase B 
• Comportamentos comportamentais de origem emocional 
(cães – p.ex. medos e fobias) – aumento, mediado pela 
dopamina, das atividades motivadas pela recompensa e das 
habilidades cognitivas dela resultante• Problemas comportamentais relacionados com o 
envelhecimento (Disfunção cognitiva) – neuroproteção, 
aumento da atividade anti-radicais livres da superóxido 
dismutase, alteração do metabolismo da feniletilamina 
Selegilina 
(comprimidos de 5 mg) 
(receituário tipo C) 
Cães 
0,5 mg/kg, po, a cada 24 
horas 
Gatos 1 mg/kg, po, cada 24 horas 
Contra-indicações 
• Não administrar concomitantemente com drogas que atuem 
no sistema serotoninérgico (antidepressivos tricíclicos, 
inibidores da recaptura de serotonina), fenotiazínas, agonistas 
2-alfa, e analgésicos opiáceos. 
• Não administrar a animais prenhes ou lactantes 
• Os efeitos podem demorar 6 semanas para os distúrbios 
emocionais, porém na disfunção cognitiva os efeitos são mais 
rápidos. 
Beta-bloqueadores 
• Ansiedade relacionada a certas situações (o 
tratamento deve começar com o animal ainda 
relaxado) 
• Prevenir os efeitos somáticos da ansiedade e do 
medo (taquicardia, taquipnéia, etc) 
• Não atua na disforia 
• O pindolol tem um efeito maior nos receptores 
serotoninérgicos 
 
 
Propranolol 
(comprimidos de 40 e 80 mg) 
Cães 0,5 a 3 mg/kg, po, a cada 12 horas 
Gatos 0,2 a 1 mg/kg, po, cada 8 horas 
Contra-indicações 
• Doença cardíaca 
• Hipotensão 
• Bronco espasmo 
• Raças braquicefálicas – usar 
dosagem menor 
Hormônios e afins 
• O uso de progestágenos tem diminuído 
dentro da medicina comportamental (efeito 
anti-agressivo calmante central suplantado 
pelos efeitos colaterais) 
• Os anti-androgênicos são utilizados para 
mimetizar a castração cirúrgica (embora 
dêem um efeito calmante central que não 
ocorre no procedimento cirúrgico) 
• Os bloqueadores da prolactina (agonistas dos 
receptores D2) começam a ser usados mais 
frequentemente 
Acetato ciproterona 
(comprimidos 25 mg) 
Cães 
2,5 mg/kg, po, a cada 12 
horas 
Gatos ****** 
Anti-histamínicos 
 
• Busca-se o efeito colateral calmante 
• Ansiedade relacionada com andar de carro 
• Atividade noturna 
• Vocalização excessiva 
• Casos leves de ansiedade com prurido 
• A ciproeptadina tem atividade antagonista 
serotoninérgica sendo recomendada como 
estimulante do apetite em cães e gatos 
Dexclorfeniramina 
(comprimidos 2 mg ; solução 2 mg /5 mL) 
Cães 
22 microgramas/kg, po, a cada 8 
horas (máx. 1 mg/kg em 24 horas) 
Gatos 1 a 2 mg/kg, po, cada 8-12 horas 
Difenidramina 
(ampolas 10 mg/mL) 
Cães 
2 a 4 mg/kg, po, cada 8-12 
horas 
Gatos 
2 a 4 mg/kg, po, cada 8-12 
horas 
Ciproeptadina 
(comprimidos 4 mg) 
Cães 
0,1 a 0,5 mg/kg, po, cada 8-
12 horas 
Gatos 
0,1 a 0,5 mg/kg, po, cada 8-
12 horas 
Contra-indicações e observações 
• Glaucoma 
• Retenção urinária 
• Hipertireoidismo 
• Podem produzir efeitos anticolinérgicos 
(boca seca e constipação) 
Neurolépticos (antipsicóticos) 
• Fenotiazínicos 
• Uso limitado na terapia comportamental 
(antigamente: viagens de carro; fobias e medo 
de fogos de artifício e tempestades) 
• Bloqueio dos receptores de dopaminérgicos 
– Sedação 
(depressão do SNC) 
Azapironas 
• Problemas comportamentais relacionados a ansiedade 
(moderada) 
• Marcação com urina (borrifo), em gatos quando associada 
com ansiedade moderada. 
• Não interferem com o aprendizado 
• Não causam dependência 
Buspirona 
(comprimidos de 5 e 10 mg) 
 (receituário tipo C) 
Cães 1 mg/kg, 2 a 3 x ao dia 
Gatos 
0,5-1,0 mg/kg, 2 a 3x ao dia. 
Borrifo – 5 mg/gato 2 x ao dia 
durante 7 dias. Se responder 
continuar por 8 semanas. 
Senão houver resposta, parar 
o tratamento 
Contra-indicações e efeitos colaterais 
• Comprometimento renal e/ou hepático 
• Epiléticos 
• Pode levar até 2 semanas para fazer efeito 
• Pode causar desinibição comportamental e aumento do 
comportamento amigável em gatos 
• Ambientes com muitos felinos, pois pode aumentar a 
agressividade intra-específica de maneira paradoxal 
• Alterações gastrintestinais ligeiras no início do tratamento 
 
 
Benzodiazepínicos 
• Problemas de comportamento relacionados 
com a ansiedade 
• Tratamento de curta duração para fobias, 
incluindo fobias a sons 
Diazepam 
(comprimidos 5 e 10 mg; ampolas 10mg/2mL) 
 (receituário tipo B) 
Cães 
0,55-2,2 mg/kg, po, a 
cada 6-24 horas 
Gatos 
0,22-0,4 mg/kg, po, 
cada 12-24 horas 
Alprazolam 
(comprimidos de 0,25; 0,5 e 1 mg) 
 (receituário tipo B) 
Cães 
0,01 a 0,1 mg/kg, po, a 
cada 8-12 horas 
Gatos 
0,12 a 0,25 mg/kg, po, 
cada 12 horas 
Clorazepato 
(comprimidos de 5 ; 10 e 15 mg) 
 (receituário tipo B) 
Cães 
0,01 a 0,1 mg/kg, po, a 
cada 8-12 horas 
Gatos 
0,125 a 0,25 mg/kg, 
po, cada 12 horas 
Contra-indicações e efeitos colaterais 
• Comprometimento hepático 
• Pode causar excitação e ansiedade paradoxais (testar o efeito no animal 
internado) 
• Em gatos, pode causar necrose hepática aguda (principalmente em 
tratamentos prolongados) (Diazepam) 
• Não deixar os felinos em tratamento terem acesso à rua (percepção de 
profundidade alterada) 
• Interfere na memória de curto prazo, por isso o uso prolongado é limitado 
• Alprazolam: início da ação mais rápido; preferível em gatos 
• Pode causar a desinibição do comportamento agressivo 
• Sonolência, relaxamento muscular e ataxia ligeira no início do tratamento 
• Síndrome da abstinência 
Antidepressivos tricíclicos 
• Problemas relacionados com a ansiedade 
• Ansiedade de separação em cães (Clomipramina - FDA – USA) 
• Borrifo em gatos (Clomipramina - FDA – USA) 
• Hiperestesia felina (Clomipramina - FDA – USA) 
• Transtornos compulsivos 
• A amitriptilina é indicada em gatos para os problemas 
comportamentais secundários a cistite idiopática 
Clomipramina 
(drágeas 10 mg ; 25 mg ; comprimido SR 75 mg) 
 (receituário tipo C) 
Cães 1 a 3 mg/kg, po, a cada 12 horas 
Gatos 0,25 a 0,5 mg/kg, po, cada 24 horas 
Amitriptilina 
(comprimidos 25 e 75 mg) 
 (receituário tipo C) 
Cães 
1 a 4 mg/kg, po, a cada 8-12 horas, 
iniciando com 1mg/kg, a cada 12 
horas, por 2 a 3 semanas. ↑ 0,5-1 
mg/kg, a cada 12 horas durante 2-
3 semanas até atingir a dosagem 
máxima. Se não houver resposta 
clínica após 3-4 semanas ↓1 mg/kg, 
a cada 12 horas durante 2 semanas 
até atingir a dosagem inicial 
Gatos 0,5 a 1 mg/kg, po, cada 24 horas 
Doxepina 
(manipulação) 
(receituário tipo C) 
Cães 
1 a 5 mg/kg, po, a cada 8-12 horas, 
iniciando com 1mg/kg, a cada 12 horas, 
por 2 a 3 semanas. ↑ 0,5-1 mg/kg, a cada 
12 horas durante 2-3 semanas até 
atingir a dosagem máxima. Se não houver 
resposta clínica após 3-4 semanas ↓1 
mg/kg, a cada 12 horas durante 2 
semanas até atingir a dosagem inicial 
Gatos 
0,5 a 1,0 mg/kg, po, cada 12-24 
horas, até um máximo de 25-50 
mg/gato 
Amitriptilina e Doxepina 
Atividade ansiolítica 
São antagonistas parciais dos receptores da N-metil-D-aspartato (NMDA), os quais 
podem ser ativados secundáriamente a inflamação ou injúria de nervos periféricos 
Podem ter efeito analgésico na dor neuropática 
 
Amitriptilina e Doxepina 
Têm propriedades anti-histamínicas: 
Amitriptilina – bloqueia receptores H1 e H2 igualmente 
Doxepina – bloqueia, principalmente, os receptores H1 (56x a afinidade da 
hidroxizina e 775x a da difenidramina) 
Tratamento de pruridos refratários aos anti-histamínicos tradicionais 
 
Amitriptilina e Doxepina 
• Bloqueiam os receptores colinérgicos muscarínicos (efeitos colaterais 
anticolinérgicos) 
• Outros efeitos colaterais: 
Aumento do apetite e ganho de peso 
Sedação (principal/ felinos) 
Ansiedade, agressividade 
Alopecia, prurido, urticária, fotossensibilização 
Distúrbios da condução cardíaca 
Diminuição do limiar convulsivo 
Possível papel na síndrome do eutiróideo doente (altas doses) 
 
Antidepressivos TC 
Não administrar ao mesmo tempo que: 
1. IMAO (selegilina, por ex.) 
2. L-triptofano 
A amitriptilina tem desvantagens, particularmente 
em felinos, pois além de ter gosto muito azedo, 
tem um índice terapêuticomuito pequeno 
associado a um alto índice de toxicidade por 
overdose 
 
Contra-indicações 
• Podem causar desinibição da agressividade 
• Sedação ligeira nos primeiros dias de tratamento 
(dose dependente) 
• Efeitos podem demorar 3 a 4 semanas para serem 
notados 
• Retenção urinária 
• Arritmias cardíacas 
Inibidores seletivos da recaptura da 
serotonina 
• Transtornos compulsivos e problemas 
relacionados com a ansiedade 
• Agressividade competitiva entre cães 
relacionada com competição (cães) 
• Borrifo felino 
Fluoxetina 
(cápsulas 20 mg) 
 (receituário tipo C) 
Cães 
0,5 a 2 mg/kg, po, a cada 12-24 
horas 
Gatos 0,5 a 1 mg/kg, po, cada 24 horas 
Sertralina 
(comprimidos de 50 mg) 
 (receituário tipo C) 
Cães 
1 a 2 mg/kg, po, a cada 12 
horas 
Gatos ****** 
Paroxetina 
(comprimidos de 20 mg) 
 (receituário tipo C) 
Cães 
1 a 2 mg/kg, po, a cada 
12-24 horas 
Gatos 
0,5 a 1 mg/kg, po, a cada 
24 horas 
Contra-indicações, recomendações 
• Nos casos de agressividade canina deve-se monitorar 
a resposta com freqüência, recomendando-se ao 
proprietário medidas de prevenção de mordidas 
(focinheira, barreiras, desencadeadores da agressão, 
etc.) 
• Os efeitos podem demorar 3 a 4 semanas para 
aparecer 
• Recomenda-se um aumento gradual da dose para 
diminuir os efeitos colaterais gastrintestinais 
Anti-epiléticos 
• Conseqüências comportamentais da epilepsia 
límbica ou temporal (transtornos compulsivos – 
correr atrás da cauda rodar (“spinning”) – e 
agressivos – síndrome da raiva) 
• Agressão em gatos 
• Medos (em associação com os beta-bloqueadores) 
Fenobarbital 
(comprimidos de 50 e 100 mg ; solução oral 40 mg/mL ; solução injetável 200 
mg/mL) 
(receituário tipo B) 
Cães 
1 a 8 mg/kg, po, a cada 12 
horas 
Gatos 
1 a 2,5 mg/kg, po, cada 12 
horas 
Carbamazepina 
(comprimidos de 200 e 400 mg) 
(receituário tipo C) 
Cães 4 a 8 mg/kg, po, a cada 12 horas 
Gatos 25 mg, po, cada 12 horas 
Contra-indicações 
• É necessária a monitoração dos níveis de 
fenobarbital 
• Pode ser necessária a combinação com KBr 
• Alterações renais e hepáticas 
• Alterações cardíacas 
e hematológicas 
Obrigada!

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