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TUTORIA 9 - PARASITOSE

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ARIELY MESANINI 
TUTORIA 9 - PARASITOSES 
 
Parasitoses mais comuns na infância (Fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, 
tratamento e prevenção) 
HELMINTOS 
Platelmintos Nematelmintos 
Schistosoma spp. 
Taenia spp. 
Strongyloides stercoralis 
Enterobius vermicularis 
Trichuris trichiura 
Ascaris lumbricoides 
Ancilostomídeos 
Wuchereria bancrofti 
 
TENÍASE 
 
 
 
 
Fisiopatologia: As tênias são achatadas dorsoventralmente e chegam ao comprimento de 3 a 10 metros, 
sendo a T. saginata mais longa. Elas vivem no intestino do homem, fixadas nas mucosas (jejuno e duodeno). 
O corpo é formado por anéis ou proglotes, e repletos de ovos (30 a 80 mil). Os proglotes podem ser 
eliminados de forma integra ou se romper eliminando os ovos nas fezes. Esses ovos contaminam as 
pastagens, são ingeridos pelos animais hospedeiros intermediários, e migram para o tecido conjuntivo dos 
músculos, onde formam os cisticercos. O homem se contamina pela ingestão de carne contendo esses 
cisticercos. São necessários mais de 3 meses para que tenha início a liberação anal das proglotes maduras. 
O grande problema da T. solium é quando o homem se torna o hospedeiro intermediário. Isto ocorre pela 
ingestão de ovos do meio externo ou pela autoinfecção, na qual os proglotes liberam os ovos no lúmen 
intestinal e estes liberam o embrião, ocorrendo, então, a migração por via circulatória até os tecidos, levando 
à neurocisticercose, consequente apenas à infecção pela T. solium. 
Quadro clínico: É na sua maioria casos assintomáticos, alguns sintomas atribuídos são: 
 Fadiga 
 Irritação 
 Cefaleia 
 Tontura 
 Bulimia 
 Urticária 
Diagnóstico: Se faz pelo achado de proglotes nas fezes (EPF) ou roupas íntimas ou lençóis. A pesquisa de 
antígenos específicos de Taenia nas fezes (coproantígenos) aumenta em 2,5 vezes a capacidade de 
detecção de casos de teníase. Na neurocisticercose utilizam-se métodos de imunoensaio (ELISA), técnicas 
radiológicas incluindo tomografia computadorizada. 
Tratamento: Mebendazol; ou Abendazol; ou Praziquantel; ou Nitazoxanida. 
Prevenção: 
➔ Fazer higienização das mãos e cuidados gerais 
➔ Evitar o consumo de alimentos crus, cozimentos dos alimentos ao ponto térmico maior que 57° 
Forma infectante: Cisticerco 
Espécie: Taenia solium (suína) e 
Taenia saginata (bovina) 
Ocorrência: Áreas rurais 
 
 
Filo: Platelmintos 
Transmissão: Pela ingestão de carne crua ou 
mal cozida contaminada 
 
 
 Anorexia 
 Náuseas 
 Dor abdominal 
 Perda de peso 
 Diarreia e/ou constipação 
 Eosinofilia 
ARIELY MESANINI 
ESQUISTOSSOMOSE 
 
 
 
Fisiopatologia: Os vermes adultos do Schistosoma vivem e se reproduzem nas vênulas do mesentério 
ou da bexiga. Alguns ovos penetram na mucosa intestinal ou da bexiga e são eliminados nas fezes ou na 
urina, e outros ovos permanecem no órgão hospedeiro ou são transportados pelo sistema portal ao fígado 
e, algumas vezes, para outros locais (p. ex., pulmões, sistema nervoso central, medula espinal). Ovos 
excretados eclodem na água doce, liberando miracídios (primeira fase da larva) que entram nos 
caramujos. Após a multiplicação, são liberadas milhares de cercárias de cauda bifurcada nadadoras. 
As cercárias penetram a pele humana em questão de minutos após a exposição. Quando penetram a pele 
humana, perdem a cauda bifurcada e se transformam em esquistossomos, que se deslocam pela 
circulação sanguínea até o fígado, onde amadurecem e se tornam adultas. Subsequentemente, migram 
para o último local nas veias intestinais ou no plexo venoso do trato GU. 
Ovos aparecem nas fezes ou na urina 1 a 3 meses depois da penetração cercariana. Estimativas da 
sobrevida de vermes adultos variam de 3 a 7 anos. O tamanho das fêmeas varia de 7 a 20 mm e os 
machos são ligeiramente menores. 
Quadro clínico: A maioria das crianças pode permanecer sem sintomas, tudo depende da intensidade da 
infecção. 
 Fase aguda: pode ter dermatite cercariana, a qual corresponde à penetração de cercaria na pele 
aparecendo erupção papular, eritema e edema, durando em média de cinco dias e em caso extremo 
pode-se chegar até quinze dias. Ainda na fase aguda, tem a esquistossomose aguda ou febre de 
Katayama, que após 7 semanas de infecção, pode aparecer sintomas como a febre, vômitos, diarreia 
e baixa frequência cardíaca. 
 Fase crônica: têm-se as formas de intestinais, hepatointestinal e hepatoesplênica. Intestinal e 
Hepatointestinal caracterizam-se pelo excesso de diarreia desconforto e dor abdominal em uma 
forma mais leve. Hepatoesplênica é uma forma mais severa, ocasionando hemorragias digestivas, 
varizes no esôfago, anemia acentuada e desnutrição. 
Diagnóstico: Exame de fezes (EPF), sendo sugerido a coleta de três amostra no mínimo, em sequência, 
coletadas em dias distintos, no tempo máximo de 10 dias do inicio da coleta até a última. 
Tratamento: Praziquantel. 
Prevenção: 
➔ Evitar cuidadosamente contato com água doce contaminada 
➔ Se for utilizar água doce para o banho, ferver por pelo menos 1 minuto 
➔ Se for exposto acidentalmente à água possivelmente contaminada, deve-se se secar 
vigorosamente com uma toalha para tentar remover os parasitas antes de penetrarem na pele 
➔ Programas de educação para diminuir a populações de caramujos em áreas endêmicas 
 
ESTRONGILOIDÍASE 
 
 
 
 
Forma infectante: Cercária 
Espécie: Schistosoma mansoni 
Filo: Platelmintos 
 
 
Transmissão: Penetração ativa do cercaria pela 
pele do hospedeiro humano em contato com 
coleções hídricas onde haja caramujos infectados 
 
 
Forma infectante: Larva filarioide 
Espécie: Strongyloides stercoralis 
Filo: Nematelminto 
 
 
Transmissão: A autoinfecção interna pode originar um 
aumento significativo da parasitemia, com disseminação por 
todo organismo em um processo chamado de Síndrome da 
Hiperinfecção. Esta situação está normalmente associada à 
condição de imunossupressão 
 
 
ARIELY MESANINI 
Fisiopatologia: Vermes adultos de Strongyloides vivem na mucosa e submucosa do duodeno e jejuno. 
Ovos liberados eclodem no lúmen do intestino, liberando larvas rabditiformes. A maioria dessas larvas é 
excretada nas fezes. 
➔ Heteroinfecção: larvas presentes no solo penetram no homem pela pele; 
➔ Autoinfecção interna: os ovos eclodem no intestino e rapidamente evoluem para a forma infectante 
e penetram a mucosa no íleo ou nos cólons; 
➔ Autoinfecção externa (as larvas penetram na pele pela região perianal). 
Autoinfecção pode resultar em cargas parasitárias extremamente altas (síndrome da Hiperinfecção) e 
explica a persistência de Strongyloides durante muitas décadas. 
Quadro clínico: A forma crônica é a mais encontrada na maioria das vezes nas crianças, mostrando-se 
sem sintomas e também com sintomas como náuseas, diarreia, ruídos produzidos por gases no intestino e 
constipação, manifestações cutâneas como urticária, asma e síndrome nefrótica além de obstruções 
intestinais. 
Diagnóstico: Pode ser feito pelo exame de fezes (EPF) em achado de larvas pelo método de Baermann-
Moraes ou Rugai modificado, material de tubagem duodenal, escarro ou lavado bronco alveolar (ótima opção 
em Estrongiloidíase disseminada). Na endoscopia digestiva alta podem ser visibilizadas alterações 
inflamatórias inespecíficas, vistas macroscopicamente, no duodeno. Na biópsia é possível detectar os 
parasitos no interior das criptas. 
Tratamento: Mebendazol; Cambendazol; Ivermectina; Nitazoxanida; Tiabendazol. 
Prevenção: 
➔ Prevenir a defecação não higiênica (p. ex., uso de latrinas ou vasos sanitários) 
➔ Evitar contato direto da pele com o solo (p. ex., uso de calçados e uso de barreiras quando sentado 
no chão) 
 
ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE 
 
 
 
Fisiopatologia: A infestação por oxiúros normalmente é o resultado da transferência de ovos da área 
perianal para fômites (vestimentas, roupas de cama, mobília, tapetes, brinquedos, assento de privadas), dos 
quais osovos são apanhados pelo novo hospedeiro, levados à boca e deglutidos. Chupar o dedo polegar é 
um fator de risco. A reinfestação (auto infestação) ocorre facilmente por meio da transferência de ovos da 
área perianal para a boca, pelos dedos. Infecções por oxiúros também tem sido atribuída por contato anal-
oral (anilingus) entre adultos. 
Oxiúros alcançam maturidade no trato gastrointestinal inferior em 2 a 6 semanas. O verme fêmea migra do 
anus para a região perianal (normalmente à noite) para depositar ovos. A substância pegajosa e gelatinosa 
na qual os óvulos são depositados e os movimentos dos vermes fêmeas provocam pruridos perianais. Os 
óvulos podem sobreviver em fômites por 3 semanas à temperatura ambiente. 
Quadro clínico: 
 Prurido anal (mais frequente), principalmente à noite, pode provocar perda de sono, irritabilidade 
 Em meninas os vermes podem migrar para a genitália, levando a vulvovaginite secundária, com 
corrimento amarelado e fétido 
 Cólicas abdominais, náuseas, tenesmo 
Diagnóstico: Swab anal ou fita gomada. 
Forma infectante: Ovo embrionado 
Espécie: Enterobius vermicularis 
Filo: Nematelminto 
 
 
Transmissão: Inalação ou ingestão de ovos embrionados 
disseminados por aérea 
 
 
ARIELY MESANINI 
Tratamento: Mebendazol; Albendazol; Tiabendazol; Pamoato de pirvínio; Nitazoxanida. 
Obs: O tratamento da família inteira pode ser necessário porque infestações múltiplas dentro da casa são 
uma regra. 
Prevenção: 
➔ Lavar as mãos com sabão e água morna após usar o banheiro, após trocar fraldas e antes de 
manipular alimentos (a forma mais bem-sucedida) 
➔ Lavar roupas, roupas de cama e brinquedos com frequência 
➔ Se as pessoas estão infectadas, tomar banho todos os dias para ajudar a remover os ovos da pele 
➔ Usar aspirador de pó para limpar o ambiente e tentar eliminar os ovos 
 
ASCARIDÍASE 
 
 
 
Fisiopatologia: O ser humano pode se infectar através de ingestão água e alimentos contaminados com 
ovos contendo larvas infectantes, sendo na infância mais aptos à infecção devido a hábitos higiênicos 
precários, da ausência de imunidade e da dependência de cuidados alheios. 
No processo infeccioso, quando ingeridos pelo hospedeiro os ovos infectantes de A. lumbricoides eclodem 
no intestino delgado. As larvas que atravessam a parede intestinal alcançam a veia cava inferior e migrem 
para os alvéolos pulmonares, então árvore brônquica e traqueia, até a faringe. Podem ser ejetadas pela 
expectoração ou serem ingeridas, sendo outra vez encontradas em estágio de adulto-jovem no intestino 
delgado onde iniciarão a postura de novos ovos. As larvas em infecções menores geralmente não causam 
nenhuma alteração já em infecções maciças podem causar lesões hepáticas e pulmonares. Os vermes 
adultos, dependendo da carga parasitária, podem causar graves alterações como a subnutrição, ação 
espoliadora e obstrução intestinal. 
Quadro clínico: A maioria das crianças é assintomática. Os sintomas ocorrem quando há infecção mais 
numerosa de vermes ou larvas, ou localizações migratórias anômalas. 
 A passagem de larvas pelos pulmões induzi quadro de pneumonite larvária, o paciente apresenta 
tosse seca ou produtiva, sibilância, dispneia, febre, eosinofilia e infiltrado parenquimatoso grosseiro. 
 O verme adulto pode provocar manifestações clínicas inespecíficas, como desconforto ou cólica 
abdominais, náuseas e carências nutricionais. 
 A sem obstrução intestinal é um quadro grave, geralmente em desnutrido. O paciente apresenta 
cólicas, distensão abdominal, anorexia, vômitos biliosos, desidratação e, às vezes, diarreia no início 
do quadro. 
Diagnóstico: 
➔ Detecção microscópica dos ovos nas fezes (EPF) ou observação dos vermes adultos que surgem 
do nariz ou da boca. 
➔ Ocasionalmente, larvas podem ser encontradas no escarro durante a fase pulmonar ou, mais tarde, 
na infecção os vermes adultos podem ser vistos em exames radiográficos do trato gastrointestinal. 
➔ Hemograma completo: A eosinofilia pode ser intensa quando as larvas migram para os pulmões, 
mas geralmente cede quando os vermes adultos se fixam no intestino. 
➔ Radiografia de tórax durante a fase pulmonar pode mostrar infiltrados que, na presença de eosinofilia, 
leva ao diagnóstico da síndrome de Löffler. 
Tratamento: Mebendazol; Albendazol; Nitazoxamida. 
 
Forma infectante: Ovo embrionado 
Espécie: Ascaris lumbricoides 
Filo: Nematelminto 
 
 
Transmissão: Ingestão de água ou alimento contaminado 
contendo ovo embrionado do parasito 
Popularmente conhecido como “lombriga” 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/dist%C3%BArbios-eosinof%C3%ADlicos/eosinofilia
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7as-pulmonares-intersticiais/s%C3%ADndrome-de-l%C3%B6ffler
ARIELY MESANINI 
Prevenção: 
➔ Lavar bem as mãos com sabão e água antes de manusear alimentos 
➔ Lavar, descascar e/ou cozinhar todos os vegetais e frutas crus antes de ingeri-los 
➔ Evitar o consumo de legumes crus ou não lavados em áreas onde fezes humanas são usadas como 
fertilizante. 
➔ Não defecar ao ar livre 
 
ANCILOSTOMIDEOS 
 
 
 
 
Fisiopatologia: As fêmeas produzem 10 a 20 mil ovos por dia, os quais são eliminados nas fezes. No solo, 
a evolução das larvas ocorre em estágios, sendo a larva filarioide (terceiro estágio) a infectante. Ela penetra 
na pele do hospedeiro, e por via linfática ou venosa chega até os pulmões. Nos alvéolos, ascende na arvore 
respiratória, e é então deglutida. No caminho para o intestino delgado transforma-se no verme adulto. Na 
espécie A. duodenale, a transmissão pode ocorrer também por ingestão da larva filarioide, sem necessidade 
de penetração pela pele ou ciclo pulmonar. 
Os ancilostomídeos adultos se fixam na mucosa do duodeno e jejuno. Cada exemplar adulto, ocasiona para 
o hospedeiro a perda diária de 0,05 a 0,3 ml de sangue. Na espécie do N. americanus esta perda de 0,01 a 
0,04 ml por dia. A perda de sangue ocorre porque o verme suga o sangue da mucosa e muda de lugar 4 ou 
5 vezes por dia, deixando também superfície cruenta que sangra. 
A perda crônica de sangue causa anemia com deficiência de ferro. O desenvolvimento de anemia depende 
da carga parasitária e da quantidade absorvida de ferro na dieta. 
Quadro clínico: Em sua maioria é assintomática, dependerá do número de vermes ou das condições do 
hospedeiro. 
 Pode ocorrer dermatite larvária, com a presença de prurido, eritema, edema e erupção 
papulovesicular. 
 A pneumonite larvária é descrita, mas menos intensa que na infecção por áscaris. 
▪ Fase aguda: epigastralgia, náuseas, vômitos, bulimia, flatulência e diarréia. 
▪ Fase crônica: anemia ferropriva, anorexia, fraqueza, cefaléia, sopro cardíaco, palpitações, 
hipoproteinemia e edema por enteropatia perdedora de proteínas. 
Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes (EPF), por meio de achados de ovos. 
Tratamento: Mebendazol; Albendazol; Nitazoxanida. 
Prevenção: 
➔ Impedir a defecação anti-higiênica e evitar o contato direto da pele com o solo (p. ex., usar sapatos 
e barreiras ao sentar no chão) 
➔ Tratar cães e gatos contra ancilostomídeos 
 
 
 
 
Forma infectante: Larva filarioide 
Espécie: Ancylostoma duodenale e 
Necator americanus 
Filo: Nematelminto 
 
 
Transmissão: Penetração ativa da larva pela pele ou 
passiva, por via oral 
Conhecida como a doença do amarelão, devido a presença 
da anemia 
ARIELY MESANINI 
PROTOZOÁRIOS 
Flagelados Amebas Esporozoários 
Giardia lamblia 
Trypanosoma cruzi 
Leishmania spp. 
Entamoeba coli 
E. histolytica 
E. díspar 
Endolimax nana 
Iodamoeba butschlii 
Isospora belli 
Cryptosporidium spp. 
Toxoplasma gondii 
Plasmodium spp. 
 
 
GIARDIASE 
 
 
 
 
Fisiopatologia: Localiza-se principalmente no intestino delgado (duodeno e jejuno), mas pode ser 
encontrado em outros segmentos do intestino. A G. lamblia alterna-se sob duas formas: cistose trofozoítos. 
Os cistos excretados nas fezes, sobrevivem por várias semanas no ambiente, podendo ser ingeridos através 
de água ou alimentos contaminados. No duodeno transformam-se em trofozoítos, onde se multiplicam e se 
fixam à mucosa. 
A patogenia depende do parasita e do hospedeiro. Os fatores relacionados ao hospedeiro são: estado 
imunológico e as proteases que poderiam ativar a lectina do parasita. A interação da microbiota intestinal 
com o protozoário também é um fator importante. Os efeitos adversos, provavelmente induzidos pelo 
protozoário, são: atrofia vilositária em vários graus no intestino delgado, associada a infiltrado inflamatório e 
hipertrofia de criptas; lesão nas estruturas do enterócito; invasão da mucosa; desconjugação de ácidos 
biliares; diminuição da atividade das dissacaridases. 
Como consequência desses mecanismos a criança apresenta má-absorção de açúcares, gorduras, 
vitaminas A, D, E, K, B12, ácido fólico, ferro e zinco. 
Quadro clínico: Geralmente assintomática. Os sintomas aparecem em crianças desnutridas, debilitadas 
por doença primária ou expostas a contaminação maciça. As principais queixas são diarreia (Evacuações 
líquidas ou pastosas) e dor abdominal intercaladas com períodos de acalmia. Anorexia, náuseas e vômitos 
podem estar presentes. Algumas crianças apresentam quadro de diarréia crônica semelhante à doença 
celíaca, com perda de peso, desnutrição, déficit de crescimento, enteropatia perdedora de proteínas, edema, 
hipoproteinemia e deficiências de ferro, zinco, vitaminas A, E, B12 e ácido fólico.4,5 Há relato de artralgia 
associada a giardíase, que desaparece com o tratamento. 
Diagnóstico: Exame parasitológico (EPF), confirmado pela presença de cistos nas fezes (método de Faust), 
ou de trofozoítos, quando as fezes são líquidas pelo método de Hoffmann, Pons e Janer (HPJ). Recomenda-
se o exame de 3 amostras, colhidas em dias alternados. 
Amostra de líquido duodenal através de “Enterotest” ou intubação nasoduodenal pode visibilizar o trofozoíto 
em microscopia óptica, assim como por biópsia de mucosa de mucosa de intestino delgado nos casos de 
síndrome de má-absorção. As reações imunológicas do tipo ELISA ou imunofluorescência direta, realizadas 
nas fezes, têm alta sensibilidade e especificidade. 
Tratamento: Metronidazol; Secnidazol; Tinidazol; Albendazol. 
Prevenção: 
➔ Evitar o consumo de água potencialmente contaminada (não filtrada) ou alimentos crus, 
principalmente frutas e hortaliças; 
Forma infectante: Cisto maduro 
Espécie: Giardia lamblia, G. duodenalis 
e G. instestinalis 
Filo: Protozoários flagelados 
 
 
Transmissão: Ingestão de água ou alimento contaminado 
com cisto maduro do parasito (fecal-oral) 
 
ARIELY MESANINI 
➔ Adotar medidas de saneamento e higiene para a população em geral, principalmente em creches, 
após o manejo de fraldas sujas; 
➔ Indivíduos com diarreia por G. lamblia devem manter-se afastados de águas recreativas (piscinas, 
lagos e rios) por pelo menos duas semanas após a resolução dos sintomas; 
➔ Pacientes hospitalizados com giardíase devem receber cuidados com precauções básicas e de 
contato; 
➔ Para controle das parasitoses intestinais em áreas endêmicas, o uso empírico de um antiparasitário 
de amplo espectro duas a três vezes por ano é uma alternativa para reduzir os efeitos maléficos das 
parasitoses sobre a saúde da população. 
 
AMEBÍASE 
 
 
 
Fisiopatologia: O ciclo biológico da E. histolytica é relativamente simples, começando pela ingestão de 
cistos em água ou alimentos contaminados, pelo hospedeiro, que desencistam no lúmen do intestino 
delgado e gerando o metacisto (ameba com quatro núcleos). O metacisto sofre consecutiva divisão binária 
formando os trofozoítos que migram para o intestino grosso. Nessa parte, os trofozoítos colam ao muco e 
às células epiteliais, podendo se reencistar no lúmen do colón, e serem eliminados juntamente com as fezes, 
dando seguimento ao seu ciclo biológico. 
Quadro clínico: 
 Colite não disentérica: 2 a 4 evacuações/dia com fezes moles ou pastosas; Cólica e desconforto 
abdominal 
 Colite disentérica: Aguda com presença de cólica, diarreia e tenesmo; 8 a 10 evacuações diárias; 
Mucossanguinolenta; Febre moderada 
 Na forma hepática: pode causar necrose de coagulação; dor ou desconforto no hipocôndrio direito; 
Febre irregular com calafrios, suores, náuseas e vômitos; Fígado aumenta de volume e fica doloroso. 
Diagnóstico: Exame parasitológico (EPF), as formas císticas são detectadas em fezes espessas e as 
trofozoíticas em amostra de fezes diarreica ou pastosa. 
Tratamento: Metronidazol; Secnidazol; Tinidazol. 
Prevenção: 
➔ Evitar o consumo de água potencialmente contaminada (não filtrada) ou alimentos crus, 
principalmente frutas e hortaliças; 
➔ Adotar medidas de saneamento e higiene para a população em geral, principalmente em creches, 
após o manejo de fraldas sujas; 
➔ Para controle das parasitoses intestinais em áreas endêmicas, o uso empírico de um antiparasitário 
de amplo espectro duas a três vezes por ano é uma alternativa para reduzir os efeitos maléficos das 
parasitoses sobre a saúde da população. 
 
 
 
 
 
 
Forma infectante: Cisto maduro 
Espécie: Entamoeba histolytica 
Filo: Sarcomastigophora 
 
 
Transmissão: Ingestão de água ou alimento contaminado 
com cisto maduro do parasito (fecal-oral) 
 
ARIELY MESANINI 
Antiparasitários (mecanismo de ação e efeitos colaterais) 
 
Fármaco Espetro de ação Mecanismo de ação Efeitos colaterais 
Metronidazol 
(comprimidos 500 mg e 
suspensão 20 mg/mL) 
G. lamblia 
E. histolytica 
Interage com o DNA e impede a 
sua replicação. Ação mista 
contra amebíase intestinal e 
extra-intestinal 
Náuseas, alterações no 
paladar, cefaleia, dores 
articulares, prurido 
genital e urina escura 
Secnidazol (suspensão 
450mg/15mL e 900mg/ 
30mL) 
G. lamblia 
E. histolytica 
Penetra na célula do protozoário, 
destrói a cadeia de DNA ou inibe 
a sua síntese 
Febre, eritema, urticária, 
angioedema e reação 
anafilática 
Tinidazol (comprimido 
500 mg) 
G. lamblia 
E. histolytica 
Penetra na célula do 
protozoário, destrói a cadeia de 
DNA ou inibe a sua síntese 
Leucopenia, 
hipersensibilidade, 
cefaleia, tonturas, rubor 
Mebendazol 
(comprimidos 500 mg e 
suspensão 20 mg/mL) 
E. vermiculares 
A. lumbricoides 
S. stercoralis 
A. duodenale 
T. trichiura 
T. solium 
T. saginata 
H. nana 
Impede captação de glicose pelo 
parasita e depleta o estoque de 
glicogênio e ATP, essenciais 
para sua reprodução e 
sobrevivência 
Raros: dor de estomago 
e diarreia de curta 
duração, erupção 
cutânea, coceira, 
encurtamento da 
respiração e/ou inchaço 
da face, tontura, 
problemas no sangue 
Albendazol 
(comprimidos 500 mg e 
suspensão 40 mg/mL) 
E. vermiculares 
A. lumbricoides 
S. stercoralis 
A. duodenale 
T. trichiura 
T. solium 
T. saginata 
G. lamblia 
Impede captação de glicose 
pelo parasita e depleta o 
estoque de glicogênio e ATP. 
Dor abdominal, náuseas 
e/ou vômitos, cefaleia, 
queda de cabelo, 
tonturas e diarreia 
Tiabendazol 
(comprimidos 500 mg e 
suspensão 20 mg/mL) 
S. stercoralis 
E. vermiculares 
Larva migrans 
cutânea e visceral 
Impede captação de glicose 
pelo parasita e depleta o 
estoque de glicogênio e ATP. 
Oral: náusea, vomito 
SNC: cefaleia, vertigem 
Tópico: coceira, erupção 
na pele, inchaço 
Cambendazol S. stercoralis Impede captação de glicose 
pelo parasita e depleta o 
estoque de glicogênio e ATP. 
Dor abdominal, no 
estomago, náuseas, 
vômitos, diarreia, cefaleia 
Pamoato de pirvínio 
(drágeas 100 mg e 
suspensão 50 mg/ 
5,0mL) 
E. vermicularis Interfere na captação de glicose 
pelos helmintos e depleta sua 
energética 
Náuseas, vômitos, cólica 
gastrointestinal, diarreia 
Praziquantel 
(comprimidos 500 mg e 
suspensão 20 mg/mL) 
S. mansoni 
Taenia solium 
T. saginata 
H. nana 
Aumenta a permeabilidade da 
membrana, causando 
contrações e paralisia da sua 
musculaturaCefaleia, febre, diarreia 
com sangue, tonturas, 
dor abdominal, dores de 
estomago, inapetência 
Ivermectina 
(comprimidos 6mg) 
S. stercoralis 
Larva migrans 
cutânea e visceral, 
ectoparasitoses 
Age em receptores de 
membrana celular causando 
paralisia tônica da musculatura 
dos vermes 
Cansaço, tontura, 
diarreia, vomito, náusea, 
inapetência, coceira, dor 
de estomago 
Nitazoxanida 
(comprimidos 500 mg e 
suspensão 20 mg/mL) 
E. vermicularis 
A. lumbricoides 
S. stercoralis 
A. duodenale 
T. trichiura 
T. solium 
T. saginata 
G. lamblia 
E. histolytica 
Para helmintos: Inibe a 
polimerização da tubulina do 
parasita 
Para protozoários: interfere na 
enzima piruvato-ferredoxina-
oxidoredutase (PFOR); bloqueia 
transferência de elétrons 
Cefaleia, cólicas, 
diarreia, náuseas e 
vômitos e urina 
esverdeada 
ARIELY MESANINI 
Marcos da DNPM escolar (Relacionar o aprendizado com a teoria Piaget) 
5-6 ANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7-9 ANOS 
➔ Julgamento global de autovalor; 
➔ Autopercepção (quem ela é e como deve ser). 
➔ Influencia dos pares (amigos, colegas da mesma idade) > que a dos pais 
➔ Pensamento lógico 
➔ Lógica concreta 
➔ Com o aumento da percepção (começam a procurar modelos): pais e membros da família 
➔ Percepção imperfeita: depressão e ansiedades conflitantes 
 
TEORIA DE PIAGET 
“A criança constrói seu entendimento de mundo através da sua interação a participação 
ativa” 
Estágio pré operacional: dos 2 aos 6 ou 7 anos 
▪ A característica mais marcante é a capacidade da criança de interiorizar as ações utilizando 
a imaginação (ex: fingir sono, ela é capaz de separar o pensamento da ação, estabelecendo 
uma representação simbólica); 
▪ No processo de aquisição da linguagem, a capacidade de simbolizar fará toda a diferença. 
Pois as palavras agora possuirão correlação mais precisas com o mundo externo, inclusive 
de ressignificação de objetos (ex: transformar uma caixa de fosforo em um carrinho); 
▪ A tendencia ao egocentrismo é marcante nesta etapa. A criança adequa os objetos e o mundo 
externo de acordo com seu desejo e necessidade. A linguagem acompanha essa 
característica, sendo ela não comunicativa é a principal marca das relações da criança; 
▪ Tem pensamento intuitivo, a criança usa a inteligência e o pensamento, caracterizado pelo 
surgimento de ideias, conceitos, métodos e raciocínio primitivo; 
▪ Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação. 
 
Estágio operatório-concreto: dos 6 ou 7 até os 11 ou 12 anos 
Social e emocional 
➔ Quer agradar e fazer 
igual aos amigos 
➔ Distingue o real do 
faz de conta 
➔ Propenso a concordar 
com as regras 
➔ Gosta de cantar, 
dançar, atuar, ver 
livros e ouvir histórias 
➔ Expressa 
independência e 
autonomia – fixar 
limites! 
 
Linguagem e comunicação 
➔ Fala com clareza 
➔ Inventa pequenas histórias 
➔ Pode dizer nome completo e 
endereço 
➔ Aumentam a memória e o 
vocabulário 
 
Cognitivo 
➔ Defini 5-7 
palavras e 
conta até 10 ou 
mais 
➔ Desenha 
pessoa com 6 
ou mais partes 
➔ Jogos de 
tabuleiro 
➔ Compreende 
adjetivos/faz 
analogias 
 
Desenvolvimento físico e motor 
➔ Capaz de saltar obstáculos 
➔ Equilibra-se em 1 pé só (10 ou + 
seg) 
➔ Pode dar cambalhotas 
➔ Pode ir ao banheiro sozinho 
 
ARIELY MESANINI 
▪ Possui raciocínio lógico, contudo é limitado ao passado e presente 
▪ A capacidade do pensamento da criança aumenta consideravelmente, marcado pelo ingresso 
na escola formal com marcantes aquisições intelectuais; 
▪ A criança possuirá um raciocínio logico mais constante fruto inclusive do acentuado declínio 
do egocentrismo; 
▪ Neste momento evolutivo há a possibilidade de distinção entre quantidades (peso, volume e 
número) uma vez que a reversibilidade de pensamento permite à criança o agrupamento dos 
objetos, definindo classes e categorias; 
▪ Com a aquisição da reversibilidade e a redução do egocentrismo ocorre, por parte da criança, 
a aceitação e o entendimento das regras do jogo, o que a torna mais sociável, aceitando as 
características próprias das outras crianças e do mundo externo (declínio da linguagem 
egocêntrica). 
 
 
Causas dos distúrbios de aprendizagem 
Dificuldade de aprendizagem: Resulta da influência de condições ou eventos transitórios na vida do aluno 
que estão interferindo negativamente no ato de aprender. Pode ser mudança de escola, troca de professor, 
nascimento de um irmão, separação dos pais, perda de um familiar, falta de sono, problemas de saúde, 
entre outros. 
Transtornos de aprendizagem 
 Definição: Representa uma conceituação teórica. Envolve o comprometimento em um ou mais dos 
seguintes domínios: leitura, expressão escrita e matemática ou pode envolver múltiplas 
competências, atrapalhando diversos processos cognitivos envolvidos na aprendizagem. Nesse 
último caso, estamos diante de um transtorno global de aprendizagem, que estão geralmente 
relacionados a atrasos importantes do desenvolvimento da linguagem e de outras funções cognitivas. 
 
 Causas: Decorrem de uma somatória de eventos e sofrem influência da genética e das condições 
da gestação e do nascimento. De uma forma geral, podemos dizer que nessas pessoas o cérebro 
funciona de um modo diferente das demais, interferindo de forma negativa na aprendizagem formal. 
Fatores ambientais 
➔ Muitas crianças brasileiras crescem em situação de pobreza e não dispõem de condições de 
moradia, nutrição e higiene adequadas. 
 
➔ Também não contam com fatores de proteção como os vínculos afetivos familiares e estímulo para 
o desenvolvimento da fala e da linguagem. A tudo isso soma-se muitas vezes a exposição ao 
estresse e à violência. 
 
➔ A falta de pré-natal, a desnutrição, a alimentação inadequada, as doenças não tratadas, o uso e 
abuso de álcool, de tabaco e de drogas como cocaína e crack são considerados comportamentos 
maternos de risco e podem influenciar negativamente o desenvolvimento do feto. 
 
➔ Muitos desses casos resultam no nascimento de bebês prematuros, com baixo peso e malformações 
físicas. 
 
➔ No caso da cocaína, alguns bebês a partir do segundo dia de vida já apresentam sinais de 
abstinência como febre, irritabilidade, sudorese, tremores e convulsões. Em outras palavras, o 
cérebro do bebê necessita de boas condições de saúde e nutrição para seu crescimento saudável. 
Crianças nessas condições estão em situação de risco para atrasos globais do desenvolvimento. 
 
ARIELY MESANINI 
Fatores relacionados com a escola 
Um ambiente limpo, seguro, arejado, com boa iluminação e com limite razoável de crianças por sala tem 
papel fundamental no desempenho escolar e o contrário disto pode, com certeza, trazer prejuízos de leitura, 
escrita e cálculo. Da mesma forma material didático disponível e adequado para a faixa etária, método e 
planejamento pedagógico de acordo com a realidade de cada criança, sem cobrança excessiva e geradora 
de estresse, a interação escola-família, professores qualificados, motivados, dedicados e com remuneração 
adequada são grandes responsáveis pelo desempenho e aprendizado de seus alunos. 
Fatores relacionados à família 
A escolaridade dos pais, o hábito de leitura, o estímulo, a rotina, a motivação e as condições 
socioeconômicas são relevantes para o bom sucesso no aprendizado. Porém, em algumas situações 
familiares as dificuldades de aprendizagem devem sempre ser pensadas e avaliadas como um possível 
diagnóstico diferencial dos transtornos da aprendizagem, dentre elas: alcoolismo e uso de drogas, pais 
desempregados, comportamento antissocial, negligência, violência doméstica, separação dos pais, litígios, 
excesso de tela e mídias e consequente ausência de rotina adequada de estudo, alimentação inadequada, 
ausência de lazer, cobrança excessiva, uma pobre higiene do sono e horário tardio de iniciar o sono são 
geradores de desatenção, fadiga, prejuízo de memorização e de um estressetóxico de origem no ambiente 
familiar e contribuem assim fortemente para a possibilidade de um fracasso escolar e consequentemente 
psíquico. 
 
Fatores relacionados a criança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variáveis orgânicas: 
➔ Anemia e/ou deficiências nutricionais 
secundárias a erro alimentar 
➔ Déficit sensorial (auditivo ou visual) 
➔ Epilepsia (investigar também tipo 
ausência) 
➔ Desnutrição ou obesidade 
➔ Hipotireoidismo 
➔ Infecções de repetição 
➔ Doenças crônicas 
➔ Apneia do sono 
Variáveis relacionadas à escola ou ao 
método de ensino: 
➔ Adequação dos métodos de ensino 
➔ Competência do professor 
➔ Interação entre aluno e professor 
➔ Qualidade das instalações escolares 
➔ Socialização da criança 
➔ Presença de bullying 
Variáveis afetivo-emocionais 
➔ Depressão 
➔ Ansiedade generalizada e/ou social 
➔ Mutismo seletivo 
➔ Transtorno do espectro autista 
➔ TOD (Transtorno Opositor Desafiante) 
➔ Transtornos de conduta 
ARIELY MESANINI 
Cuidados com a higiene pessoal e ambiente 
 Lavar as mãos com sabão é a melhor maneira de eliminar vírus e bactérias da pele 
 Higiene corporal (banho, cortar as unhas, cabelos) 
 Escovar os dentes após as refeições, outro passo essencial, usar pasta de dente, fio dentar e 
enxaguante bucal 
 Lavar roupas pessoais e de cama 
 Limpezas de áreas (uso de detergente, álcool 70%, hipoclorito de sódio 1%) 
 Adotar medidas de saneamento 
 Evitar o consumo de água potencialmente contaminada (não filtrada) ou alimentos crus, 
principalmente frutas e hortaliças; 
 Ferver a água auxilia para matar os microrganismos presentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias 
FERREIRA, Daniela; FERREIRA, Fernanda Lúcia Alves. Teniase e Cisticercose. PUBVET, v. 11, p. 103-
206, 2016. 
PENNA, Francisco José et al. Parasitoses intestinais. Rev Med Minas Gerais 2004; 14 (1 Supl. 1): S3-S12. 
Disponível em: file:///D:/Users/Acer/Downloads/Parasitose%20interninal%202%20(1).pdf. 
PRATA, AR., and COURA, JR. Fases e formas clínicas da Esquistossomose mansoni. In: CARVALHO, OS., 
COELHO, PMZ., and LENZI, HL., orgs. Schitosoma mansoni e esquistossomose: uma visão multidisciplinar 
[online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2008. 
SILVA, FLÁVIA DA. PARASITOSES INTESTINAIS NA INFÂNCIA: UMA BREVE REVISÃO DE 
LITERATURA. Ariquemes – RO. 2012. 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Diretrizes do Departamento Cientifico Pediatria do Desenvolvimento e 
Comportamento. O papel do pediatra diante da criança com Dificuldade Escolar. N° 1. Setembro de 2018. 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Parasitoses intestinais. N° 4. Setembro de 2020.

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