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Arquitetura e topografia alveolodental 1 🦷 Arquitetura e topografia alveolodental Created Property Tags Unidade 1 Generalidades Alvéolo dentário: onde o dente está implantado Depende do dente → se não tiver dente, não tem alvéolo Exodontia → alvéolo fica visível por alguns dias e com o tempo reabsorve No cadáver, após a extração do dente, o alvéolo permanece intacto Formado pela cortical alveolar, as corticais vestibulares e o tecido ósseo trabecular (esponjoso) Processos alveolares: conjunto de alvéolos dentários que compõem os arcos dentais (maxilar e mandibular) 32 dentes na dentição permanente e 20 na dentição decídua November 23, 2020 207 PM Arquitetura e topografia alveolodental 2 Osso alveolar: Cortical alveolar → tecido ósseo que está revestindo a região do alvéolo internamente Parte do osso alveolar que está em contato com o dente Lâmina dura (radiologia) Corticais vestibular e lingual (palatina) Formadas por tecido ósseo que reveste externamente o osso alveolar Por fora é vestibular e por dentro é lingual (região do palato e arcada superior - palatina) Impressão da raiz dos dentes → eminências alveolares Mesmo nome do dente associado Tecido ósseo trabecular (esponjosa) Entre as corticais Dependendo da região pode ter mais ou menos (espessura varia) Tábua óssea vestibular Cortical alveolar + cortical vestibular + tecido esponjoso Tábua óssea lingual Cortical alveolar + cortical lingual (palatina) +tecido esponjoso Alvéolos dentários: em conjunto formam processos alveolares Arquitetura e topografia alveolodental 3 Processos alveolares precisam de separações Dentes com mais de uma raiz precisam de separações entre as raízes Septos interalveolares (interdentários): separam alvéolos / dentes Septos interradiculares (intralveolares): separam raízes Dentes das regiões anteriores tem somente uma raíz Primeiro pré-molar superior tem geralmente 2 raízes e o segundo 1 Os molares tem 3 raízes cada - superiores (maxila) Mandíbula: dentes anteriores e pré-molares tem 1 raíz e molares tem 2 Articulação alveolodental Tecido interposto entre o dente e o osso alveolar → ligamento periodontal Ligamento periodontal faz gonfose (articulação fibrosa) → articula o dente com o alvéolo A presença desse ligamento → tecido fibroso amortece carga mastigatória e permite discreta mobilidade dentária no interior do alvéolo Arquitetura e topografia alveolodental 4 Anquilose dental → ligamento calcifica e causa uma "fusão" com o osso → dente fica preso ao osso Desenvolvimento da cabeça óssea → no neonato o tecido muscular ainda não está bem desenvolvido Arquitetura da maxila e mandíbula A estrutura de uma maxila não é a mesma de uma mandíbula → diferentes proporções de tecido esponjoso e cortical Maxila: mais osso esponjoso - mais frágil Arquitetura e topografia alveolodental 5 Mandíbula: mais osso compacto - mais resistente Tecido denso Topografia da maxila Corticais ósseas delgadas Muito tecido esponjoso Ex. entre as corticais vestibular e lingual Pilares e arcos de resistência Arcos: regiões de espessamento ósseo que comunicam os pilares Parede vestibular delgada Fusionada à cortical alveolar → quase não tem tecido esponjoso entre eles Risco de surgimento de janela óssea que possui ponte óssea entre a janela e a crista alveolar (região óssea mais próxima da coroa dentária) → fenestração Risco do surgimento de uma janela óssea que não possui ponte óssea entre a janela óssea e a raiz → deiscência Tábula óssea palatina Homogênea (no geral) Arquitetura e topografia alveolodental 6 Em região anterior terá alteração, porque os dentes dessa região (incisivos centrais, laterais e caninos) formam o palato com angulação de 45º → tábula mais esponjosa, tem maior espessura A partir do primeiro pré-molar superior o arco dental passa a ser mais vertical → quase 90º de angulação 💡 Região anterior: incisivos e caninos 💡 Região média: pré-molares 💡 Região posterior: molares Relações dos dentes anteriores superiores: Cortical vestibular próxima à alveolar (delgada, estão fusionadas → praticamente não há tecido esponjoso) Proximidade devido a escassez de tecido esponjoso Arquitetura e topografia alveolodental 7 Em relação à porção palatina a parede é mais espessa O incisivo lateral superior pode ter inclinação diferente, para a região do palato → a região esponjosa lingual será pouco espessa Na região do palato estão o canal e a fossa incisiva (entre os incisivos centrais) → regiões de abertura, com diferença de topografia Relação de proximidade com a cavidade nasal Fatores que influenciam: comprimento da raiz (quanto maior, mais próxima), quantidade de tecido ósseo entre os ápices dentários e o assoalho da cavidade nasal (quanto maior, mais difícil de que os elementos cheguem próximos da cav. nasal) e o padrão vertical de face: leptoprosopo (altura predomina sobre a largura → geralmente tem mais tecido ósseo na região de transição), euriprosopo (largura maior que a altura → dentes mais próximos da cavidade nasal), mesoprosopo (proporções mais equilibradas) Incisivos centrais superiores tem maior intimidade com a cavidade nasal Tem comprimento radicular maior Infecção pode ir para a cavidade nasal Arquitetura e topografia alveolodental 8 Incisivos laterais tem menor proximidade com a cavidade nasal Ápice radicular próximo ao palato Dentes supranumerários → surgem em região de cavidade nasal Canino superior: possui área de proteção (pilar canino) Densidade óssea maior na área Tem uma morfologia favorável a sua resistência Raiz robusta → eminência canina Arquitetura e topografia alveolodental 9 Relações dos dentes pré-molares superiores Não há mais elementos dentários inclinados → padrão mais vertical Maior proximidade entre corticais alveolar e vestibular → pouco esponjoso entre as duas Osso esponjoso por palatina variável → primeiro pré-molar superior geralmente tem esponjosa menos espessa (tem duas raízes) Primeiro pré-molar superior: 2 raízes Uma raiz vestibular e uma raiz lingual Raiz lingual → mais próxima do palato → esponjosa menos espessa nessa região Segundo pré-molar superior: 1 raiz Única raiz vertical, mais voltada para o seio maxilar Arquitetura e topografia alveolodental 10 Os dois dentes possuem relação com o seio maxilar Primeiro pré-molar superior: próximo ao pilar canino → espessura se estende a ele, então possui uma proteção natural Segundo pré-molar superior: proximidade maior com o seio maxilar, porém sua quantidade de tecido ósseo entre as duas áreas é variável → causa impressões na região do seio maxilar Relações dos dentes molares superiores Primeiro molar superior: recebe proteção do pilar zigomático Estrutura próxima: crista infrazigomática → área de proteção, garante espessura maior Raízes palatinas tem sentido oblíquo em relação ao palato Duas raízes vestibulares e uma raiz palatina Espessura da esponjosa é menor devido à inclinação da raiz → mais observado em 1º e 2º molar Arquitetura e topografia alveolodental 11 3º molar: comum o acontecimento de fusionamento radicular → a esponjosa é mais espessa nesse caso Primeiro e segundo molares superiores tem relação com o pilar zigomático, tendo seu início no alvéolo do 1º molar e existindo proximidade com o 2º molar Terceiro molar superior têm relação com a tuberosidade da maxila, que se localiza em região posterior de seio maxilar → maior fragilidade Fratura: comunicação bucosinusal (entre cavidade oral e seio maxilar) Relação com o pilar pterigóideo A região dos molares superiores têm maior intimidade com o seio maxilar Primeiro e segundo molar estão situados abaixo dele → maior proximidade Terceiro molar: face mesial (voltada para região mediana) voltada para a parede posterior do seio maxilar Pneumatização do seio maxilar: comum em pessoas com perda dentária → dentes superiores "seguram seio maxilar", caso não haja dentes, o seio maxilar se expande Seio MaxilarSeio paranasal lateral Arquitetura e topografia alveolodental 12 Cavidade preenchida por ar Recoberto por mucosa Dimensões variáveis (idade, gênero, etnia. existência de dentes superiores) Relações Parede lateral: osso zigomático Parede medial: cavidade nasal Parede superior: soalho da órbita Parede inferior: ápices radiculares dos dentes posteriores Parede anterior: região entre a eminência canina e a crista infrazigomática Parede posterior: face infratemporal da maxila Há presença de septos incompletos → não fazem separações Cúpulas alveolares → locais de relação do seio maxilar com os ápices dentários Relações diferentes para os elementos dentários associados a ele Elementos dentários da região média 2MS > 1MS > 3MS > PMS 1º molar superior tem raízes mais divergentes e 2º molar superior tem raízes mais convergentes, então estão mais próximas do seio maxilar Grau de pneumatização do seio maxilar Arquitetura e topografia alveolodental 13 Sinusite odontogênica → o dente causa a sinusite, passando um processo infeccioso para a área que gera secreção, levando à sinusite Exodontias de dentes superiores posteriores: risco de comunicação bucossinusal / fístula orosinusal Quanto menor a esponjosa entre o dente e o seio maxilar maior o risco de ocorrência Se ela permanece aberta, há entrada e saída de uma cavidade para a outra → acontece quando o coágulo é removido Topografia da mandíbula Densidade óssea substancialmente maior Cortical alveolar mais espessa Esponjosa tem densidade maior Mais resistente As relações de proximidade são em relação à vestibular e à lingual Relações dos dentes anteriores inferiores Arquitetura e topografia alveolodental 14 Maior proximidade entre as corticais vestibular e lingual e a alveolar Menor presença de tecido esponjoso Normalmente fusionadas Pode ter presença de frenestrações e deiscências Diferença em relação às duas corticais Cortical lingual é mais resistente (mais densa) Em caso de processo infeccioso é comum o surgimento de fístulas vestibulares, pois a cortical vestibular é mais fina Há risco de fratura da tábua óssea alveolar em exodontias Relações dos dentes pré-molares inferiores Aumento de espessura das tábuas ósseas vestibular e lingual Arquitetura e topografia alveolodental 15 Quando há áreas de inserção muscular, a região é mais espessa Pré-molares: região direta na cortical lingual com a linha milo-hióidea (associada com o músculo milo-hióideo) Forame mentual → área de passagem de vasos e nervos, que se situa entre o 1º e o 2º pré-molar inferior Canal mandibular / canal mentual Passa por toda a mandibula e há uma separação de estruturas quando chega nos pré-molares (forame mentual) O nervo alveolar inferior se ramifica → uma parte passa pelo forame mentual (nervo mentual) e outra parte continua como nervo incisivo 2º pré-molar inferior tem relação principal com o canal mandibular 1º pré-molar inferior tem relação principal com o canal mentual Relação dos dentes molares inferiores Maior espessura está na região vestibular Parede vestibular possui linha oblíqua, associada com o músculo oblíquo Arquitetura e topografia alveolodental 16 A parede lingual é mais delgada No arco mandibular, o osso possui arqueamento maior que o dentário, por isso o arco dentário é geralmente mais deslocado para lingual 2º ou 3º molares inferiores: tem relação com o trígono retromolar Tem relação com o tendão profundo do músculo temporal e com o ligamento pterigomandibular Relações com o canal mandibular Relação dentária durante todo o trajeto do nervo Abriga o feixe vasculonervoso alveolar inferior Tem diferença quando chega na altura dos pré-molares Forame mandibular → inicio do trajeto → passa pelos dentes levando informação nervosa e sangue → chega ao forame mentual → feixe vasculonervosomentual → incisivo Arquitetura e topografia alveolodental 17 Relações com o músculo milo-hióideo Importante para a formação do assoalho oral → forra a região Tem relação direta com a linha milo-hióidea Relações mais próximas com molares e pré-molares No segundo e no primeiro molar, o ápice radicular está acima da milo- hióidea, já o terceiro molar inferior, possui seus ápices abaixo da linha Dependendo da posição do ápice dentário, pode-se ter diferentes regiões de propagação de infecção Infecção pode ir para vestibular ou para lingual → quando vai para lingual pode ir para outras duas áreas Ápice dentário abaixo do músculo milo-hióideo→ infeção vai para as glândulas submandibulares Ápice dentário acima do músculo milo-hióideo → infecção vai para as glândulas sublinguais Arquitetura e topografia alveolodental 18 Áreas doadoras de enxerto Região mentual → tem trajetória de resistência Linha oblíqua Arco desdentado Perda dos dentes dos arcos alveolares Reabsorção do osso alveolar que passa a ser rebordo alveolar A cortical alveolar não existe mais e as corticais vestibular e lingual se fusionam, com a esponjosa sendo mínima A maxila perde altura e largura, já a mandíbula perde altura Um paciente não reabilitado sofre mudança na dimensão vertical de oclusão DVO → passa a ter configuração curva da face devido ao processo de reabsorção diferenciado → arcos não se encontram mais Quando há prótese o paciente consegue recuperar o perfil facial Maxila → forame incisivo é anteriorizado Mandíbula → espinhas genianas, forame mentual e canal mandibular passam a ser mais superiores (mais oclusal) → trajetos mais superficiais Uma prótese não adaptada pode traumatizar os feixes vasos-nervosos da região
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