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TCC - ZENAIDE - formatado

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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NAS SERIES INICIAIS 
DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
GARCIA, Zenaide Rosa Gomes1 
zenaide.grosagomes@yahoo.com.br 
Orientador (a): Elenice Israel da Silva2 
elenice.silva@uniube.br 
RESUMO 
 
 
O lúdico é presente nas atividades cotidianas da vida humana e é caracterizado por 
sua capacidade de sugerir funcionalidade, satisfação e por sua forma espontânea. 
Dessa forma então, o lúdico pode colaborar na constituição do processo ensino 
aprendizagem nas áreas todas do conhecimento, desde que seja trabalhada 
conforme a faixa etária dos alunos, para que assim obtenha os objetivos 
pretendidos. É enriquecedor o trabalho de forma interdisciplinar, que quando feito 
através da ludicidade, abrange diversos conhecimentos de uma só vez. Ao escolher 
um jogo, o professor precisa visualizar, avaliar e destacar o que deseja alcançar, ao 
empregar o jogo, como uma ferramenta de função educativa. Deixando visível que o 
mais importante do que demarcarmos a metodologia utilizada, é oportunizar às 
crianças uma maneira prazerosa e dinâmica de aprendizado 
 
Palavras-chave: Aprendizado. Desenvolvimento. Ludicidade. 
 
 
THE IMPORTANCE OF LUDICITY IN THE INITIAL SERIES OF FUNDAMENTAL 
EDUCATION 
ABSTRACT 
 
 
 
1 Graduação em Pedagogia pela Universidade de Uberaba - UNIUBE da autora: Zenaide Garcia 
Rosa Gomes e-mail: Zenaide.grosagomes@yahoo.com.br 
 
2 Especialização em Docência na Educação Superior pela Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro, Brasil (2010). Professor Titular da Universidade de Uberaba, Brasil. 
 
 
mailto:Zenaide.grosagomes@yahoo.com.br
The playful part of human life in their day-to-day activities and is characterised by its 
ability to offer satisfaction, functionality, and by his spontaneity. In this light, the 
playful can assist in the construction of teaching-learning process in all areas of 
knowledge, provided that it is crafted according to the age group of students to be 
able to achieve the proposed objectives. Is eminent that is enriching interdisciplinary 
work, which when performed through the playfulness, will involve multiple knowledge 
at once. The teacher to choose a game should see analyse and emphasize what 
aims to achieve, by using the game, as an instrument of educative function. Leaving 
of course more important than dam up which the methodology that we use, is to 
expand the children a pleasant and dynamic way of learning 
 
Key-words: Learning. Development. Ludicidad. 
 
INTRODUÇÃO 
 
É notável que desde o início da humanidade o ser humano é um ser sentimental que 
procura definições aceitáveis, de tudo que o rodeia para que alcance e aperfeiçoe o 
conhecimento. 
O aluno, ao entrar no ambiente escolar está repleto de ansiedades e perspectivas 
em descobrir um universo novo e com muitos mistérios. Assim, para que o interesse 
das crianças não se submerja no vazio e se desestimule, compete ao educador ficar 
atento às metodologias de ensino inovadoras. Isso faz com que a ludicidade nos 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental, se torne de extrema importância 
proporcionando a flexibilidade com que pode ser desenvolvido o processo 
educacional, deixando as aulas mais produtivas. Partindo do ponto em que o 
processo de construção é interativo e dinâmico entre aluno, professor, objetos de 
estudo e o meio, o professor ao empregar o lúdico estará colaborando no prazer em 
aprender. 
Deste modo, a pesquisa aqui desenvolvida busca evidenciar a importância das 
atividades lúdicas, quando aplicadas de maneira correta segundo denotação de 
especialistas. Assim sendo, amparando-me em notáveis referenciais teóricos, a 
proposta de trabalho aqui exibida, tem como objetivo a investigação de conceitos, 
como também a aplicação de jogos pedagógicos (lúdico), e sua capacidade de 
originar a captação de uma aprendizagem expressiva no processo de escolarização. 
 
1 O QUE É LUDICIDADE? 
 
O lúdico é primordial ao mundo infantil, perpetuando pela vida toda do ser humano. 
Sendo assim, o faz-de-conta e a realidade são interligados uma vez que as 
brincadeiras e os jogos fazem parte do mundo infantil como também da realidade. A 
atividade lúdica participa como um elo integrador dos aspectos afetivos, sociais, 
motores e cognitivos. Espontaneamente a criança tem o impulso de brincar e 
quando esta vontade é integrada com a aprendizagem, o estudo passa a ser 
prazeroso e é conseguido de maneira abrangente e intensa. (MALAQUIAS, 2013) 
A ludicidade, não importando a idade cronológica, continuamente está presente na 
vida do ser humano. O método lúdico não pode ser compreendido somente como 
instantes de diversão e prazer, mas sim momentos de interação social, de 
desenvolvimento criativo e maior domínio lógico, cognitivo, afetivo e motor. 
(IAVORSKI, 2008) 
O lúdico vem da palavra latina ―ludus‖ que significa jogo. Deste modo, segundo o 
seu significado, menciona-se ao ato de brincar, ao movimento natural. Atualmente, o 
conceito de lúdico ultrapassa o simples brincar, sendo idealizado como necessidade 
fundamental da personalidade, do corpo e da mente. (ALMEIDA, 2006) 
São englobados no aspecto lúdico, todos os exercícios que têm características de 
jogo, brinquedo ou brincadeira. São conceitos distintos, mas reunidos dentro do 
mundo lúdico. O jogo é uma regra, a brincadeira é o ato de brincar e o brinquedo é o 
objeto manipulável. (SCHEIBER, 2010) 
Conforme Luckesi são aquelas atividades que proporcionam uma experiência de 
perfeição, em que nos envolvemos por inteiro, estando saudáveis e flexíveis. Para 
Santin, são ações sentidas e vividas, não definíveis por palavras, mas entendidas 
pela fruição, povoadas pela imaginação, pela fantasia e pelos sonhos que se 
proferem como teias tecidas com materiais simbólicos. Destarte, elas não são 
localizadas nos prazeres estereotipados, no que é oferecido pronto, pois, estes não 
têm a marca da singularidade do indivíduo que as vivencia. O que importa na 
atividade lúdica, não é somente o produto da atividade, o que dela deriva, mas a 
própria ação, o movimento vivido. Permite a quem a vivencia, instantes de encontro 
consigo e com o outro, momentos de realidade e de fantasia, de percepção e 
ressignificação, momentos de cuidar de si, de autoconhecimento do outro e olhar 
para o outro, momentos de vida. (VIEIRA, 2016) 
O ―brincar‖ dessa forma, necessita ser levado a sério, percebido em outra 
concepção. É a assimilação pelas crianças das habilidades no campo da linguagem, 
da cognição e dos valores sociais. (RODRIGUES, 2009) 
As atividades lúdicas são aquelas que integram o pensamento, a ação e o 
sentimento. Podem ser um jogo, uma brincadeira ou qualquer outra atividade que 
permita instaurar um dinamismo de sensibilização ou de integração do grupo. A 
escola tradicional se importa somente na transmissão de conteúdo, abandonando o 
aspecto lúdico no decorrer da prática pedagógica. Os educadores debatem a 
respeito das atividades lúdicas, mas não as exercitam. Contudo, essa modificação é 
complicada, pois demanda um preparo do professor no começo de sua formação, o 
que por inúmeras vezes não ocorre. O professor em uma sala adequada ao contexto 
lúdico, abandona a sua centralização, ao controle onipotente e repassa para o aluno 
um jeito ativo, aflorando sua criatividade e espontaneidade. (ALMEIDA, 2006) 
Callois (1986) exibe que por ter caráter gratuito, a atividade lúdica é desacreditada 
na sociedade contemporânea. Porém, em contraponto, é essa característica que 
propicia ao indivíduo o contato com a atividade de maneira despreocupada. Sendo 
assim, França (1994) completa que dentro do currículo pré-escolar, as brincadeiras 
são somente determinadas como recreação que permite o desgaste de energia. 
(SCHEIBER, 2010) 
Por meio de uma formação lúdica, o professor conhece-se melhor, desbloqueando 
resistências naturais ao brinquedo e ao jogo. Nesta temática, o educador vê nasbrincadeiras uma importante ferramenta pedagógica. (IAVORSKI, 2008) 
Na sala de aula por meio do uso da ludicidade, o professor descobre uma forma de 
ensinar prazerosa e divertida. Kishimoto destaca que ―brinquedos e brincadeiras são 
maneiras excepcionais de desenvolvimento e assimilação […] sendo instrumentos 
imprescindíveis da prática pedagógica‖. (SCHEIBER, 2010) 
No mesmo intercâmbio social conseguido na brincadeira proporciona conhecimentos 
de lógica durante o desenvolvimento infantil, já que as crianças passam a empregar 
as palavras que são entendidas e utilizá-las com lógica. O novo olhar para a 
atividade lúdica para este autor, proporciona o desenvolvimento do pensamento e de 
outras habilidades. (ALMEIDA, 2006) 
O desenvolvimento infantil está correlacionado à realidade de seu espaço. Segundo 
Vygotsky, a aprendizagem floresce a partir das relações sociais, sendo vinculados 
ao pensamento e à linguagem e, desde os anos inicias de vida humana. O 
desenvolvimento da criança é influenciado por esta relação, com impacto nas 
práticas educacionais às quais ela será submetida. Se a relação entre a pessoa e o 
ambiente esteja defasada, seu desenvolvimento também será. (MALAQUIAS; 
RIBEIRO, 2013) 
As vivências lúdicas recomendam o despertar do prazer em aprender. O professor 
que não aprende, também não possui a capacidade de ensinar. E por meio da 
sensibilização sugerida pelo lúdico, que o professor se põe como indivíduo passivo 
perante das atividades desafiadoras e dinâmicas, acentuando seu gosto pelo 
conhecimento. E como o professor se torna um aprendiz? Colocando-se no lugar da 
criança, permitindo com que o mundo interdisciplinar e imaginativo explane como o 
―eu‖ pode colaborar no crescimento do ―outro‖. (ALMEIDA, 2006) 
Por estes e vários outros motivos que a ludicidade é primordial ao ser humano, não 
somente como prática recreativa, mas também como proposta de procura por 
conhecimento. Interligado a fatores sociais e culturais o desenvolvimento individual 
proporcionado pela ludicidade, propicia uma boa saúde mental e física, contribuindo 
para o desenvolvimento global e integral do indivíduo em seu processo de 
conhecimento. (IAVORSKI, 2008) 
 
1.1 O Jogo e suas Especificações 
 
A aprendizagem por meio dos jogos é uma maneira dinâmica da captação do saber, 
fazendo com que a criança ―tome gosto‖ pelo aprender, tendo prazer em estar no 
recinto educacional. O professor é favorecido de forma concomitante, uma vez que o 
repasse de seus conhecimentos através dos métodos lúdicos é promovido, 
possibilitando uma investigação a respeito do modo de pensar do aluno, auxiliando-o 
no seu aprimoramento por meio da transposição de suas dificuldades. (IAVORSKI, 
2008) 
O jogo como desenvolvimento infantil, passa de um simples jogo de exercício, 
advindo pelo jogo simbólico e de construção, até chegar ao jogo social. A atividade 
lúdica no primeiro deles, faz referência ao movimento corporal sem verbalização, já 
o segundo é a fantasia, o faz-de-conta, o jogo de construção é uma espécie de 
passagem para o social. E enfim o jogo social é aquele assinalado pela atividade 
coletiva de energizar trocas e a consideração pelas regras. (CEBALOS, 2011) 
O jogo de exercício é empregado quando ainda a criança não desenvolveu sua 
linguagem verbal, repetindo somente os gestos por meio da mímica. Este tipo de 
jogo fortalece os aspectos motores e sensoriais. ―O jogo de exercício não possui 
outro desígnio que não o próprio prazer de funcionamento. ‖ O jogo de construção 
abandona de lado o simbolismo e tem em vista à inclusão da criança e sua agudeza 
como integrante de uma comunidade. É característico deste jogo, materiais 
diversificados para manipulação infantil, especialmente seu contato com a natureza. 
Sendo assim, é potencializado os aspectos cognitivos, afetivos e motores da criança, 
acentuando sua criatividade dentro da sistematização escolar. (IAVORSKI, 2008) 
O jogo simbólico é o aproveitamento do real por meio de símbolos, onde o faz-de-
conta ganha evidência. Existe liberdade no regramento, sendo os desejos infantis 
ajustados à atividade. As crianças descobrem no jogo simbólico a probabilidade de 
efetivação de seus sonhos, aflorando seus medos, angústias e os suavizando. A 
reprodução conseguida pela criança pode ser diversificada com a vivência de 
diversos personagens em várias situações. No jogo de regras é admitido o 
desenvolvimento lógico infantil, trabalhando essencialmente o respeito e a ética. É 
necessário que se analisem as regras, planejando-se taticamente e raciocinando de 
maneira operatória. O jogo de regras além do desenvolvimento cognitivo, possibilita 
grandes avanços no aspecto emocional, pois a criança necessita lidar com perdas e 
ganhos. (MODESTO, 2014) 
 
1.2 O Jogo no Processo Educacional 
 
O jogo possibilita a aprendizagem, seja ela formal ou informal e pode ocorrer dentro 
e fora da escola. Nas suas várias formas, ele ajuda no processo ensino-
aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da 
motricidade fina e ampla, como também no desenvolvimento de aptidões do 
pensamento, como a interpretação, a criatividade, a imaginação, a tomada de 
decisão, o levantamento de hipóteses, a aquisição e organização de informações e a 
aplicação dos acontecimentos e dos princípios a novas ocasiões que, por sua vez, 
ocorrem quando obedecemos a regras, quando jogamos, quando vivenciamos 
conflitos numa competição, etc. 
 
Os jogos aplicados em sala de aula dentre outras características precisam: 
● instigar a imaginação infantil; 
● ter força socializadora, auxiliando no processo de interação social; 
● ajudar na aquisição da autoestima; 
● permitir a emoção infantil; 
● facilitador de aprendizagem 
 
Jogar em sala de aula permite ocasiões ricas em aprendizagem e interação, 
ajudando educadores e educandos no processo de ensino e aprendizagem. Uma 
vez que tem sempre o caráter de novidade, o que é essencial para acordar o 
interesse da criança. Para a construção do conhecimento, os jogos são um dos 
meios mais favoráveis. A criança neles, usa o seu equipamento sensório-motor, pois 
o corpo é ativado e o pensamento também. De acordo com a atividade, ela passa a 
desenvolver as suas aptidões, vai distinguindo a sua capacidade e desenvolvendo 
cada vez mais a autoconfiança. 
O jogo exibe continuamente duas funções no processo de ensino-aprendizagem. A 
primeira é lúdica, onde a criança encontra satisfação e prazer no jogar, e a segunda 
é educativa, onde por meio do jogo a criança é ensinada para a convivência social, 
já que o mundo à qual faz parte tem regras e leis as quais necessitam ser 
apreciadas e internalizadas. A criança permanecendo em um constante processo de 
desenvolvimento, ela brinca, porque a brincadeira sugere contribuições a se 
desenvolver. 
 
1.3 Educação e Ludicidade 
 
Percebe-se na perspectiva interacionista, a importância das interações entre os 
alunos e seu meio social. Continuando dessa suposição teórica o educador passa a 
ser o mediador no processo ensino-aprendizagem. 
A prática pedagógica precisará propiciar aos alunos ocasiões problemas que 
instigue seu raciocínio lógico, destacando procedimentos lúdicos. Com a finalidade 
de promover transformações expressivas no contexto educacional, que venha 
desenvolver não apenas o cognitivo do aprendiz, assim como o todo que o compõe 
enquanto ser humano. Como ressalta Jean Piaget: 
―O pensamento procede na vida social, como na vida individual da ação e 
uma sociedade é basicamente um sistema de atividades. É da apreciação 
dessas interações no comportamento mesmo que emana então a 
elucidação das representações coletivas, ou interações transformando a 
consciência dos indivíduos‖. (Piaget, 1973, p. 33) 
É convicto, assegurarmos que a educação do ser humano vai muito além da 
transmissão de conhecimentos. E sim, a procura de apreensão dos mesmosnuma 
perspectiva proeminente ao seu refinamento intelectual, no qual a mesma precisa 
ser constante e dinâmica, sob a reflexão de suas ações, como os garante Almeida: 
―A ação de buscar e de apropriar-se dos conhecimentos para modificar demanda 
dos alunos esforços, indagação, participação, reflexão, criação, socialização com 
prazer, relações essas que compõem a essência psicológica da educação lúdica‖. 
(p. 29, 1995) 
A atividade lúdica é uma ferramenta que permite as crianças à aprenderem 
relacionar-se com outros, causa maior desenvolvimento motor, cognitivo, social e 
afetivo. A criança, por meio do brincar, prova, descobre, adquire habilidades, 
inventa, além de incitar a criatividade, curiosidade, autonomia, autoconfiança, 
possibilita o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração por 
causa da ocasião de alguns jogos e brincadeiras, por conseguinte originando um 
amadurecimento de novos conhecimentos. 
 
1.4 O Aprender Através do Brincar 
 
O jogar e o brincar são atos imprescindíveis à saúde física, emocional e intelectual e 
continuamente estiveram presentes em qualquer povo desde os mais longínquos 
tempos. Por meio deles, a criança desenvolve a socialização, a linguagem, o 
pensamento, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão com 
capacidade de encarar desafios e participar na construção de um mundo melhor. 
São, por si só, uma situação de aprendizagem, o jogo e a brincadeira. A imaginação 
e a as regras beneficiam a criança com comportamento além dos comuns. Ela 
reproduz muitas circunstâncias vividas em seu dia-a-dia, que através do ―faz-de-
conta‖ são reelaboradas de forma criativa, vislumbrando novas possibilidades e 
interpretações do real. 
Para Redin (2000): 
A criança que joga está reinventando uma maior parte do saber humano. 
Além do valor inconteste do movimento interno e externo para os 
desenvolvimentos físicos, motor e psíquicos, além do tateio, que é a forma 
distinta de contato com o mundo, a criança saudável tem a capacidade de 
agir a respeito do mundo e os outros por meio da fantasia, do simbólico e da 
imaginação e, pelos quais o mundo tem seus limites extrapolados: a criança 
cria o mundo e a natureza, o constitui e o transforma e, neste instante, ela 
se cria e se modifica (p.64). 
O mundo da imaginação, da fantasia, do jogo, do brinquedo e da brincadeira, além 
de muito prazeroso é também um mundo onde a criança está em constante 
exercício, não somente nos aspectos emocionais ou físicos, mas, especialmente no 
aspecto intelectual. 
É possível notar nas realizações dos estágios, que o lúdico e o brincar estão mais 
presentes na educação infantil do que nas séries iniciais. Nesta, a sala de aula é 
exposta como coisa séria, não consentindo espaço para o divertimento; o rigor e a 
disciplina são conservados em nome dos padrões institucionais, o que torna o 
ambiente infantil artificial, afastado dos gostos das crianças. O brincar se sintetiza 
em ouvir histórias ou cantar umas músicas. A hora do recreio e a hora da saída se 
tornam os únicos instantes em que as crianças despem da responsabilidade da 
escola para admitir-se em brincar e ser criança. 
Os professores estão mais preocupados com o conteúdo, e a organização na sala 
de aula e com o silencio. Eles precisam ter em mente que o jogo não é meramente 
um ―passatempo‖ para entreter os alunos, pelo contrário, satisfaz a uma intensa 
exigência do organismo e toma lugar de formidável importância na educação 
escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, as faculdades intelectuais, a 
coordenação muscular, a iniciativa individual, beneficiando o começo e o progresso 
da palavra. Instiga a analisar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em 
que se vive. Por meio do jogo o indivíduo pode brincar espontaneamente, avaliar 
hipóteses, descobrir toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é eficaz para que a 
criança desponte sua criatividade, empregando suas potencialidades de forma 
integral. É apenas sendo criativo que a criança expõe seu próprio eu (TEZANI, 
2004). 
Conforme Santos (2000): 
Pais e educadores precisam ter clareza quanto aos brinquedos, brincadeiras 
e/ou jogos que são imprescindíveis para as crianças, sabendo que eles 
trazem grandes subsídios ao desenvolvimento da habilidade de pensar e 
aprender. No jogo, ela está livre para descobrir, brincar e/ou jogar com seus 
próprios ritmos, para autocontrolar suas atividades, muitas vezes é alentada 
com respostas imediatas de sucesso ou encorajada a tentar novamente, se 
da primeira alternativa não alcançou o resultado almejado (p166). 
Os educadores e pais necessitam estar conscientes que brincar só faz bem para a 
criança, pois ela ao brincar se sente livre para criar e recriar o mundo ao seu modo 
desenvolve, amadurece e aprende ao mesmo tempo. Os jogos, os brinquedos e as 
brincadeiras são atividades essenciais nas áreas de estimulação da educação 
infantil e nas séries iniciais, e é uma das maneiras mais prazerosa e natural no 
processo de aprendizagem. 
É constatado por meio das observações e da prática em sala de aula, que os jogos e 
brincadeiras mais repetidas na educação infantil são: pintura, rodas e cantigas, 
massinha de modelar, contar histórias, brincadeiras livres com brinquedos e 
atividades no parquinho da escola. Já nas séries iniciais normalmente são 
empregados os jogos educativos, como, quebra-cabeça, jogo de memória, jogos 
matemáticos e a educação física. 
O que é possível observar que os professores das séries iniciais separam o lúdico 
da vivência dos alunos em sala de aula, ao oposto de aproveitarem como ferramenta 
facilitadora da aprendizagem. Já que trabalhar de maneira lúdica demanda mais 
tempo, envolvimento e dedicação e muitos não estão preparados a sair de suas 
posições cômodas. 
Quanto mais abastada for a experiência pela criança, maior será o material acessível 
e disponível à sua imaginação, então vem a necessidade do professor expandir, 
cada vez mais, as vivências da criança com os jogos, brinquedos e brincadeiras. A 
ludicidade precisa permear o espaço escolar com a finalidade de modificá-lo num 
espaço de descobertas, de criatividade, de imaginação, por fim, num lugar onde as 
crianças tenham prazer pelo ato de aprender. 
As crianças estão sempre prontas para brincar e jogar. Cabe ao educador sugerir 
atividades que gerem essa motivação, que abranjam os alunos e o conhecimento, 
propiciando uma aprendizagem de qualidade. 
 
2 O USO LÚDICO COMO MEIO FACILITADOR NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM 
 
Um dos desígnios do trabalho lúdico é o de ajudar a criança a alcançar melhor 
desempenho na aprendizagem por meio da utilização de uma metodologia 
espontânea, recreativa e divertida, o lúdico atua também como maneira de 
comunicação das crianças, tornando a aprendizagem segundo seu modo de ver o 
mundo, acatando suas características e raciocínios próprios. 
Estão passando por reformulações profundas o cargo do profissional de educação 
infantil. O que se aguardava dele há certas décadas, não obedece mais aos dias 
atuais. Os debates nessa perspectiva estão recomendando a necessidade de uma 
formação mais unificadora e abrangente para educadores infantis e de uma 
reestruturação dos quadros de carreira que tenham em consideração os 
conhecimentos já acumulados no exercício profissional, assim como permita a 
atualização profissional. 
Outro documento de grande importância foi o estudo introdutório do referencial 
curricular nacional para a educação infantil na linha do brincar e chamado de 
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN's. Este documento foi estabelecido no ano 
de 1998 em Brasília por educadores especialistas no tema. 
Elencaremos abaixo alguns pontos exibidos neste estudo: 
Conforme Santos apud Kishimoto (2002, p.7) o brinquedo é o embasamento da 
estrutura do acréscimo da brincadeira. A criança pode estabelecer ações ou ideias 
que podem ter implicaçõesmeramente casuais. Cita Santos apud Brougére (2006, 
p.12-14) que para a criança que possui acesso o jogo este às vezes ocorre com 
outros olhos. 
Acordando Santos apud Kishimoto (2002, p.17-18) a criança necessita saber a 
respeito do jogo onde existem as regras, e de onde existe o início, meio e o fim, para 
que tenha a capacidade de desenvolver o jogo a criança precisa trazer as prestezas 
das inteligências lógicas. O ser humano como um todo não pode ficar inerte numa 
circunstância que está incluindo o jogo, e que inclui objetivos éticos e raciais, a 
criança precisa desenvolver a parte emocional e a motricidade o que deriva no 
desenvolvimento do psicomotor. 
Santos apud Kishimoto avulta que (2002, p.45) na educação infantil existe uma 
diferença na pré-escola. A criança menor demanda maior cuidado para que a 
atividade que incidi em atividades mais corriqueiras aconteça. As crianças da pré-
escola já exigem uma atividade que desenvolva em novas disputas que tenham o 
valor característico para si. 
Para Santos apud Brougére (2006, p.99) é por meio das brincadeiras que as 
crianças se comunicam. Essa comunicação é constante entre as mesmas e são 
capazes de um maior vínculo com os adultos. Durante as atividades lúdicas, trocam 
mais importantes informações. Aderindo Santos apud Kishimoto (2002, p. 46) 
menciona que o professor tenha conhecimento no algo que está ligado ao jogo e o 
brinquedo, necessita pesquisar várias formas para que tenham um ponto de vista 
excepcional. 
A criança segundo Santos apud Cunha (2007, p.22) pode procurar sozinha a 
descoberta do brincar em si de várias maneiras e possibilidades que indicam 
interesse que alcançam aspectos emocionais e sociais dentro da sala de aula. Para 
Santos apud Velasco (1996, p.21) o brincar para a criança é alguma coisa 
importante para que a aprendizagem seja divertida e que exista uma expressão com 
a linguagem escrita e oral e desenvolvendo o diálogo mais complicado com o mundo 
que as cercam. 
De acordo com Santos apud Velasco (1996, p.35-36) as crianças possuem diversas 
descobertas e possibilidades por meio do mundo inexplorado por eles, e a criança 
copia o adulto em várias formas de um modo especial e é através da brincadeira que 
consiste em chamar a atenção do adulto. Menciona Santos apud Cunha (2007, p.24) 
que enquanto a criança não possui interação com outras pessoas, e não é 
organizada no brincar, ela não divide e nem aprende o que é certo ou errado. 
Para Santos apud Aberastury (1992, p.69) a criança aprende por meio do jogo a 
competir e a dividir diversos tipos de jogo com o grupo, e no emprego de múltiplos 
brinquedos como: os jogos de corrida, o banco imobiliário, o dominó e que acendem 
um amplo leque para o mundo. Descrevem Santos apud Santos (1997, p.21) que na 
brinquedoteca onde é um recinto que a criança socializa e interage com outras da 
mesma faixa etária, na sua formação adequada com os brinquedos, desenvolvendo 
uma criação para o futuro e livres para descobrirem novas formas de significados e 
respostas. 
A criança segundo Santos apud Aberastury (1992, p.35) passa, portanto, a sua 
exploração do espaço e tudo aquilo que possa se ajustar nesse brinquedo ou no 
jogo que seja concreto ou no abstrato. Para que ela de início a descobrir a maneira e 
o jeito que o corpo possui e que inexplorado para seu conhecimento no mundo 
fantástico. Santos apud Velasco (1996, p.43) evidencia que a criança vive uma 
infância tranquila sem responsabilidade de um adulto reside na fase de equilíbrio 
emocional fica mais fácil de lidar com outras crianças que as cercam na sociedade. 
Conforme Santos apud Aberastury (1992, p.48) aos dois anos, a criança está 
descobrindo os recipientes que possam atrair a sua atenção e também para que o 
objeto possa despejar as substâncias de um lugar ao outro e que façam brotarem 
sons é o indicativo do conhecimento do aprender e de dominar as suas 
necessidades físicas do próprio corpo. 
Para Santos apud Velasco (1996, p.49) a criança usa de astúcias como no mundo 
de faz-de-conta, fazendo com que a brincadeira seja mais lúdica e deriva nesse 
passaporte que incide no mundo mágico. 
Santos apud Cunha (2007, p.35) cita que para a criança não necessita ter a 
quantidade e a qualidade dos brinquedos, mas precisa ter a maneira como se brinca 
de vários jeitos e o repertório mais se diferencia. Profere Santos apud Brougére 
(2006, p.102) que por causa da criança a brincadeira não pode se alterar-se em 
decorrências do comportamento que difere nas competências, no mesmo tempo, 
que vem flexionando e na futilidade da brincadeira. 
Segundo Santos apud Aberastury (1992, p.62) a criança aos três anos de idade já 
realiza alguns rabiscos que representam o seu corpo, e o de seus pais, irmãos e dos 
avôs derivando na própria imagem que é as pessoas que as cercam. 
Santos apud Kishimoto (1997, p.24) destaca que a própria criança faz uma enorme 
descoberta envolvendo de maneira importante o saber brincar e também a sua 
aproximação com o brinquedo, sugerindo um mundo de faz-de-conta e para que o 
adulto apresente uma visão diferente a respeito dessa criança. Tudo para essas 
crianças representam o faz–de-conta dependendo da faixa etária que podem mudar 
dos 3 aos 6 anos de idade aproximadamente com dados da realidade. 
Para Santos apud Aberastury, (1992, p.79) existem muitos jogos que expõe seu 
próprio significado e são de uma maneira muito pouco encoberto que são: as o 
bilboquê, bolinhas de gude, o futebol. Contudo, anunciam a sua abstração em um 
plano. Do mesmo sentido vem também a ―amarelinha‖ que a própria criança pode 
entrar e sair da brincadeira tendo dificuldades ou não e as vantagens, e tendo o céu 
e o inferno. Nessa brincadeira tanto meninas e os meninos podem brincar. 
O trabalho conduzido de forma direta com as crianças pequenas demanda que o 
educador tenha uma competência polivalente. Ser polivalente denota que ao 
educador compete trabalhar com conteúdo de naturezas variadas que abrangem 
desde cuidados básicos primordiais até conhecimentos característicos derivados das 
várias áreas do conhecimento. Este caráter polivalente exige, por sua vez, uma 
formação bastante profissional e ampla que precisa tornar-se, um principiante, 
cogitando firmemente a propósito de sua prática, discutindo com seus pares, 
conversando com as famílias e a comunidade e procurando informações 
imprescindíveis para o trabalho que desenvolve. São instrumentos imprescindíveis 
para reflexão a respeito da prática direta com as crianças a observação, o 
planejamento, o registro e a avaliação (BRASIL, 1998, p. 41). 
O educador para o desenvolvimento do trabalho direto com as crianças pequenas 
precisa apresentar uma competência no educar corajoso. Para aprimorar a um 
docente toca trabalhar os conteúdos de natureza distintas que compreende os 
cuidados essenciais e básicos para o conhecimento específicos. Na educação 
audaciosa e na ação própria da formação é muito vasto e o profissional necessita 
buscar informações imperiosas para o trabalho que realiza. 
Ensinar com respeito e carinho às individualidades e potencialidades pode tornar 
mais próxima a prudência em relação aos fracassos escolares: é expandir a saúde 
educacional, é dar sentido ao que é verdadeiramente significante para quem quer 
aprender. 
Aos educadores envolvidos com o processo de aprendizagem incumbe resgatar nas 
crianças a vontade pela busca de conhecimento, o gosto pelo aprender. Através de 
jogos isso se conferiria mais naturalmente. Notar a criança como um indivíduo 
pensante, corporal, orgânico, intelectual e simbólico é o ponto de partida para uma 
nova compreensão de aprendizagem, aquela que verdadeiramente procurará o 
sucesso. Investigar, propor, pesquisar e mediar ocasiões de jogos em sala de aula 
causará momentos de afetividade entre a criança e o aprender, tornando a 
aprendizagem formal mais expressiva e prazerosa.2.1 Relação Professor - Aluno 
 
A relação professor-aluno é de extrema importância no processo de ensino-
aprendizagem, pois, faz com que o aprendizado fique mais expressivo e prazeroso. 
Para que esse desenvolvimento aconteça é imprescindível que o aluno entenda que 
pode e necessita contar com o professor, resgatando a sua capacidade de aprender 
e a autoestima juntamente com o mesmo e avigorando as bases e o desenvolver da 
relação professor aluno. 
A criança na interação com o adulto, tem a possibilidade de aprender por meio do 
exemplo e das atitudes que o adulto admite transparecer para ela, e dessa maneira, 
se o professor tem um bom relacionamento com a criança, com certeza ele terá 
excelentes chances de alcançar um bom resultado no processo de ensino 
aprendizagem. 
―O aprendizado humano implica uma natureza social característica e um processo 
através do qual as crianças adentram na vida intelectual daqueles que as rodeiam‖. 
(VYGOTSKY, 1994, pág. 99) 
Determinados autores destacam que esse bom relacionamento do professor com o 
aluno e vice-versa são em decorrências da afetividade que existe dentro dessa 
convivência e a torna mais saudável, segura e produtiva. 
Continuando a partir dessa perspectiva, o papel da afetividade para Piaget (1981): 
É fonte de energia (motivação) para o funcionamento da percepção. 
Quando o indivíduo se relaciona com o objeto de conhecimento com as 
pessoas e consigo mesmo, existe uma energia deliberando seu interesse 
para uma ocasião ou outra, e para essa energia existe uma ação cognitiva 
apropriada que prepara o funcionamento mental. 
É plausível notar dentro do ambiente escolar que todas as vezes em que professor e 
aluno instituem relações afetuosas positivas o desenvolvimento do aprendizado fluí. 
Deste modo, para que exista essa afetividade positiva causadora de uma 
aprendizagem participativa, os profissionais da área precisam estar preparados para 
constituir as relações mais firmes com seus alunos. Por meio dessas relações, o 
aluno tem a capacidade de se estabelecer emocionalmente e desenvolver vertentes 
importantes para o seu desenvolvimento nas aulas. Conforme Freire (1996, p.77), 
―toda e qualquer prática educativa deriva da existência de indivíduos, um, que 
ensinando, aprende, outro que aprendendo ensina‖. 
Hoje em dia é colocado em pauta a comunicação formada entre professor e aluno e 
a importância da aprendizagem interativa, destacando o valor existente nas trocas 
interpessoais na constituição do conhecimento assim como do desenvolvimento do 
aluno. E deste modo, a linguagem passa a ser fator determinante nesse processo de 
aprendizagem e para que se consigam analisar os fatores apropriados para 
promover o processo de aprendizagem é importante ressaltar a sua definição, 
conforme SILVA E SANTOS (2009, p.295) destaca a definição de aprendizagem: 
É possível definir a aprendizagem como o ato de aprender, procurar 
informações, rever a própria experiência, encontrar significados, instruir-se e 
etc., a seguir, este processo pode ser compreendido como a maneira pelo 
qual os seres contraem novos conhecimentos, desenvolvem competências 
e transformam o comportamento. 
Entretanto, alguns autores com o passar do tempo e a evolução do pensamento, se 
destacaram ao conceituar a aprendizagem, como Vygotsky (1991): 
Que compreende a aprendizagem como um fator que incita o 
desenvolvimento das funções mentais, e tem princípio anteriormente à 
criança ter contato com a escola, pois acontece por meio de várias ocasiões 
que lhe possibilite conferir diferentes significados. 
Vygotsky ainda acresce que a aprendizagem que causa novas perspectivas na 
criança é a aprendizagem escolar e assim, esse fator origina maior importância na 
presença e atuação que o professor tem dentro da sala de aula, se tornando de 
extrema importância por causa do fato de que o professor necessita conhecer e 
compreender o caminho que a criança percorre até chegar em suas respostas e 
dessa maneira ter condições para mediar, intervir e buscar impulsionar o aluno. 
Sendo assim, para entender a relação que existe entre o desenvolvimento e a 
aprendizagem Vygotsky (1991), determina zona de desenvolvimento proximal: 
[...] a distância entre o nível de desenvolvimento autêntico que se costuma 
definir pela competência de resolver independentemente um problema e o 
nível de desenvolvimento potencial, verificado por meio da solução de 
problemas sob a orientação de um adulto ou em auxílio com companheiros 
mais capacitados (VYGOTSKY, 1991, pg. 112) 
Então, volta-se do mesmo modo para linguagem e a forma com que ela pode 
colaborar para que o professor confira sentidos e estabeleça direcionamentos na 
aprendizagem do aluno em cooperação com outros e individualmente. 
É indispensável que além da mediação que o professor desempenha dentro da sala 
de aula, o mesmo fique contente com a realização do seu trabalho e por meio da 
linguagem conferir sentidos positivos ao que deixa transparecer. 
Todo professor é o ―espelho‖ de seus alunos, concebendo uma alusão para a 
formação dos educandos e dessa maneira fica claro que a forma com que o 
professor se relaciona com o aluno é um fator essencial nessa formação do mesmo 
e assim, os professores serão sempre lembrados e aproveitados como exemplos 
positivos ou negativos no futuro dos alunos para os quais ensinaram, bem como 
menciona o autor: 
O professor licencioso, o professor autoritário, o professor sério, 
competente, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso, 
o professor mal-amado, continuamente com raiva do mundo e das pessoas, 
frio, racionalista, burocrático, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar 
sua marca‖. (FREIRE, 1996, p.73) 
Contudo, existem muitos professores que entram no campo profissional com 
problemas para interagir com os alunos, atrapalhando a aproximação e o processo 
de ensino aprendizagem. Essas dificuldades podem ser provenientes de várias 
vertentes e deixam em demonstração que muitos professores não estão preparados 
para trabalhar com as limitações e diferenças dos educandos. Como já mencionado 
antes o diálogo é o embasamento dessa e de qualquer outra relação, sendo possível 
por meio do mesmo que o professor alcance retirar do aluno a gama de vivências e 
experiências que ele traz para dentro da sala de aula e decompondo esse saber em 
um instrumento para trabalhar as dificuldades do aluno dentro da sala de aula. 
Profissionais como pedagogos necessitam compreender que o brincar pelo brincar, 
já é realizado em casa, por isso é necessário ter um tratamento didático, 
direcionado, um planejamento, com desígnio do que ensinar para gerar a 
aprendizagem e o desenvolvimento dos envolvidos. O professor ao utilizar o recurso 
lúdico passa a ser o intermediário e desempenhando papel essencial, ativo e 
dinâmico no processo, induzindo os alunos a agirem, sentirem, pensarem também 
de maneira ativa e dinâmica, incitando obter sua autonomia. 
É imprescindível repensar a prática pedagógica segundo a didática do lúdico no 
processo de constituição do conhecimento de mundo, procurando a valorização da 
criança e a concepção de sua cidadania, bem como o papel construtivo que o lúdico 
tem no desenvolvimento do aluno, consentindo a iniciativa, interesse, imaginação, 
criatividade. Nesta conjuntura, é percebido a necessidade de modernização dos 
professores propiciando uma ação didática, interdisciplinar facilitadora de vivências 
lúdico pedagógicas, abrangendo, o caráter lúdico do movimento humano como fonte 
de alegria e prazer, no espaço escolar e, em específico, no processo de 
desenvolvimento da construção dos saberes e do conhecimento. 
Por fim, é possível dizer que a relação professor e aluno não pode ser uma proposta 
de ensinamentos automáticos e sim a proposta de um ensino continuado que 
permita estimular o aluno a pensar, criar e fazer vinculações com os conteúdos 
disciplinares e comas próprias experiências vividas. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A escola diante disto, necessita se dar conta que é por meio do lúdico que as 
crianças possuem chances de crescerem e se adaptarem ao mundo grupal. O lúdico 
precisa ser avaliado como parte complementar da vida do homem não apenas no 
aspecto de divertimento, mas como também no aspecto de contrair conhecimento. A 
escola precisa ser séria, mas o caso de exibir-se como séria não quer proferir que 
ela deva ser rígida e castradora, mas que ela impetre no mundo infantil para a partir 
de aí poder exercer a sua função real de formadora afetivo-intelectual. Para isso, é 
imprescindível que a mesma procure valorizar a importância na busca do 
conhecimento, resgatando o lúdico, o prazer do estudo, sem, entretanto, diminuir a 
aprendizagem ao que é somente prazeroso em si mesmo. Os jogos, brincadeiras e 
brinquedos consentem à criança a inclusão nos códigos sociais, a assimilação 
cultural e a socialização, assim como a modificação do comportamento. A criança ao 
pensar a propósito do que faz, nas variações das atividades lúdicas, confrontará 
ações em tempos caracterizados e produzirá nova significação às situações vividas. 
Deste modo, a escola deve considerar o lúdico como parceiro e empregá-lo 
largamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. 
 
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