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FUNDAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DEBORA MOTA DE OLIVEIRA Campos dos Goytacazes, RJ. 2021 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DEBORA MOTA DE OLIVEIRA Projeto de Pesquisa elaborado como requisito para a conclusão da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 1, do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. Orientador: Prof. Dr. JULIO CESAR MENDONCA GRALHA CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ 2021 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DEBORA MOTA DE OLIVEIRA Monografia apresentada à banca examinadora da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – Campos dos Goytacazes, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. Orientador: Julio C. M. Gralha APROVADA EM: 16/12/2021. Comissão examinadora: Professor Doutor Júlio César Mendonça Gralha – Universidade Fluminense (UFF) - Orientador Professor Doutor Francisco Estácio Neto (Doutor em Educação Escolar – UNESP/Araraquara) Universidade Fluminense (UFF) - Orientador Professora Doutora Gisele de Araújo Gouvêa Estácio (Doutora em Educação Escolar –UNESP/Araraquara) Universidade Fluminense (UFF) Dedicatória A minha família que acreditou no meu sucesso e que continuou me incentivando cada vez que eu pensava em desistir. Aos meus amigos do curso, pela perseverança e força de vontade. AGRADECIMENTOS A Deus acima de tudo, pois, sem Ele não teria trilhado essa longa jornada. Aos meus familiares que me apoiaram durante toda a minha vida de estudante. Aos meus colegas de Faculdade que durante esses anos de convivência deram grande contribuição no que diz respeito a aprendizagem. A Professora Orientadora, Virgínia Rabello Cabral pela orientação e apoio. Aos colegas fiéis pelo companheirismo, carinho e amizade ofertados durante toda essa caminhada. Aos demais Professores, pelo ensinamento ministrado, colaboração e apoio. À coordenadora do curso Aurora da Silva Oliveira. E a todos que contribuíram de alguma forma para que este trabalho fosse realizado. Em todos os tempos, para todos os povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembranças. São objetos mágicos, que vão passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar crianças e adultos. (VELASCO, 2002). RESUMO Esta pesquisa tem por finalidade resgatar o lúdico como processo educativo, procurando visar que ao se trabalhar com o lúdico em sala de aula não está deixando de lado a seriedade e a importância dos conteúdos programados os quais devem ser apresentados à criança na escola, pelo contrário esta é apenas uma forma de se buscar o conhecimento de maneira mais divertida, porém sem descaracterizar a procura pelo conhecimento. O mundo infantil é norteado por jogos, brinquedos e brincadeiras, pois estes estão presentes na vida do ser humano desde muito cedo. Por esse motivo, as atividades lúdicas são necessárias e importantes para o desenvolvimento e absorção dos conhecimentos, pois tais atividades permitem que a criança desenvolva a percepção, a imaginação, a fantasia e os sentimentos. O lúdico proporciona a criança momentos de encontro consigo mesmo, e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, constituindo, assim, relações sociais e de interação, em suma, momentos de vida. Este trabalho fundamenta- se a partir de uma pesquisa e os dados coletados revelam o lúdico como uma atividade a ser trabalhada na educação infantil, sendo, portanto, relevante para a formação do sujeito, pois o aluno não apenas se diverte, mas se diverte e aprende ao mesmo tempo. Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem. Criança. Professores. SUMÁRIO INTRODUÇÃO..............................................................................................................10 III. METODOLOGIA ...................................................................................................................................... 12 1. EDUCAÇÃO INFANTIL: HISTÓRICO E CONCEITO.....................................................15 1.1 Breve histórico da Educação Infantil.......................................................................15 1.2 O brincar e a escola...................................................................................................................................17 1.3 O brincar e sua importância na aprendizagem............................................................................19 2. O LÚDICO E SUA FUNÇÃO........................................................................................................20 2.1 Importância do ato de brincar..................................................................................20 2.2 O que é lúdico? ......................................................................................................23 2.3 O lúdico e a aprendizagem das crianças................................................................25 3. O LÚDICO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO .....................................................27 3.1 O lúdico no ambiente escolar..................................................................................27 3.2 Tecnologia: aliada ou inimiga da educação Infantil?...............................................31 3.3 O papel do professor...............................................................................................32 Conclusão......................................................................................................................34 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 37 9 INTRODUÇÃO Este tema foi definido para demonstrar que a ludicidade presente na prática pedagógica facilita a aprendizagem da criança. Os anos iniciais da criança, são decisivos na formação e construção da sua identidade, tanto física, efetiva e intelectual. Nesta fase estratégias são muito utilizadas e as que mais se destacam são as atividades lúdicas, capazes de intervir de forma positiva no seu desenvolvimento e suas competências. As crianças pertencentes às instituições de educação infantil carecem de ações sistemáticas que visam fornecer informações de forma continuada, através de atividades lúdicas, realizar vivências e aprimorar seus conhecimentos. Através das brincadeiras a criança desenvolve diversas linguagens (MACEDO, 2008). Para subsidiar teoricamente esse trabalho utilizaremos autores como ROSAMILHA (1979), que defende que criança é um ser feito para brincar, CHATEAU (1987) que afirma que uma criança que não brica, não saberá pensar. Também serão utilizados leituras e dados apresentados por NEGRINE (1994) que sustenta que as atividades lúdicas contribuem poderosamente em todas as dimensões da criança. Assim sedo, uma questão poderia surgir: Quais os benefícios adquiridos pelas crianças através das brincadeiras lúdicas realizadas na Educação Infantil? O lúdico inserido no aprendizado em uma pedagogia própria para esta faixa etária é fator de múltiplas oportunidades de aprendizagem. Desta forma, os professores proporcionam experiências interdisciplinaresque irão trazer um diferencial para a prática docente, pois o professor promove uma aprendizagem articulada das disciplinas fugindo do modelo tradicional. É necessário levar em conta o que a criança já possui. Ou seja, sua bagagem de conhecimento que traz de casa quando é inserida em um âmbito escolar. O papel da escola é ampliar ainda mais os conhecimentos e suas experiencias cotidianas, considerando seu desenvolvimento e aprendizagem. 10 I. METODOLOGIA Este artigo tem como base a pesquisa qualitativa, do tipo bibliográfica, utilizando livros e autores que abordam o tema de forma geral, e também utilizar de recursos virtuais, pode-se dizer que o mesmo está embasado em argumentos pré-existente, os quais foram, inúmeras vezes, relacionados ao dia a dia dos alunos da Educação Infantil, de caráter empírico, ou seja, baseado na observação e na experiência da realidade lúdica desses alunos. Isto se deu a partir de uma pesquisa de campo, vivenciada e observada além de registrada e analisada por outros autores. O artigo visa uma compreensão mais consistente com relação ao emprego do lúdico pelo professor na educação infantil em sala de aula, como instrumento pedagógico. A pesquisa descritiva, segundo Pereira (2005 p.19-20): As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; Possibilitam, ainda, que educadores e educandos se descubram, se integrem e encontrem novas formas de viver a educação. Pereira (2005) considera as atividades lúdicas age como uma possibilidade de entrega que é transcorrida pelos diversos sentimentos, símbolos, sonhos, desejos, necessidades, alegria e dores; uma integração conosco e com o outro, em uma troca implícita e expressiva. Em outras palavras, o que observa é que a criança/aluno que tem o contato com a atividade lúdica percorre de forma natural para o apender. O trabalho será dividido em: Introdução contendo a justificativa, a problemática, os objetivos e a metodologia; a Fundamentação teórica abordará cada um dos tópicos previstos nos objetivos específicos; e as Considerações finais que trará a ideia final sobre o que foi debatido. 11 1. EDUCAÇÃO INFANTIL: HISTÓRICO E CONCEITO. 1.1BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL No ponto de vista histórico, a criança sempre foi vista como um adulto em miniatura, a infância foi marcada por uma grande ignorância social, felizmente esta história é marcada por diversos progressos e descobertas. Segundo Kishimoto (2003, p.225) “a criança de zero a seis anos foi objeto de atenção nesses quinhentos anos, sobretudo por inspiração da igreja, no início do processo de colonização [...] predominou à assistência social a infância”. No Brasil, a Educação Infantil tem início no ano de 1875, com a fundação de jardins de infância, asilos infantis e também orfanatos, daí em diante foram observados vários métodos e pesquisas junto à area da educação. Pessoas renomadas como Froelbel, Piaget e Vygotsky que visou uma aprendizagem de mais qualidade. Agora, a criança interage com o meio em que vive e com o objeto, a parti daí a aprendizagem começam acontecer e com eles, o ensino melhora e a qualidade também. No século XIX começa a surgir creches, casas de infâncias, maternais, escolas e jardim de infância. No início do século XX a educação infantil para a integrar a criança e também seu desenvolvimento infantil, as Instituições de Educação Infantil foram modificando-se com o passar dos anos. Vale ressaltar que as primeiras instituições instaladas formam de caráter assistencialistas, fruto de uma crescente globalização, mercado de trabalho, mudança da vida na área urbana na sociedade da época. Segundo Didonet (1991): A urbanização a crescente participação da mulher no mercado de trabalho extradomiciliar e as alterações na estrutura familiar são ainda hoje fatores determinantes da demanda social de creches e pré- escola. [...] Quando surge uma creche ou pré-escola, nova perspectiva abre-se para a mulher e para a criança, o melhor, para toda a família [...]. Mas a educação infantil não parou por ai. Várias ciências debruçaram-se sobre a criança, nos últimos cinquenta anos, entre elas a psicologia, a sociologia, a biologia e a psicanálise infantil. (1991, p. 92) A partir das mudanças ocorridas as escolas infantis se tornam espaços de grande importância para à aprendizagem e o desenvolvimento. As que 12 estão inseridas na Constituição de 1988 e que contempla o caráter educacional das instituições, elevando a Educação Infantil ser um direito da criança e dever do Estado, cabendo a ele manter e dar a educação infantil e uma constante integração e valorização com o cuidar, educar e brincar que são elementos importantes no processo de Ensino e aprendizagem infantil. As leis educacionais vigentes vieram para consolidar as características educacionais, por exemplo, coube a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB Nº. 9.394/96 fixar a Educação Infantil enquanto etapa que precede a educação escolar formal (Ensino Fundamental e Médio). Isto constitui um fator principal para essas primeiras transformações educacionais, que passa de assistencial para um caráter totalmente educacional, onde se começa a ampliar a importância da educação infantil no processo de desenvolvimento, integração, socialização e aprendizagem. A LDB Nº 9.394/96 veio ainda exigir uma maior formação do profissional que atua na área como formação especifica e uma formação continuada. Sendo assim, não só os recursos físicos, mas os espaços que deve se adequar as novas normas, mas toda a ação direta com a criança, sendo esta obrigação dos órgãos mantenedores, municipais e filantrópicos, as regularizações, o que requer maior incentivo e aplicações para o melhoramento da educação nesta faixa etária. Didonet (1991) destaca: A criança é um todo orgânico, físico e psicológico. A educação infantil coloca como seu objetivo-síntese o desenvolvimento integral da criança compreendendo com isso, os aspectos físicos, cognitivos e afetivos de sua personalidade. (1991, p. 93). A criança começa ser vista e caracterizada pela infância que exige maior investimento e compreensão quanto aos aspectos que ela desenvolve, ser de uma individualidade única e importante diante da sociedade, ela agora é vista como sujeito histórico e participante das transformações futuras, ou seja, a consolidação da educação brasileira. Sendo assim, cabem as instituições de educação infantil atender todas as especificidades do desenvolvimento das crianças, pois é nestas instituições que iniciaram os primeiros indícios de que vale a pena investir em uma educação de qualidade, é o processo educativo, o trabalho e o 13 desenvolvimento da pessoa e é a formação para a cidadania suas transformações. Um dos assuntos mais relevantes das primeiras pesquisas sobre o livro “Atividades Lúdicas para a Educação Infantil “da autora Ângela Cristina Munhoz Maluf é a importância da brincadeira na faixa etária de 0 a 6 anos nas Instituições de Ensino para facilitar a aprendizagem e a construção do conhecimento das crianças. A autora defende que as atividades devem ser voltadas ao método de ensino lúdico, ou seja, brincadeiras devem estar presentes nesta metodologia de ensino. Os educadores devem entender a necessidade dos seus alunos em relação a brincadeira, ampliando cada vez suas ações, entendendo seus benefícios e resultados. A metodologia utilizada pelos profissionais não é uma ação neutra e sem intenção de ensino, esta metodologia consiste em uma elaboração que traz um trabalho teórico, filosófico e político. As atividades lúdicas favorecem o desenvolvimento motor, emocional, físico, cognitivo e social. Na Educação Infantil as atividades lúdicas se figuram em um cenário aconchegante,desafiador e cheio de oportunidades para um crescimento saudável das crianças. Através das brincadeiras o profissional deve estimular a autonomia progressiva das crianças, autoconfiança, curiosidade, criatividade e senso crítico. Como também ser criativo e ativo com as crianças e ajuda-las a crescerem felizes, pois a atividade lúdica ligada a boa pretensão dos profissionais além do desenvolvimento, garante uma estadia agradável na escola ou creche; Além de contribuir o maior alcance dos objetivos no plano educativo. 1.2 O BRINCAR E A ESCOLA O brincar está associado à criança há muitos anos. Mas foi através de uma ruptura de pensamento que a brincadeira passou a ser percebida e também valorizada no espaço educacional das crianças menores. No passado, o brincar era apenas como forma de fuga ou distração, não lhe era conferido o caráter educativo. 14 O brincar tem função socializadora e integradora. A sociedade moderna tem sofrido transformações em relação ao brincar e ao espaço que se tem para brincar, os pais e os filhos têm pouco tempo para ficarem juntos e brincar. A escola acaba sendo a fonte transmissora de cultura, onde existem espaços para as crianças brincarem, tendo os profissionais de educação à incumbência de ensinar e resgatar as brincadeiras populares, como também o jogo deve fazer parte do cotidiano das crianças, usado como forma de transmitir conhecimento, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado. De acordo com Almeida (2005): A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e pela utilização de regras. A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira a existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras, enfim existe maior liberdade de ação para as crianças. (2005, p. 5) A brincadeira praticada na escola promove aspectos diversos na criança que serão de suma importância para o seu desenvolvimento biopsicossocial, sendo imprescindível para uma formação sólida e completa. Segundo Wajskop (2007): A criança desenvolve-se pela experiência social nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos adultos e do mundo por eles criado. Dessa forma, a brincadeira é uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas constituindo-se um modo de assimilar e recriar a experiência sóciocultural dos alunos. (2007, p. 25) O brincar vai desde uma atividade dirigida com regras e normas até a sua prática livre. Os jogos são facilitadores para desenvolver o raciocínio lógico, e também para o desenvolvimento físico, social, motor e cognitivo. Atualmente, a aplicação desta maneira de transmissão de conhecimento é facilitadora diante dos recursos e metodologias disponíveis para o professor. Apesar da visão renovada da utilização dos jogos na escola, o jogo ainda está muito distante de ser integrado realmente como recurso e metodologia. Em geral, o uso dos jogos no cotidiano escolar se restringe a atividades extremamente dirigidas, que contribuem muito pouco para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da produção de cultura. Segundo Carneiro e Dodge (2007): 15 Para que a prática da brincadeira se torne uma realidade na escola, é preciso mudar a visão dos estabelecimentos a respeito dessa ação e a maneira como entendem o currículo. Isso demanda uma transformação que necessita de um corpo docente capacitado e adequadamente instruído para refletir e alterar suas práticas. Envolve, para tanto, uma mudança de postura e disposição para muito trabalho. (2007, p. 91) Atualmente, só é aberto o espaço para brincar na Educação Infantil, e nem sempre é aceito de uma forma natural. As crianças precisam brincar, porque, brincando aprende a participar das atividades pelo prazer de brincar, sem mirar alguma recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada, fazendo algo inteligente e criativo, experimentando o mundo ao seu redor, buscando sentido para sua vida. Mas, mesmo proporcionando todos estes benefícios, o brincar, a atividade lúdica, nas escolas de educação infantil quase sempre são muito dirigidos, se tornando menos espontâneo, criativo e prazeroso. Além disso, existe a cobrança dos pais no sentido de obter um trabalho baseado no conteúdo, e na fase da educação infantil, a criança deve ser menos cobrada, havendo uma menor pressão dos pais em relação à obtenção de um trabalho com conteúdo mais estruturados. Muitas vezes a escola não oferece oportunidades, espaços para a prática da brincadeira livre, e quase sempre, impede que aconteça. Seria valoroso se a escola apropriasse da brincadeira, porque traria resultados mais relevantes e adequados às necessidades do mundo de hoje. Apesar da importância, a prática da brincadeira na pré-escola ainda tem o estigma de ser apenas preparatória para a escola, sem valor pedagógico ou como um passatempo. Então, podemos perceber que isso é tarefa difícil a ser resolvida, porque nem sempre a instituição de ensino atribui o devido valor do brincar, o que acontece é integrar a brincadeira fazendo uma atividade dirigida, e também depende de o profissional de educação estar preparado para mudanças e usar isso no seu cotidiano. O lúdico na Educação Infantil é de importância para a inteligência e a afetividade. Os benefícios das brincadeiras vão além do corpo da criança, alcançando a mente e a emoção. Negrine (1994, p.19) sustenta que as contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que 16 elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. O autor defende que a afetividade produz energia suficiente para um crescimento psíquico da criança e que tudo isso produz influencia para a parte intelectual desta. 1.3 O BRINCAR E SUA IMPORTÂNCIA NA APRENDIZAGEM As razões para brincar, quando consideramos uma característica da infância, compreendemos que o lúdico é extremamente importante para o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social da criança. É brincando que a criança expressa vontades e desejos construídos ao longo de sua vida, e quanto mais oportunidades a criança tiver de brincar mais fácil será o seu desenvolvimento. Atualmente as crianças estão envolvidas em brincadeira os jogos eletrônicos, fazendo com que as mesmas não se movimentem e as deixando sedentárias e obesas. As brincadeiras tradicionais, como, por exemplo, pular corda, pique alto, pega-pega etc, fazem com que as crianças se movimentem a todo tempo, gastando energia e dando liberdade para criar proporcionando alegria e prazer. As razões para brincar são diversas, visto que a brincadeira só faz bem, infelizmente, isso incomoda algumas pessoas, pais, professores, uma vez que o brincar é um direito da criança, conforme preconiza a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente, que no seu Capítulo II, Art. 16°, Inciso IV, fixa que toda criança tem o direito de brincar, praticar esportes e divertir-se. Contudo, a criança tem o direito de brincar, pois está amparada por lei, e esta é mais uma razão para brincar, além das inúmeras que citamos, porque o brincar favorece a descoberta, a curiosidade, uma vez que auxilia na concentração, na observação, na percepção, e, além disso, as crianças se desenvolvem fisicamente, desenvolvem os músculos, absorvem oxigênio, crescem, movimentam-se no espaço, descobrindo o seu próprio corpo. O brincar tem um papel fundamental neste processo, nas etapas de 17 desenvolvimento da criança. Na brincadeira,a criança representa o mundo em que está inserida, transformando-o de acordo com as suas fantasias e vontades e com isso solucionando problemas. Para Cunha (2000), o brincar é uma característica primordial na vida das crianças, porque é bom, é gostoso e dá felicidade. Além disso, ser feliz e estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente, são outros pontos positivos dessa prática. Na teoria piagetiana, a brincadeira não recebe uma conceituação específica. Na análise de Piaget (1971), a brincadeira é entendida como ação assimiladora, e surge como forma de expressão da conduta, dotada de características espontânea e prazerosa, onde a criança constrói conhecimentos. Para Piaget (1971), quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objetivo não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui. A criança se sente segura em relação às outras e a ela mesma, capaz de lançar hipóteses e curiosidades sobre o meio. O jogo e a brincadeira permitem o relacionamento da criança com o objeto num processo interacionista, onde a assimilação remite a adaptação das ações dos mesmos, provocando e encarando uma acomodação com o objeto. Criança tem o direito de brincar e não pode ser desprovida deste direito. Rosamilha (1979, p.77) A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos. A autora cita que a própria natureza encontrou um meio de fazer com que a criança se desenvolva física e mentalmente, apenas precisa adaptar os métodos de ensino, utilizando o lúdico e o desenvolvimento acontece. Por meio das brincadeiras as crianças aprendem a resolver conflitos, desafios e problemas específicos, além de criar um mundo somente delas em 18 sua imaginação. Pois não são como adultos em miniatura e sim autores de suas próprias histórias. As crianças são seres únicos e precisa brincar e utilizar as atividades lúdicas. Destaca Chateau (1987, p.14) que “Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar.” O autor destaca que a criança que não brinca, amanhã será um adulto que não sabe pensar, esta afirmação é baseada na informação que quando não há contato com o lúdico, a criança não enfrenta conflitos que precisa pensar, questionar e criar para resolver, diante disso não saberá argumentar e nem utilizar a parte crítica para a resolução de alguma situação. Todos os autores e citações realizadas em relação à pesquisa forma embasados em fatos e observações que posteriormente alcançaram resultados notórios para tal embasamentos. Diante disso é perceptível o quanto o lúdico é importante na vida da criança e o quanto são inúmeros os seus benefícios. 19 2. O LÚDICO E SUA FUNÇÃO 2.1 IMPORTÂNCIA DO ATO DE BRINCAR As novas formas de organização urbana devido o acelerado progresso nas Grandes Metrópoles, favorecem o enfraquecimento de contatos entre as crianças de diferentes idades, bem como com adultos. Sobre este aspecto, refere-se Weirs (1993, p. 19): “O ambiente físico urbano é hóstil à criança: não há muitos lugares para ela e, dessa maneira, uma série de jogos coletivos tendem a desaparecer sendo substituídos por outros passivos e solitários”. Esta realidade infelizmente acontece em todo o planeta, as crianças estão perdendo a essência da brincadeira real pela virtual, o contato físico com o brinquedo. Quanto à importância do brinquedo e seu significado para a aprendizagem infantil, refere-se Cunha (2000, p.51): “O brinquedo estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança. Proporciona aprendizagem, desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração da atenção”. Neste âmbito, se reconhece a importância e a necessidade de recuperação dos jogos e brinquedos, considerados alternativa eficaz para o fortalecimento dos processos interativos e enriquecimento da cultura infantil. Estudos de natureza etnográfica procuram explicitar o brinquedo infantil dentro de cada cultura investigando o cotidiano da criança. Na área da educação, os teóricos confirmaram a importância do brinquedo infantil como recurso para educar e desenvolver a criança, desde que respeitadas as características da atividade lúdica. Assim, o brinquedo representa parte indispensável no desenvolvimento infantil, por manifestar o interior da criança e demonstrar as possibilidades de evolução nos aspectos emocional, afetivo, psicomotor, cognitivo e social. Brincar é a maior e mais importante ocupação da criança e, de sobremaneira, esquecida pelo adulto. A atividade lúdica, neste sentido, confunde-se com a própria infância. 20 É possível através do brincar, perceber como a criança está se sentindo e conhecer ainda que superficialmente, seu caráter e personalidade. Segundo Barros (1991): Brincando com bonecas que representam pessoas de sua casa - papai, mamãe, etc. - crianças demonstram o que sentem em relação a cada uma delas. Além disso, dão vazão a certos impulsos que são forçados a recalcar na vida real: agressividade para com os pais e para com o irmãozinho, ou uma grande afeição para com uma pessoa da família. (1991, p. 42) Quando uma criança brinca, ela experimenta várias possibilidades de ação dentro de uma realidade que, inclusive, podem ser transformadas conforme suas necessidades e vontades. Segundo Oliveira (2005, p. 31): “Todas as vezes que a realidade se torna aos olhos da criança difícil de ser reproduzida ela a cria, combinando-a de modo a compensar seus aspectos menos assimiláveis”. Brincando a criança aprende a ter opinião própria, decidir, descobre seu papel e seus limites. Através do brinquedo ela descobre o prazer e satisfação de criar,explorar o mundo, a partir do domínio das habilidades de comunicação, nas mais variadas formas, facilitando a auto-expressão, além de colaborar no desenvolvimento intelectual por meio da atenção, e também pelo uso progressivo de processos mentais mais complexos, como comparação e discriminação; e pelo estímulo à imaginação. Segundo Vygotsky (1991, p. 72): “A criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis, podem ser realizados e esse mundo é que chamamos de brinquedo”. Ajudam a descoberta do “eu” e do “outro” (social e cultural), contribuindo para a difícil construção da identidade cultural. Segundo Rizzi e Haydt (1987, p.34): “Jogo supõe relação social, interação. Por isso, a participação em jogos e brincadeiras, contribui para a formação de atitudes sociais; respeito mútuo, solidariedade, iniciativa pessoal e grupal. É jogando e brincando que a criança aprende o valor do grupo como força integradora e o sentido da competição e da colaboração consciente e espontânea”. 21 Segundo Kishimoto (1997): O prazer, o caráter não sérios, a liberdade, a separação dos fenômenos cotidianos, as brincadeiras tradicionais trás em seu ato imaginário fazem uma reflexão sobre o ato cômico do brincar, de livre escolha em sua limitação no tempo e no espaço. (1997, p.23) O brincar permite, dentre inúmeros atributos, aprender a lidar com as emoções. Pelo brincar, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal, sua identidade e sua personalidade. Piaget (1971) nos esclarece ainda que o brincar implica uma dimensão evolutiva com as crianças de diferentes idades, apresentando características específicas, apresentando formas diferenciadas de brincar. O professor que atua na Educação Infantil deveconsiderar o jogo ou a brincadeira como importante, através dele faz com que desenvolva na criança a criatividade e o raciocínio, levando as crianças a formularem os seus conceitos e hipóteses Assim, o professor mediador, centra-se na análise das hipóteses levantadas pelos educandos e na exploração das estratégias pessoais, ou seja, cada uma de maneira particular, que desenvolvem para resolver as situações presentes, podendo dar alguns passos no sentido de valorizar e estimular suas hipóteses e estratégias pessoais. O papel do professor é de mediador, de incentivador, de estimulador, é alguém que auxilia as crianças a criar um espaço no qual professores e alunos trazem suas experiências, tem a oportunidade de reaproveitá-las, trocá-las e expandi-las e tornar o aprendizado mais significativo. Por fim, observamos o quão importante é o brincar na fase infantil e o quanto esta questão está cada vez mais defasada devido a era tecnológica. Cabe a nós como futuros pedagogos, resgatar e valorizar este ato na vida das crianças, para se tornarem indivíduos críticos agindo de modo ativo na sociedade. 2.2 O QUE É LÚDICO? Exibir uma definição sobre o lúdico hoje, principalmente no que se refere à educação infantil, não é tarefa fácil, tendo em vista que várias são as enfoques e estudos sobre o tema. 22 Para Winnicott (1995 apud PINTO; TAVARES, 2010, p.230),“o lúdico é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo”. Segundo Almeida (2009, p.01) “O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se a palavra for analisada levando em consideração apenas a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo”. Segundo Piaget e Winnicott (1975 apud DALLABONA: MENDES, 2010, p.03), “conceitos como jogo, brinquedo e brincadeira são formados ao longo de nossa vivência. É a forma que cada um utiliza para nomear a sua forma de brincar. No entanto, tanto a palavra jogo quanto a palavra brincadeira podem ser sinônimas de divertimento”. Conforme Velasco (1996 apud FERNANDES 2012, p.13) e Kishimoto (1994 apud MAURÍCIO, 2008), “a brincadeira é alguma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromissos, planejamento e seriedade, e que ajuda no desenvolvimento e na socialização”. Entretanto, para Gaspar (2011, p.12) “uma forma corriqueira de se definir ludicidade, é dizer que lúdico é aquilo que dá prazer e que traz alegria”. Entende-se, no entanto, que nessa perspectiva a ludicidade seria um propiciador da alegria que se estabelece entre as pessoas em determinadas situações. Situações essas do tipo, entre um animal e uma pessoa, uma criança e um brinquedo, ou seja, o lúdico está atrelado a todas, pelo menos é o que se espera as situações agradáveis que nos proporcionam bem estar. É difícil dizer o que é lúdico em uma definição apenas, pode-se dizer que a atividade lúdica é uma atividade criadora, que de forma natural estimula o pensamento e a busca pelo conhecimento de forma prazerosa e natural. Para tanto se sabe que o descobrir e o aprender faz parte da vida de todo ser humano, o contato, bem como o convívio com seus semelhantes beneficia essa relação com o novo, o despertar para aquilo que não se sabe, mas que se quer descobrir. O ser humano está intrinsecamente ligado à 23 aprendizagem, a procura, a descoberta, a curiosidade, logo a apropriação dos conhecimentos por ele buscados, e é essa busca que lhe garante a integração no meio em que vive como um ser participativo, crítico e criativo. E sendo tudo isso atrelado à atividade lúdica, tal busca flui em seu dia a dia sem mesmo o notar. Afirma Negrine (2000 apud SÁ, 2004, p. 02) que “a capacidade lúdica está diretamente relacionada à pré-história de vida do ser humano. Acredita ser, antes de tudo, um estado de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na conduta do ser devido ao seu modo de vida”. Pode-se notar que o lúdico tem a capacidade de permitir um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da capacidade criadora, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar aquilo que é real. Se bem inserida e se bem compreendida, a educação lúdica terá grande contribuição para a melhoria do ensino, quer na qualificação ou na formação crítica do educando, quer para redefinir valores. Pois o lúdico tem grande contribuição para o desenvolvimento das crianças na sociedade. A atividade lúdica, não é apenas o produto da atividade nem o que dela resulta que se deve ser valorizado, mas a própria ação, ou seja, o momento vivido. Pois, permite a quem a vivencia, momentos de encontro consigo mesmo, e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, em suma, momentos de vida. Há reflexões sobre o emprego de materiais e atividades lúdicas no sentido de tornar o ensino aprendizagem um processo dinâmico e significativo. Talvez por isso o lúdico esteja atualmente tão presente nos debates e discussões acerca deste assunto. Até porque ao se olhar para o passado o que se sabe é que “o jogo já era visto como importante ferramenta de auxílio ao processo de educação das crianças. No entanto, hoje, para muitos o lúdico é somente uma forma de distração, de fazer passar o tempo, de ocupar a criança. E é a partir deste conceito que se faz necessário compreender que atividades lúdicas são 24 indispensáveis na vida da criança, não apenas como um momento de distração e prazer, mas principalmente como um facilitador da aprendizagem. 2.3 O LÚDICO E A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS Segundo Modesto e Rubio (2014, p.03) “O jogo é essencial para que seja manifestada a criatividade e a criança utilize suas potencialidades de maneira integral, indo de encontro ao seu próprio eu”. Ao brincar a criança desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, sendo assim, depois de aprendida tal capacidade dificilmente será esquecida. Pode-se assim dizer que a aprendizagem se dá a partir da formação de conceitos que são formados muito mais facilmente no ato do brincar. A considerar que as atividades lúdicas transpõem o fazer mecânico, o fazer por fazer, cabe ressaltar o quão importante é que o professor não utilize as atividades lúdicas apenas como um passatempo em sua prática, mas como um momento de interagir, de estabelecer trocas e de compartilhar. A atividade lúdica quando bem aplicada desencadeia momentos de integração dos pensamentos, dos sentimentos e dos movimentos em sua prática pedagógica cotidiana. Sendo assim, vê-se que “essas atividades são relevantes para a formação da criança, pois contribuem com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da criança”. (SILVA,2011, p. 27). Acredita-se que o lúdico venha a ter um lugar garantido no cotidiano das instituições educativas, pois é importante a atuação do educador, e principalmente que tal atuação seja nutrida pela vivência lúdica, em que o professor se coloque pleno, inteiro no momento, alegre e flexível. Brincadeira ou jogo em sala de aula são importantes para o desenvolvimento social, pois existem alunos com dificuldade de se relacionar e no entendimento de muitas questões levantadas em sala de aula, gerando, assim, insegurança ou medo de perguntar e assim sanar suas dúvidas junto ao professor. 25 Mas, o educador que insere as brincadeiras e jogos em suas atividades oportuniza a socialização entre os alunos, a cooperação mútua, e a participação coletiva na solução de situações-problemas. Com isso, “o professor em sua prática acaba por favorecer a trocade experiências entre os alunos e, ainda, acarreta nas várias possibilidades para resolvê-los”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 04). Portanto, espera-se que o professor não represente o papel do agente exclusivo de informação e formação dos alunos, mas que desempenhe no contexto escolar uma função de relevância que é a de elemento mediador das interações entre as crianças e os objetos de conhecimento. Ao se fazer uso do lúdico, a sala de aula torna-se um espaço de reelaboração do conhecimento vivencial e constituído, de forma coletiva ou de forma individual e a criança passa a ser a protagonista de sua história social, a peça chave na construção de sua identidade. Cabe ressaltar, que a criança que convive com “as atividades lúdicas percorrem de forma natural o caminho pela busca de uma auto-afirmação social, dando a ela continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando o despertar para aprender”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 05). 26 3. O LÚDICO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO 3.1 O LÚDICO NO AMBIENTE ESCOLAR O lúdico é uma importante ferramenta para mediação do conhecimento, pois enquanto a criança brinca com material concreto, jogos, tudo o que ela possa manusear, está sendo estimulada a refletir e reorganizar; por outro lado se a brincadeira é de “faz de conta” o estímulo é voltado para o recriar e o inventar, e assim se pode dizer, imaginar e fantasiar. A partir das ideias acima, verifica-se que atividades quando embrulhadas com o lúdico a aprendizagem acontece facilmente e com entusiasmo, pois a criança aprende sem perceber, pois está brincando. Segundo Grassi (2008, p.70 apud MODESTO; RUBIO, 2014, p.2): O termo jogo compreende uma atividade de ordem física ou mental, que mobiliza ações motrizes, pensamentos e sentimentos, no alcance de um objetivo, com regras previamente determinadas, e pode servir como um passatempo, uma atividade de lazer, ter finalidade pedagógica ou ser uma atividade profissional. Nestes termos o que se vê é que o brincar (jogo) enriquece muito a dinâmica das relações sociais em sala de aula e também fora dela, como na brinquedoteca fortalecendo a relação entre o ser que ensina e o ser que aprende. Segundo a visão de Kishimoto, (2002, p. 23) “a brinquedoteca deve ser na escola, um lugar integrado a uma proposta pedagógica que incorpora o lúdico como eixo do trabalho infantil”. Lendo esta afirmação o que se pode dizer é que essa é uma visão viável, muitas vezes algumas crianças só têm a escola para interagir com seus colegas através da brincadeira. No entanto, para aprender, o aluno precisa de um ambiente confiável, respeitoso e a colaboração com os colegas. Acredita-se que o jogo pode se firmar como uma estratégia de desenvolvimento da atenção, fator necessário para a aprendizagem. Profissionais de educação infantil devem entender que o brincar pelo brincar, já é feito em casa, sendo assim, faz-se necessário se ter uma prática didática, direcionada, planejada, a fim de ensinar para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos envolvidos. Ele deve acreditar nesta prática, e vê-la como “uma atividade facilitadora do trabalho pedagógico, 27 principalmente, um propiciador do aprender do aluno”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 12). Piaget (1975, p.55) enfatiza que “a criança ao brincar externa traços de sua aprendizagem através da interação com atividade lúdica que está sendo desenvolvida”. Como se vê é uma grande verdade, pois existem crianças consideradas como introvertida na sua vida cotidiana, mas elas conseguem expor de maneira sucinta sua capacidade de aprendizagem. Vygotsky (1998 apud VAZ, 2013) também expõe seus conhecimentos e pesquisas em prol do lúdico como forma de aprender, quando ele diz que por favorecer a criação desta zona, visto que “o lúdico poder ser considerado um recurso para ser utilizado em meio às propostas pedagógicas, já que faz parte da natureza infantil, podendo contribuir para o amadurecimento dos processos que estão em formação”. (VYGOTSKY, 1998, p. 112 apud VAZ 2013, p.19). Diante disso, percebe-se que é uma grande verdade o pensamento em relação ao comportamento infantil diante dos benefícios do lúdico escolar. E para que esse processo de aprendizagem através do lúdico aconteças mais vezes criança se baseia no adulto. Por isso, a escola em sua atualidade tem procurado se instrumentalizar no sentido de garantir essas atividades para tranquilizar os pais. Percebe-se que a presença da ludicidade na educação infantil é algo que vem sendo trazido gradativamente para a realidade, em vista que após essa emancipação dos jogos tecnológicos, algumas escolas ainda resistem, e, isso envolve tanto os profissionais da educação quanto a família que acredita na ideia de que a escola e a brincadeira são vistas como instâncias distintas. O brincar consiste em um excelente método que facilita a aprendizagem das crianças na educação infantil, o educador através desse método poderá proporcionar situações que despertem nas crianças o respeito interpessoal de ser e de estar com os outros, priorizando a aceitação, respeito e confiança e o acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. De acordo com Resende (1999, p. 42-43): 28 Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos homens de “talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está cheio de talentos fracassados e de gênios incompreendidos, abandonados à própria sorte. Precisamos de uma escola que forme homens, que possam usar seu conhecimento para o enriquecimento pessoal, atendendo os anseios de uma sociedade em busca de igualdade de oportunidade para todos. O que se vê, atualmente é que muitas escolas estão preparando seus alunos para um mundo irreal, isso porque a escola ainda está com a preocupação em formar indivíduos úteis, moralmente disciplinados e tecnicamente preparados para o trabalho. Entende-se que ações como dar aulas necessitarão ser substituída por atividades como orientar a aprendizagem do aluno pela busca do seu próprio conhecimento, como defende o construtivismo, o sócio-interacionismo, até porque se o aluno e o professor não estiverem empenhados no processo, não haverá ensino possível. Brincadeira na escola, só se tiver uma utilidade clara: domar o caráter, aprender e competir, compreender que nem todos vencem, desenvolver habilidades e comportamentos auxiliar outras aprendizagens escolares, aliviar tensões de aulas chatas e sem significado para as crianças (DEBORTOLI, 2006, p. 84). Desta forma, percebe-se a presença dos jogos e das brincadeiras livres na escola, muitas vezes, são perda de tempo, ou, apenas, as brincadeiras são atividades que serviam para ocupar um espaço de tempo livre ao final da aula. A busca pelo conhecimento e a aprendizagem são ignoradas, pois ao brincar livremente a criança não apenas se diverte, mas também aprende. São poucas as atividades que permitem a manifestação do imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente pelo professor. Entre professores e pais, há uma presença acentuada da ideia de que o jogo infantil é perda de tempo na escola e que deve ser utilizado quase exclusivamente em momentos de lazer e descanso (SILVA, 2003, p. 16). Na escola a ludicidade deve ocorrer nos momentos de brincadeira livre como o recreio, e nas atividades fora e dentro de sala de aula. Mas, também é possível verificar o ato de ludicidade em forma de atividades direcionadas desde a chegada dos alunos na instituição escolar, incluindo a hora da alimentação até a chegada dos pais, e todo esse planejamento será compreendida como o lúdico e pode ser disponibilizado integralmente favorecendo essa ligação entre o brincar e o aprender sendo mediado pelos 29 professores com a total participação das crianças. Assim, complementa Pereira (2005 p.19-20):As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; Possibilitam, ainda, que educadores e educandos se descubram, se integrem e encontrem novas formas de viver a educação. Pereira (2005) considera as atividades lúdicas como uma possibilidade de entrega que é transcorrida pelos símbolos, sonhos, desejos, necessidades, dores e alegrias; uma integração conosco e com o outro, em uma troca implícita e expressiva. Para Modesto e Rubio (2014, p. 03) “A discussão sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação vem se consolidando, pois, as crianças apresentam nessas atividades grande capacidade de raciocinar e resolver situações-problemas”. Entretanto, nem todos os educadores conseguem entender e perceber a importância da ludicidade no processo de ensino e aprendizagem. Alguns profissionais da educação que se veem comprometidos com a qualidade de sua pratica pedagógica, reconhecem de imediato a importância do lúdico como veículo para desenvolvimento social, intelectual e emocional de seus alunos. Para entender o mundo da ludicidade é preciso compreender que ele envolve os jogos, os brinquedos e as brincadeiras. Sendo assim, vê-se que essas atividades são relevantes para a formação da criança, pois contribuem para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da mesma. Como já fora dito o uso do lúdico no ambiente escolar faz da sala de aula um espaço de reelaboração do conhecimento vivencial e constituído, tanto no coletivo quanto no individual e a criança passa a ser a protagonista de sua história social, e na construção de sua identidade. Pois, a criança que convive com tais atividades percorre de forma natural o caminho pela busca de uma auto-afirmação social, dando a ela continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando o despertar para aprender. 30 3.2 TECNOLOGIA: ALIADA OU INIMIGA DA EDUCAÇÃO INFANTIL? As novas tecnologias e seus recursos modernos estão em todas as partes: em casa, no lazer, no trabalho e na educação e são concebidos como instrumentos voltados para o conhecimento e saber científicos, ferramentas de aprendizagem, contudo, quando aplicados na prática transformam a atividade humana. Na educação, o uso do computador ajuda no desenvolvimento do aluno, de suas habilidades, além de tornar a aprendizagem mais prazerosa, pois como afirma Fischer (2000, p 41) “a criança vê o computador como aliado no seu processo de construção do conhecimento, porque quando digitam suas ideias, ou o que lhes é ditado, não sofrem frente aos erros que cometem”. A utilização da tecnologia na educação apresenta vantagens e desvantagens para o processo de ensino-aprendizagem. Inserir novas tecnologias como ferramenta educacional promove diferentes reações no âmbito escolar, desde os que reprovam que a tecnologia produza mudanças e aqueles que enxergam tais recursos como solução para grande parte dos problemas educacionais. Mesmo com tanta evolução e boa aceitação das ferramentas da tecnologia na vida do ser humano, ainda existem pessoas que consideram a máquina como um elemento que pode desumanizar o ensino. Para Almeida (2000, p.20), usar os recursos que a tecnologia oferece é criar a “possibilidade de sistematizar, buscar informações e construir produtos, pois o computador permite tratar a informação, corrigir erros, além de facilitar o acesso à pesquisa e a troca de ideias”. segundo Silva (2006, p. 150), “as crianças aprendem a usá-las mais fácil e naturalmente e se sentem muito mais confortáveis com as máquinas do que os adultos, pais ou professores, pois elas são a geração da informática e da era digital”. O uso do computador e suas ferramentas, permite a integração no processo de aprendizagem em todos os níveis e modalidades de ensino, facilitando ao aluno construir e adquirir conhecimento. Há questionamentos em relação a utilização da tecnologia em sala de aula e Pinto (1999, p.18), questiona por que há professores resistentes à tecnologia e responde que “não é suficiente o docente saber ‘mexer’ no 31 computador, precisa visualizar as vantagens de utilizar esse recurso na organização do pensamento e a sociabilização da criança”. O essencial é integrar as possibilidades de ampliar o conhecimento através desta ferramenta com a capacidade e potencial do professor e alunos em saber usá-las. Nessa perspectiva, para Almeida (1999) a formação do professor em relação ao uso do computador como instrumento e recurso pedagógico, idealizar o conhecimento da prática pedagógica aliada às teorias educacionais e as habilidades necessárias para o uso e domínio da máquina, ou seja, o computador é apenas um instrumento e não peça central nesse processo. E se tratando do lúdico, na sociedade atual, os jogos e brincadeiras, devido aos recursos avançados da tecnologia, constituem um tipo de brincadeira que afasta a criança, promove o isolamento, ao contrário da interação e faz com que o encantamento de reunir um grupo, brincar ou jogar e interagir se perca frente a inúmeros comandos em frente ao computador. 3.3 O PAPEL DO PROFESSOR Entende-se da importância do brincar na educação infantil para o desenvolvimento da criança, bem como para o processo de aprendizagem dela. O brincar livre, já proporcionam diversas possibilidades, mas com um mediador, um professor, um responsável, essas possibilidades aumentam significativamente e é disso que vamos tratar nesse tópico, do papel do professor para mediar o brincar na sala de aula para a efetivação de tal desenvolvimento. A inclusão de jogos, brinquedos e brincadeiras na prática pedagógica da educação infantil, desenvolvem diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e ampliação da rede de significados construtivos para as crianças. O educador é peça fundamental nesse processo, porém, não é o único responsável pelo sucesso ou fracasso do mesmo. 32 Além da organização da rotina diária, da inserção das brincadeiras e do planejamento. Também é papel do professor diagnosticar, observar e avaliar a aprendizagem da criança no decorrer das atividades. Nos momentos de brincadeira o educador por meio de atividades lúdicas orientadas, enriquece e potencializa a autoestima das crianças reconhecendo- as como um indivíduo único e especial. Como destaca o RCNEI: Cabe ao professor a tarefa de individualizar as situações de aprendizagens oferecidas às crianças, considerando suas capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas assim como os conhecimentos que possuem dos mais diferentes assuntos e suas origens socioculturais diversas. Isso significa que o professor deve planejar e oferecer uma gama variada de experiências que responda, simultaneamente, às demandas do grupo e às individualidades de cada criança (Brasil, 1998, p. 32). Através das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e particular, registrando suas capacidades, o uso das linguagens, capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. A observação intencional das brincadeiras das crianças, norteia métodos e materiais adequados, assim como um espaço físico estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Segundo o RCNEI (1998), a intervenção do professor , mediador, faz-se essencial para que, na instituição de educação infantil, as crianças possam, em situações de interação social ou sozinhas, ampliar suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e ideias, da experimentação, da reflexão, da construção de objetos e brinquedos dentre outros.Diante disto, fica claro que, a presença e intervenção do professor são essenciais, considerada por Vigotsky (2007), um importante elemento mediador entre a criança e o conhecimento, onde o desenvolvimento da criança se dá num contexto rico em interações resultantes das relações adulto-criança, criança-criança, criança-adulto-conhecimento. Sendo assim, o educador deve propiciar oportunidades para as crianças brincarem sempre, planejando um ambiente de atividades ricas, prazerosas, lúdicas, educativas, no sentido de estimular e despertar o interesse das crianças em aprender. 33 CONCLUSÃO Este estudo teve como finalidade mostrar a importância das atividades lúdicas como recurso pedagógico, de aprendizagem, fazendo observâncias a partir de que a criança só aprende aquilo que lhe desperta a curiosidade, de alguma forma lhe dá prazer. Visando isso, tornou-se importante aprofundar os estudos acerca da relevante contribuição que o lúdico apresenta na busca pelo conhecimento. Desta forma, procurando compreender a função do lúdico como instrumento pedagógico e aprendizagem, os procedimentos metodológicos que deram subsídios para este estudo foi uma pesquisa de caráter empírico descritivo. Pode-se dizer que este estudo teve como base uma pesquisa descritiva de teor teórico e também empírico, em primeiro momento o mesmo esteve embasado em argumentos pré-existentes, os quais foram relacionados ao dia a dia dos alunos do Ensino Infantil, de caráter empírico porque se fez necessário a observância da realidade lúdica dos alunos, e isto se deu pela vivência e observação, registrada e analisada por meio de estágios e pesquisas. Viu-se, também a que tais atividade acarreta uma melhoria significativa quanto ao entendimento e assimilação dos conteúdos aplicados em sala, ou seja, o que nos leva a acreditar que a criança que brinca na escola, como em casa é muito mais perceptível aos conteúdos programáticos do que aquela que não brinca, pois é melhor aprender brincando do que apenas estudar de uma forma rígida e sem graça. Observou-se que uma criança ao ser colocada no meio lúdico não apenas tem facilidade na hora de aprender, mas também socializa mais, interage, participa, enfim a criança tende a ser mais ativa em sua vida como aprendiz. Sendo assim, entende-se que a atividade lúdica oferece e favorece oportunidades de uma aprendizagem facilitadora, o que vem a representar uma melhoria significativa na forma de aprender do aluno da educação infantil. Por meio de análises detectadas através da pesquisa foi possível verificar que o professor deve fazer uso das atividades lúdicas, estas devem ser planejadas e direcionadas para aprendizagem; e, ainda, deve proporcionar liberdade para os 34 alunos, incentivando-os na busca pelo conhecimento; deve estimular no desenvolvimento da atenção, memória, concentração, tendo em vista que as atividades lúdicas auxiliam na compreensão de regras e papéis sociais. Convém ressaltar ainda que, nesta pesquisa, algumas possibilidades de utilização do lúdico em sala de aula, com a finalidade de apontar subsídios que venham tornar o jogo uma prática direcionada e intencionada para a facilitação do aprendizado do aluno. Conforme exposto, o brincar deve ser visto como algo encantador, principalmente, relevante na formação do sujeito, é fundamental que o ato de brincar seja realizado constantemente, pelo professor, quanto pelo aluno, e, que por meio desta prática apresente o valor da atividade lúdica no aprender. No entanto, cada atividade deve ser adaptada e modificada de acordo com a realidade de cada turma, de cada contexto e de cada realidade. Ao concluir este trabalho espera-se contribuir para reflexão dos docentes sobre a relevância do lúdico na sala de aula e de como transformar a aprendizagem a partir da utilização de brincadeiras em um ato prazeroso e natural na vida dos alunos de Educação Infantil. Convém dizer que é de suma importância a participação da família nesse processo, que os pais e responsáveis valorizem e incentivem as atividades lúdicas como meio de estimular a aprendizagem das crianças, que o lúdico seja integrado à prática das atividades diária. E, para que isso ocorra, faz-se necessário que tanto em casa quanto na escola possam perceber a magia e a fantasia existente nestes momentos. Dessa forma torna-se possível contribuir para formação e incentivar a busca pelo conhecimento dos alunos da Educação Infantil. Segundo Santos (1999 apoud MORAES 2012, p.40): O lúdico faz parte de todas as esferas da existência do ser humano e, muito especialmente, na vida das crianças. Pode-se afirmar, realmente, que “brincar é viver”, uma vez que a criança aprende a brincar vivenciando a brincadeira e ao brincar acaba aprendendo. 35 REFERÊNCIAS ALMEIDA, P.N. Educação Lúdica. São Paulo: Loyola, 2000. ALMEIDA, Paulo Nenes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 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