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GESTÃO-PLANEJAMENTO-EM-SAÚDE-E-ASSISTÊNCIA-SOCIAL-2 FACUMINAS

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GESTÃO, PLANEJAMENTO EM SAÚDE E 
ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
 
2 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................3 
A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE ......................4 
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DE PLANEJAMENTO, GESTÃO EM SAÚDE NO 
BRASIL..........................................................................................................................7 
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE: ESPAÇO DE ATUAÇÃO A PARTIR DO SUS
............................................................................................................................................. 11 
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE DESAFIOS OPERATIVOS ................................ 16 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ÁREA DA 
SAÚDE 
 
 
 
O assistente social no Brasil atua principalmente no setor público, em diferentes 
políticas sociais, com destaque à política de saúde, assistência social, educação, 
habitação, entre outras. 
 No âmbito municipal, a área da saúde ocupa o terceiro lugar em quantidade 
de profissionais, sendo aos todos dezessete assistentes sociais inseridos nos mais 
diversos espaços de trabalho e, exatamente, por ser uma das áreas que mais absorve 
esse profissional é que se faz necessário divulgar e refletir sobre esses campos de 
atuação. 
 Contudo, o trabalho é construído a partir das experiencias cotidianas dos 
assistentes sociais na rede de saúde, apresenta brevemente o histórico da inserção 
desse profissional no campo da saúde, os principais espaços de atuação na rede de 
saúde descrevendo as principais ações desenvolvidas, bem como alguns desafios 
encontrados em seu cotidiano. 
“A saúde foi a área que mais absorveu o profissional de 
Serviço Social no Brasil a partir da década de 40. Nessa área, a 
atuação dos Assistentes Sociais se localizou principalmente nos 
hospitais, sendo o Hospital das Clínicas de São Paulo, com o chamado 
 
 
5 
Serviço Social Médico, o pioneiro na contratação destes profissionais 
(BRAVO, 1991 apud CORREIA, 2005).” 
 
Na década de 60, em plena ditadura militar, o Serviço Social passou por um 
período de renovação profissional que, de acordo Netto (1998), se deu em três 
direções: a modernizadora, a reatualização do conservadorismo e a intenção de 
ruptura. A direção modernizadora tornou-se hegemônica face às exigências do 
mercado de trabalho e do modelo autocrático da época, sendo que na área da saúde, 
a perspectiva modernizadora sedimenta a prática profissional na dimensão curativa, 
dando ênfase às técnicas de intervenção, burocratização das atividades e concessão 
de benefícios. 
Na década de 70, mesmo com emergências de novas direções apesar da 
emergência teórico metodológicas na profissão e do surgimento do Movimento 
Sanitário. A partir desta data, a renovação do Serviço Social passou a ser direcionada 
pela vertente da intenção de ruptura, que buscava romper com o tradicionalismo e 
suas implicações teórico-metodológicas e prático-profissionais (NETTO, 1998). 
De acordo a Constituição de 1988 e a implantação do SUS, a saúde passa a 
ser considerada direito de todos e dever do Estado e os princípios da 
descentralização, da universalização, da integralidade, da participação da 
comunidade passam a ser diretrizes do novo sistema. 
Regulamentando o SUS, em 1990, pelas Leis Orgânicas 8.080/90 e 8.142/90 
trazendo mais inovações para a área da saúde, com ampliação do conceito de saúde, 
que passou a considerar fatores como “a alimentação, a moradia, o saneamento 
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o 
acesso aos bens e serviços essenciais” (BRASIL,1990) como condicionantes e 
determinantes da saúde. Que promoveram mudanças na atuação do Serviço Social 
junto a esta área. 
“Mudanças internas na profissão 
influenciaram o exercício profissional do assistente 
 
 
6 
social principalmente através do movimento de 
reconceituação profissional, consolidando seu projeto 
profissional baseado nas lutas sociais das classes 
trabalhadoras na construção de uma nova ordem 
societária (ABREU, 2004).” 
 
Considerada mais tarde pelo Código de Ética profissional de 1993, na Lei que 
regulamenta a profissão de 1996 e na própria reforma curricular, amparando o projeto. 
As leis orgânicas de 1990 provocaram mudanças no exercício profissional na área da 
saúde, porém, o assistente social passa a ter subsídios para realizar seu trabalho na 
perspectiva da universalidade de acesso e da integralidade da assistência. 
 Logo após a criação do SUS e dos avanços trazidos pelo mesmo, os campos 
de atuação do assistente social têm ampliado gradativamente e cada vez mais esse 
profissional é chamado para atuar nas políticas públicas realizando intervenções que 
sejam alternadas e orientadas pela noção de direito social. 
Com o passar dos tempos, a crise da gestão da saúde não constitui nenhuma 
novidade. Nesses 20 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), e nos anteriores, 
mesmo quando saúde era apenas um serviço no âmbito da previdência social, ela 
sempre esteve presente. 
Tendo parecer que saúde, gestão pública, sempre andam de mãos dadas, e 
nas páginas dos jornais. Portanto a crise nunca deixou de existir, por outro lado é 
inegável dizer que de crise em crise a saúde avançou de maneira notável com a 
Constituição reconhecendo-a como um direito público subjetivo, e os 5.564 municípios 
brasileiros e 27 estados organizando, em rede, os serviços de saúde. 
 
 
 
 
 
7 
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DE PLANEJAMENTO, GESTÃO EM 
SAÚDE NO BRASIL 
 
 
 
O planejamento e gestão no Brasil, considerando as diversas 
conjunturas políticas e acadêmicas, concluem que esta produção é marcada 
pelos desafios que exigem não só conhecimento técnicocientífico, mas 
também militância sociopolítica. 
 Nas diferentes fases em que os temas são apresentados segundo 
novos desafios na trajetória política, fortemente marcada pela Reforma 
Sanitária e suas diferentes fases de implementação. Outros autores 
assinalam a existência de quatro correntes de planejamento/gestão em 
saúde, que não deixam de estar marcadas pelos desafios prático-teóricos e 
diversidade de influências teóricometodológicas: 
Segundo a gestão estratégica do Laboratório de Planejamento (LAPA) 
da Faculdade de Medicina de Campinas defende um modelo de gestão 
colegiada e democrática, com as seguintes premissas: 
• forte autonomia, 
• colegiados de gestão, 
 
 
8 
• comunicação lateral e ênfase na avaliação para aumentara responsabilidade. 
 Propõe a utilização de uma "caixa de ferramentas", que inclui o 
pensamento estratégico de Testa, o planejamento estratégico-situacional 
(PES) de Matus, elementos da qualidade total, da análise institucional, e 
outros. O modelo critica a proposta piramidal de hierarquização de serviços 
em prol do modelo do círculo, que ressalta a coordenação horizontal entre 
todos os níveis da rede e a centralidade da rede básica de atendimento. 
Mais recentemente, incorpora, a partir da Saúde Mental, os conceitos 
de acolhimento e vínculo, ligados à política de humanização. 
Que vem crescendo e preocupada com os microprocessos de trabalho 
assistencial, a escola introduziu novos instrumentos de análise, como os 
fluxogramas analisadores. 
(2) De acordo o planejamento estratégico comunicativo, 
representado por núcleos da ENSP/Fiocruz, com base na teoria do agir 
comunicativo (TAC) de Habermas, resgata aspectos comunicativos do 
planejamento estratégico-situacional, mas não se limita a ele. 
Incorpora um enfoque de planejamento/gestão estratégica de 
hospitais e desenvolve uma reflexão sobre componentes de uma gestão: 
• pela escuta, 
• como a liderança, 
• práticas de argumentação, 
• negociação, 
 
 
9 
• dimensão cultural, redes de conversação, com alguma 
influência da escola da organização que aprende e da filosofia 
da linguagem aplicada à gestão organizacional. 
Representa uma crítica ao paradigma estratégico. Também é 
necessário destacar que a contribuição da ENSP/Fiocruz não se limita ao 
grupo do "planejamento estratégico comunicativo" referido por Mehry. 
Destaca se pela importância que tem sido feito por pesquisadores que 
buscam aplicar o referencial da psicossociologia à gestão organizacional e 
ao desenvolvimento das capacidades de liderança. 
(3) Nesta corrente da Vigilância à Saúde, representada por um grupo 
heterogêneo do ponto de vista geográfico e institucional, postula um modelo de 
vigilância à saúde que propõe pensar numa inversão do modelo assistencial. Tendo 
em vista que o modelo combate a velha atomização dos programas verticais da Saúde 
Pública e defende a necessidade de integração horizontal dos seus vários 
componentes. 
A maior parte possibilidade de coordenação se apoia na aplicação do PES no 
processamento de problemas transversais. A Vigilância à Saúde se caracterizaria por 
este tipo de integração, mas também pela busca de uma atuação intersetorial, na linha 
da promoção à saúde, que seria o paradigma básico da vigilância, alternativo ao 
paradigma flexneriano da clínica. Contemplaria como um dos seus alicerces 
assistenciais a rede básica de atendimento e primordialmente o modelo de médico de 
família. 
Uma das principais contribuições da escola é a proposta de sistemas de 
microregionalização solidária, como célula de um sistema regionalizado que avance 
na possibilidade de constituir sistemas integrados de saúde por oposição aos 
sistemas fragmentados. A este respeito, é importante destacar a contribuição de 
Mendes no planejamento e montagem de redes de atenção à saúde. 
 
 
10 
(4) Segunda a escola da ação programática da Faculdade de Medicina da USP 
destaca-se pela ênfase a formas multidisciplinares de trabalho em equipe. 
Sustentando a necessidade de uma abertura programática por grupos humanos 
amplos, para além de um recorte por patologias. 
Enseja assim condições para uma abordagem mais integrada e 
coordenada do atendimento. Acrescenta como tal na escola da vigilância, 
uma importância crucial ao uso inteligente da epidemiologia clínica e social, 
como disciplina útil na possibilidade de programação das práticas de 
serviços, incluindo os clínicos. Visto que alguns autores, da mesma forma 
que a corrente da ENSP, mostram uma preocupação importante pelo 
ramo da filosofia da linguagem dentro da vertente comunicativa de 
Habermas. 
 
 Onde a busca da integração entre serviços básicos e hospitalares depende 
basicamente do estabelecimento de processos comunicativos. Esta escola 
tem se diferenciado, ainda, pelas reflexões sobre o processo de trabalho 
em saúde. Segundo a análise de Schraiber sobre as características do 
trabalho médico, enquanto um duplo técnico e humano: um saber e uma 
forma de intervenção tecnológica e uma forma de interação ou de agir 
comunicativo. 
 
Um destaque importante, é a contribuição específica do Instituto de 
Medicina Social da UERJ, referente ao desenvolvimento de um laboratório 
de integralidade, que inseriu um grande volume de trabalhos sobre o tema 
na área de gestão de redes em Saúde . 
 
 
11 
 
 
 SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE: ESPAÇO DE ATUAÇÃO A 
PARTIR DO SUS 
 
 
 
As inovações influenciaram na superação do modelo centrado na doença e nas 
ações curativas e na construção de um novo modelo de assistência à saúde, voltado 
para sua promoção. 
O novo modelo requisitou um trabalho multiprofissional e com isso, o assistente 
social passou a ter maior importância na área da saúde (CORREIA, 2005), exigindo 
um profissional capacitado para atuar nas múltiplas expressões da questão social 
originadas nas relações sociais que afetam a saúde. É a partir dessa compreensão 
que o profissional de Serviço Social passa a ser contratado como um dos promotores 
na consolidação do SUS e de seus princípios e como articulador da saúde com as 
demais políticas públicas. 
O NASF foi criado em janeiro de 2008 com o objetivo de ampliar a abrangência 
e a finalidade das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. 
Considerando sua inserção em apoiar Estratégia de Saúde da Família (ESF) na 
 
 
12 
rede de serviços e no processo de territorialização e regionalização a partir da atenção 
básica. 
 Integrante da Política Nacional de Atenção Básica (Portaria GM nº 2.488/2011) 
o NASF deve ser constituído por profissionais de diferentes áreas de conhecimento 
que atuam diretamente no apoio às equipes de saúde da família e nas unidades nas 
quais o NASF está cadastrado (BRASIL, 2011b). No ano de 2012, com a Portaria GM 
nº 3124/2012, o NASF passou a ser referência para no mínimo cinco equipes de 
saúde da família e no máximo nove, ampliando o número de NASF existentes nos 
municípios 
 Destacando o NASF, não é porta de entrada do Sistema Único de Saúde, 
atuando de forma integrada com as equipes nas demandas identificadas por elas. 
Sendo assim, utiliza-se de instrumentos como o matriciamento ou apoio matricial, que 
se caracteriza por ser “um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais 
equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de 
intervenção pedagógicoterapêutica” (CHIAVERINI, 2011, p.13). 
De acordo a proposta integradora visa transformar a lógica tradicional – 
verticalizada – dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referência e contra 
referencias, protocolos, etc., por uma lógica verticalizada, rápida e eficaz de ampliar 
o campo de atuação das equipes de saúde da família e qualificar suas ações. 
O Assistente Social deve desenvolver suas ações de acordo com as 
demandas, destacando-se: 
• o matriciamento com as equipes de saúde da família mensalmente; 
• atendimentos individuais; 
• familiares e comunitários (em consultório ou através de visitas 
domiciliares) realizado pelo profissional ou em conjunto com as equipes 
de saúde da família; 
• apoio a grupos do Centro de Saúde ou programas e projetos da SMS; 
• realização de grupos específicos ou multiprofissionais; 
 
 
13 
• realização de ações de articulação intersetorial e elaboração e 
atualização da rede de apoio municipal ou local; elaboração de 
estudos e pareceres sociais. 
 
Conforme o Ministério da Saúde o CAPS é um serviço de saúde aberto e 
comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um lugar de referência e 
tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais cuja severidade e/ou 
persistênciajustifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, 
comunitário, personalizado e promotor de vida. 
‘’Como o objetivo dos CAPS em oferecer 
atendimento à população, por meio do 
acompanhamento clínico e a reinserção social dos 
usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos 
direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e 
comunitários (BRASIL, 2004)” 
 
Segundo o Ministério da Saúde o CAPS é um serviço de saúde aberto e 
comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um lugar de referência e 
tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais cuja severidade e/ou 
persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, 
comunitário, personalizado e promotor de vida. 
É um trabalho intersetorial e de articulação em que os CAPS estão inseridos, 
buscam fortalecer os vínculos sociais dos usuários em seu território, acolhendo e 
prestando os devidos cuidados assistenciais às pessoas com transtornos mentais 
severos e seus respectivos familiares. 
 Estes Centros de Atenção Psicossocial diferenciam-se entre si, pela área de 
abrangência e particularidades do público alvo. Nesse sentido, subdividem-se em 
CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi, CAPSad e CAPS Ad III. 
 
 
14 
Destacando as principais ações desenvolvidas pelo profissional de Serviço 
Social nos CAPS’s são: 
• acolhimento, avaliação inicial, assembleias de profissionais, usuários e 
familiares; 
• visitas domiciliares e institucionais; 
• realização de estudos de casos com a equipe técnica e com a rede 
intersetorial; 
• estudos socioeconômicos; 
• encaminhamentos para diversos setores públicos, privados e não 
governamentais; 
• elaboração de relatórios e pareceres; 
• participação em reuniões internas e externas; 
• atendimento individual e familiar; participação em oficinas e grupos 
terapêuticos; 
• contatos e articulações com a rede de assistência social, previdência, 
saúde, educação, justiça, habitação dentre outras. 
Foram criadas Unidades de Pronto Atendimento integrantes da rede de 
atenção de média complexidade pelo Ministério da Saúde com o objetivo de melhorar 
o atendimento de urgência e emergência à população. 
 Como o atendimento oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde não têm suporte 
para atender, ao mesmo tempo em que desafogam as portas de urgência 
hospitalares, atendendo situações de média complexidade. Ou seja, de acordo a 
Portaria nº 342, de 04 de março de 2013, a UPA 24h é um estabelecimento de saúde 
de complexidade intermediária situado entre a Atenção Básica de Saúde e a Atenção 
Hospitalar (BRASIL, 2013). 
A demanda dos usuários no serviço é espontânea, sendo atendida toda e 
qualquer pessoa que necessite de atendimento urgente e emergencial 24 horas por 
 
 
15 
dia. A prioridade de atendimento é realizada por acolhimento de acordo com o 
Protocolo de Classificação de Risco do Ministério da Saúde e conforme a gravidade 
da situação. 
As principais ações desenvolvidas são: 
• atendimento individual e familiar, realização de estudos de caso com a 
equipe técnica, articulação com a rede de assistência à saúde 
• (Atenção Básica, Média e Alta Complexidade), Previdência Social 
(INSS), com a rede de apoio socioassistencial 
• (Organizações Governamentais e Não Governamentais), educação, 
participação em reuniões, cursos, eventos, entre outros. 
Para assistente social que atua nas Upas são encontrados alguns obstáculos 
em seu processo de trabalho, como por exemplo, as condições éticas e técnicas de 
trabalho (sigilo, infraestrutura), a ausência de transporte social e alimentação para os 
usuários do serviço, o entendimento por parte da equipe do papel do assistente social 
nos serviços de Urgência e Emergência e relacionados à Alta Social. 
Intervir na conduta de inserção do assistente social no campo da saúde e dar 
visibilidade à sua atuação, articulando a ação profissional com os preceitos da 
Reforma Sanitária e com as diretrizes do SUS, torna-se fundamental diferenciar a 
profissão nessa área de atuação. Isto subsidia a ação do profissional com as equipes 
interdisciplinares e favorece o atendimento de qualidade à população usuária do SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE DESAFIOS OPERATIVOS 
 
 
 
 
Retratando a intersetorialidade especificamente no plano da assistência à 
saúde, considera-se que ela permite a ressignificação das práticas em saúde e a 
construção de processos coletivos de trabalho. Portanto, há a necessidade de integrar 
práticas e saberes, de modo a contemplar a complexa realidade e fazer frente a um 
Estado setorializado, permeado por poderes disciplinares e poderes de composições 
adversários, ou seja, políticos partidários, a verticalização e hierarquização, bem 
como os corporativismos. 
Sendo assim, os conceitos operacionais/mediações, baseiam as ações 
viabilizando o direito social à saúde, de acordo com as demandas. Ou seja, como 
condutor o fazer profissional incorporando esses conceitos mediadores a partir da 
lógica da determinação social do processo saúde-doença em sua prática. Como 
operar a Política Nacional de Saúde entendida não como um dispositivo nela mesma, 
mas no interior de um marco mais amplo que se fundamenta na determinação social, 
ampliando, qualificando as ações dos profissionais no processo saúde-doença, dos 
assistentes sociais. 
 
 
17 
Ao serem inseridos tanto no campo da saúde, como em outras áreas os 
assistentes sociais têm se tornado multiprofissionais. Tal inserção, segundo as 
observações de Nogueira (2003, 2003a) e Mioto (2007), tem sido marcada tanto pelos 
processos societários em curso, como pela própria condição da profissão. 
 
“Quando pautada, predominantemente, no nível 
teórico-discursivo e sem uma vinculação explícita do trânsito 
entre teoria/prática no debate corrente na área da saúde, a 
tendência é o ostracismo do profissional. Em ambos os casos 
o reconhecimento da profissão é sensivelmente diminuido, ao 
mesmo tempo em que se restringe o impacto que o projeto 
profissional poderia ter na articulação e na condução do 
trabalho da equipe (Mioto, 2006; 2007).” 
 
 
18 
Entretanto os elementos, também são estruturantes da ação profissional, a 
saber: os objetivos -- definidos a partir das demandas/necessidades dos 
usuários/sujeitos e do espaço sócio ocupacional -- e as abordagens para a 
aproximação com a realidade e com os sujeitos destinatários da ação. 
Ou seja, um assistente social, através das demandas postas pelos sujeitos, 
sejam elas de caráter coletivo ou singular, assumindo como horizonte para suas 
ações e localizando seu espaço sócio ocupacional, define tanto o objetivo como o 
caráter da ação a ser empreendida. 
Compreendem se, as ações profissionais que expressam toda a formulação 
teórica, ética e técnica da profissão, reafirmando que não podem ser vistas de forma 
isolada. Portanto, as ações profissionais se articulam em diferentes processos à 
medida que se aproximam ou se diferenciam, entre si, direcionam à composição de 
diferentes níveis de respostas para as demandas colocadas aos assistentes sociais. 
 
“Nessa perspectiva, as ações profissionais estão atreladas à 
construção da integralidade e da participação social em saúde, através 
da integração dos três processos. Eles possibilitam o trânsito tanto 
entre os diferentes níveis de atenção em saúde quanto entre as 
necessidades individuais e coletivas, à medida que as ações 
profissionais estão, direta ou indiretamente, presentes em todos os 
níveis de atenção e de gestão. (Mioto; Nogueira, 2006; Mioto; Lima,” 
2009). 
 
Sobre os processos político-organizativos, são configurados pela articulação de ações 
profissionais que tem a função de dinamizar e instrumentalizar os processos participativos, 
visando a construção de novos padrões de sociabilidade. Seguido pela premissa da 
democratizaçãodos espaços coletivos e pela criação de condições para a prazo. Entre as 
ações que compõem esse processo, destaca-se a mobilização e a assessoria. Estas têm o 
potencial de, efetivamente, viabilizar a concepção de promoção da saúde, à medida que 
podem contribuir na organização da população, enquanto sujeito político capaz de inscrever 
 
 
19 
suas demandas na agenda pública. Ou seja, os sujeitos privilegiados dessas ações os 
conselhos de direitos e os movimentos sociais. 
Contam com os processos de gestão e planejamento correspondem ao conjunto 
de ações profissionais desenvolvidas no nível de gestão do SUS, no âmbito das 
instituições e serviços de saúde, no planejamento de serviços sociais e para a 
sistematização das ações profissionais. 
 Destacando no âmbito da gestão e do planejamento as ações, sendo 
destinadas à construção da intersetorialidade. Elas atuam na criação de protocolos 
entre serviços, programas e instituições no conjunto das políticas sociais, e 
constituem a base para o trabalho do assistente social, e também da equipe de saúde 
educativas, “consistem em um movimento de reflexão entre profissionais e usuários que, 
através da informação e do diálogo, buscam alternativas e resolutividade para as demandas 
e necessidades dos usuários” (Mioto; Nogueira, 2006). 
De acordo com os processos sócio-assistenciais que incluem ações de 
diferentes naturezas, por estarem em constante interação, nem sempre são 
identificadas nas suas especificidades. Em seu diferencial consideram algumas 
particularidades, entre elas são: 
• as ações periciais; 
• as ações sócio emergenciais; 
• as ações sócio terapêuticas; 
• as ações socioeducativas; 
“As ações periciais, têm por objetivo elaborar pareceres técnicos com a 
finalidade de subsidiar a decisão de determinados órgãos ou profissionais para 
concessão de equipamentos, benefícios, prestação de serviços, dentre outros; as 
ações sócio emergenciais visam atender as demandas que estão relacionadas às 
necessidades básicas e de urgência dos usuários e de suas famílias (cesta básica, 
serviço funerário, dentre outros) e de violação de direitos; 
 
 
20 
 as ações sócio terapêuticas implicam em apoio diante de situações de sofrimento 
individual e/ou grupal vividas pelos usuários e/ou familiares, particularmente em 
momentos críticos (mortes, recebimento de diagnósticos, acidentes), bem como a 
realização ou participação em ações terapêuticas, especialmente vinculadas à área 
da saúde mental; as ações socioeducativas “consistem em um movimento de reflexão 
entre profissionais e usuários que, através da informação e do diálogo, buscam 
alternativas e resolutividade para as demandas e necessidades dos usuários” (Mioto; 
Nogueira, 2006). Desta forma abre possibilidade em três dimensões. Primeiro, ampliar 
o conhecimento sobre as práticas do assistente social no campo da saúde nos 
parâmetros profissionais, considerando a favor a qualificação e inserção no debate 
da saúde. Favorecer igualmente os resultados esperados da ação em si, 
conferindolhe maior coerência e respondendo às demandas que lhes são postas 
nesse campo. Considerando em contribuir para a materialização dos ideais da 
Reforma Sanitária e do Projeto Ético-Político do Serviço Social, em transformar as 
ações profissionais cotidianas em desafios teóricos e operativos. 
 
projetos outros não com disputa sanitários que contemplem os valores postos pelos 
princípios éticos da profissão. 
dos sujeitos envolvidos nesse potencial em Tendo vista o respeito ao político 
as processo, de acordo neces sidades 
médio de aquelas e longo imediatas e 
 
 
21 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
NOGUEIRA, V. M. R. O Serviço Social na área da saúde. Palestra proferida na Pontifícia 
Universidade Católica de Porto Alegre. Porto Alegre. 2003. 
_______;NOGUEIRA, V. M. R. Sistematização, planejamento e avaliação das ações dos 
assistentes sociais no campo da saúde. MOTA, A.E. et al (Org) Serviço Social e Saúde: 
Formação e Trabalho Profissional. São Paulo: OPAS, OMS, MS, Cortez Editora, 2006, pp. 
273-303 
______. Processo de construção do espaço profissional do assistente social em contexto 
multiprofissional: um estudo sobre o Serviço Social na estratégia Saúde da Família. 
Relatório Final CNPq. Florianópolis: UFSC, 2007. 
MIOTO, R. C. T. Processo de construção do espaço profissional do assistente social em 
contexto multiprofissional: um estudo sobre o Serviço Social na Estratégia Saúde da Família. 
Projeto de Pesquisa: UFSC/CNPq. Florianópolis. 2004. 
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