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Nome: Matheus Henrique da Silva Cruz Conteúdo: Assistente de Recursos Humanos Data: 14/09/2021 → Resumo sobre Fundamentos da Legislação trabalhista O surgimento de leis trabalhistas consolidadas no Brasil emerge em um contexto de crescente industrialização, de influência de países europeus na criação de leis de proteção aos trabalhadores e também de compromisso nacional com a Organização Internacional do Trabalho, juntamente com outras políticas trabalhistas do governo da época, tal como a criação da Justiça do Trabalho em 1941. Empregado x Empregador: Empregado: A CLT, em seu artigo 3º, considera empregado toda pessoa física que presta o serviço de natureza não eventual a um empregador sob dependência deste e recebendo um pagamento fixo ou variável. Empregado Empregador Empregador: A CLT, em seu artigo 2º, considera empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite e dirige a prestação pessoal de serviços. Portanto, é o empregador quem assume os riscos da atividade econômica da empresa. Ele deve atrair investimentos para ela, assim como assumir a responsabilidade pelos prejuízos que ocorrerem. O Trabalhador: O trabalhador é aquele que presta serviço de natureza eventual e não possui vínculo empregatício; pessoa que presta seus serviços esporadicamente. Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é um empregado. Existem quatro elementos que determinam essa diferença: pessoalidade, não-eventualidade, subordinação e remuneração. O trabalhador só é considerado um empregado quando preencher esses quatro elementos. Existem diferentes tipos de trabalhadores, são eles: Trabalhador eventual Trabalhador avulso Trabalhador temporário Trabalhador estagiário Trabalhador eventual: É a pessoa física que eventualmente trabalha para outra pessoa ou mesmo uma empresa, por exemplo, um pintor. Trabalhador avulso: Não tem vínculo empregatício e presta serviço para área urbana e/ou rural com intermediação de um órgão, por exemplo, um vigilante de embarcação. Trabalhador temporário: É aquele que presta serviço para uma empresa para atender à necessidade transitória de um determinado momento. Por exemplo: funcionários contratados para determinada época do ano. Trabalhador estagiário: Trabalha para complementar seus conhecimentos adquiridos em sala de aula. A atividade de estágio não está sujeita à Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Por exemplo, estudantes acima de 16 anos. Trabalhador autônomo: Sua principal característica é a autonomia, ele trabalha de forma independente. Por exemplo: Advogado, Contador etc. Relação de emprego: A relação de emprego, do ponto de vista técnico-jurídico, é apenas uma das modalidades específicas de relação de trabalho juridicamente configuradas. Para firmar a relação de emprego entre o empregador e o empregado deve-se elaborar o contrato individual de trabalho, o qual poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado. Contrato Tácita: É aquele que nasce espontaneamente. Contrato Expresso: É aquele em que as partes acertaram suas condições, podendo ser verbal ou escrito. Algumas características dessa relação: Pessoalidade: O empregado deve ser uma pessoa física e ele mesmo deve realizar as tarefas pelas quais ele foi contratado. Serviço não eventual: Os serviços devem ser prestados de maneira contínua, de acordo com as necessidades da empresa, nunca de maneira eventual. Pagamento de salário: O empregado deve receber salários pelos serviços que prestar à empresa. Admissão e Demissão de empregados: Admissão: Se os contratos de trabalho firmam a relação entre empregador e empregado, eles representam a conclusão e a formalização de processos anteriores que atendem a normas legais e mesmo internas da organização, compreendendo fluxos admissionais. Para consolidar admissão do empregado, é necessário que ele entregue uma série de documentos, são eles: Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Exame médico de capacitação funcional; Carteira de identidade; Carteira de identidade para estrangeiro; Documentos militares; Título de eleitor; Carteira Nacional de Habilitação; Comprovante de cadastramento no PIS/PASEP; Cartão de identificação do contribuinte – CIC; Documento de inscrição em órgão de classe; Certidão de casamento; Fotografia 3x4; Certidões de nascimento dos menores de 14 anos; Atestado de invalidez expedido pelo INSS (filho de qualquer idade). Após a entrega dos documentos, o empregador fica obrigado a realizar as anotações da CTPS do empregado durante o período de prestação dos serviços. Também devem ser realizados preenchimentos sobre: Data de admissão: Deverá ser o dia que o empregado efetivamente começou a prestar seus serviços. Salário mensal ajustado: Deverá ser registrado quanto efetivamente ganha, ou seja, o salário integral, sem descontos (bruto). Vale-transporte (= 6%) deve ser descontado no contra cheque. Início e término das férias: O empregador deve anotar, no campo próprio da CTPS do empregado, os seguintes dados: Período aquisitivo de férias, período concessivo e assinatura do empregador. Data da dispensa: É obrigatória a baixa na carteira do empregado, sem a qual ele não poderá arrumar outro emprego. Demissão: A rescisão de contrato ou extinção ocorre quando o empregado e/ou o empregador declarar que não quer mais continuar com a relação de emprego Ela pode ser por justa causa ou não. Rescisão com justa causa: A rescisão por justa causa ocorre pelo ato faltoso, um erro grave ou por alguma indisciplina do empregado. Rescisão sem justa causa: A sem justa causa é quando o empregado é desligado da empresa, podendo ser realizado com aviso prévio trabalhado ou aviso prévio indenizado. O aviso prévio trabalhado ocorre quando a empresa solicita que o empregado trabalhe por mais um mês. Nesse período, ele terá direito a uma redução na jornada de trabalho, que pode ser de duas horas diárias ou de sete dias no final desse mês. Na rescisão de trabalho, todos os passos devem ser seguidos de acordo com a CLT, de forma clara e honesta. Se assim ocorrer, a rescisão contratual será sem ônus para o trabalhador e o empregador. Remuneração: A remuneração compreende o salário mais as gorjetas que os funcionários ganham dos clientes. O salário é o pagamento realizado ao empregado como retribuição pelo seu trabalho. É irredutível, mesmo que haja alteração de função. Há diferentes tipos de salários, como também, outros benefícios que são de direito do empregado e que compõem os proventos da sua folha de pagamento, alguns deles são: Salário mínimo: Nenhum trabalhador pode ser contratado com a remuneração inferior ao valor do salário mínimo nacional, que é reajustado anualmente. Salário base: É o salário contratual discriminado na carteira de trabalho do empregado e que serve de referência para cálculo de horas extras, do adicional de periculosidade, de gratificações, entre outros. Bônus: Bônus salarial é todo valor que o empregado recebe, mas que não faz parte da remuneração, não está incluído de forma permanente no seu ordenado. Salário mínimo Salário base Bônus Jornada de trabalho: Fatores importantíssimos que devem ser cuidados pela empresa são a duração da jornada de trabalho, o período de descanso e o descanso semanal remunerado. Se isso não for cumprido e respeitado, a empresa (empregador) sofrerá multa. A jornada diária de trabalho tem um limite máximo, fixada pela CF/88: oito horas. Além disso, não pode exceder a 44 horas semanais. Caso houver concordância de ambas as partes (empregado e empregador), poderá ser fixado limite inferior ao estabelecido legalmente, estabelecendo uma jornada de 40 horas semanais, por exemplo. Para trabalhos executados em feriados, deve-se efetuar o pagamento em dobro e não a compensação das horas. Em algumas funções específicas, existem peculiaridades nos intervalos dentro da jornada que variam para cada situação, mas que são computadas no horário de trabalho. Exemplos: funções que exijam muita atenção e concentração, digitação, etc. Férias: Todo empregado, depois 12 meses de trabalho, terá direito às férias. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. As férias são fundamentas por princípios, como: Anualidade; Continuidade; Remunerabilidade; Proporcionalidade A concessão de férias deve ser comunicada ao empregado, por escrito, com a antecedência de, no mínimo, 30 dias, cabendo a ele assinar a notificação. O pagamento das férias deve ser feito até dois dias antes do seu início. Caso o empregado queira converter em dinheiro 1/3 dos dias de férias, deverá fazer o pedido junto ao RH da empresa. Poder disciplinador do empregador: No contexto das organizações, o empregador possui um poder disciplinador. Esse poder consiste na aplicação de penalidades ao empregado caso ele descumpra as obrigações afirmadas em contrato de trabalho e está baseado na relação de subordinação entre empregado e empregador. As punições previstas são advertência verbal, escrita, suspensão e dispensa. Não existe uma ordem de punições. O empregador deve basear-se no nível de gravidade do ato, no regulamento da empresa e nas normas coletivas do sindicato.
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