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Universidade Tiradentes - Medicina Mecanismos de ajuste da FC fisiologia O batimento cardíaco ocorre aproximadamente com 100 bpm na ausência completa de qualquer influência nervosa ou hormonal sobre o nó SA. Entretanto a FC pode ser maior ou menor, visto que o nó SA sob constante influência dos nervos e dos hormônios. Numerosos neurônios pós-ganglionares simpáticos e parassimpáticos terminam no nó SA Simpáticos → Aumentam a FC, aumenta a inclinação do potencial marcapasso, aumenta a permeabilidade dos canais do tipo F, entrada de Na+ → despolarização mais rápida Parassimpáticos → Diminuem a FC, efeito oposto ao simpático e além disso também hiperpolariza a célula No repouso a influência dos neurônios parassimpáticos é maior, de modo que a frequência cardíaca no repouso está entre 70-75 bpm (abaixo da frequência inerente de 100 bpm) ● Estimulação simpática e parassimpática ● Epinefrina: Principal hormônio liberado pela medula suprarrenal, que acelera o coração ao atuar sobre os mesmos receptores beta-adrenérgicos no nó SA que a norepinefrina liberada dos neurônios. ● Alterações na temperatura corporal ● Alterações nas concentrações plasmáticas de eletrólitos ● Hormônios Durante o exercício, o débito cardíaco pode aumentar 5 L/min do repouso para cerca de 35 L/min em atletas treinados. Conforme esperado, o fluxo sanguíneo é aumentado em várias partes do corpo: ● Os músculos em exercício: maior parte do aumento do débito. ● Coração: de modo a suprir o aumento do metabolismo e da carga de trabalho ● A pele, se houver necessidade de dissipar o calor gerado pelo metabolismo. 1 2 Os aumentos do fluxo, resultam da vasodilatação arteriolar que ocorre neles. Tanto no músculo esquelético quanto no músculo cardíaco, a vasodilatação é mediada por fatores metabólicos locais, enquanto a vasodilatação na pele é obtida principalmente por uma diminuição no disparo dos neurônios simpáticos para a pele. Ao mesmo tempo, observa-se uma vasoconstrição arteriolar dos rins e nos órgãos gastrintestinais. Essa vasoconstrição é produzida pelo aumento de atividade dos neurônios simpáticos e manifesta-se por diminuição do fluxo sanguíneo. A vasodilatação das arteríolas no músculo esquelético, no músculo cardíaco e na pele causa diminuição da resistência periférica total ao fluxo sanguíneo, e é, em parte, compensada pela vasoconstrição das arteríolas em outros órgãos. Todavia, essa alteração compensatória não é capaz de compensar a enorme dilatação das arteríolas musculares, e o resultado final consiste em diminuição da resistência periférica total. A pressão arterial média é o produto aritmético do débito cardíaco pela resistência periférica total. Durante a maioria das formas de exercício: ● o débito cardíaco tende a aumentar ligeiramente mais do que a diminuição da resistência periférica total ● A pressão arterial média habitualmente aumenta em pequeno grau ● A pressão de pulso aumenta significativamente devido a um aumento do volume sistólico e à velocidade de ejeção do volume sistólico que aumenta significativamente a pressão sistólica. O aumento do débito cardíaco durante o exercício se deve a grande elevação da frequência cardíaca e pequeno aumento do volume sistólico. 2 3 A elevação da frequência cardíaca é causada por uma diminuição da atividade parassimpática para o nó SA e aumento da atividade simpática. O crescimento do volume sistólico deve-se a uma elevação da contratilidade ventricular, que se manifesta por um aumento da fração de ejeção e é mediado pelos neurônios simpáticos. Entretanto existe um pequeno aumento (cerca de 10%) no volume diastólico final ventricular. Em virtude desse enchimento aumentado, o mecanismo de Frank-Starling contribui para o crescimento do volume sistólico. Entretanto, esses fatores por si sós não são suficientes para explicar o aumento do débito cardíaco. O fato é que o débito cardíaco pode aumentar para níveis elevados somente se os processos periféricos que favorecem o retorno venoso ao coração forem simultaneamente ativados no mesmo grau. Caso contrário, o encurtamento do tempo de enchimento em decorrência da frequência cardíaca elevada reduziria o volume diastólico final e, portanto, o volume sistólico (pelo mecanismo de Frank-Starling). Os fatores que promovem o retorno venoso durante o exercício são: ● Aumento da atividade da bomba do músculo esquelético, ● Aumento da profundidade e frequência da inspiração (a bomba respiratória), ● Aumento do tônus venoso mediado simpaticamente, ● maior facilidade do fluxo sanguíneo das artérias para as veias através das arteríolas dilatadas do músculo esquelético. A vasodilatação das arteríolas no músculo esquelético e no músculo cardíaco quando o exercício está sendo realizado representa uma hiperemia ativa, em consequência dos fatores metabólicos locais dentro do músculo Exercício e o Sistema de Anteroalimentação: Durante o exercício o córtex cerebral gera impulsos para um ou mais centros de controle e as vias descendentes desses centros para os neurônios pré-ganglionares autônomos apropriados desencadeiam o padrão de disparo típico do exercício. Esses centros tornam-se ativos, e ocorrem alterações da função cardíaca e vascular até mesmo antes do início do exercício. Uma vez iniciado o exercício, se o fluxo sanguíneo e as demandas metabólicas não estiverem compatíveis, podem surgir alterações químicas locais no músculo, particularmente durante o exercício intenso. Essas alterações ativam os quimiorreceptores no músculo. Impulsos aferentes partindo desses receptores vão ao centro cardiovascular bulbar e facilitam os impulsos que partem dos centros cerebrais superiores e alcançam os neurônios autônomos. O resultado consiste em um aumento adicional da frequência cardíaca, da contratilidade miocárdica e da resistência vascular nos órgãos não ativos (ajuste entre o bombeamento do coração e as quantidades totais de oxigênio e nutrientes necessárias para os músculos). Mecanorreceptores nos músculos em exercício também são estimulados e 3 4 fornecem impulsos para o centro cardiovascular bulbar. Barorreceptores: As pressões média e pulsátil aumentam durante o exercício, os barorreceptores arteriais irão responder a essas pressões elevadas e sinalizar para um aumento do efluxo parassimpático e a diminuição do fluxo simpático (se contrapõe à elevação da pressão arterial). Os reflexos que regulam de modo homeostático a pressão arterial originam-se principalmente com os receptores arteriais que respondem a mudanças de pressão. Dois desses receptores são encontrados onde as artérias carótidas comuns direita e esquerda dividem-se= seio carotídeo (o termo seio denota um recesso, espaço ou canal dilatado). Nessa divisão, a parede da artéria é mais fina do que o habitual e contém um grande número de prolongamentos neuronais sensitivos ramificados, e os neurônios sensitivos são altamente sensíveis ao estiramento ou à distorção. O grau de estiramento da parede está diretamente relacionado com a pressão dentro da artéria. Por conseguinte, os seios carotídeos atuam como sensores de pressão ou barorreceptores. Uma área funcionalmente semelhante aos seios carotídeos é encontrada no arco da aorta e denominada barorreceptor do arco aórtico. Os dois seios carotídeos e o barorreceptor do arco aórtico constituem os barorreceptores arteriais. Neurônios aferentes partem desses barorreceptores até o tronco encefálico (bulbo), fornecendo impulsos aos neurônios dos centros de controle cardiovascular localizados aí. Potenciais de ação registrados em neurônios aferentes isolados do seio carotídeo demonstram o padrão de resposta dos barorreceptores. Em determinada pressão no estado de equilíbrio dinâmico, por exemplo, de 100 mmHg, há uma certa frequência de descarga pelo neurônio. Essa frequência pode ser aumentada pela elevação da pressão arterial ou pode ser diminuída por uma redução da pressão. Por conseguinte, a frequência de descarga do seio carotídeo é diretamente proporcional à pressão arterial média. Centro cardiovascular bulbar:O centro integrador primário dos reflexos barorreceptores consiste em uma rede difusa de neurônios altamente interconectados, denominados centro cardiovascular bulbar, localizado no bulbo. Nesse centro, os neurônios recebem impulsos provenientes dos vários barorreceptores. Esses impulsos determinam a frequência dos potenciais de ação que partem do centro cardiovascular ao longo das vias neurais que terminam nos corpos celulares e dendritos dos neurônios do vago (parassimpático) para o coração e dos neurônios simpáticos para o 4 5 coração, as arteríolas e as veias. Quando os barorreceptores arteriais aumentam a sua frequência de descarga, o resultado consiste em diminuição da atividade neuronal simpática e aumento da atividade neuronal parassimpática. O padrão oposto é produzido por uma diminuição na frequência de disparo dos barorreceptores. A produção de angiotensina II e a secreção de vasopressina(ADH) também são alteradas pela atividade dos barorreceptores e ajudam a restaurar a pressão arterial. A diminuição da pressão arterial desencadeia um aumento nas concentrações plasmáticas de ambos os hormônios, o que eleva a pressão arterial por meio de constrição das arteríolas. Funcionamento do reflexo dos barorreceptores arteriais Se a pressão arterial diminuir, conforme observado durante uma hemorragia, a frequência de descarga dos barorreceptores arteriais também diminui. Menos potenciais de ação propagam-se pelos nervos aferentes até o centro cardiovascular bulbar, e isso induz: ● um aumento da frequência cardíaca, devido a atividade simpática aumentada e diminuição da atividade parassimpática para o coração ● aumento da contratilidade ventricular, devido ao aumento da atividade simpática para o miocárdio ventricular ● constrição arteriolar, devido ao aumento da atividade simpática para as arteríolas (e elevação das concentrações plasmáticas de angiotensina II e vasopressina) ● aumento da constrição venosa, devido à atividade simpática aumentada para as veias. O resultado final consiste em aumento do débito cardíaco (aumento da frequência cardíaca e do volume sistólico), aumento da resistência periférica total (constrição arterial) e normalização da pressão arterial. Por outro lado, uma elevação da pressão arterial por qualquer razão provoca aumento no disparo dos barorreceptores arteriais, o que induz, de modo reflexo, uma redução compensatória no débito cardíaco e na resistência periférica total. O reflexo barorreceptor funciona principalmente como regulador a curto prazo da pressão arterial. É ativado de modo instantâneo por qualquer mudança da pressão arterial e atua para restaurá-la rapidamente a seus valores normais. Todavia, se a pressão arterial permanecer acima de seu ponto de ajuste normal por mais de alguns dias, os barorreceptores arteriais adaptam-se a essa nova pressão e diminuem a sua frequência de disparo dos potenciais de ação em qualquer pressão determinada. Outros barorreceptores: As grandes veias sistêmicas, os vasos pulmonares e as paredes do coração também contêm barorreceptores, cuja maioria funciona de modo análogo aos barorreceptores arteriais. Para manter os centros de controle cardiovascular cerebrais constantemente informados sobre 5 6 alterações nas pressões venosa sistêmica, pulmonar, atrial e ventricular, esses outros barorreceptores proporcionam um grau adicional de sensibilidade reguladora. Em essência, contribuem com um componente de controle da pressão arterial por anteroalimentação. Por exemplo, uma diminuição discreta da pressão ventricular aumenta de modo reflexo a atividade do sistema nervoso simpático, mesmo antes que a alteração diminua o débito cardíaco e a pressão arterial o suficiente para ser detectada pelos barorreceptores arteriais. 6 7 Anotações de aula: O nó sinoatrial depende da permeabilidade das células aos íons que alteram a FC Via autonômica: simpática e parassimpática Centro de controle cardiaco: bulbo nervo do trato solitario, nucleo ambigou, sistema mostral, amostral ambíguo→ parassimpático rostral → parassimpatica Córtex: massa cinzenta, nos da consciencia e percepção → as lembraças podem alterar o ritmo cardiaco, estimulos condicional vem da relação de memoria (vem do cortex e hipotálamo) dor → estimulo neural e vai depender da localização e da intensidade leve ou moderada e periferica → acelera o ritmo alta ou visceral → baixa a FC por ativação vagal Estimulos de quimiorereceptores : nivel de O2, CO2 e ph e enviam ao bulbo hipoxemia → aumenta a fc hipercapnia → Altas concentrações de co2 aumentam a fc altas temp, aumentam a permeabilidade celular → aumentam a FC circulação pulmonar e hematose → relação ventilação perfusão inspiração → acerela, pois desbalança o parassimpatico e prevalece o simpatico expiração → diminue o ritmo respiramos por uma pressão negativa → a pressão cai eu facilito o retorno venoso e o enchimento dos pulmões Reflexo Bainbridge: o que esta chegando tem q sair, logo se dilata o artrio acelera a fc Dar enfoque : ● sinsicio atrial e ventricular ● graficos de potencial dos nodos e dos miocitos 7
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