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Fatores que Determinam a Pressão Arterial Pressão Arterial (PA) PA = débito cardíaco x resistência periférica total Medida da Pressão Arterial ✿ PA – Essencial para a manutenção do fluxo sanguíneo adequado ✿ Sistólica – pressão arterial máxima atingida durante a ejeção ventricular ✿ Diastólica – pressão arterial mínima que ocorre imediatamente antes da sistólica ✿ Diferença entre elas = pressão de pulso (pulsação a cada batimento) PAM Pressão Arterial (fisiologia) Pulsações da Pressão Arterial ✿ Cada batimento cardíaco faz com que uma nova onde de sangue chegue às artérias, mas o fluxo sanguíneo capilar permanece contínuo ✿ Pressão de pulso = PAS – PAD ✿ Quanto maior o DC, maior a pressão de pulso ✿ Quanto menor a complacência, maior o aumento de pressão provocado por maior volume de sangue ✿ Transmissão dos pulsos de pressão para as artérias periféricas ✿ Intensidade do pulso fica menor nas pequenas artérias e principalmente nos capilares -> amortecimento ✿ Grau de amortecimento -> diretamente proporcional ao produto da resistência pela complacência AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL ❀ 1º ruído – pressão sistólica ❀ 2º ruído – pressão diastólica Controle da Pressão Arterial ✿ MECANISMOS RÁPIDOS ❀ Começam a atuar segundos ou minutos após a alteração da PA ❀ Tendem a se adaptar ❀ Nenhum mecanismo rápido devolve a PA ao seu valor inteiramente normal ✿ MECANISMOS LENTOS ❀ Início demorado ❀ Eficácia maior com o passar do tempo ❀ Pode devolver completamente a PA ao valor normal Parassimpático não inerva os vasos sanguíneos, com exceção do pênis Mecanismos Neurais (curto prazo) de regulação da pressão arterial Eferências e Efetores ✿ Efetores – coração (VS e FC), vasos de resistência (RPT) e vasos de capacitância (RV) ✿ Eferentes Parassimpáticos ❀ Neurônios pré-ganglionares – no “centro vagal” ou “centro cárdio-inibidor” – núcleo dorsal motor do vago (DMV) e núcleo ambíguo ❀ Neurônios pós-ganglionares – fazem sinapse intramuralmente no coração – nodo SA e AV ❀ Nos vasos só com raras exceções há inervação colinérgica ✿ Eferentes Simpáticos ❀ Neurônios pré-ganglionares – coluna intermédio lateral da medula e substância branca do funículo adjacente dos segmentos torácicos e lombar alto ❀ Neurônios pós-ganglionares – adrenérgicos -> noradrenalina, ATP, neuropeptídio Y -> vasoconstrição Integração da Informação no SNC ✿ INTEGRAÇÃO BULBAR ❀ “centro vasomotor” – grupo neuronal situado no bulbo ventrolateral rostral (BVLr) -> se projeta sobre neurônios pré-ganglionares simpáticos, sendo tônico na manutenção da PA ❀ Tônus vasoconstritor simpático ou tônus vasomotor ❀ Em condições normais: área vasoconstritora do centro vasomotor -> sinais para as fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas em todo o corpo -> despolarização repetitiva contínua ❀ Constrição parcial contínua dos vasos sanguíneos Integração Bulbar ✿ Centros nervosos superiores também podem controlar o centro vasomotor ✿ Ponte: grupamento noradrenérgico ✿ Hipotálamo: núcleo paraventricular ✿ BVLr (bulbo ventrolateral rostral) – sua estimulação promove aumento da FC, aumenta volume sistólico, aumenta RPT, diminui a complacência venosa ✿ BVLc (bulbo ventrolateral caudal) – se projeta no BVLr e inibe a via do BVLr– provoca queda da PA por uma via gabaérgica Receptores – mecanismos neurais de controle da PA BARORRECEPTORES ARTERIAIS Localizados no arco aórtico e no seio carotídeo Aórticos e carotídeos Regulação da pressão arterial momento a momento QUIMIORRECEPTORES ARTERIAIS Corpo carotídeo e arco aórtico-> detectam pO2 Centrais -> detectam pCO2 RECEPTORES CARDIOPULMONARES Barorreceptores ✿ Terminações nervosas livres – situam-se na borda médio-adventicial dos grandes vasos sistêmicos ❀ Livres = não encapsuladas ❀ Grandes vasos sistêmicos = aorta e carótidas ❀ Somente perto do coração eles são encontrados ✿ Entre túnica média e túnica adventícia ❀ Um vaso possui três túnicas: a íntima (contato com o sangue), a média (formada por musculatura lisa) e a adventícia (mais externa) ✿ Na túnica média, perdem mielina e ramificam-se em circunvoluções – varicosidades – que se unem por fibras de colágeno Barorreflexo ✿ Reflexo que se inicia a partir de uma mudança de pressão arterial ✿ AFERÊNCIAS: ❀ Barorreceptores – neurônios bipolares cujos corpos celulares estão no ❀ Gânglio nodoso -> aórtico -> nervo depressor aórtico (nervo de Cyon) -> NC X (vago) ❀ Gânglio petroso -> carotídeo -> nervo sinusal (nervo de Hering) -> NC IX (glossofaríngeo) ✿ Neurônios de primeira ordem projetam para o núcleo do trato solitário (NTS) – bulbo ✿ A informação chega ao NTS – glutamato é o NT NA PRESSÃO BASAL, A DESCARGA DOS BARORRECEPTORES É INTERMITENTE E SINCRÔNICA COM A PRESSÃO SISTÓLICA ADAPTAÇÃO DOS BARORRECEPTORES ARCO REFLEXO DOS BARORRECEPTORES *complacência venosa (CV) *núcleo do trato solitário (NTS) Funções do Sistema Barorreflexo ❀ A principal função do sistema barorreflexo é reduzir a variação da PA, momento a momento ❀ Função tampão durante as alterações da postura e durante o ciclo respiratório ❀ Tem pouca importância para a regulação a longo prazo da PA, pois sofre adaptação Desenervação sino-aórtica A desenervação sino-aórtica provoca oscilações bruscas da PA basal – normaliza após alguns dias Quimiorreceptores ✿ Pequenos corpúsculos aórticos (1 a 3) e carotídeo (1 em cada seio carotídeo) – cerca de 10 mg ✿ São formados por 2 tipos de células: ❀ Células glomais (tipo 1) ❀ Células de sustentação (tipo 2) ✿ Células tipo 1 – grânulos neurossecretores que contêm dopamina – não tem contato direto com o sangue ✿ Muita capilarização ✿ Mesmas vias aferentes dos barorreceptores ✿ Detectam variação químicas da própria microcirculação ex. PO2 e PCO2 ✿ Ao detectarem essa variação, liberam seus NT Reflexo Quimiorreceptor ✿ Quedas da PO2 e do PH e/ou elevações da PCO2 são codificadas em sinais elétricos nas células glomais ✿ Frequência de potenciais nas fibras aferentes é diretamente proporcional à magnitude das alterações de PO2, PCO2 e PH sanguíneos ✿ Os quimiorreceptores estimulam os centros respiratórios ✿ Redução da PO2, aumento da PCO2 e consequente queda do PH, elevação da RPT e da PA Quimiorreceptores ❀ Papel fisiológico dos quimiorreceptores periféricos: promover ajustes ventilatórios e cardiovasculares no sentido de proporcionar a manutenção da composição química do sangue em níveis ideais, bem como uma pressão de perfusão sanguínea adequada aos tecidos ❀ O sistema quimiorreceptor não é controlador potente da PA até que ela caia abaixo de 80 mmHg. Portanto, este sistema ajuda a prevenir quedas ainda maiores na PA ❀ Na hipertensão arterial os quimiorreceptores periféricos, especialmente os carotídeos, apresentam alterações morfológicas e funcionais, as quais poderiam estar correlacionadas com a gênese da hipertensão Receptores Cardiopulmonares ✿ Mecanorreceptores (receptores de baixa pressão): nos átrios, ventrículos, coronárias, pericárdio, veias cavas, artéria pulmonar, veias pulmonares ✿ Acredita-se haver um espectro de receptores cardíacos, variando de mecanicamente sensíveis até quimicamente sensíveis puros ✿ Aferentes vagais mielinizados e não mielinizados -> projetam-se no bulbo ✿ Aferentes simpáticos -> projetam-se na medula ✿ Funções dos receptores quimiossensíveis: proteção do organismo. ❀ Aferências quimiossensíveis seriam estimuladas por mediadores inflamatórios liberados durante a isquemia do miocárdio, gerando sensações dolorosas Reflexo de Bainbridge Deflagrado ela estimulação de receptores cardíacos, apresentando terminaisnervosos relativamente grandes, localizados especialmente na junção das grandes veias com os átrios direito e esquerdo – monitoram retorno venoso Aferentes vagais mielinizados descarregam na sístole (receptores A) ou diástole (receptores B) atriais A distensão mecânica da junção venoatrial determina aumento da frequência cardíaca, decorrente da ativação simpática dos nodos A taquicardia reflexa manteria o débito cardíaco durante os aumentos de retorno venoso/ ajuda o mecanismo de frank-starling intrínseco Distensão mecânica dos átrios -> liberação do peptídeo natriurético atrial e inibição da secreção de ADH Resposta Isquêmica do SNC Quando a pressão arterial cai abaixo de 40 mmHg (como consequência da perda de sangue, por ex.) a isquemia cerebral ativa o sistema simpático-adrenal Excitação dos neurônios vasoconstritores e cardioaceleradores do centro vasomotor Íntima relação com a percepção do acúmulo de dióxido de carbono, pelo centro vasomotor, como resultado do menor fluxo sanguíneo Resultado: pronunciada vasoconstrição periférica e aumento da contratilidade miocárdica Importância: é um dos mais importantes mecanismos de ativação do sistema vasoconstritor simpático, podendo elevar a pressão arterial para até 250 mmHg por até 10 min. Este aumento enorme pode chegar a paralisar a produção de urina e obstruir quase totalmente alguns vasos periféricos. Essa resposta isquêmica não é compatível com a vida se fosse duradoura Pressão arterial baixa -> ativação do simpático -> vasoconstrição periférica e aumenta o débito cardíaco -> aumento rápido da PA Por curto prazo Reação de Cushing É um tipo especial de resposta isquêmica do SNC, resultante do aumento da pressão do líquido cefalorraquidiano ao redor do cérebro O traumatismo craniano aumenta a pressão intracraniana Quando a pressão do líquor aumenta até se igualar à pressão arterial, todo o cérebro fica comprimido, bloqueando o suprimento sanguíneo cerebral Isto desencadeia a resposta isquêmica do SNC, elevando a pressão arterial, o que faz o sangue novamente fluir pelos vasos cerebrais Importância: esta reação ajuda a proteger os centros vitais do encéfalo contra a falta de nutrição nos casos de elevação excessiva da pressão do líquor Sistema Renina-Angiotensina Só atua na queda da PA Medicação para controle da PA: inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da ECA) Efeito Compensador do Sistema Renina- Angiotensina Necessita de tempo para se tornar totalmente ativo Auxilia no aumento do volume do líquido extracelular Mecanismos rins-líquidos corporais Sistema de controle da pressão arterial a longo prazo Os Rins COMO ATUAM? Se o volume sanguíneo aumentar, a PA aumentará também. Essa elevação fará com que os rins excretem o volume excessivo, normalizando a PA Aumento do Volume do Débito Urinário quando a PA se Eleva Fenômeno da diurese de pressão Aumenta a produção de urina para eliminar o excesso de líquido e diminuir o volume do líquido extracelular (LEC) = diminuindo a PA Obs.: aumento da PA não eleva somente o débito urinário, mas também aumento da eliminação de sódio (natriurese de pressão) Volemia x Pressão Arterial ✿ Experimentos em cães para observar a capacidade dos rins de eliminar líquido corporal em resposta ao aumento da PA e assim normalizá-la ✿ Aumento: DC, DU e PA ✿ Retorno da PA ao normal após 1h de perda de líquido pela urina Hipertensão Arterial ✿ Elevação persistente dos níveis da pressão arterial a valores iguais ou maiores que 140/90 mmHg, determinados em mais de duas medições, com aparelho calibrado e medido por profissional treinado ✿ É uma doença crônica ✿ Assintomática – silenciosa – demora para aparecer os sintomas -> cefaleia, tonturas, moscas volantes ✿ Multifatorial – hipertensão humana desencadeada por influências ambientais, tais como ingesta de sal, obesidade e sedentarismo, atuando sobre uma predisposição genética ✿ Hipertensos crônicos têm outros fatores de risco cardiovascular, incluindo colesterol elevado, redução de HDL, hipertrofia do VE, obesidade ✿ Redução da luz dos vasos! -> hipertrofia do músculo liso dos vasos ✿ Hipertensos não tratados desenvolvem doença coronariana isquêmica, levando ao infarto agudo do miocárdio ou insuficiência renal
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