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DESCRIÇÃO O processo de desenvolvimento das habilidades sociais e sua relevância na construção de relações competentes socialmente. PROPÓSITO Compreender o conceito das habilidades sociais e a sua aplicabilidade na construção de relações interpessoais, que possam promover a construção de estratégias que conduzam à excelência nos relacionamentos com gestores, pares e clientes. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever conceitos gerais das habilidades sociais MÓDULO 2 Identificar os paradigmas do trabalho em equipe MÓDULO 3 Reconhecer o impacto das diferenças entre multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na área de saúde INTRODUÇÃO Discutiremos um tema bastante complexo que envolve as questões humanas, os relacionamentos, mais especificamente, o relacionamento profissional. Vamos abordar o desenvolvimento das habilidades sociais, dando ênfase às relações profissionais, e entender que, quanto mais competentes socialmente formos, mais produtivos seremos. Posteriormente, vamos apresentar de que maneira trabalhamos em equipe, e que pessoas, pensando de forma diferente, ou não, podem ser produtivas. Vamos também falar dos desafios da multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. Afinal, qual a diferença e por que, às vezes, é tão complexa essa interface de saberes? Com foco na construção do nosso conhecimento, o conteúdo foi dividido de forma a organizar a trajetória que nos levará progressivamente ao ponto central dos relacionamentos interprofissionais em saúde. MÓDULO 1 Descrever conceitos gerais das habilidades sociais O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO O processo do desenvolvimento humano acontece a partir de três dimensões: FÍSICA Refere-se ao nosso corpo. COGNITIVA Associada à nossa capacidade de aprendizagem. PSICOSSOCIAL Relacionada ao nosso comportamento, estado emocional e relacional. Quando nascemos, cada um de nós começa a viver em um contexto de vida diferente e isso influencia o nosso desenvolvimento. O início se dá na infância, momento de grande importância no ciclo de vida. Nossas primeiras experiências possuem uma força que impacta as próximas fases do nosso ciclo vital, ou seja, adolescência, fase adulta e velhice. EXEMPLO Para compreender essa ideia, pense em uma criança que viveu sua infância em um contexto de guerra, ela terá uma visão de mundo diferente de uma que nunca esteve em uma situação como essa. Nesse caso, estamos falando de uma influência histórica, de um tempo, e isso nos javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) ajuda a entender as diferentes formas de percepção de cada um. Para reforçar essa ideia, apresenta-se outra situação: existem crianças que vivem em lares acolhedores, outras não têm essa oportunidade. Portanto, suas percepções com relação à estrutura familiar serão diferentes. Essas informações são importantes, porque nos ajudam na compreensão de como construímos nossa realidade psíquica e as habilidades sociais. Primeiramente, vamos compreender por que pensamos diferente dos outros. Nossa visão de mundo se organiza a partir dos estímulos captados através de nossos sentidos: olfato, paladar, tato, visão e audição. Eles conectam nosso mundo interior com o exterior, até este momento do processo senso- perceptivo, estamos falando de algo semelhante para todos nós. Quando as informações captadas são processadas pelas funções cognitivas, cada um cria sua realidade interna, tendo uma percepção de si mesmo, do outro e do mundo. Expressamos nossos pensamentos e nossas emoções de forma única, selecionamos fatos diferentes de uma mesma experiência para memorizar de acordo com aquilo que damos mais atenção; formas de aprendizagem vão se diferenciando, mesmo quando estamos falando de gêmeos idênticos. ATENÇÃO Vale ressaltar que esse processamento acontece mais rápido que um piscar de olhos. Nosso desenvolvimento biopsicossocial ocorre a partir do nosso temperamento (biológico), ou seja, características inatas, que são potencializadas, ou não, pelo meio (ambiente) em que estamos inseridos. Fazem parte desse meio: a família, a escola, a cultura, as regras e valores de uma sociedade. HABILIDADES SOCIAIS E A COMPETÊNCIA SOCIAL As informações adquiridas do meio externo têm uma relevância na construção de quem somos. O desenvolvimento ou potencialização de nossas habilidades sociais está diretamente ligado a esses estímulos. A partir de agora, vamos considerar a importância dessa influência nas relações profissionais e no alcance da competência social. Almir Dell Prette e Zilda Del Prette são pesquisadores e referências no estudo das habilidades sociais (HS), por isso, vamos utilizar seu conceito de HS como norteador para a compreensão de sua importância nas relações humanas, principalmente, no meio profissional. AS HABILIDADES SOCIAIS CONSTITUEM CLASSES ESPECÍFICAS DE COMPORTAMENTO PRESENTES NO REPERTÓRIO DE UM INDIVÍDUO QUE LHE PERMITEM LIDAR DE FORMA COMPETENTE COM AS DEMANDAS DE SITUAÇÕES INTERPESSOAIS, FAVORECENDO UM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL E PRODUTIVO COM OUTRAS PESSOAS. (DELL PRETTE, 2005) Durante as interações sociais, temos a oportunidade de desenvolver nossas habilidades sociais. De que maneira? EXEMPLO Nossos pais, às vezes, diziam: “não pegue o brinquedo do seu amigo sem pedir”, ou “espere sua vez, ele está falando”, ou ainda “você é capaz, tente, estou aqui!”. Essas orientações são formas de ajudar na construção do repertório mencionado por Almir e Zilda Dell Prette. Falas como essas causam impacto na construção da autoestima, da segurança, da tolerância, empatia e de tantas outras habilidades necessárias para que nossas relações possam ser saudáveis e produtivas. A qualidade de nossas primeiras relações com o ambiente que nós desenvolvemos afetará essa construção. Porém, essa não é uma posição determinista, afinal, temos nosso temperamento, que é inato, sendo possível a mudança de percurso apesar de um começo difícil. EXEMPLO Duas crianças de uma mesma família são criadas em situações adversas, uma delas consegue ressignificar sua história e construir relações saudáveis e produtivas, enquanto a outra não. Na prática, isso funciona a partir do processo educacional e da qualidade das relações que estabelecemos desde que nascemos. Se somos nutridos psicológica e emocionalmente, conseguimos construir relações produtivas que trazem qualidade de vida e desenvolvimento pessoal. Quantos de nós não ouviu alguém dizer “minha infância foi difícil, mas meus pais souberam nos educar. Faltava comida, mas amor não”. Não são as faltas materiais que causam mais danos, mas, sim, as afetivas. ATENÇÃO Vale ressaltar que “amor” também se refere a limites para que a capacidade de tolerância possa ser exercitada, pois ela será muito útil no futuro. Já sabemos como construímos as HS no nosso repertório, agora, vamos descobrir como as utilizamos. No dia a dia, vivemos a todo instante demandas/situações que exigem de nós escolhas e posicionamentos, porém, a qualidade dessas repostas e seus resultados é o que define nossa competência social. Para responder a uma determinada demanda, o primeiro passo é a compreensão do que está sendo solicitado. Então, antes de tudo, é preciso estar atento e disponível a se auto-observar e observar o que está ao nosso redor. Uma leitura equivocada da demanda pode transformar o indivíduo em um incompetente social. Sendo assim, os pontos que podem atrapalhar uma boa interpretação do ambiente são: a ansiedade e as crenças errôneas, ou seja, aquilo que pensamos de nós mesmos, do outro e do mundo que são desajustadas da realidade, o contexto e o emocional. Com essa clareza e com um bom repertório de habilidades sociais, você terá muito mais possibilidades de responder adequadamente à demanda solicitada, atingindo seus objetivos e estabelecendo relações interpessoais saudáveis e produtivas. Isso o levará, em relação às exigências do mercado, a um patamar diferenciado, uma vez que, atualmente, são cada vez mais requeridasas capacidades de trabalho em grupo, sob pressão, liderança, assertividade e outras tantas habilidades. SAIBA MAIS A boa notícia é que, mesmo se você ao longo do seu desenvolvimento não tenha tido a oportunidade dessa construção, por diversos motivos, isso ainda é possível a qualquer momento. Somos seres dinâmicos e em constante desenvolvimento. Porém, é necessário conhecer suas fragilidades e trabalhar para superá-las. Outro ponto importante é estabelecer contato com suas potencialidades para fazer bom uso delas! Partindo para o universo organizacional, vamos utilizar o conceito proposto por Idalberto Chiavenato, reconhecido por suas contribuições na área da administração e recursos humanos. Organização é como um sistema de atividades conscientemente coordenadas de dois ou mais indivíduos. A cooperação entre eles é essencial para a existência da organização (CHIAVENATO, 1998). Em uma organização, lidaremos com diversas realidades psíquicas, ou seja, várias pessoas que cresceram construindo suas percepções de acordo com seu temperamento somadas ao meio em que viveram. Todos os funcionários de uma instituição chegaram ao mundo adulto e do trabalho com fragilidades e potencialidades, com óbvias diferenças. Isso exige de nós, seres sociais, um conjunto de comportamentos que nos permitem atingir a competência social, que é responder de maneira adequada à demanda que nos foi solicitada. Vamos exemplificar uma situação para fechamento dos conceitos analisando como a dificuldade na leitura do ambiente pode prejudicar a utilização de boas estratégias, nos tornando incompetentes socialmente. O funcionário chega atrasado para reunião. Entra fazendo barulho, interrompe as pessoas para participar, utiliza palavrões na sua comunicação. Quando um colega lhe dá um feedback, ele se espanta e diz: “Que isso! Não vejo nada demais no meu comportamento”. Análise da situação: Chegar atrasado, a princípio, não seria um problema, mas se for recorrente não é um bom sinal. Ao entrar em uma reunião atrasado, a melhor estratégia é, metaforicamente falando, a invisibilidade e a discrição. Utilizar palavrão, nesse momento, demonstra não ter capacidade de decodificar contexto: no jogo de futebol, tudo certo; em uma reunião, não cabe. Interromper a fala de alguém, sem ser um caso extremo, demonstra ansiedade, falta de tempo de escuta. Momento feedback , ele não consegue reconhecer suas ações, porque, dentro das suas crenças, tudo isso é muito normal. Denominamos de crenças errôneas. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Vamos agora conhecer algumas classes específicas dos comportamentos que compõem o repertório de habilidades sociais de um indivíduo. AS HABILIDADES SOCIAIS NA COMUNICAÇÃO PROFISSIONAL CLASSES ESPECÍFICAS DE HABILIDADES SOCIAIS Como já sabemos, ao longo de nossas experiências iniciadas na infância, construímos nosso repertório de habilidades sociais, que se organizam em classes específicas de comportamentos, à medida que surgem as demandas ou situações que precisem de uma resposta. Quando essas habilidades são acionadas, o ideal é que tenhamos um repertório rico em possibilidades. Dessa forma, temos à nossa disposição uma quantidade muito maior de estratégias a serem utilizadas para a solução do problema. ATENÇÃO Caso o repertório seja empobrecido, é possível que esse indivíduo apresente grandes dificuldades em resolver da forma esperada o problema, sendo avaliado como incompetente social. A falta de possibilidades será um fator de risco, podendo comprometer a visão ampla diante da situação/problema. Para o campo das relações profissionais, vale a pena a reflexão de que, atualmente, o mercado tem demandado profissionais que, além da capacidade técnica, agreguem com suas habilidades humanas. Assim, é estabelecida uma relação de proximidade, confiança e vínculo com o cliente, com seu gestor, fornecedores e pares. O motivo dessa valorização provavelmente deve-se à quebra na barreira da comunicação em um mundo globalizado, no qual o nível de competitividade aumentou, assim como a possibilidade da preparação técnica. Em outras palavras, diante desse cenário, todos nos perguntamos: como fazer a diferença? A resposta estaria relacionada à busca de potencialidades humanas. Vamos mencionar algumas delas. COMUNICAÇÃO VERBAL Começamos com a habilidade social da comunicação verbal que se refere à capacidade de expressar seus pensamentos e emoções de forma clara e objetiva, mas também envolve uma escuta disponibilizada a ouvir o que o outro tem a dizer. A nossa comunicação também pode ser não verbal, ou seja, nossos pensamentos e sentimentos são manifestados pela expressão do nosso corpo, principalmente, nossas expressões faciais, o que requer de nós um cuidado na hora de nos comunicarmos. Imagine você diante do cliente vendendo um produto ou realizando atendimento, controlando sua fala, porém, suas expressões faciais dizem tudo que está pensando dele, e isso não é lá coisa boa! A chance dessa relação interpessoal ter êxito começa a ficar comprometida. ASSERTIVIDADE Outra HS importante refere-se à assertividade. Muitas vezes, temos dificuldade de colocar nossas opiniões e expressar nosso conhecimento no trabalho e assumimos uma atitude passiva. Assim, nos omitimos e perdemos uma oportunidade de venda ou mesmo de uma boa troca de saberes com os nossos pares. Em outros casos, a postura intempestiva e agressiva também não favorece as relações. O ideal é o posicionamento claro, expressando exatamente o que se pretende com foco, de forma calma, objetiva e assertiva. EMPATIA No contexto capitalista, a tendência é o individualismo, portanto, quando encontramos alguém com uma HS empática, isso normalmente produz um diferencial. Empatia significa ter a disponibilidade para estar com o outro na sua experiência através da escuta. RESILIÊNCIA A resiliência também é bem-vinda, pois o profissional que tem a capacidade de compreender e se adaptar a situações que saem do controle não desanima frente aos obstáculos. RECEBER CRÍTICAS Parece fácil, mas, para algumas pessoas que crescem com crenças errôneas, receber uma crítica é muito difícil. Quando falamos em críticas, pensamos em algo que desqualifica, porém, a crítica é importante para o nosso crescimento. Na maioria dos casos, o problema não é o conteúdo, mas a maneira como é passado. RECEBER ELOGIO Para outros, o problema está em receber elogio, já que, muitas das vezes, a pessoa considera que isso é desnecessário, afinal, não fez mais que a obrigação. No entanto, dar e receber críticas e elogios não nos fazem melhores, tampouco piores do que ninguém, porque somos únicos, não se esqueça disso! COMPARAÇÃO A comparação não é saudável, pense em você e nas suas potencialidades, e as use a seu favor. Em relação às habilidades que julgar frágeis e que podem comprometer seus relacionamentos, busque uma maneira de fazer com que elas não atrapalhem sua caminhada profissional. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Identificar os paradigmas do trabalho em equipe TRABALHO EM EQUIPE: SURGIMENTO, CONCEITO E ESTRUTURA O trabalho em equipe surge no final da década de 70, em consequência ao irreversível avanço da globalização e do mercado tecnológico, que impõe uma nova forma de gestão. Com isso, as organizações precisam ganhar mais efetividade, tendo mais agilidade e autonomia em seus processos. Para clarificar nossa discussão, a partir de agora, vamos realizar uma breve distinção com relação a grupos e equipes de trabalho, que, em um primeiro momento, parecem a mesma coisa, mas não são. Grupo de trabalho Os grupos referem-se a pessoas que trabalham juntas, mas com dinâmicas de interações diferentes, que compartilham informações e tomam decisões de forma colaborativa. No entanto, não é preciso engajamento com o todo, apenas com a parte de sua responsabilidade. Equipes de trabalho No trabalho em equipe, a visão é outra. Há uma sinergia ondeo olhar é para o coletivo, cada integrante leva sua expertise para a equipe, mas não se limita a essa entrega, seu engajamento é para atingir o objetivo individual e coletivo. Nos grupos, não há uma preocupação prévia na seleção dos participantes com o objetivo de reunir pessoas com habilidades complementares. Já nas equipes de trabalho, esse tema será relevante. A estrutura de uma equipe, normalmente, é composta de 5 a 9 participantes, sendo muito importante o cuidado com a quantidade de pessoas, pois, se ficar reduzida, pode gerar uma sobrecarga, e o contrário leva à dificuldade no gerenciamento. O número adequado dependerá do objetivo a ser alcançado, mas é importante não fugir dos parâmetros recomendados, por isso, o planejamento é essencial! Os integrantes de uma equipe precisam estar engajados, e para isso é fundamental estar motivado a assumir riscos e responsabilidades individuais e coletivas. ATENÇÃO Lembrando que o trabalho em equipe tem por objetivo agilidade e autonomia frente a um universo organizacional altamente competitivo. Por fim, a pessoa que representa a liderança precisa assumir seu papel dentro da equipe com uma responsabilidade de maestro, se mostrando atento às potencialidades de cada um, fazendo com que produzam harmonicamente e agregando tanto no individual como no coletivo. OS DESAFIOS DO TRABALHO EM EQUIPE ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DE EQUIPES As pessoas se reúnem para fazer parte de uma equipe e começam a se estruturar a partir de um processo de cinco estágios. O primeiro diz respeito à formação propriamente dita, o momento seguinte, de conflito, está relacionado à tormenta. O terceiro é o momento de normatização, depois de desempenho e, por último, de interrupção. Vamos agora detalhar cada um dos estágios: FORMAÇÃO Está relacionado ao momento de integração, no qual membros estão se conhecendo. Ainda há insegurança, distanciamento e pouco domínio do projeto. Neste momento, os integrantes estão se reconhecendo dentro do novo espaço, visualizando desafios e analisando as relações interpessoais. A liderança pode ajudar criando atividades de aproximação e apresentando, de forma mais detalhada, o próprio projeto. Outra maneira de contribuir seria criando oportunidade para que cada um possa trazer sua contribuição e ser valorizado por isso. Essa etapa estará concluída quando os indivíduos se reconhecerem como parte da equipe. TORMENTA É um momento de conflito. As pessoas já se conhecem, mas ainda há resistência com relação aos limites individuais impostos. A liderança tem um papel extremamente importante à medida que define funções e o que se espera delas, buscando manter as pessoas com foco no projeto. NORMATIZAÇÃO É o estágio 3, no qual os papéis já estão definidos e a insegurança dá lugar à autoconfiança que é esperada e desejada. Nessa fase, os membros estão próximos e já possuem uma identidade coletiva. A partir de agora, é a consolidação dessa conquista. Importante que a liderança se mantenha atenta à manutenção das relações profissionais, pois somos humanos, e vários sentimentos podem surgir e precisam ser muito bem administrados. Por isso, é importante abrir espaço para conversas individuais, ou em grupo, sobre o projeto e a necessidade de não se perder o foco, o desempenho, tampouco a saúde mental dos seus membros. DESEMPENHO Também chamado de estágio 4 e está relacionado à alta produtividade. É um momento relevante do desenvolvimento da equipe frente ao projeto, porque a estrutura está aceita e seus membros empenhados, compartilhando suas potencialidades para a conquista coletiva. INTERRUPÇÃO O estágio 5, que significa fim do projeto, será vivenciado somente por algumas equipes, como por exemplo, uma força tarefa. Para alguns membros, será motivo de comemoração, para outros, pode não ser tão fácil se afastar da rotina, das pessoas e do próprio projeto. Novamente, o gestor deverá estar atento para evitar intercorrências antes da total finalização do projeto. ATENÇÃO A apresentação da teoria dos cinco estágios tem sido a mais utilizada pelas instituições para a compreensão de como se organiza a equipe. É importante ressaltar que os estágios podem não ocorrer nessa ordem de acordo com o contexto organizacional, e os resultados podem variar. Outro fator que chama a atenção é o papel da liderança, não basta a área de recursos humanos captar no mercado profissionais talentosos, com uma capacidade técnica e humana incontestável. Se esses talentos reunidos não conseguem pensar coletivamente, não há chance de se obter um bom resultado. Vamos falar um pouco sobre a capacidade de liderança, que é uma habilidade social importante na função de um gestor de equipes. Afinal, liderar é conduzir um grupo de pessoas para atingir um propósito (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011, p. 359). Sendo assim, vamos conhecer alguns estilos de lideranças: LIDERANÇA AUTORITÁRIA Utiliza a posição de poder como forma de persuasão, gerando resultados pelo medo, e não pelo comprometimento. LIDERANÇA DEMOCRÁTICA Há espaço para o diálogo e troca de saberes. Os papéis estão devidamente definidos, trazendo bons resultados. A laissez-faire apresenta uma liderança passiva que evita a tomada de decisões, transmitindo insegurança para seus colaboradores. LIDERANÇA ORIENTADA PARA A TAREFA Além das já citadas, temos a liderança orientada para a tarefa, na qual o líder define papéis e tarefas dele e de seus subordinados, estipula prazos, metas e delega. LIDERANÇA ORIENTADA PARA AS PESSOAS Existe ainda a liderança orientada para as pessoas, que enfatiza relações interpessoais e aceitação das diferenças. A tendência atual para a base das relações entre líderes e subordinados é a confiança, que vem tirando o lugar dos antigos modelos pautados no respeito a uma hierarquia. Hoje, uma liderança vista de forma carismática e autêntica tende a trazer melhores resultados organizacionais. EQUIPES DE TRABALHO E SUAS CARACTERÍSTICAS As equipes de trabalho são classificadas em seis categorias, são elas: multifuncionais, melhoria de processos, solução de problemas, autogerenciada, força tarefa e virtual. Sua estruturação será de acordo com a demanda ou problema a ser resolvido. EQUIPES MULTIFUNCIONAIS São caracterizadas por profissionais de diversas áreas no mesmo nível hierárquico, que se reúnem para atingir um objetivo específico. Uma organização é dinâmica, viva e, como tudo que se movimenta, precisa rever sua forma de funcionar. EQUIPE DE MELHORIA DE PROCESSOS Tem como desafio essa reavaliação de sistemas e modo de funcionar. Para isso acontecer, são reunidos os melhores funcionários de diversas áreas com o objetivo de focar no que atrapalha o crescimento ou perdas da organização. EQUIPE SOLUÇÕES DE PROBLEMAS Nesta, seus integrantes estarão reunidos com o objetivo de resolver uma situação específica, normalmente, relacionada a algum processo da instituição. A equipe investiga o problema e busca soluções. A partir da apresentação das melhores formas de resolver a demanda solicitada, a função da equipe termina, pois a sua meta foi alcançada. A implementação da intervenção não é de sua responsabilidade. EQUIPE AUTOGERENCIADA Ao contrário da equipe de solução de problemas que não realiza a implementação da solução, a autogerenciada não só busca a solução, como também realiza a execução da ideia através de planejamento e cronograma de trabalho. Nesse caso, elimina a necessidade de um superior imediato à equipe, o que pode gerar um nível elevado de conflitos entre seus membros. É observado neste tipo de equipe um alta rotatividade e absenteísmo. Por outro lado, há quem se identifique com esse modelo. EQUIPE DE FORÇA TAREFA Metaforicamente, poderia ser chamada de uma equipe “bombeiro”, que se reúne para resolver um problema de forma imediata. Com a questão sendo resolvida, a equipe é dissolvida, porque o objetivo de sua integração era resolver aquele problema específico. EQUIPES VIRTUAIS Utilizam as plataformas com o espaçode interação da equipe. As empresas, nos últimos anos, têm investido nesse tipo de tecnologia, oferecendo qualidade com o objetivo de controlar variáveis externas, de maneira que as interações e trocas acontecem naturalmente. O QUE SÃO EQUIPES EFICAZES? São equipes que alcançam resultados, que possuem alta produtividade e desempenho, um grupo de pessoas com capacidade de administrar recursos. São chamadas de equipes eficazes. Possuem algumas características em comum, desde recursos apropriados, como os materiais e humanos, até uma liderança capaz de administrar as diferenças e usá-las a favor do crescimento da equipe. O trabalho se desenvolve em um espaço onde há confiança entre membros e a gestão. Importante que exista um modelo de avaliação que permita um sistema de recompensa, para que as pessoas possam se sentir valorizadas pela sua produção. Com relação ao perfil estrutural, esse tipo de equipe não pode ser grande, tendo no máximo até 10 pessoas. Normalmente, seus integrantes têm profundo conhecimento, são especialistas em suas áreas com habilidades sociais para solução de problemas, tomada de decisões e facilidade nos relacionamentos interpessoais. Por fim, todos estão comprometidos com um único propósito. Empresas nacionais de grande porte têm investido em treinamento, buscando capacitar cada vez mais seus funcionários para o trabalho em equipe com resultados eficazes. No entanto, a ideia é realizar treinamentos dentro de um novo formato, utilizando espaços ao ar livre para caminhadas e atividades criativas, com objetivo de estimular a integração, o espírito criativo, o planejamento e a convivência através de uma nova forma. Outro modelo de treinamento está relacionado ao engajamento dos funcionários em trabalhos voluntários, ou seja, a construção de equipes com a finalidade de ajuda ao próximo. Nesses casos, o resultado costuma ir além do esperado. Ações como essa tendem a trazer ganhos psicológicos e emocionais para os envolvidos, inclusive, estabelecendo uma relação de respeito entre funcionário e empresa. O olhar colaborativo torna-se presente no dia a dia das relações. Trabalho em equipe: é a melhor opção? Existem situações em que o trabalho em equipe pode não ser a melhor opção. Então, como analisar e escolher entre o coletivo e o individual? Para entender e nortear a reflexão, vamos falar um pouco sobre o trabalho com equipes. O perfil do trabalho em equipe demanda mais tempo da gestão, consumindo mais recursos, sejam humanos sejam materiais. Também exigirá uma comunicação clara e objetiva para que os ruídos não prejudiquem o cumprimento do cronograma e interfira no planejamento do projeto. Assim, nos deparamos com a necessidade de espaço com mais gente, mais conflitos para administrar, e reuniões a realizar. ATENÇÃO A construção de um trabalho em equipe se justifica pela necessidade de reunir pessoas com diferentes especialidades para projetos que envolvam suas áreas, produzindo uma interdependência no diálogo. Portanto, antes de definir entre o coletivo e o individual, é fundamental avaliar o custo-benefício dessa estruturação. É preciso verificar se, de fato, o projeto demanda a formação de uma equipe e se as tarefas envolvem complexidade para esse investimento. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Reconhecer o impacto das diferenças entre multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na área de saúde ESTRUTURA DA ÁREA DA SAÚDE A área da saúde se estrutura a partir do Sistema Único de Saúde – SUS, que tem a integralidade, equidade e universalidade como princípios fundamentais. A integralidade busca a compreensão do sujeito em todas as suas dimensões: física, cognitiva e psicossocial. A equidade quer dizer que perante o SUS todo cidadão é igual, e a Universalidade garante que todos os cidadãos têm direito a todos os serviços públicos de saúde. Dentro desse contexto, a rede de saúde se estrutura em três níveis: PRIMÁRIO Compreende o atendimento de baixa complexidade. É considerado a porta de entrada da população ao serviço de saúde, por exemplo, as Clínicas da Família. Nesse nível, os profissionais estão preparados para realizar procedimentos ambulatoriais. SECUNDÁRIO Compreende o atendimento de média complexidade. São as clínicas especializadas, locais onde os pacientes são encaminhados para a realização de exames e de consultas mais específicos. TERCIÁRIO Compreende o atendimento de alta complexidade. Neste contexto, enquadram-se os hospitais. Para produzir um diálogo entre os níveis primário, secundário e terciário, a estratégia de saúde da família implantou o prontuário eletrônico, cujo objetivo era criar uma comunicação entre os javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) níveis. Assim, a história clínica e a rede de apoio do paciente estaria sendo compartilhada, ampliando a visão do atendimento, mas, infelizmente, o projeto ficou parado no nível primário, prejudicando a interlocução entre os profissionais e suas especialidades. ATENÇÃO Essas informações a respeito da estruturação do Sistema Único de Saúde e seus níveis serão relevantes para a compreensão dos conceitos e impactos da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na área da saúde. A COMPLEXIDADE NO ADOECER Carregamos resíduos de uma herança histórica em que, durante a nossa trajetória pela busca do conhecimento, fragmentamos o homem na intenção de compreendê-lo. Com isso, durante muito tempo, mente e corpo foram desconectados. Assim, quando sentimos algo diferente acontecendo em nós, o que vem logo à nossa mente é o adoecimento do corpo, o que exatamente ele tem, e aí vamos em busca de um diagnóstico. Quantas vezes já ouvimos alguém dizer que, se o médico não pedir exames ou der uma receita, não é bom! Ao longo da história, foi se construindo uma hierarquia no campo da saúde, onde o médico é o soberano. Só que o adoecer pode ser mais complexo do que parece, pois ele é multifatorial, e cada vez mais os estudos apontam nessa direção. Diante desse cenário, o cuidado da saúde tem sido reavaliado, pois, para que o diagnóstico e tratamento possam de fato atender àquela demanda, precisa-se levar em conta que a pessoa é mais que um corpo físico. Dessa maneira, o interesse amplia-se para as diversas áreas da vida do paciente, no qual o diálogo com diversos saberes e setores serão necessários para o êxito no cuidado. ATENÇÃO Atualmente, o modelo que norteia as ações é biopsicossocial, que entende o homem nas dimensões física (corpo), psicológica (mente) e social (relações/vínculos/rede). No diagnóstico, esse olhar irá ajudar a compreender a pessoa de cuidado, o que sente, como vive, ou seja, questões que vão muito além de um exame físico e a prescrição de um remédio. CONCEITUANDO A MULTIDISCIPLINARIDADE A multidisciplinaridade é a reunião de saberes em benefício de um objetivo em comum. A questão, neste caso, é que não há comunicação entre eles, todos sabem da importância do trabalho de cada um, porém desenvolvem suas atividades de maneira isolada. O avanço neste caso é o entendimento de que uma única especialidade não daria conta do cuidado. Os encaminhamentos são realizados com mais naturalidade e sem receios de perda de espaço de atuação. Vamos retornar à estruturação do SUS, que organiza o sistema de saúde em três níveis de cuidado: primário (clínica da família); secundário (clínica especializada) e terciário (hospital). EXEMPLO Um senhor de 80 anos chega à clínica da família com queixa de dificuldade na visão. A enfermeira realiza a triagem e percebe que tudo está bem; o médico o atende e clinicamente também não encontra nada que justifique suas queixas. Mas, ao escutar um pouco de seu dia a dia, percebe que ele não recebe visitas, tem poucos amigos. O médico, que é generalista, resolve encaminhá-lo para uma clínica especializada, onde, de fato, poderá realizar uma avaliação mais precisa. Além disso, o profissional o encaminha para um psicólogo e assistente social com o objetivode verificar as condições psicológicas e sociais daquele senhor. Esse médico possui uma visão multidisciplinar e entende que somos constituídos de diversas dimensões. Ele também sabe que nosso adoecimento é multifatorial, e nada deve ser desconsiderado, caso contrário, o tratamento pode não ter a eficácia esperada. Esse movimento há alguns anos era muito difícil de ser observado, a soberania no cuidado da saúde estava com o médico, não havia entendimento da importância da união dessas forças. Hoje, já podemos verificar no nível terciário, ou seja, nos hospitais, um movimento automático de multidisciplinaridade. Quando se inicia a internação, diversos profissionais de saúde nos visitam para colher informações. Dependendo do caso, pode ser uma enfermeira, um psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista ou assistente social. DICA Esse movimento tem como objetivo coletar informações para traçar estratégias de cuidado de acordo com a nossa demanda, cada um dentro da sua especialidade, cuidando dos diversos fatores que nos levaram ao adoecimento. Quais os desafios para a construção de um olhar multidisciplinar? Um ponto relevante seria o momento da graduação. De um modo geral, os cursos não contemplam essa discussão, com isso, a visão de trocas entre os saberes fica empobrecida. Outra questão seria com relação à avaliação, por exemplo, na psicologia clínica, podemos viver situações em que o paciente relata uma tristeza, uma falta de motivação. Isso pode ser questões de saúde mental? Sim, pode, mas também pode ser uma anemia, uma alimentação inadequada. É preciso ampliar o olhar e contextualizar a questão que está sendo trazida pela pessoa. ATENÇÃO Uma questão importante diz respeito aos encaminhamentos. Ao avaliar a necessidade de outros profissionais de se envolverem nos cuidados, converse com a pessoa, explique seu ponto de vista e realize o encaminhamento. Por último, e não menos importante, precisamos de um novo olhar para o poder que se outorga ao médico, já que, para algumas instituições, ainda exerce um lugar de soberania. INTERDISCIPLINARIDADE, O QUE MUDA? O conceito de interdisciplinaridade mantém a ideia do olhar multidisciplinar, ou seja, buscando o entendimento do processo de adoecimento a partir do modelo biopsicossocial, que entende o homem em suas diversas dimensões. Essas dimensões humanas são: física, psíquica e social. Além disso, consideraram as influências advindas de seu habitat. O que muda é o diálogo entre os saberes. Se antes não havia comunicação direta, agora há essa possibilidade. O ganho, inicialmente, parece ser somente do paciente, mas, na verdade, é de todos, à medida que se reúnem para a avaliação de um determinado caso. Nesse momento, cada um coloca seu entendimento acerca daquela história, os profissionais envolvidos trazem seu olhar a partir do seu saber. Nesse momento, o paciente é cuidado de modo integral, um dos pressupostos do modelo de saúde do SUS. Teoricamente, esse modelo é possível e lógico, mas sua aplicabilidade requer disponibilidade entre os profissionais, logística e compromisso institucional, para que o modelo possa de fato funcionar. Essa interdisciplinaridade fica mais complexa quando não intermediada por uma instituição, quando o paciente recebe alta e retorna à atenção primária. EXEMPLO Vamos imaginar um atleta que praticava como esporte o Triathlon de forma amadora e sofreu uma lesão. Ele foi diagnosticado, passou por cirurgia e, a partir de agora, não poderá mais correr. Durante sua permanência no hospital, foi atendido de forma interdisciplinar, ou seja, os profissionais envolvidos discutiram em conjunto aquele caso. Ao receber alta, o paciente foi orientado a como deveria dar continuidade ao seu tratamento. A partir daquele momento, deveria começar atendimentos com fisioterapeuta, para recuperar a mobilidade; com nutricionista, para rever sua alimentação em função do gasto calórico; e com um psicólogo para lidar com esse momento, já que ele não estava lidando bem com a perda da atividade que tanto se dedicava. Inicialmente, já identificamos a importância da abordagem interdisciplinar, mas o êxito nesse caso irá depender do preparo dos profissionais no entendimento de que as fronteiras de cada saber será respeitado, mas o que ocorrerá é a troca de informações no cuidado com a paciente para que possa se realizar um planejamento integrado que possa beneficiar a paciente. Com isso, chegamos a alguns desafios do preparo da equipe, um deles é o próprio estado psicológico e emocional dos envolvidos. Sentimentos como insegurança, medo, ansiedade, necessidade de poder, falta de humildade podem atrapalhar o processo de integração, à medida que o profissional em questão fica inseguro e com medo de, ao ser questionado, não ter conhecimento suficiente para se posicionar. Muitas das vezes, a forma que encontra de se proteger é manifestando resistência à abordagem interdisciplinar. Também há aqueles que não farão parte porque acreditam que seu saber dará conta do cuidado, mas sempre é bom lembrar que o protagonista de todo esse processo de cuidado é o paciente! SAIBA MAIS Atualmente, o grande desafio é a formação e consolidação da abordagem interdisciplinar entre os profissionais, com o objetivo de que essa prática possa se tornar natural e que seja entendida como parte da nossa formação. MULTIDISCIPLINARIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSDISCIPLINARIDADE MULTIDISCIPLINARIDADE OU INTERDISCIPLINARIDADE O importante é a preparação para atuar na profissão com um olhar que vai além do próprio saber, compreendendo que, com o compartilhamento, o ganho é muito maior. Claro que, para isso, é preciso uma preparação, pois estamos lidando com pessoas, tanto com pacientes quanto com profissionais de saúde. Nossa estrutura de vida apresenta também medos, traumas, dificuldades que emergem nas relações, o que também acontece no nosso trabalho. É necessário o entendimento de que sermos questionados, contrariados em nossas colocações, não implica uma crítica pessoal, tampouco uma desqualificação, ou pelos menos não deveria. O objetivo dessas abordagens é o atendimento integral do paciente e o ganho profissional de quem cuida. SAIBA MAIS Atualmente, já vem sendo considerada também a transdisciplinaridade, que, assim como a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade, reúne diversas áreas do saber para o cuidado. A diferença, neste caso, é que, a partir do encontro entre saberes, as barreiras são rompidas. Esse olhar ainda está incipiente, há muito a ser estudado e discutido, mas vamos exemplificar a ideia. A abordagem transdisciplinar tem uma visão holística, quebra barreiras entre as disciplinas e se torna um todo, construindo um novo saber a partir do que é compartilhado e aprendido entre eles. Imaginem um paciente com transtorno de ansiedade social, que está sendo atendido pelo psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e educador físico. Todos esses profissionais sabem sobre o diagnóstico do outro, discutem sobre o caso e constroem um saber que não é de nenhuma área específica. Essa descoberta é considerada uma nova disciplina, ou seja, transcende as disciplinas específicas se tornando algo novo. Com isso, finalizamos abordando conceitos bastante importantes para o campo da saúde. Vale a pena dar atenção durante sua formação a essas abordagens que podem fazer a diferença na sua atuação profissional à medida que os pacientes e suas famílias se sentem apoiados com esse tipo de prática. VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentamos temáticas que embasam a discussão a respeito da importância da construção de relacionamentos saudáveis e produtivos no campo da saúde. Iniciamos abordando assuntos relativos ao desenvolvimento humano como caminho para o entendimento da formação de nossas habilidades sociais, as quais são relevantes para a criação de vínculos e comportamentos socialmente competentes. Além da proteção à nossa saúdemental. Posteriormente, o assunto abordado foi a conceituação, os tipos e as formas do trabalho em equipes. Também falamos do quanto o trabalho em equipe é desafiador para todos os envolvidos e que nem sempre será a melhor opção: em muitos projetos, o trabalho de forma individual pode ser mais produtivo. Por isso, é preciso planejamento para chegar à melhor escolha! Por último, falamos dos conceitos e desafios da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade que irão demandar dos profissionais uma disponibilidade para compartilhar saberes, entendendo que seus pacientes terão ganhos significativos com esta escolha. No entanto, para isso acontecer, de fato, algumas questões precisam ser trabalhadas desde a formação profissional, passando pelas instituições de trabalho e chegando às questões pessoais de cada profissional. Grandes desafios estarão à sua frente! PODCAST AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração: abordagens descritivas e explicativas. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1998. DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Habilidades sociais e análise do comportamento: Proximidade histórica e atualidades. In : Perspectivas, São Paulo, 2010. DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Psicologia das habilidades sociais na infância: teoria e prática. Petrópolis: Vozes, 2005. DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. Um sistema de categorias de habilidades sociais educativas. In : Paideia, Ribeirão Preto, 2008. MANOLIO, C. L.; FERREIRA, B. C. O campo das Habilidades Sociais no Brasil: Entrevista com Almir e Zilda Del Prette. In : Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, 2011. SOARES, A. B.; PRETTE, Z. A. P Del. Habilidades sociais e adaptação à universidade: Convergências e divergências dos construtos. In : Aná. Psicológica, Lisboa, 2015. EXPLORE+ Para estudar um pouco mais os assuntos vistos neste tema, recomendamos o artigo Trabalho em equipe : um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família, dos pesquisadores Marize Barros de Souza Araújo e Paulo de Medeiros Rocha. Eles abordam temas como trabalho em equipe, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, que são apresentados dentro de um contexto prático. Assista também ao vídeo Meu segredo para manter o foco sob pressão , do palestrante Russell Wilson, que ilustra uma história sobre a importância das habilidades sociais para o atingimento de nossos objetivos. Você pode encontrar esse vídeo no site da TED (Tecnologia, Entretenimento e Design), uma ONG americana que, desde 1984, tem o objetivo de compartilhar informações, histórias e ideias que merecem ser divulgadas. CONTEUDISTA Adriana Bonneterre Pimentel de Oliveira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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