Grátis
175 pág.

Denunciar
5 de 5 estrelas









3 avaliações
Enviado por
Akira Tanaka
5 de 5 estrelas









3 avaliações
Enviado por
Akira Tanaka
Pré-visualização | Página 3 de 43
ou sistemas. Se as necessidades de integração fossem semelhantes, haveria apenas um estilo de integração. Existe mais de uma abordagem e os principais tipos de integração são: a. Transferência de arquivo – cada aplicação que precisa compartilhar alguns dados cria um arquivo para ser consumido por outra aplicação e também consome arquivos gerados por outras aplicações; b. Base de dados compartilhada – as aplicações armazenam os dados que querem compartilhar em uma base de dados comum; Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 9 c. Remote Procedure Invocation4 – cada aplicação expõe alguns de seus procedimentos, para que possam ser chamados remotamente, e também chamam procedimentos expostos por outros sistemas para executar a lógica e a troca de informações; d. Mensageria – uma aplicação se conecta a um sistema de mensagens (ou “mensageria”, termo comumente utilizado que veio do inglês “messaging”) comum para trocar informações e mensagens contendo instruções sobre o que deve ser feito com os dados enviados. 4.3 Soluções de integração O alto volume de integrações criadas para atender à demanda dos negócios transformou a arquitetura de integração em “espaguete” (termo utilizado para expressar a quantidade muito alta de integrações ponto a ponto entre sistemas). O surgimento da internet na década de 1990 mostrou o poder dos padrões abertos quando aplicados a arquiteturas cliente-servidor. Isso criou as condições para o desenvolvimento dos padrões Web Services. Portanto, as soluções de integração chegaram para fundamentar a arquitetura orientada a serviços com: padrões (XML); componentes de software (Web Services) e a evolução de modelos de arquitetura (ponto a ponto; Hub-Spoke e Pipeline). 4.3.1 Tecnologia Como forma de lidar com os problemas de integração, começaram a surgir no mercado novos padrões e tecnologias inovadoras. Dentro das mais importantes, podemos referir: • XML – vem do termo em inglês eXtensible Markup Language. Esta tecnologia foi criada pela W3C (World Wide Web Consortium). O XML começou a se popularizar no fim da década de 1990 durante o movimento do eBusiness, que demandou o uso de linguagens de escrita (script) no lado do servidor para viabilizar os negócios das empresas via internet. O XML permite anexar significado e contexto para qualquer parte da informação transmitida através de protocolos de internet. Apresenta dados como arquivos de texto simples para facilitar a leitura da informação. Este padrão viabilizou a tão desejada interoperabilidade aberta. 4 Remote Procedure Invocation é uma tecnologia conhecida como chamada remota de procedimento, que permite a uma aplicação chamar e executar um procedimento em outro sistema. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 10 • WebServices – é um componente de software criado com uma interface pública que permite às aplicações enviar e receber dados em formato XML. Tecnologia que permite que diferentes aplicações possam se comunicar entre si usando os protocolos HTTP e HTPPS, ainda que em plataformas distintas ou desenvolvidas em linguagens diferentes. Permite ainda incorporar dentro das mensagens protocolos de autenticação, autorização e encriptação. 4.3.2 Arquiteturas de integração Até o momento, falamos sobre a arquitetura ponto a ponto, que traz limitações para as empresas. Este cenário ainda é simples. É possível entender as integrações pré-espaguete. Figura 6 – Arquitetura ponto a ponto Fonte: Adaptada de Redbooks (2002, p. 11). Existem diferentes produtos/arquiteturas que trouxeram inovações relevantes dentro da área de integração de sistemas ou EAI (Enterprise Application Integration): • Arquitetura Hub-Spoke5 – faz uso de um broker ou de um componente que centraliza o processamento de mensagens (o Hub, que neste caso seria um centro) e de vários adaptadores que se conectam com as diferentes aplicações (Spoke, que seriam as terminações). Assim, o broker ficaria responsável pela transformação, segurança e roteamento das mensagens para os adaptadores que se conectariam e enviariam as mensagens propriamente ditas para as aplicações. Existem ainda hoje várias soluções no mercado que cumprem com esta arquitetura de sistemas, a qual demanda alguma especialização no desenvolvimento, mas, enquanto solução fechada e integrada, o seu uso é relativamente simples. 5 Hub-spoke é um termo inglês que nasceu inspirado no modelo de distribuição de pacotes em voos americanos para otimizar a logística. Este modelo consiste em um aeroporto central (hub) e os voos para outros aeroportos como se fossem raios de uma roda de bicicleta (spoke). Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 11 Figura 7 – Representação gráfica de uma arquitetura Hub-Spoke Fonte: Adaptada de Redbooks (2002, p. 12). • Arquitetura Pipeline ou BUS – esta arquitetura se parece bastante com a anterior por seguir as mesmas características. No entanto, possui uma interessante diferença: os componentes de transformação e roteamento estão distribuídos também pelos adaptadores. Pelo fato de os adaptadores processarem mensagens na mesma plataforma da aplicação para a qual foram criados, é possível ter um plano de escalabilidade melhor, pois os serviços podem ficar distribuídos entre as plataformas participantes do ambiente. Isso evita a necessidade de acrescentar recursos em um servidor central. Outra diferença que podemos destacar é o uso de tipos de mensagens padronizadas e tecnologias abertas, além dos produtos Hub-Spoke que fazem parte desta arquitetura também. Figura 8 – Arquitetura Pipeline Fonte: Adaptada de Hohpe e Woolf (2005, p. 54). • Arquitetura Orientada a Serviço – esta arquitetura diferencia-se das anteriores porque os processos de negócio e as aplicações já não são codificados como estruturas complexas de programas, mas são orquestrados através das chamadas de serviço, de forma distribuída e independente. As empresas que adotaram a arquitetura orientada a serviço há alguns anos observam hoje resultados refletidos em seus negócios, tanto na agilidade de resposta ao mercado quanto na flexibilidade para criar novos serviços e se adaptar a mudanças que, às vezes, o mercado impõe. ftp://www.redbooks.ibm.com/redbooks/ITSO%20WebSphere%20Forum/bi/BI07.pdf Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 12 Figura 9 – Arquitetura de Referência SOA Fonte: The OpenGroup6 (2015). Estas tecnologias que exploramos representam algumas soluções que foram incorporadas em SOA, mas não as únicas. Na verdade, a SOA pode ser considerada uma evolução natural e especializada do mundo de TI na forma de paradigma7. Considerações finais Podemos, então, considerar que a arquitetura orientada a serviços surgiu como uma solução em resposta aos problemas atuais das empresas. Ela se apresenta mais holística do que as abordagens comuns, pois representa um avanço não só tecnológico (reaproveitando um conjunto integrado de novas tecnologias), mas também conceitual. Ela é importante para que seja possível resolver não só problemas de integração de sistemas, mas, sobretudo, para alavancar a dinâmica de negócio das empresas. Referências ERL, Thomas. SOA: Princípios de design de serviços. São Paulo: Prentice Hall, 2008. ERL, Thomas. Service-Oriented Architecture: Concepts, Technology, and Design. Indiana - EUA, 2005. 6 OpenGroup é um consórcio global que viabiliza o atingimento dos objetivos de negócio através de padrões de TI (especificações de padrões abertos). 7 Paradigma pode ser uma abordagem a algo, uma escola de pensamento com relação a algo ou um conjunto combinado de regras aplicadas dentro de um limite predefinido. ERL, Thomas. SOA: Princípios de design de serviços. São Paulo: Prentice Hall, 2008. p. 19 Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 13 HURWITZ, Judith; BLOOR, Robin; KAUFMAN,