Grátis
175 pág.

Denunciar
5 de 5 estrelas









3 avaliações
Enviado por
Akira Tanaka
5 de 5 estrelas









3 avaliações
Enviado por
Akira Tanaka
Pré-visualização | Página 5 de 43
as mensagens de entrada e saída utilizadas pelo serviço, as regras para a sua utilização e eventualmente os detalhes semânticos (significados) das operações do serviço. 1.1.2 Baixo acoplamento de serviço Acoplamento significa ligação entre dois elementos. No contexto da orientação a serviço, utilizamos esse conceito como uma medida do nível de dependência entre os serviços. O princípio do baixo acoplamento de serviço permite que o design e a lógica de um serviço possam evoluir independentemente de sua implementação, ainda que a interoperabilidade básica com os consumidores do serviço seja garantida. Portanto, mesmo que um serviço seja modificado, evoluído ou substituído ao longo do tempo os consumidores não sofrerão impacto. Existem muitos tipos de acoplamento envolvidos na construção de um serviço e para alcançar o nível adequado, devem ser avaliadas as opções de design de serviço que possam atender com equilíbrio. 1.1.3 Abstração de serviço Abstração é o encapsulamento da lógica interna de um serviço por meio de sua interface. Esse princípio enfatiza a necessidade de ocultar o maior número possível de detalhes subjacentes de um serviço, mantendo o relacionamento com um nível baixo de acoplamento. Os níveis de abstração aplicados ao serviço podem afetar a granularidade do contrato de serviços e influenciar o custo final e o esforço de administração. Quanto mais funcionalidade é encapsulada em um serviço, mais alta a granularidade deste serviço. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 5 Figura 1 – Natureza da lógica e da implementação de um serviço encapsulado Fonte: Adaptada de Erl (2008, p. 137). 1.1.4 Capacidade de reuso Na orientação a serviço, cada serviço é projetado para ser reusável, mesmo que não haja requisitos específicos para isso no momento em que é desenvolvido. O serviço deve ser projetado considerando as várias formas de reuso como: transação entre aplicações; composição de serviços e processos de negócio; e uso como serviço utilitário. Quanto mais alto o nível de granularidade de um serviço, menores são as possibilidades de se usar em mais de um processo de negócio. Exemplo: um serviço de gestão de clientes tem um nível de granularidade mais alta do que o serviço de cadastro de cliente. O primeiro pode incluir outros serviços (composição) e conter informações de gestão de relacionamento em sua lógica. Já o segundo é um serviço com nível de granularidade menor e poderia ser usado para cadastrar funcionários e/ou terceirizados. Este é o princípio mais enfatizado na orientação a serviços e é importante na análise de serviços e processos de design. Posiciona os serviços como recursos corporativos com contextos funcionais agnósticos. Existem variações e níveis de reuso, assim como modelos de serviço agnóstico associado. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 6 Figura 2 – Fusão do projeto do produto comercial com os métodos corporativos tradicionais Fonte: Adaptada de Erl (ServiceOrientation.com, disponível na Midiateca da disciplina, 2015, s.p.). 1.1.5 Autonomia de serviço A autonomia representa a capacidade de se autogovernar ou autocontrolar. Para que os serviços realizem suas capacidades de modo consistente e confiável, sua lógica precisa ter um grau significativo de controle sobre o seu ambiente e recursos. Por isso, questões relacionadas ao desenho da lógica e ao ambiente de implementação real do serviço são levantadas. Este princípio suporta a realização dos outros princípios de construção (design) nos ambientes reais de produção, fortalecendo as características de projeto que aumentam a confiabilidade e a capacidade de prever o comportamento de um serviço. Um serviço será capaz de realizar sua lógica, independentemente de influências externas, e deve ter o controle para se governar no ambiente de execução (runtime). 1.1.6 Independência de estado do serviço O estado refere-se à condição em que se encontra em um determinado momento. Um trem que está se movendo para a próxima estação está em estado de movimento, enquanto que o que está parado em uma estação está no estado estacionário. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 7 No contexto de orientação a serviço, geralmente um programa de software em execução pode passar por diferentes estados e as variações das informações de estado tendem a ser temporárias. Os tipos de condições e dados de estado podem ser: estados ativos e passivos; condições com e sem informações de estado; dados de estado de contexto, de sessão e de negócio; dados de contexto e regras de contexto. Este princípio ajuda no aumento da escalabilidade do serviço, dá suporte ao design de lógica agnóstica e aprimora o potencial de reuso do serviço. 1.1.7 Visibilidade do serviço Os serviços precisam ser facilmente identificados e visíveis, para que sejam descobertos e acessados pelos consumidores. Outro objetivo comum é permitir a busca de serviços que poderiam já ter as funcionalidades necessárias para reusá-los, caso contrário, seria necessário criar novos serviços. As informações mais úteis que buscamos são: o propósito, as capacidades e as limitações de capacidades do recurso, para avaliar se será possível reusá-lo ou não. Portanto, este princípio visa a posicionar os serviços como recursos altamente visíveis dentro da empresa e com informações claras sobre estes para a correta interpretação. 1.1.8 Composição de serviços Na evolução de TI, a composição foi uma inovação fundamental para a área de design e tornou-se comum na arquitetura de solução personalizada, no design de produtos de softwares comerciais e principalmente sistemas operacionais. A capacidade de compor efetivamente os serviços é um requisito crucial para alcançar alguns dos objetivos mais fundamentais da computação orientada a serviços. Este princípio diz que os serviços devem ser componíveis3. A composição de serviços é uma forma de reuso de serviços, assim como o reuso possibilita a composição de serviços em larga escala. Se uma empresa adota estes princípios de design e estabelece uma coleção lógica de serviços representada por um portfólio de serviços altamente reusáveis, uma grande quantidade de novos requisitos da automação de negócios pode ser atendida através da composição de serviços. 3 Componível é no sentido de poder compor, ou seja, possibilidade para criar uma composição. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 8 Figura 3 – Teoria da separação das preocupações Fonte: Adaptada de Erl (ServiceOrientation.com, disponível na Midiateca da disciplina, 2015, s.p.). 1.2 Interoperabilidade A interoperabilidade não foi classificada como um princípio porque é uma característica de projeto fundamental para promover a aplicação de cada um dos oito princípios relacionados acima. A interoperabilidade entre os serviços é básica e deve ser possível independentemente da tecnologia utilizada em sua implementação. Para que os princípios da orientação a serviços sejam realizados com consistência e êxito, devem ser analisados os fatores ambientais, como a compatibilidade de protocolos de comunicação, o nível de maturidade da plataforma tecnológica e a adesão aos padrões de tecnologia. Cada um dos oito princípios suporta e contribui para a interoperabilidade com o objetivo de torná-lo um subproduto natural até que o nível de interoperabilidade intrínseca ou inerente seja uma característica de design de serviço comum e esperada. Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados Arquitetura Orientada a Serviço 9 2 Vantagens da computação orientada a serviços A computação orientada a serviços representa uma nova geração da plataforma da computação distribuída. Ela inclui o paradigma da orientação a serviços e a arquitetura orientada a serviços, com o objetivo fundamental de criar e montar um ou mais portfólios de serviços (ERL,