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Código de Hamurabi

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Código de Hamurabi 
• O Código de Hamurabi é uma compilação 
de três outros códigos anteriores: Ur-
Nammu, Eshunna e Lipit-Ishtar. 
• Conjunto de leis com 282 artigos escritas 
numa Estela (ou pedra) de diorito negro. 
• Direito Escrito. 
• A sociedade babilônica era estratificada e 
desigual. 
SOCIEDADE DA BABILÔNIA HAMURABIANA 
A sociedade é dividida, conforme indica o próprio 
código indica, em três camadas. 
1. Awilum: Homem livre, com todos os 
direitos de um cidadão. Este é o maior 
grupo da sociedade hamurabiana e 
compreendia tanto ricos quanto pobres 
desde que fossem livres. 
2. Muskênum: São uma camada que ainda 
causa dúvida entre os historiadores. 
Parecia uma camada entre os awilum e os 
escravos, formada por funcionários 
públicos, com direitos e deveres 
específicos. 
3. Escravos: Eram minoria da população, 
geralmente prisioneiros de guerra ou como 
quitação de dívidas. Entregando a si 
mesmo, a esposa ou filhos, mas Hamurabi 
limitava o tempo dessa escravidão por 
dívida. Uma escrava, tomada como 
concubina por seu senhor ou dada por sua 
senhora ao marido, se desse a este filho 
que ele reconhecesse, não poderia ser mais 
vendida. Artigo 46. 
ECONOMIA 
A economia era basicamente agrícola e maior 
parte das terras era propriedade do Palácio, mas 
havia comércio e esse era bastante forte, conforme 
mostra o próprio código que afirma existirem 
banqueiros que financiavam expedições. O 
pequeno comércio varejista estava nas mãos de 
mulheres (as taberneiras) que vendiam não 
somente bebidas, mas também gêneros de 
primeira necessidade. O veículo de pagamento era 
a cevada ou a prata. 
LEI DE TALIÃO 
 “Olho por olho, dente por dente”. A pena do 
delito é equivalente ao dano causado, é um dos 
mais utilizados por todos os povos antigos. O 
princípio da Lei de Talião não contava quando os 
danos físicos eram aplicados a escravos, a medida 
que estes podem ser definidos como bens 
alienáveis/coisa: o dano contra um bem deve ter 
ressarcimento material. 
FALSO TESTEMUNHO 
É tratado com severidade pelos povos antigos 
porque provas materiais eram mais difíceis, 
contavam na maior parte dos processos, somente 
com testemunhas. O Código separa uma causa de 
morte de uma causa que envolve pagamento, nesta 
última o ônus do falso testemunho é o pagamento 
da pena do processo. Em outros casos a sanção 
para falso testemunho é a pena da morte. 
ROUBO E RECEPTAÇÃO 
O Código de Hamurabi penaliza tanto quem 
roubou ou furtou quanto o que recebeu a 
mercadoria roubada. 
ESTUPRO 
O estupro sem pena alguma para a vítima era 
previsto neste Código somente para virgens 
casadas, ou seja, mulheres que embora tenham o 
contrato de casamento firmado, não coabitavam 
com o marido. 
FAMÍLIA 
O sistema familiar da babilônia hamurabiana era 
patriarcal e o casamento monogâmico, embora 
fosse admitido concubinato. Esta aparente 
discrepância era resolvida pelo fato de uma 
concubina jamais ter o status e os mesmos direitos 
da esposa. O casamento legítimo era somente 
válido se houvesse contrato. Havia também a 
possibilidade de casamentos entre as camadas 
sociais e o código não somente admitia isto como 
regulamentava a herança dos filhos nascidos deste 
tipo de casamento. O casamento era no que 
chamamos hoje de regime de comunhão de bens. 
DIVÓRCIO 
O marido podia repudiar a mulher nos casos de 
recusa ou negligência em seus deveres de esposa e 
dona de casa. Qualquer um dos cônjuges podia 
repudiar o outro por má-conduta, mas neste caso a 
mulher para repudiar o homem deveria ter uma 
conduta ilibada 
ADULTÉRIO 
Somente a mulher cometia crime de adultério, o 
homem era, no máximo, cúmplice. Desta forma, 
se um homem saísse com uma mulher casada, ela 
seria acusada de adultério e ele de cúmplice. E se 
a mulher fosse solteira, não comprometida, não 
havia crime e nem cumplicidade. Quando pegos, 
os adúlteros pagavam com a vida, entretanto, o 
Código prevê o perdão do marido. 
ADOÇÃO 
Se uma criança fosse adotada logo após seu 
nascimento, não poderia mais ser reclamada. 
Se a criança fosse adotada para aprender um ofício 
e o ensinamento estivesse sendo feito, ela não 
poderia ser reclamada. Caso este ensino não 
estivesse sendo feito, o adotado deveria voltar à 
casa paterna. 
Se a criança ao ser adotada, já tivesse mais idade e 
reclamasse por seus pais, tinha que ser devolvida. 
Em outros casos, se o adotado renegasse sua 
adoção, seria severamente punido. 
Se o casal, após adotar, tivesse filhos e desejasse 
romper o contrato de adoção, o adotado teria 
direito a uma parte do patrimônio deles a título de 
indenização. 
HERANÇA 
Na divisão de herança, a sociedade hamurabiana 
não previa a primogenitura, ou seja, os bens não 
ficavam somente com o filho mais velho, 
entretanto este poderia, na hora da partilha, ser o 
primeiro a escolher sua parte. A tendência era 
sempre dividir em partes iguais indiferentemente 
de quem era a mãe da criança, bastava o 
reconhecimento do pai. 
Estavam excluídas da herança as filhas já casadas, 
pois estas já haviam recebido o dote. As filhas 
solteiras, quando casassem, receberiam seu dote 
das mãos dos irmãos. Mas os filhos, mesmo 
reconhecidos ou frutos de casamento, poderiam 
ser deserdados, mas deveria haver um exame por 
parte dos juízes. 
PROCESSO 
As leis babilônicas desta época permitem e 
preveem a mistura do sagado e do profano no 
julgamento, embora a justiça leiga tenha tido 
maior importância que a sacerdotal à época de 
Hamurabi. Um juiz podia ser um leigo, um 
sacerdote e até forças da natureza (por exemplo, 
um rio). O juiz leigo não poderia, contudo, alterar 
seu julgamento após o encerramento do processo. 
TRABALHO 
O Código de Hamurabi aborda leis sobre trabalho. 
Ele, por exemplo, prevê e pune o erro médico. Ao 
mesmo tempo este Código é o primeiro que 
conhecemos indicar não somente o pagamento 
que um médico deve ter, mas também, o 
pagamento de inúmeros profissionais como 
lavradores, pastores, tijoleiros, alfaiates, 
carpinteiros etc. 
DEFESA DO CONSUMIDOR 
Na babilônia de Hamurabi havia leis que 
protegiam os cidadãos do mau prestador de 
serviços 
.

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