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Princípios de Ciências dos Materiais EET310 – Eng. de Petróleo Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Prof. Gabriela Ribeiro Pereira gpereira@metalmat.ufrj.br LNDC – Sala 11 – 3o andar 3 Propriedades Mecânicas 4 PROPRIEDADES MECÂNICAS O QUE VAMOS APRENDER… • Tensão e deformação: O que são e porque são utilizados no lugar de carga e alongamento • Comportamento Elástico: Quando as cargas são pequenas quanta deformação ocorre? Que materiais se deformam menos? • Comportamento Plástico: Em que ponto as discordâncias causam deformação permanente? Que materiais são mais resistentes às deformações permanentes? • Resistência e dutilidade: O que são e como medí-las 5 Elástico significa reversível Deformação Elástica 1. Início 2. Carga pequena 3. Descarga F d ligações “esticadas” volta ao estado inicial F d Linear Não linear 6 Plástico significa permanente! Deformação Plástica (metais) 1. Início 2. Carga grande 3. Descarga planos ainda deslocados F delástica + plástica ligações esticam e planos deslizam dplástica F d linear elástico linear elástico dplástico 7 • Tensão de tração, s: • Tensão cisalhante, t: Unidade de tensão: N/m2 = Pa Tensão em Engenharia Área, A Ft Ft s = Ft Ao Área original antes do carregamento Área, A Ft Ft Fs F F Fs t = Fs Ao 8 Tensão em Engenharia •Tração •Compressão •Cisalhamento •Torção 9 • Tensão simples: cabo • Torção simples: eixo de acionamento o s = F A Ski lift (Cortesia P.M. Anderson) Estados de Tensão Comuns Ao = seção transversal Área (sem carga) FF o t = Fs A 10 • Compressão simples: Estados de Tensão Comuns (2) Obs: elemento estrutural compressivo (aqui s < 0 ) Ao 11 • Tensão Bi-axial: Tanque pressurizado (cortesia P.M. Anderson) Estados de Tensão Comuns(3) sz > 0 s > 0 • Compressão Hidrostática: (photo courtesy P.M. Anderson) Peixe sob a água s < 0h 12 /2 p/2 p/2 - /2 d/2 d/2 dL/2dL/2 Lo wo • Deformação por Tração : • Deformação Lateral: = tan A deformação é sempre adimensional Deformação em Engenharia • Deformação por cisalhamento 13 Ensaio de tensão-deformação • Outros tipos de testes: --compressão: materiais frágeis, quebradiços (p. ex. concreto) --torsão: tubos cilíndricos, eixos Adaptado da Fig. 6.2, Callister 6ed. Corpo de provas típico célula de carga amostra travessão móvel extensômetro Máquina de ensaios típica 14 • Módulo de Elasticidade, E: (também chamado de módulo de Young) • Lei de Hooke: s = E e • Coeficiente de Poisson, n: metais: n ~ 0,33 cerâmicos: ~0,25 polímeros: ~0,40 Unidades: E: [GPa] n: adimensional Propriedades Elásticas (lineares) s Elástico- linear 1 E e F Fteste de tensão simples 15 Módulo de Elasticidade: E área da seção Transversal, Ao DL compr. Lo F não deformado deformado • Módulo de elasticidade, E DLF Ao = E Lo Relação força em função da separação interatômica. A magnitude do módulo de elasticidade é proporcional à inclinação da curva em r0 16 Efeito da Temperatura s/ E Temperatura (°F) Temperatura (°C) M ó d u lo d e e la s ti c id a d e ( G P a ) M ó d u lo d e e la s ti c id a d e ( 1 0 6 p s i) Tungstênio Alumínio Aço 17 t 1 G • Módulo de cisalhamento: G t = G • Módulo de elasticidade volumétrico, K: • Algumas relações para materiais isotrópicos G = E 2(1 n) K = E 3(1 2n) M M teste se torsão simples P P P ensaio de compressão isostático. Vo início DV variação Outras Propriedades Elásticas 18 Alguns Dados Para o osso – 60GPa 19 Exemplo 1 •Solução: como o regime é elástico, a deformação depende da tensão de acordo com a Lei de Hooke. es E= •O alongamento, ∆l. está relacionado com o comprimento inicial, lo, de acordo com: oo o l l l lli D = =e •Combinando essas duas expressões temos: E l lE l l E o o ses =D D == •Um pedaço de Cobre, originalmente com 303 mm de comprimento é tracionado com uma tensão de 275 MPa. Se a sua deformação é inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? 20 •Combinando essas duas expressões temos: E l lE l l E o o ses =D D == •O valor de E para o cobre é de 110 GPa, obtido de tabelas; podemos calcular: mm GPa mmMPa l 75,0 )110( )300)(275( ==D Exemplo 1 21 Módulo de Young: comparação 0.2 8 0.6 1 Magnesium, Aluminum Platinum Silver, Gold Tantalum Zinc, Ti Steel, Ni Molybdenum Graphite Si crystal Glass-soda Concrete Si nitride Al oxide PC Wood( grain) AFRE( fibers) * CFRE* GFRE* Glass fibers only Carbon fibers only Aramid fibers only Epoxy only 0.4 0.8 2 4 6 10 20 40 60 80 100 200 600 800 1000 1200 400 Tin Cu alloys Tungsten <100> <111> Si carbide Diamond PTFE HDPE LDPE PP Polyester PS PET CFRE( fibers) * GFRE( fibers)* GFRE(|| fibers)* AFRE(|| fibers)* CFRE(|| fibers)* Metals Alloys Graphite Ceramics Semicond Polymers Composites /fibers E(GPa) Baseado na tabela B2 Callister 6ed. Composite data based on reinforced epoxy with 60 vol% of aligned carbon (CFRE), aramid (AFRE), or glass (GFRE) fibers. Ecerâmicas > Emetais >> Epolímeros 22 • Tração simples: • Torção simples: Algumas relações úteis M=momento a =ângulo de torção 2ro Lo Obs.: elástico - linear 23 • Ensaio de tração simples: a baixas temperaturas T < Tfusão/3 Deformação Plástica eP Deformação plástica Tensão s deformação e Inicialmente elástico Elástico+Plástico a grandes tensões Deformação permanente (plástica) após a remoção da carga 24 • Tensão além da qual se percebe deformação plástica permanente Limite de escoamento, se tensão s deformação e se quando ep = 0,002 ep = 0,002 25 Comparação entre Limites de Escoamento Graphite/ Ceramics/ Semicond Metals/ Alloys Composites/ fibers PolymersY ie ld s tr e n g th , s y ( M P a ) PVC H a rd t o m e a s u re , s in c e i n t e n s io n , fr a c tu re u s u a ll y o c c u rs b e fo re y ie ld . Nylon 6,6 LDPE 70 20 40 60 50 100 10 30 200 300 400 500 600 700 1000 2000 Tin (pure) Al (6061)a Al (6061)ag Cu (71500)hr Ta (pure) Ti (pure)a Steel (1020)hr Steel (1020)cd Steel (4140)a Steel (4140)qt Ti (5Al-2.5Sn)a W (pure) Mo (pure) Cu (71500)cw H a rd t o m e a s u re , in c e ra m ic m a tr ix a n d e p o x y m a tr ix c o m p o s it e s , s in c e in t e n s io n , fr a c tu re u s u a ll y o c c u rs b e fo re y ie ld . HDPE PP humid dry PC PET ¨ sy(ceramics) >>sy(metals) >> sy(polymers) Room T values Based on data in Table B4, Callister 6e. a = annealed hr = hot rolled ag = aged cd = cold drawn cw = cold worked qt = quenched & tempered 26 Resistência à tração ou limite de resistência à tração • Máximo valor da tensão no ensaio de tração. strain deformação te n s ã o LRT • Metais: ocorre quando começa a formação do pescoço • Cerâmicas: ocorre quando começa a propagação das trincas • Polímeros: ocorre quando o arcabouço está alinhado e prestes a quebrar 27 Resistência à tração: comparação Room T values TS(ceram) ~TS(met) ~ TS(comp) >> TS(poly) Baseado nos dados da Tab.4, Callister 6ed. a = annealed hr = hot rolled ag = aged cd = cold drawn cw = cold worked qt = quenched & tempered AFRE, GFRE, & CFRE = aramid, glass, & carbon fiber-reinforced epoxy composites, with 60 vol% fibers. Si crystal <100> Graphite/ Ceramics/ Semicond Metals/ Alloys Composites/ fibers Polymers T e n s il e s tr e n g th , T S ( M P a ) PVC Nylon 6,6 10 100 200 300 1000 Al (6061)a Al (6061)ag Cu (71500)hr Ta (pure) Ti (pure)a Steel (1020) Steel (4140)a Steel(4140)qt Ti (5Al-2.5Sn)a W (pure) Cu (71500)cw LDPE PP PC PET 20 30 40 2000 3000 5000 Graphite Al oxide Concrete Diamond Glass-soda Si nitride HDPE wood( fiber) wood(|| fiber) 1 GFRE(|| fiber) GFRE( fiber) CFRE(|| fiber) CFRE( fiber) AFRE(|| fiber) AFRE( fiber) E-glass fib C fibers Aramid fib 28 • Deformação plástica no momento da ruptura, % Al • Obs: %RA and %Al são freqüentemente relacionados --Razão: deslizamento de planos não altera o volume dos materiais. --%RA > %EL ocorre se aparecem vazios internos no pescoço 100% x L LL Al o of = Ductilidade (frágil de %Al<5%) (dúctil se %Al>5% deformação, e tensão, s pequeno %Al grande Adaptado da Fig. 6.13, Callister 6ed. • Outra medida de ductilidade: 100% x A AA RA o fo = 29 Resiliência es = E = e dU r e es 0 • É a capacidade de um material absorver energia antes de entrar em deformação plástica Módulo de resiliência: Substituindo: Mostra-se que: EE U eeeer 2 2 1 2 1 sses === Molas: materiais com alta limite de escoamento o baixo módulo de elasticidade: es ee 30 • Energia necessária para fraturar um material Tenacidade te n s ã o , s deformação, e baixa tenacidade (polímeros) baixa tenacidade (cerâmicas) alta tenacidade (metais) De uma forma geral é medida pela área sobre a curva t x d 31 Endurecimento (encruamento) • Aumento de se devido a uma deformação plástica 32 Tensão/deformação verdadeira i V A F =s o i V L L ln=e ee ess = = 1ln 1 V V n iV Kes = Antes do pescoço: Leva em consideração a redução de área transversal devido à formação do pescoço 33 Ajuste da curva n iV Kes = 34 Endurecimento (encruamento) nVV K es = Expoente de endurecimento n = 0,15 alguns aços n = 0,5 alguns cobres 35 Dureza • Resistência de um material a deformação localizada (ao risco, ao atrito) Origem: escala de Mohr, minerais, escolha arbitrária, risco Hoje: máquinas, padronização, força, indentador Ensaio mais utilizado: simples, rápido, sem corpo de prova especial, barato, não-destrutivo, permite estimativa de outras propriedades mecânicas 36 • Resistência à indentação permanente • Dureza elevada significa: -- resistência à deformação plástica ou a trincamento sob compressão -- boa resistência ao desgaste por atrito. Dureza e.g., esfera 10mm força conhecida (1 to 1000g) Medida da impressão (mossa) após remoção da carga dD indentação pequena significa alta dureza dureza aumentando latões ligas Al aços usináveis resist. limas ferram. corte aços nitretados diamante maioria plásticos Adaptado da Fig. 6.18, Callister 6ed. 37 Equipamento Padronização Brinell Vickers Knoop Rockwell Rockwell superficial 38 Escalas de dureza 39 Comparação 40 Relação dureza x limite de resistência à tração HBMPaLRT = 45,3)( p.ex.: para os aços 41 • Tensão e deformação: medidas, independentes do tamanho, de carga e de deformação. • Comportamento elástico: comportamento reversível, que comumente mostra uma relação linear entre a tensão e a deformação; para minimizar deformação, usar material com elevado módulo de elasticidade (E ou G). • Comportamento plástico: comportamento que resulta em deformação permanente quanto a tensão uniaxial atinge sy. • Tenacidade: energia/volume necessária para quebrar um material • Ductilidade: deformação plástica até ocorrência da fratura. Resumo • Dureza: resistência à indentação, relacionada ao limite de escoamento e à resistência ao desgaste pelo atrito
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