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Mudanças fisiológicas da puberdade

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MUDANÇAS FISIOLÓGICAS DA PUBERDADE 
 
RESTABELECIMENTO DO EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-
GONADAL 
 Se te pedissem para você dar uma definição do que é a puberdade, o título em 
vermelho seria a melhor resposta. A íntima comunicação do hipotálamo com a hipófise e 
gônadas se dar da seguinte maneira: o hipotálamo percebe as mudanças que ocorrem no 
seu corpo, tanto as instrínsecas propriamente ditas, como aquelas que são consequência 
da influência do meio externo. Essas mudanças fazem com que o hipotálamo então secrete 
os hormônios hipofisiotróficos ou particularmente como eu prefiro chamar: os hormônios 
liberadores do hipotálamo. Como estamos falando de gônadas, o hormônio em questão é 
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), um decapeptídeo produzido pelos núcleos 
dorsomediano, dorsoventral e infundibular. Esse hormônio apresenta uma secreção 
pulsátil, fato necessário para que tenha tempo para haver o restabelecimento do pool de 
receptores na adeno-hipófise. Saiba que esse hormônio sempre será produzido, mas nem 
sempre será secretado. Especificamente, em três situações específicas não teremos a 
secreção do GnRH: restrição alimentar, amenorréia (ausência de menstruação) durante a 
lactação e na maior parte do nosso desenvolvimento pré-púbere, ou seja, na infância. 
Percebe agora porque o restabelecimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal é a 
melhor definição para puberdade? 
 
 
A secreção do GnRH não somente é pulsátil, mas como também é regulada: 
▪ Positivamente, ou seja, dentre os fatores que induzem a secreção 
do GnRH, destacam-se: a ligação de norepinefrina aos receptores 
alfa-adrenérgicos, hormônios estrógenos (principalmente no 
período pré-ovulatório) e o glutamato; 
▪ Negativamente, ou seja, dentre os fatores que inibem a secreção do 
GnRH, destacam-se: a ligação de norepinefrina aos receptores 
beta-adrenérgicos, dopamina, morfina, prolactina, a circulação 
plasmática de hormônios esteróides, cortisol, GABA e citocinas 
(pois induzem um processo inflamatório e a secreção de CRH); 
Pois bem, uma vez que esse hormônio é liberado, ele cai no sistema porta-
hipofisário (no resumo “HISTOLOGIA DA GLÂNDULA HIPÓFISE (PITUITÁRIA)” 
explico sobre esse sistema) e chega até as células gonadotróficas, ou simplesmente os 
gonadotrofos. Nestas células em especial, ele se liga ao receptor específico ao GnRH e, 
através de mecanismos intracelulares, como a ativação da fosfolipase C, ordena a 
produção e secreção de hormônios: hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio 
luteinizante (LH). Esses hormônios difundem-se para a circulação sanguínea e tomam 
direção rumo às gônadas para se ligarem aos seus respectivos receptores e executarem 
suas respectivas funções: 
• FSH 
✓ Crescimento e maturação dos folículos ovarianos; 
✓ Conclusão da meiose I pelo ovócito I; 
✓ Síntese de estrógenos pelas células da granulosa, através da 
enzima aromatase; 
✓ Espermatogênese; 
• LH 
✓ Ovulação; 
✓ Síntese de progesterona; 
✓ Síntese de precursores androgênios, como a 
androstenediona, na teca interna; 
✓ Síntese de testosterona; 
A imagem ao lado é perfeita pra você entender resumidamente os processos 
envolvidos com esse eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. 
 
 
MUDANÇAS MASCULINAS 
 O evento que marca o início da puberdade masculina é o aumento do volume 
testicular para 4 mL. Com o restabelecimento do eixo hipolâmico-hipofisário-gonadal, o 
rapaz volta a ter sua produção de hormônios androgênios pelos testículos. Esses 
hormônios são compostos esteroides, produzidos principalmente pelo colesterol, mas 
também por acetil co-a. Dentre os principais androgênios, temos a androstenediona, a 
testosterona e a di-hidrotestosterona. Desses, a testosterona é o de maior quantidade e 
muitas pessoas o consideram como o hormônio testicular mais importante, mas saiba que 
a grande maioria dessa testosterona é convertida, nos tecidos-alvo, no hormônio mais 
ativo: a di-hidrotestosterona. 
 A testosterona é produzida mediante ligação do LH nas células de Leydig, o que 
as induz a fabricar e secretar o androgênio. Uma vez havendo a secreção testicular, a 
testosterona se ligará a alguma proteína de ligação para que possa ser carreada pela 
circulação sanguínea. Normalmente, a Betaglogublina faz esse papel, mas podemos 
encontrar em menor quantidade também a albumina. 
OBS: Durante a vida fetal, os testículos são estimulados a produzir a testosterona, devido 
à gonadotropina coriônica, proveniente da placenta. 
 Dentre algumas das consequências geradas pela testosterona, temos: 
• Estímulo à descida testicular durante o desenvolvimento fetal; 
• ↑ tamanho dos órgãos genitais; 
• Crescimento dos pelos; 
• Engrossamento da voz (isso ocorre devido à sua capacidade de 
hipertrofiar a mucosa laríngea, bem como seu alargamento); 
• ↑ espessura da pele e ↑ rigidez dos tecidos subcutâneos, o que 
resulta no aparecimento de muitas espinhas; 
• ↑ secreção das glândulas sebáceas; 
• ↑ anabolismo proteico, o que ocasiona num ↑ taxa metabólica basal 
e no desenvolvimento muscular desse indivíduo; 
• ↑ matriz óssea e ↑ retenção de cálcio, eventos que atingem 
principalmente a pelve, através do seu afunilamento para formar a 
clássica “cintura em V”; 
• ↑ número de hemácias; 
• ↑ reabsorção de NA+ nos túbulos renais distais; 
• Redução do crescimento capilar no topo da cabeça; 
ATO SEXUAL MASCULINO 
 O ato sexual masculino envolve dois tipos de estímulos: primeiramente o estímulo 
psíquico, ou seja, a mera vontade de fazer sexo e o estímulo neuronal, principalmente 
através da sensibilização da glande, que possui muitas terminações nervosas que, 
transmitem um potencial par ao nervo pudendo, atravessa o plexo sacral e sobe pela 
medula espinal até o cérebro. Além da glande, outras áreas como epitélio anal, saco e 
estruturas perineais também podem ser estimuladas. Qualquer tipo estímulo límbico 
como a visão e o toque configuram-se também como estímulo neuronal. 
 O ato sexual masculino pode ser dividido em 4 estágios: 
1. EREÇÃO: as fibras parassimpáticas presentes no pênis liberam 
óxido nítrico, o que gera a formação do GMPc. Esse sinalizador faz 
duas coisas: relaxa não somente os corpos penianos, mas como 
também as artérias do pênis. Com as artérias dilatadas, você tem 
um maior fluxo sanguíneo na região e uma vasodilatação também 
dos capilares sinusoides, que não somente estreita as veias para 
reduzir a saída sanguínea, mas como também faz pressão no tecido 
erétil; 
2. LUBRIFICAÇÃO: as fibras parassimpáticas secretam acetilcolina 
nos receptores das glândulas uretrais e bulbouretrais, que liberam 
uma secreção mucosa responsável por lubrificar o canal uretral 
masculino; 
3. EMISSÃO: no momento que o estímulo sexual atinge seu ápice, 
impulsos simpáticos (T-12 a L-2) chegam aos órgãos genitais 
através do plexo hipogástrico e plexo pélvico. Esses impulsos 
estimulam a contração dúctea do sistema reprodutor, empurrando 
os líquidos das glândulas rumo à uretra interna. Essas secreções (já 
citadas no resumo “Sistema reprodutor/genital”), misturam-se ao 
muco recém produzido e formam o que chamamos de sémen; 
4. EJACULAÇÃO: o enchimento por líquidos na uretra aumenta sua 
pressão interna. Essa pressão gera estímulos sensoriais 
responsáveis por contrair os músculos isquiocavernosos e 
bulbocavernosos, que comprimem a base do pênis e liberam o 
líquido para o meio externo; 
 
MUDANÇAS FEMININAS 
 O evento que marca o início da puberdade feminina é o surgimento do broto 
mamário. Essa é umas das grandes mudanças proporcionadas pelo restabelecimento do 
exio hipotalâmico-hipofisário-gonadal, devido à estimulação da produção dos hormônios 
ovarianos. Assim como os hormônios gonadais masculinos, aqui temos compostos 
esteroides produzidos pelo colesterol e menor fração pela acetil co-A e que, uma vez 
produzidos, são carreados pela circulação sanguínea pelas globulinas e a albumina.Dentre os principais hormônios sexuais femininos, destacam-se duas classes: os 
estrogênios e as progestinas. 
❖ PROGESTINAS: a principal é a progesterona. Dentre as principais 
consequências da sua estimulação, temos: 
✓ Diminuição das contrações uterinas; 
✓ Aumento das secreções pelas tubas uterinas; 
✓ Desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das glândulas 
mamárias, resultando em aumento, proliferação e 
principalmente em adquirir a natureza secretora. Isso 
inclusive que ocasiona o inchaço das mamas; 
A progesterona, uma vez feito seu trabalho, vai para o fígado e é 
metabolizada em pregnanediol. Saiba que, na mulher não grávida, a 
progesterona só é secretada em quantidades significativas durante a 2ª 
metade de cada ciclo sexual mensal, através do corpo lúteo; 
❖ ESTROGÊNIOS: os principais são, em ordem crescente de potência, 
estriol, estrona e o Beta-estradiol (esse que possui 80 vezes mais potência 
que o estriol!!). Todo estrogênio é produzido ou por progesterona ou por 
androgênios, através de uma enzima chamada Aromatase, presente nas 
células da granulosa. Uma vez produzidos, os estrogênios realizam: 
✓ Aumento no tamanho dos órgãos genitais; 
✓ Angiogênese na pele; 
✓ Aumento da retenção de sódio e consequentemente de 
água; 
✓ Desenvolvimento do tecido glândula mamário; 
✓ Inibição da atividade osteoclástica, ou seja, a mulher tem 
mais cálcio no osso. Por essa razão, por exemplo, que 
problemas ligados à osteoporose são muito frequentes em 
mulher pós-menopausa, pois há redução dessa secreção 
hormonal (o estrogênio estimula a osteoprotegerina, que é 
uma citocina inibidora da reabsorção óssea); 
✓ Deposição de gordura em mamas, tecidos subcutâneos, 
coxas e glúteos; 
Uma vez feitas suas funções, o estrogênio sofre degradação hepática, 
convertendo-se em glicuronídeos, sulfatos e estriol. 
ATO SEXUAL FEMININO 
 Na mulher, a ideia de ato sexual também envolve estímulo psíquico e neuronal, 
principalmente pelo estímulo às estruturas da vulva, como o clitóris, e a vagina. O grande 
detalhe é que na mulher existe a influência também do ciclo sexual mensal, em que o pico 
de estrogênio no período pré-ovulatório é um grande estimulador ao ato sexual. 
 Podemos dividir o ato sexual feminino em 3 etapas: 
1. EREÇÃO: as fibras parassimpáticas liberam óxido nítrico e 
acetilocolina em artéria do tecido erétil, resultando no acúmulo de 
sangue devido a vasodilatação provocada. Esse acúmulo de sangue 
culmina na contração do introito, o que estimula o pênis a ejacular; 
2. LUBRIFICAÇÃO: as fibras também estimulam as glândulas 
bilaterais de Bartholin, localizadas sob os grandes lábios, a 
secretarem um muco em volta do introito; 
3. ORGASMO: corresponde ao ápice do estímulo sexual, ocorrendo 
contração dos músculos perineais e a dilatação do canal cervical, 
além uma tensão muscular intensa em todo o corpo. Ocorre 
também secreção de ocitocina pela neuro-hipófise, o que aumenta 
as contrações rítmicas do útero; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIOS DE TURNER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Mário Souza/Medicina Unime (3º semestre)

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