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Sistema reprodutor masculino - produção e composição do sêmen, espermatogênese e espermiogênese, testosterona, eixo hipotálamo-hipófise-testículo, ato sexual masculino e feminino

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Sistema reprodutor masculino
SÊMEN
· Vesículas seminais
Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso revestido por epitélio secretor que secreta material mucoso com frutose, ácido cítrico e outras substâncias nutritivas, além de prostaglandinas e fibrinogênio. Durante o processo de emissão e de ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório, imediatamente após o canal deferente ter despejado os espermatozoides. Isso aumenta o volume do sêmen ejaculado, e a frutose e outras substâncias no líquido seminal têm valor nutritivo considerável para os espermatozoides ejaculados, até o momento em que um espermatozoide fertilize o óvulo. 
As prostaglandinas auxiliam na fertilização
- reagem com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo ao movimento do espermatozoide
- induz contrações peristálticas reversas para trás, no útero e nas tubas, movendo os espermatozoides ejaculados em direção aos ovários 
· Próstata
A próstata secreta líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. Durante a emissão, a próstata se contrai simultaneamente com as contrações do canal deferente, de modo que o líquido fino e opaco da próstata seja adicionado ao sêmen. 
A leve alcalinidade característica do líquido prostático pode ser muito importante para a fertilização bem sucedida do óvulo, uma vez que o líquido do canal deferente é relativamente ácido, possibilitando a presença de ácido cítrico e de produtos do metabolismo do espermatozoide e, em consequência, auxiliando a inibir a fertilidade do espermatozoide. As secreções vaginais femininas também são ácidas (pH de 3,5 a 4). O espermatozoide não adquire a mobilidade necessária até que o pH dos líquidos que o envolvem atinjam valores de, aproximadamente, 6,0 a 6,5. Consequentemente, é provável que o líquido prostático ligeiramente alcalino ajude a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais durante a ejaculação, e, assim, aumente a mobilidade e fertilidade do espermatozoide. 
· Composição final 
O sêmen ejaculado é composto de líquido e de espermazoides do canal deferente (~10%), líquido das vesículas seminais (~60%), líquido da próstata (~30%) e pequenas quantidade de líquido das glândulas mucosas, especialmente as glândulas bulbouretrais. Assim, a maior parte do sêmen é composta de líquido da vesícula seminal, que é o último a ser ejaculado e serve para arrastar os espermatozoides ao longo do ducto ejaculatório e da uretra. 
O pH médio do sêmen combinado é de ~7,5, tendo o líquido prostático alcalino mais do que neutralizado a ligeira acidez das outras partes do sêmen. O líquido prostático dá ao sêmen a aparência leitosa, e os líquidos das vesículas seminais e das glândulas mucosas dão a consistência de muco. 
A enzima coaguladora do líquido prostático, também faz com que o fibrinogênio do líquido da vesícula seminal forme coágulo fraco de fibrina, que mantém o sêmen nas regiões profundas da vagina, onde se situa o colo uterino. O coágulo então é dissolvido nos próximos 15 a 30 minutos, devido a sua ruptura pela fibrinolisina formada da pró-fibrinolisina prostática. Nos primeiros minutos após a ejaculação, o esperma permanece relativamente imóvel, talvez por causa da viscosidade do coágulo. À medida que o coágulo se dissolve, o espermatozoide fica muito móvel. 
· Espermograma
Número total de espermatozoides: reflete a produção de espermatozoides pelos testículos e a patência do sistema de ductos pós-testiculares. 
Volume total de fluidos fornecidos pelas glândulas acessórias: reflete a atividade secretora das glândulas.
A natureza dos espermatozoides (sua vitalidade, motilidade e morfologia) e a composição do fluido seminal também são importantes para a função espermática. 
É impossível caracterizar a qualidade do sêmen de um homem a partir da avaliação de uma única amostra de sêmen. É útil examinar duas ou três amostras para obter dados de linha de base.
Entre 30 e 60 minutos
- Avaliação da liquefação e aparência do sêmen. 
- Medição do volume e pH do sêmen.
- Realização de uma preparação úmida para avaliar a aparência microscópica, a motilidade dos espermatozoides e a diluição necessária para avaliar o número de espermatozoides.
- Avaliação da vitalidade dos espermatozoides (se a porcentagem de células móveis é baixa). 
- Realização de esfregaços de sêmen para avaliar a morfologia espermática. 
- Realização de diluições de sêmen para avaliar a concentração de espermatozoides.
- Avaliação do número de espermatozoides. 
- Realização do teste de reação mista de antiglobulina (MAR) (se necessário). 
- Avaliação das células positivas para peroxidase (se células redondas estiverem presentes). 
- Preparação dos espermatozoides para o teste da imunoglobulina (se necessário).
- Centrifugação do sêmen (se os marcadores bioquímicos forem analisados). 
Dentro das primeiras 3 horas: Envio de amostras para o laboratório de microbiologia (se necessário). 
Após 4 horas: Fixação, coloração e avaliação de esfregaços para morfologia espermática. 
Mais tarde no mesmo dia (ou num dia subsequente se as amostras estiverem congeladas): 
- Análise de marcadores de glândulas acessórias (se necessário). 
- Realização do teste immunobead indireto (se necessário).
A amostra deve ser coletada após um mínimo de 2 dias e um máximo de 7 dias de abstinência sexual
	Volume (mL)
	≥ 1,5
	Concentração (106/mL)
	≥ 15
	Nº total Sptz (106)
	≥ 39
	Motilidade total (%)
	≥ 40
	Motilidade progressiva
	≥ 32%
	Vitalidade (%)
	≥ 58
	Morfologia (%)
	≥ 4
	Leucócitos (106/mL)
	1,0
Às vezes, o homem tem quantidade normal de espermatozoides, mas, mesmo assim é infértil. Quando isso ocorre, algumas vezes se encontram anormalidades físicas em metade dos espermatozoides, como duas cabeças, cabeças com formas anormais ou caudas anormais. Outras vezes, os espermatozoides parecem ser estruturalmente normais, mas por motivos desconhecidos, eles não são móveis ou são só relativamente móveis. Sempre que a maioria dos espermatozoides é morfologicamente anormal ou não apresenta motilidade é provável que a pessoa seja infértil. 
ESPERMATOGÊNESE E ESPERMIOGÊNESE
As células germinativas primordiais (presentes na gônada desde o nascimento) se dividem lentamente por mitose durante toda a infância, dando origem as espermatogônias. Na puberdade as células começam a se diferenciar, cada espermatogônia dá origem a 16 espermatócitos primários, que por sua vez entram em mitose e cada um gera 4 espermátides. 
· Espermatogênese
Ocorre nos túbulos seminíferos durante a vida sexual ativa, como resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior, começando ~ aos 13 anos e continuando pelo restante da vida, mas se reduzindo acentuadamente na velhice. 
No primeiro estágio da espermatogênese, as espermatogônias migram entre as células de Sertoli em direção ao lúmen central dos túbulos seminíferos. A espermatogônia é então progressivamente modificada e alargada, para formar os espermatócitos primários. Cada um passa por uma divisão meiótica formando dois espermatócitos secundários. Poucos dias depois, estes fazem a segunda divisão meiótica, formando espermátides.
Durante as transformações do estágio de espermatócitos para o de espermátides, os 46 cromossomos (23 pares) do espermatócito se dividem, e então 23 cromossomos vão para uma espermátide e 23 para a outra. 
· Espermiogênese
Consiste na transformação de espermátides arredondadas em espermatozoides maduros. O núcleo vai para um extremidade, que será a cabeça, e há o aparecimento do flagelo. 
Na cabeça se encontra o núcleo condensado da célula, com apenas a membrana plasmática e camada citoplasmática delgada envolvendo-o. Na parte externa dos dois terços anteriores da cabeça, encontra-se o acrossomo, formado principalmente por complexo de Golgi. Este contém várias enzimas, incluindo a hialuronidase (capaz de digerir filamentos de proteoglicanos dos tecidos) e potentes enzimas proteolíticas. Essas enzimas são essenciais para que o esperma entre no óvulo e o fertilize.O flagelo tem 3 componentes:
- esqueleto central, constituído por 11 microtúbulos (axonema). 
- membrana celular fina recobrindo o axonema
- conjunto de mitocôndrias envolvendo o axonema na porção proximal da cauda (corpo da cauda)
A transformação do espermatócito até o espermatozoide móvel leva cerca de 70 a 74 dias. 
• Hormônios que estimulam a espermatogênese
Testosterona: secretada pelas células de Leydig, localizada no interstício do testículo, é essencial para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares, que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma
LH: secretado pela hipófise anterior estimula as células de Leydig a secretar testosterona
FSH: secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Sertoli. Sem essa estimulação, a espermiogênese não ocorre
Estrogênios: formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando estimuladas pelo FSH, são provavelmente essenciais para a espermiogênese
GH: é necessário para as controlar as funções metabólicas basais dos testículos. O GH promove a divisão precoce das espermatogônias; em sua ausência, a espermatogênese é deficiente ou ausente, causando infertilidade. 
· Maturação
O amadurecimento dos espermatozoides durante seu trajeto pelo epidídimo até os ductos ejaculatórios leva mais 14 dias. O espermatozoide retirado dos túbulos seminíferos e das porções iniciais do epidídimo não é móvel e não pode fertilizar o óvulo. Após permanecer no epidídimo por 18 a 24 horas, o espermatozoide desenvolve a capacidade da mobilidade, embora proteínas inibitórias no líquido epididimário ainda impeçam a mobilidade final, até depois da ejaculação. 
Os dois testículos do homem adulto formam até 120 milhões de espermatozoides por dia. Pequena quantidade pode ser estocada no epidídimo, mas a maioria é estocada no canal deferente. Eles podem permanecer armazenados, mantendo sua fertilidade, por pelo menos 1 mês. Durante esse tempo, eles são mantidos no estado inativo, reprimidos por subtâncias inibitórias presentes nas secreções dos ductos. 
Após a ejaculação os espermatozoides ficam móveis e são capazes de fertilizar o óvulo (maturação). As células de Sertoli e o epitélio do epidídimo secretam líquido nutriente especial que é ejaculado junto com o espermatozoide. Esse líquido contém hormônios (testosterona e estrogênio), enzimas e nutrientes especiais essenciais para a maturação dos espermatozoides. 
A atividade do espermatozoide é muito aumentada em meio neutro ou ligeiramente alcalino, como no sêmen, mas é muito deprimida em meio levemente ácido. O meio fortemente ácido pode causar a morte rápida do espermatozoide. 
A atividade do espermatozoide aumenta muito com a elevação da temperatura, mas isso também aumenta sua atividade metabólica, fazendo com que sua vida se encurte. A expectativa de vida do espermatozoide ejaculado, no trato genital feminino, é de 1 a 2 dias. 
· Capacitação do espermatozoide
Embora os espermatozoides sejam considerados “maduros” quando deixam o epidídimo, eles são mantidos inativos devido a fatores inibitórios secretados pelo epitélio do ducto genital. Portanto, quando lançados inicialmente no sêmen, eles são incapazes de fertilizar o óvulo. 
Ao entrar em contato com os líquidos do trato genital feminino, ocorrem múltiplas mudanças que ativam o espermatozoide para a fertilização → capacitação (1 a 10 horas)
Os líquidos das tubas uterinas e do útero eliminam os fatores inibitórios que suprimem a atividade dos espermatozoides nos ductos genitais masculinos
Durante o período que os espermatozoides permanecem no líquido dos ductos genitais masculinos eles são expostos a vesículas com grande quantidade de colesterol. O colesterol é continuamente adicionado à membrana celular que cobre o acrossomo do espermatozoide, fortalecendo essa membrana e impedindo a liberação de suas enzimas. Após a ejaculação, os espermatozoides depositados na vagina se movem para cima na cavidade uterina, afastando-se das vesículas de colesterol e, assim, gradualmente perdem, nas próximas horas, a maior parte do excesso de colesterol, fazendo com que a membrana do acrossomo fique mais fraca. 
A membrana dos espermatozoides fica muito mais permeável a íons cálcio, assim o cálcio entra no espermatozoide em abundância, mudando a atividade do flagelo, dando a ele um potente movimento de chicote, ao contrário de seu movimento prévio ondulante e fraco. Além disso, o cálcio causa alterações na membrana celular que cobre a ponta do acrossomo, tornando possível a liberação rápida e fácil das enzimas pelo acrossomo, à medida que os espermatozoides penetram a massa de células granulosas que envolvem o óvulo e, mais ainda, quando ele tenta penetrar a zona pelúcida do óvulo. 
· Reação do acrossomo 
Grande quantidade de enzimas proteolíticas e de hialuronidase estão armazenadas no acrossomo do espermatozoide. A hialuronidase despolimeriza os polímeros do ácido hialurônico no cimento intracelular, que mantém juntas aas células granulosas ovarianas. As enzimas proteolíticas digerem as proteínas nos elementos estruturais das células teciduais, que ainda aderem ao óvulo. 
O esperma deve dissolver as camadas de células da granulosa que envolvem o óvulo, antes de fertilizar o óvulo e, então, deve penetrar através da zona pelúcida. Para que isso ocorra, as enzimas estocadas no ocrossomo começam a ser liberadas. Acredita-se que a hialuronidase seja importante para abrir caminhos entre as células da granulosa. 
Quando o espermatozoide atinge a zona pelúcida, a membrana anterior do espermatozoide se liga a proteínas receptoras da zona pelúcida. Em seguida, todo o acrossomo se dissolve rapidamente, e todas as enzimas acrossomicas são liberadas. Em alguns minutos, essas enzimas abrem uma via de penetração para a passagem da cabeça do espermatozoide através da zona pelúcida. 
Em 30 minutos, as membranas celulares da cabeça do espermatozoide e do oócito se fundem, formando uma só célula. Ao mesmo tempo, os materiais genéticos se combinam para formar um genoma novo. 
Alguns minutos após o espermatozoide ter penetrado a zona pelúcida do óvulo, os íons cálcio se difundem através da membrana do oócito e provocam a liberação, por exocitose, de vários grânulos corticais do oócito, para o espaço perivitelínico. Esses grânulos contêm substâncias que permeiam todas as regiões da zona pelúcida e impedem a ligação de espermatozoide adicional, fazendo com que qualquer espermatozoide que tenha começado a se ligar solte. 
TESTOSTERONA
· Síntese
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos (androgênios), incluindo a testosterona, di-hidrotestosterona (DHT) e androtenediona. A testosterona é mais abundante, porém a di-hidrotestosterona é o androgênio mais ativo. A DHT é produzida a partir da testosterona em tecidos com a enzima 5α-redutase. Outros androgênios de ação mais fraca incluem desidroespiandrosterona (DHEA) e sulfato de desidroespiandrosterona (DHEA-S)
A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig, situadas no interstício entre os túbulos seminíferos. As adrenais secretam, pelo menos 5 androgênios, mas a atividade masculinizante total de todos eles é baixa (5%). 
A clivagem da cadeia lateral do colesterol ocorre na mitocôndria, já as demais reações ocorrem no reticulo endoplasmático. 
· Transporte e metabolismo 
Aproximadamente 97% da testosterona circula ligada a proteínas plasmáticas como albumina (fracamente) e globulina ligadora de hormônio sexual (SHBG). Pode circular ligada a essas proteínas de 30 minutos a várias horas. 
A maior parte da testosterona que se fixa nos tecidos é convertida nas células em di-hidrotestosterona, especialmente em certos órgãos-alvo, como próstata no adulto e genitália externa do feto masculino. 
Uma pequena quantidade de testosterona (<1%) é convertida em estradiol por ação da aromatase, nas próprias células de Leydig ou nas células de Sertoli. Regiões do SNC, tecido adiposo, tecido ósseo e próstata também são ricos em aromatase e produzem estradiol. 
A testosterona que não se fixa aostecidos é convertida rapidamente, em sua maior parte pelo fígado, em androsterona e desidroespiandrosterona e, simultaneamente, conjugada em glicorunídeos ou sulfatos. Esses são secretados pelo intestino, por meio da bile, ou na urina. 
· Mecanismo de ação
Os androgênios exercem seus efeitos por meio de receptores nucleares. A partir da ligação do androgênio ao seu receptor, ocorre a modificação conformacional que resulta na dissociação do receptor de proteínas de choque térmico (hsp). O complexo hormônio receptor forma um homodímero com outra molécula hormônio receptor de androgênio que interage com uma série de coativadores ou correpressores para constituir um complexo transcricional ativado. Esse complexo se acopla a uma região aceptora do DNA da célula alvo (elemento responsivo aos androgênios) e composta por uma sequência específica de nucleotídeos. Isso resulta no recrutamente de uma RNA polimerase e na transcrição (produção de RNAm) e posterior tradução (produção de proteínas) de genes específicos, que serão alvo preciso da ação androgênica. 
· Efeitos fisiológicos
Na vida fetal, os testículos são estimulados pela gonadotropina coriônica, proveniente da placenta, a produzir quantidades moderadas de testosterona por todo o período de desenvolvimento fetal e por 10 semanas ou mais após o nascimento. Praticamente não é produzida testosterona durante a infância, até 10 a 13 anos. Então a produção aumenta rapidamente sob o estímulo dos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior, no início da puberdade, permanecendo assim pela maior parte do resto da vida, diminuindo rapidamente após os 50 e caindo para 20 a 50% dos valores máximos aos 80 anos. 
Desenvolvimento fetal
A testosterona começa a ser produzida pelos testículos fetais aproximadamente na 7ª semana de vida. O cromossomo masculino (Y) tem o gene SRY (região dominante do sexo no Y) que codifica uma proteína denominada fator de determinação testicular. A proteína SRY inicia uma cascata de ativações genéticas que faz com que as células do tubérculo (crista) genital se diferenciem em células que secretam testosterona e formem testículos. 
A injeção de grande quantidade de hormônio sexual masculino em animais promove o desenvolvimento de órgãos sexuais masculinos mesmo que o feto seja feminino. A remoção dos testículos do feto masculino induz o desenvolvimento de órgãos sexuais femininos. 
Portanto, a testosterona é responsável pelo desenvolvimento do pênis, do saco escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos genitais masculinos, enquanto, ao mesmo tempo, suprime a formação de órgãos sexuais femininos. 
• Descida dos testículos
A testosterona é responsável pela descida dos testículos para o saco escrotal nos últimos 2 a 3 meses de gestação, quando começam a secretar grandes quantidades de testosterona. Se um menino nasce com os testículos normais, mas que não desceram, a administração de testosterona faz com que eles desçam de modo habitual, se os canais inguinais forem largos o suficiente para a passagem. 
Características sexuais adultas primárias e secundárias
Após a puberdade, quantidades crescentes de testosterona fazem com que o pênis, o saco escrotal e os testículos aumentem de tamanho. 
- Distribuição de pelos corporais: a testosterona induz ao crescimento de pelos no púbis, para cima ao longo da linha alba do abdome, na face, no tórax, e menos frequentemente em outras regiões como costas. A testosterona também faz com que os pelos de outras partes do corpo sejam mais abundantes. 
- Calvície: a testosterona reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça. Entretanto a calvície é resultado de dois fatores: a herança genética e a grande quantidade de hormônios androgênios. 
- Voz: a testosterona induz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe. Esses efeitos produzem inicialmente uma voz dissonante, mas que gradualmente se transforma na voz masculina típica do adulto. 
- Pele: a testosterona aumenta a espessura da pele de todo o corpo e aumenta a rigidez dos tecidos subcutâneos. Também aumenta a secreção de algumas glândulas sebáceas do corpo. A secreção excessiva pelas glândulas sebáceas do rosto resulta na acne. Após muitos anos de exposição à testosterona, a pele se adapta à presença desse hormônio, superando a acne. 
- Metabolismo proteico: a testosterona aumenta a formação de proteínas (anabolismo) e o desenvolvimento muscular. O aumento de massa muscular está associado ao aumento da quantidade de proteína também em regiões não musculares do corpo. Muitas alterações da pele se devem à deposição de proteínas, e as alterações na voz também resultam, parcialmente, dessa função anabólica proteica da testosterona.
A testosterona ou outros androgênios sintéticos têm sido usados também em idosos como “hormônio da juventude” para aumentar a força muscular e o vigor. 
- Ossos: a testosterona aumenta a matriz óssea e induz a retenção de cálcio. Após o grande aumento da testosterona circulante que ocorre na puberdade, os ossos crescem consideravelmente mais espessos e depositam grandes quantidades adicionais de sais de cálcio. Acredita-se que o aumento na matriz óssea seja resultado da função geral da testosterona, no anabolismo proteico e da deposição aumentada de sais de cálcio, em resposta ao aumento das proteínas. 
A testosterona tem efeito específico na pelve de estreitar a passagem pélvica, alongá-la, dar-lhe forma afunilada e aumentar muito a força de toda a pelve para que possa suportar pesos. Na ausência da testosterona, a pelve masculina se desenvolve de forma semelhante a feminina. 
Devido ao fato de a testosterona aumentar o tamanho e a força dos ossos, ela é usada, às vezes, em homens idosos para o tratamento da osteoporose. 
A testosterona também faz com que as epífises dos ossos longos se unam à parte longa (fechamento das epífises) em idade precoce. 
- Metabolismo: a testosterona aumenta o metabolismo basal. A injeção de grande quantidade pode aumentar o metabolismo basal por até 15%. O metabolismo aumentado possivelmente é resultado do efeito da testosterona sobre o anabolismo proteico, aumentando a quantidade de proteínas, principalmente enzimas. 
- Hemácias: quando quantidades normais de testosterona são injetadas em adulto castrado, o número de hemácias por milímetro cúbico aumenta de 15 a 20%. Apesar disso, a testosterona não parece elevar diretamente os níveis de eritropoetina ou ter efeito na produção das hemácias. O efeito pode estar relacionado indiretamente ao metabolismo aumentado. 
- Balanço hidroeletrolítico: a testosterona aumenta a reabsorção de sódio nos túbulos distais renais, mas em menor grau que os mineralocorticoides adrenais. 
 
EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE TESTÍCULO
Hipotálamo – hormônio liberador de gonadotropina (GnRH)
Hipófise – LH e FSH
Testículo - androgênios
O LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos, e o FSH estimula principalmente a espermatogênese.
Os corpos celulares dos neurônios que secretam GnRH estão localizados no núcleo arqueado do hipotálamo. As terminações desses neurônios encontram-se na eminência mediana do hipotálamo, onde liberam o GnRH no sistema porta-hipofisário. O GnRH então é transportado até a hipófise anterior, onde estimula a liberação de LH e FSH.
O GnRH é secretado durante poucos minutos, intermitentemente, a cada 1 a 3 horas. A intensidade desse estímulo hormonal é determinada de duas maneiras
- pela frequência desses ciclos de secreção
- pela quantidade de GnRH liberado a cada ciclo
A secreção de LH é cíclica, seguindo o padrão do GnRH. Já a secreção de FSH aumenta e diminui apenas ligeiramente a cada flutuação da secreção de GnRH; ela muda mais lentamente em período de muitas horas, em resposta a alterações a longo prazo do GnRH. 
Na ausência de secreção de GnRH os gonadotropos da hipófise quase não secretam LH ou FSH. O LH e o FSH são glicoproteínas, portanto, agem nos tecidos alvo pela ativação do sistema de segundo mensageiro do AMPc.
A testosterona é secretada pelas células intersticiais de Leydig nos testículos,mas apenas quando essas são estimulados pelo LH. As células de Leydig maduras são encontradas normalmente nos testículos de criança, durante poucas semanas após o nascimento, mas então desaparecem até, aproximadamente, os 10 anos. no entanto, a injeção de LH purificado em qualquer idade ou secreção de LH na puberdade fazem com que as células intersticiais testiculares que se a assemelham a fibroblastos evoluam para células de Leydig funcionais. 
A testosterona inibe a secreção de LH, isso se deve, em sua maior parte, pelo efeito direto da testosterona no hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH – feedback negativo.
O FSH liga-se a receptores específicos associados às células de Sertoli nos túbulos seminíferos. Isso faz com que essas células cresçam e secretem várias substâncias espermatogênicas. Simultaneamente, a testosterona e a di-hidrotestosterona, que se difundem das células de Leydig nos espaços intersticiais para os túbulos seminíferos também tem efeito trófico intenso sobre a espermatogênese. Assim, para iniciar a espermatogênese é necessário tanto o FSH quanto a testosterona. 
Quando os túbulos seminíferos deixam de produzir espermatozoides, a secreção de FSH pela hipófise anterior aumenta acentuadamente. O contrário também acontece – feedback negativo. Acredita-se que o feedback negativo ocorra devido a secreção de inibina pelas células de Sertoli. A inibina tem efeito direto intenso sobre a hipófise anterior, inibindo a secreção de FSH e, possivelmente, efeito discreto sobre o hipotálamo, inibindo a secreção de GnRH. 
Durante o desenvolvimento embrionário a gonadotropina coriônica humana (hCG), secretada pela placenta, faz com que os testículos do feto secretem testosterona. 
Durante a infância, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH. Uma das razões para isso é que, durante a infância, pequena secreção de qualquer hormônio esteroide exerce efeito inibitório intenso sobre a secreção hipotalâmica de GnRH. Por motivos ainda não conhecidos, na época da puberdade, a secreção de GnRH supera a inibição infantil, iniciando a vida sexual adulta. 
ATO SEXUAL MASCULINO
A fonte mais importante de sinais sensoriais neurais para iniciar o ato sexual masculino é a glande do pênis. A glande transmite a modalidade especial de sensação, chamada de ‘sensação sexual’ para o SNC. A massagem da glande estimula os órgãos terminais sensoriais, e os sinais sexuais, por sua vez, cursam pelo n. pudendo e, então, pelo plexo sacral para a região sacral da medula espinal, finalmente, ascendendo pela medula para as áreas não definidas do cérebro. 
Os impulsos podem também entrar na medula espinal a partir de áreas adjacentes ao pênis (epitélio anal, saco escrotal, estruturas perineais), contribuindo para estimular o ato sexual. As sensações sexuais podem mesmo se originais em estruturas internas, como áreas da uretra, bexiga, próstata, vesículas seminais, testículos e canal deferente. Uma das causas do “impulso sexual” é o enchimento dos órgãos sexuais com secreções. Inflamação e infecção suaves desses órgãos sexuais, algumas vezes, provoca um desejo sexual contínuo, e algumas drogas “afrodisíacas”, irritam a bexiga e a mucosa uretral, induzindo a inflamação e congestão vascular. 
Estímulos psíquicos apropriados podem aumentar a capacidade de a pessoa realizar o ato sexual. O simples pensamento sobre sexo, ou mesmo sonhar que está participando de uma relação sexual, pode iniciar o ato sexual masculino, culminando com a ejaculação. As emissões noturnas durante os sonhos ocorrem em muitos homens, principalmente durante a adolescência. 
Embora fatores psíquicos geralmente tenham papel importante no ato sexual masculino, podendo iniciá-lo ou inibi-lo, a função cerebral provavelmente não é necessária para sua realização, uma vez que a estimulação genital apropriada pode provocar a ejaculação em alguns animais, e, às vezes, em humanos, mesmo após suas medulas espinais terem sido seccionadas acima da região lombar. 
O ato sexual masculino resulta de mecanismos reflexos inerentes integrados na medula espinal sacral e lombar, e esses mecanismos podem ser iniciados por estimulação psíquica proveniente do cérebro, ou da estimulação sexual real dos órgãos, mas geralmente, é combinação de ambas. 
· Ereção peniana
É o primeiro efeito do estímulo sexual masculino e o grau de ereção é proporcional ao grau de estimulação (psíquico ou físico). A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula espinal pelos nervos pélvicos para o pênis. 
Essas fibras nervosas parassimpáticas parecem liberar óxido nítrico e/ou peptídeo intestinal vasoativo, além da acetilcolina. O óxido nítrico ativa a enzima guanilil ciclase, causando a formação de GMPc que relaxa as artérias do pênis e as malhas trabeculares das fibras musculares lisas no tecido erétil dos corpos cavernosos e corpo esponjoso na haste do pênis. Quando os músculos lisos vasculares relaxam, o fluxo sanguíneo para o pênis aumenta, causando a liberação de óxido nítrico das células endoteliais vasculares e posterior vasodilatação. 
· Lubrificação
Os impulsos parassimpáticos durante a estimulação sexual, além de promover a ereção, induzem a secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse muco flui pela uretra, auxiliando a lubrificação durante a relação sexual.
· Emissão e ejaculação
A emissão e a ejaculação são o clímax do ato sexual masculino (orgasmo). Quando o estímulo sexual fica extremamente intenso, os centros reflexos da medula espinal começam a emitir impulsos simpáticos que deixam a medula (T12 a L2) e passam para os órgãos geniais por meio dos plexos nervosos simpáticos hipogástrico e pélvico, iniciando a emissão.
A emissão começa com a contração do canal deferente e da ampola promovendo a expulsão dos espermatozoides para a uretra interna. As contrações da camada muscular da próstata, seguidas pela contração das vesículas seminais, então expelem os líquidos prostático e seminal também para a uretra, forçando os espermatozoides para a frente. Todos esses líquidos se misturam na uretra interna com o muco já secretado pelas glândulas bulbouretrais, formando o sêmen. 
O enchimento da uretra interna com sêmen provoca sinais sensoriais que são transmitidos pelos nervos pudendos para as regiões sacrais da medula espinal, dando a sensação de plenitude súbita nos órgãos genitais internos. Além disso, esses sinais sensoriais promovem as contrações rítmicas dos órgãos genitais internos e contrações dos músculos isquiocavarnoso e bulbocavernoso que comprimem as bases do tecido erétil peniano. Esses efeitos associados induzem aumentos rítmicos e ondulatórios da pressão do tecido erétil do pênis, dos ductos genitais e da uretra, que ejaculam o sêmen da uretra para o exterior. Ao mesmo tempo, contrações rítmicas dos músculos pélvicos, e mesmo de alguns músculos do tronco, causam movimentos de propulsão da pélvis e do pênis, que também auxiliam a propelir o sêmen para os recessos mais profundos da vagina e, talvez para o colo do útero. 
No final, a excitação sexual masculina desaparece quase inteiramente, em 1 a 2 minutos e a ereção cessa – resolução. 
ATO SEXUAL FEMININO
O desempenho do ato sexual feminino depende da estimulação psíquica e sexual local (física). 
Ter pensamentos sexuais pode levar ao desejo sexual feminino. Esse desejo se baseia nos impulsos psicológico e fisiológico, muito embora o desejo sexual de fato aumente, em proporção ao nível de hormônios sexuais secretados. O desejo também muda durante o ciclo sexual mensal, atingindo o pico em torno da época da ovulação, provavelmente devido aos níveis elevados de estrogênio durante o período pré-ovulatório. 
A estimulação da vulva, da vagina e de outras regiões perineais podem criar sensações sexuais. A glande do clitóris é especialmente sensível. 
Assim como no homem, os sinais sensoriais sexuais são transmitidos aos segmentos sacros da medula espinal pelo nervo pudendo e plexo sacro. Após entrar na medula esses sinais são transmitidos ao cérebro.Além disso, reflexos locais integrados na medula espinal sacra e lombar são, pelo menos, parcialmente responsáveis por algumas das reações nos órgãos sexuais femininos. 
· Ereção e lubrificação
Localizado em torno do introito e estendendo-se até o clitóris, existe tecido erétil quase idêntico ao tecido erétil do pênis. Esse tecido é controlado pelos nervos parassimpáticos que passam pelos nervos erigentes, desde o plexo sacral até a genitália externa. Nas fases iniciais da estimulação sexual, sinais parassimpáticos dilatam as artérias do tecido erétil, provavelmente decorrente a liberação de acetilcolina, óxido nítrico e polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP) nas terminações nervosas. Isso permite rápido acúmulo de sangue no tecido erétil, de maneira que o introito se contrai ao redor do pênis, o que ajuda muito o homem a obter estimulação suficiente para ocorrer a ejaculação. 
Sinais parassimpáticos também passam para as glândulas de Bartholin, localizadas sob os grandes lábios, fazendo com que secretem muco no introito. Esse muco é responsável por grande parte da lubrificação durante o ato sexual, muito embora ela também seja provida pelo muco secretado pelo epitélio vaginal e pequena quantidade pelas glândulas uretrais masculinas. Essa lubrificação é necessária durante o intercurso, para estabelecer sensação massageadora satisfatória, em vez de sensação irritativa, que pode ser provocada pela vagina ressecada.
· Orgasmo
Quando a estimulação sexual local atinge sua intensidade máxima e quando as sensações locais são favorecidas por sinais de condicionamento psíquico apropriados do cérebro são desencadeados reflexos que levam ao orgasmo feminino. 
Durante o orgasmo, os músculos perineais da mulher se contraem ritmicamente em decorrência de reflexos da medula espinal semelhantes aos que causam a ejaculação no homem. É possível que esses reflexos aumentem a motilidade uterina e das tubas durante o orgasmo, ajudando a propelir os espermatozoides para o útero. Além disso, o orgasmo parece causar dilatação do canal cervical por até 30 minutos, facilitando o transporte do espermatozoide. 
Em animais inferiores, a cópula faz com que a hipófise secrete ocitocina; é provável que esse efeito seja mediado pelos núcleos amigdaloides do cérebro e, em seguida, do hipotálamo para a hipófise. A ocitocina causa mais contrações rítmicas do útero. 
Além dos possíveis efeitos do orgasmo na fertilização, as sensações sexuais intensas chegam ao cérebro e causam tensão muscular intensa no corpo inteiro. Mas depois do clímax, essas sensações dão lugar, durante alguns minutos, à sensação de satisfação caracterizada por relaxamento tranquilo – resolução 
Sistema reprodutor masculino
SÊMEN
 
?
 
Vesículas seminais
 
Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso revestido por epitélio 
secretor que 
secreta material mucoso com frutose, ácido cítrico
 
e outras 
substâncias nutri
tivas
, além de 
prostaglandinas e fibri-
nogênio
. Durante o processo de emissão e de ejaculação, cada 
vesícula seminal 
esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório
, 
imediatamente após o canal deferente ter despejado os esper-
matozoides. Isso 
aumenta o volume do 
sêmen ejaculado
, e a fru-
tose e outras substâncias no líquido seminal têm 
valor nutritivo
 
considerável para os espermatozoides ejaculados, 
até o momento 
em que um espermatozoide fertilize o óvulo. 
 
As 
prostaglandinas
 
auxiliam na fertilização
 
-
 
reagem com o
 
muco cervical feminino
, tornando
-
o mais recep-
tivo ao movimento do espermatozoide
 
-
 
induz contrações peristálticas reversas para trás, no útero e 
nas tubas,
 
movendo os espermatozoides ejaculados em direção 
aos ovários 
 
?
 
Próstata
 
A próstata secreta 
líquido f
ino, leitoso
, que contém 
cálcio, íon 
citrato, uma enzima de coagulação e uma pró
-
fibrinolisina
. Duran-
te a emissão, a próstata se contrai simultaneamente com as 
contrações do canal deferente, 
de modo que o líquido fino e 
opaco da próstata seja adicionado ao
 
sêmen. 
 
A 
leve alcalinidade
 
característica do líquido prostático pode ser 
muito importante para a fertilização bem sucedida do óvulo, uma 
vez que o 
líquido do canal deferente é relativamente ácido
, possi-
bilitando a presença de ácido cítrico e de produtos 
do metabolis-
mo do espermatozoide e, em consequência, auxiliando a 
inibir a 
fertilidade do espermatozoide
. As 
secreções vaginais femininas 
também são ácidas
 
(pH de 3,5 a 4). O espermatozoide não adqui-
re a mobilidade necessária até que o pH dos líquidos que 
o envol-
vem atinjam valores de, aproximadamente, 6,0 a 6,5. Consequen-
temente, é provável que o 
líquido prostático ligeiramente alcalino 
ajude a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais durante 
a ejaculação
, e, assim, aumente a mobilidade e fertilid
ade do 
espermatozoide. 
 
?
 
Composição final 
 
O sêmen ejaculado é composto de 
líquido e de espermazoides do
 
canal
 
deferente
 
(~10%), 
líquido das vesículas seminais
 
(~60%), 
líquido da próstata
 
(~30%) e 
pequenas quantidade de líquido das 
glândulas mucosas
, especialmente as glândulas bulbouretrais. 
Assim, a maior parte do sêmen é composta de 
líquido da vesícula 
seminal,
 
que é o último a ser ejaculado e serve para 
arrastar os 
espermatozoides ao longo do ducto ejaculatório e da uretra
. 
 
O pH médio do sêmen co
mbinado é de 
~7,5,
 
tendo o líquido pros-
tático alcalino mais do que neutralizado a ligeira acidez das outras 
partes do sêmen. O 
líquido prostático
 
dá ao sêmen a 
aparência 
leitosa
, e os 
líquidos das vesículas seminais e das glândulas muco-
sas
 
dão a 
consistênc
ia de muco
. 
 
A enzima coaguladora do líquido prostático, também faz com que 
o fibrinogênio do líquido da vesícula seminal forme 
coágulo fraco 
de fibrina
, que 
mantém o sêmen nas regiões profundas da vagi-
na,
 
onde se situa o colo uterino. O 
coágulo então é di
ssolvido nos 
próximos 15 a 30 minutos,
 
devido a sua ruptura pela fibrinolisina 
formada da pró
-
fibrinolisina prostática. 
Nos primeiros minutos 
após a ejaculação, o esperma permanece relativamente imóvel, 
talvez por causa da viscosidade do coágulo. À medida 
que o coá-
gulo se dissolve, o espermatozoide
 
fica muito móvel. 
 
?
 
Espermograma
 
Número total de espermatozoides: reflete a produção de esper-
matozoides pelos testículos e a patência do sistema de ductos 
pós
-
testiculares. 
 
Volume total de fluidos fornecidos pela
s glândulas acessórias: 
reflete a atividade secretora das glândulas.
 
A natureza dos espermatozoides (sua vitalidade, motilidade e 
morfologia) e a composição do fluido seminal também são impor-
tantes para a função espermática
. 
 
É impossível 
caracterizar a qualidade do sêmen de um homem a 
partir da avaliação de uma única amostra de sêmen. É útil exami-
nar duas ou três amostras para obter dados de linha de base
.
 
Entre 30 e 60 minutos
 
-
 
Avaliação da liquefação e aparência do sêmen. 
 
-
 
Medição do 
volume e pH do sêmen.
 
-
 
Realização de uma preparação úmida para avaliar a aparência 
microscópica, a motilidade dos espermatozoides e a diluição ne-
cessária para avaliar o número de espermatozoides.
 
-
 
Avaliação da vitalidade dos espermatozoides (se a porcent
agem 
de células móveis é baixa). 
 
-
 
Realização de esfregaços de sêmen para avaliar a morfologia 
espermática. 
 
-
 
Realização de diluições de sêmen para avaliar a concentração 
de espermatozoides.
 
Sistema reprodutor masculino
SÊMEN 
? Vesículas seminais 
Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso revestido por epitélio 
secretor que secreta material mucoso com frutose, ácido cítrico 
e outras substâncias nutritivas, além de prostaglandinas e fibri-
nogênio. Durante o processo de emissão e de ejaculação, cada 
vesícula seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório, 
imediatamente apóso canal deferente ter despejado os esper-
matozoides. Isso aumenta o volume do sêmen ejaculado, e a fru-
tose e outras substâncias no líquido seminal têm valor nutritivo 
considerável para os espermatozoides ejaculados, até o momento 
em que um espermatozoide fertilize o óvulo. 
As prostaglandinas auxiliam na fertilização 
- reagem com o muco cervical feminino, tornando-o mais recep-
tivo ao movimento do espermatozoide 
- induz contrações peristálticas reversas para trás, no útero e 
nas tubas, movendo os espermatozoides ejaculados em direção 
aos ovários 
? Próstata 
A próstata secreta líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon 
citrato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. Duran-
te a emissão, a próstata se contrai simultaneamente com as 
contrações do canal deferente, de modo que o líquido fino e 
opaco da próstata seja adicionado ao sêmen. 
A leve alcalinidade característica do líquido prostático pode ser 
muito importante para a fertilização bem sucedida do óvulo, uma 
vez que o líquido do canal deferente é relativamente ácido, possi-
bilitando a presença de ácido cítrico e de produtos do metabolis-
mo do espermatozoide e, em consequência, auxiliando a inibir a 
fertilidade do espermatozoide. As secreções vaginais femininas 
também são ácidas (pH de 3,5 a 4). O espermatozoide não adqui-
re a mobilidade necessária até que o pH dos líquidos que o envol-
vem atinjam valores de, aproximadamente, 6,0 a 6,5. Consequen-
temente, é provável que o líquido prostático ligeiramente alcalino 
ajude a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais durante 
a ejaculação, e, assim, aumente a mobilidade e fertilidade do 
espermatozoide. 
? Composição final 
O sêmen ejaculado é composto de líquido e de espermazoides do 
canal deferente (~10%), líquido das vesículas seminais (~60%), 
líquido da próstata (~30%) e pequenas quantidade de líquido das 
glândulas mucosas, especialmente as glândulas bulbouretrais. 
Assim, a maior parte do sêmen é composta de líquido da vesícula 
seminal, que é o último a ser ejaculado e serve para arrastar os 
espermatozoides ao longo do ducto ejaculatório e da uretra. 
O pH médio do sêmen combinado é de ~7,5, tendo o líquido pros-
tático alcalino mais do que neutralizado a ligeira acidez das outras 
partes do sêmen. O líquido prostático dá ao sêmen a aparência 
leitosa, e os líquidos das vesículas seminais e das glândulas muco-
sas dão a consistência de muco. 
A enzima coaguladora do líquido prostático, também faz com que 
o fibrinogênio do líquido da vesícula seminal forme coágulo fraco 
de fibrina, que mantém o sêmen nas regiões profundas da vagi-
na, onde se situa o colo uterino. O coágulo então é dissolvido nos 
próximos 15 a 30 minutos, devido a sua ruptura pela fibrinolisina 
formada da pró-fibrinolisina prostática. Nos primeiros minutos 
após a ejaculação, o esperma permanece relativamente imóvel, 
talvez por causa da viscosidade do coágulo. À medida que o coá-
gulo se dissolve, o espermatozoide fica muito móvel. 
? Espermograma 
Número total de espermatozoides: reflete a produção de esper-
matozoides pelos testículos e a patência do sistema de ductos 
pós-testiculares. 
Volume total de fluidos fornecidos pelas glândulas acessórias: 
reflete a atividade secretora das glândulas. 
A natureza dos espermatozoides (sua vitalidade, motilidade e 
morfologia) e a composição do fluido seminal também são impor-
tantes para a função espermática. 
É impossível caracterizar a qualidade do sêmen de um homem a 
partir da avaliação de uma única amostra de sêmen. É útil exami-
nar duas ou três amostras para obter dados de linha de base. 
Entre 30 e 60 minutos 
- Avaliação da liquefação e aparência do sêmen. 
- Medição do volume e pH do sêmen. 
- Realização de uma preparação úmida para avaliar a aparência 
microscópica, a motilidade dos espermatozoides e a diluição ne-
cessária para avaliar o número de espermatozoides. 
- Avaliação da vitalidade dos espermatozoides (se a porcentagem 
de células móveis é baixa). 
- Realização de esfregaços de sêmen para avaliar a morfologia 
espermática. 
- Realização de diluições de sêmen para avaliar a concentração 
de espermatozoides.

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