Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Sistema Reprodutor Masculino ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS INTERNOS Testículos Epidídimos Ductos Deferentes Glândulas Seminais Ductos Ejaculatórios Próstata Glândulas Bulbouretrais *Os testículos e epidídimos são considerados órgãos genitais internos de acordo com sua posição no desenvolvimento embriológico e homologia com os ovários femininos, que são internos. * Gônadas: órgãos que produzem os gametas - Testículos Vias condutoras de gametas: túbulos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra. Órgão de Cópula: Pênis Glândulas anexas: Vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. GÊNESE TESTICULAR, DO CANAL INGUINAL E ESCROTO O testículo inicia sua formação entre o peritônio e a fáscia transversal na região lombar da parede abdominal posterior (retroperitoneal). O testículo primordial está ligado por uma espécie de ‘’corda fibrosa’’ a saliência labioescrotal, denominada GUBERNÁCULO. A partir da sétima semana começa a formação de uma projeção de tecido peritoneal em direção ao que será a bolsa escrotal denominada PROCESSO VAGINAL. Essa projeção pode ser entendida como se fosse um ‘’dedo de luva’’ que estivesse se formando e querendo avançar sobre a musculatura da parede abdominal. O orifício de entrada do dedo de luva seria o anel inguinal superficial. O crescimento do processo vaginal é mais rápido que a descida testicular, de modo que o processo passa se chamar CONDUTO PERITONEOVAGINAL. Como o testículo estava preso à fáscia transversal pelo gubernáculo, o testículo é tracionado anteriormente pelo conduto recém formado. À medida que o testículo é tracionado contra a parede abdominal, uma série de estruturas é levada junto com ele, constituindo as camadas do saco escrotal e do funículo espermático. o FÁSCIA TRANSVERSAL -> originou o anel inguinal superficial e continuou como FÁSCIA ESPERMÁTICA INTERNA. o MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO -> constitui o MÚSCULO CREMASTER o APONEUROSE DO MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO -> origina o anel inguinal superficial e constitui a FÁSCIA ESPERMÁTICA EXTERNA. O MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME NÃO PARTICIPA DA DESCIDA TESTICULAR O caminho originado na parede abdominal anterior é denominado CANAL INGUINAL O pedículo que une o testículo da parede abdominal até a bolsa escrotal recebe o nome de FUNÍCULO ESPERMÁTICO. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I FUNÍCULO ESPERMÁTICO O Funículo Espermático contém estruturas que entram e saem dos testículos e suspende o testículo no escroto. Começa no ANEL INGUINAL PROFUNDO, lateral aos vasos epigástricos inferiores; atravessa o CANAL INGUINAL; sai no ANEL INGUINAL SUPERFICIAL; termina no ESCROTO. 1. REVESTIMENTO FACIAIS: São derivados da parede abdominal anterolateral, uma vez que a decídua dos testículos que estavam no retroperitônio “carrega” as estruturas que revestem a parede abdominal junto no momento em que os testículos atravessam-na. FÁSCIA ESPERMÁTICA EXTERNA: derivada do Músculo Oblíquo Externo; FÁSCIA CREMASTÉRICA: derivada do músculo Oblíquo Interno do Abdome; FÁSCIA ESPERMÁTICA INTERNA: derivada da fáscia transversal; VESTÍGIOS DO PROCESSO VAGINAL: filamento fibroso, pode não ser detectável. 2. CONSTITUINTES DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO: DUCTO DEFERENTE: ARTÉRIA TESTICULAR: (origem na Aorta e irriga o testículo e epidídimo); ARTÉRIA DO DUCTO DEFERENTE: (originada na Artéria Vesical Inferior); ARTÉRIA CREMASTÉRICA: (originada na Artéria Epigástrica Inferior); PLEXO VENOSO PAMPINIFORME: (formam as Veias Testiculares Direita e Esquerda); FIBRAS NERVOSAS SIMPÁTICAS; RAMO GENITAL DO NERVO GENITOFEMORAL: (supre o Músculo Cremáster); VASOS LINFÁTICOS: (drenam o testículo). ESCROTO É um saco cutâneo que abriga os testículos. Seu desenvolvimento está intimamente relacionado com a decídua dos testículos e a formação do canal inguinal. 1. ESTRATIGRAFIA: PELE: intensamente pigmentada TÚNICA DARTOS: tela subcutânea formada por uma lâmina fascial sem gordura + fibras musculares lisas (MÚSCULO DARTOS) -> responsável pela aparência rugosa do escroto. SEPTO DO ESCROTO RAFE DO ESCROTO FÁSCIA ESPERMÁTICA EXTERNA: derivada do músculo oblíquo externo FÁSCIA CREMASTÉRICA: derivada do músculo oblíquo interno PEDRO SANTOS – ANATOMIA I FÁSCIA ESPERMÁTICA INTERNA: derivada da fáscia transversalis TÚNICA VAGINAL: saco peritoneal fechado que circunda parcialmente os testículos. É derivado do Processo Vaginal embrionário. Possui duas lâminas LÂMINA VISCERAL: cobre as superfície dos testículos, exceto no local de fixação ao epidídimo e ao funículo espermático. LÂMINA PARIETAL: aderida à fáscia espermática interna. Entre as lâminas visceral e parietal contém uma pequena quantidade de líquido na cavidade da túnica vaginal, permitindo o livre movimento do testículo no escroto. O escroto é dividido: INTERNAMENTE: SEPTO DO ESCROTO, continuação da túnica dartos que se fixa na base do pênis, dividindo o escroto em compartimentos direito e esquerdo, cada um com 1 testículo. EXTERNAMENTE: RAFE DO ESCROTO, uma crista cutânea que delimita o septo do escroto externamente. O Músculo Cremaster, juntamente com o Músculo Dartos, atua em resposta ao frio, tracionando o testículo para cima do escroto. Em um ambiente aquecido, como durante um banho quente, o Músculo Cremáster relaxa e o testículo desce no escroto. Esses movimentos são tentativas de regular a temperatura do testículo para a espermatogênese (formação dos espermatozoides), que requer uma temperatura constante de aproximadamente 1º grau abaixo da temperatura corporal, ou durante a atividade sexual, como resposta de proteção. *A túnica dartos é contínua anteriormente com a Fáscia de Scarpa (extrato membranáceo da tela subcutânea do abdome) e posteriormente com a Fáscia de Colles (camada membranácea da tela subcutânea do períneo).* TESTÍCULOS Os testículos são as gônadas masculinas – pares - Produzem espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente testosterona. Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se mais baixo que o direito. O testículo possui uma superfície externa fibrosa e resistente, formada pela TÚNICA ALBUGÍNEA. Esta emite SÉPTULOS no parênquima testicular em direção ao MEDIASTINO TESTICULAR, dividindo-o em LÓBULOS. Parênquima é formado pelos TÚBULOS SEMINÍFEROS que se reúnem no MEDIASTINO TESTICULAR (HILO) formando a REDE DO TESTICULO, que origina os DÚCTULOS EFERENTES DO TESTÍCULO que se reúnem para formar o EPIDÍDIMO. 1.1. IRRIGAÇÃO TESTICULAR Os testículos são irrigados pelas ARTÉRIAS TESTICULARES. É originado da AORTA PEDRO SANTOS – ANATOMIA I DESCENDENTE ABDOMINAL, logo abaixo das artérias renais. Eles cruzam sobre os ureteres e as partes inferiores das artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos. Entram nos canais inguinais através dos anéis profundos, atravessam os canais, saem deles através dos anéis inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos para irrigar os testículos. A artéria testicular, pode anastomosar com a ARTÉRIA DO DUCTO DEFERENTE. 1.2. DRENAGEM TESTICULAR A drenagem dos testículos é feita por um conjunto de 8-12 veias que formam o PLEXO VENOSO PAMPINIFORME. As veias de cada lado do plexo pampiniforme formam a VEIA TESTICULAR DIREITA, que desemboca na VEIA CAVA INFERIOR (VCI), e uma VEIA TESTICULAR ESQUERDA, que desemboca na VEIA RENAL ESQUERDA. RESUMO: VEIA TESTICULAR DIREITA -> VEIA CAVA INFERIOR VEIA TESTICULAR ESQUERDA -> VEIA RENAL ESQUERDA. 2. CONTEÚDODO TESTÍCULO Detalhes estruturais internos do testículo. CÉLULAS DE LEYDIG: participam da produção de testosterona CÉLULAS DE SERTOLI: participam da produção de espermatozoide o Secretam hormônio Anti-Mulleriano: ocasiona a regressão do desenvolvimento da genitália feminina durante a embriogênese. Contém túbulos seminíferos contorcidos pequenos, muito espiralados, onde são produzidos os espermatozoides. Os túbulos seminíferos contorcidos são unidos por túbulos seminíferos retos à rede do testículo. EPIDÍDIMO É uma estrutura alongada na face posterior do testículo. Armazena e amadurece os espermatozoides recém formados para serem conduzidos. Possui o Ducto Do Epidídimo que é contínuo com o Ducto Deferente. O Epidídimo é dividido em: CABEÇA DO EPIDÍDIMO: parte superior CORPO DO EPIDÍDIMO: intermediária CAUDA DO EPIDÍDIMO: parte mais inferior que é contínua com o Ducto Deferente, o ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra durante a ejaculação. DUCTO DEFERENTE É o principal componente do funículo espermático. O Ducto Deferente é a continuação do Ducto do Epidídimo. Começa na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo. Penetra a parede abdominal através do CANAL INGUINAL. CRUZA SOBRE OS VASOS ILÍACOS EXTERNOS e entra na pelve. Segue ao longo da parede lateral da pelve. Passa POSTERIORMENTE À BEXIGA e à GLÂNDULA SEMINAL. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o DUCTO EJACULATÓRIO. Antes de unir ao ducto ejaculatório, o ducto deferente aumenta de tamanho, dilata-se, para formar a AMPOLA DO DUCTO DEFERENTE. GLÂNDULAS (VESÍCULAS) SEMINAIS Estrutura alongada situada entre o fundo da bexiga e o reto. POSIÇÃO OBLÍQUA, SUPERIORMENTE À PRÓSTATA. Secretam um líquido alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. EXTREMIDADE INFERIOR INTIMAMENTE RELACIONADA COM O RETO – separada apenas pelo SEPTO RETOVESICAL. Porção SUPERIOR É RECOBERTA POR PERITÔNIO e situa-se POSTERIORMENTE AOS URETERES, onde são separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical. O Ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. DUCTOS EJACULATÓRIOS DUCTOS DAS GLÂNDULAS SEMINAIS + DUCTO DEFERENTE = DUCTOS EJACULATÓRIOS Possuem aproximadamente 2,5 cm de comprimento. Originam-se perto do colo da bexiga -> seguem juntos anteroinferiormente -> penetram a parte posterior da próstata. Convergem para se abrir no COLÍCULO SEMINAL por meio de aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo prostático ou dentro da abertura. PRÓSTATA Maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino. Parte glandular e parte músculo fibrosa. Possui aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de profundidade anteroposterior. Produz uma secreção fina e leitosa, aprox. 20% do volume do sêmen, que participa da ativação dos espermatozoides. DUCTOS PRÓSTÁTICOS: abrem-se nos SEIOS PROSTÁTICOS SITUADOS DE CADA LADO DO COLÍCULO SEMINAL na parede posterior da uretra prostática. Divisão Anatômica, apresenta 4 faces principais: BASE: em cima, próximo do colo da bexiga; ÁPICE: em baixo próximo do músculo esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo; FACE ANTERIOR: Fibromuscular, separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal. FACE POSTERIOR: relacionada com a ampola do reto; FACES INFEROLATERAIS: Relacionadas com o M. Levantador do ânus. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I Dividida em 3 zonas principais pelos urologistas e ultrassonografistas: PERIFÉRICA: Palpável no exame retal, neoplásica, na zona glandular, posterior. Pacientes com neoplasias de próstatas não apresentam sintomas urinários pq está mais afastado da uretra, por isso é recomendado o exame de rastreio. TRANSIÇÃO: Hiperplasia Benigna. Comprime diretamente a uretra, por isso o paciente apresenta mais sintomas urinários. CENTRAL: Prostatites, local de inflamações, em contato com a uretra prostática; Curiosidade: PROCTOPROSTATECTOMIA - cirurgia de reto baixo que retira até a próstata Paciente que faz uma prostatectomia perde praticamente toda quantidade de líquido (sêmen) durante a ejaculação, é esterilizado, por causa do corte no ducto deferente, retira-se a vesícula seminal, a próstata, e só permanece o conteúdo das glândulas bulbouretrais. GLÂNDULAS BULBOURETRAIS Também chamadas de Glândulas de Cowper. Duas glândulas do tamanho de ervilha, análogas a glândulas vestibulares femininas. Situam-se posterolateralmente a uretra membranácea. Inseridas no MÚSCULO ESFÍNCTER EXTERNO DA URETRA. Secretam uma secreção mucosa durante a excitação. Os ductos das GLÂNDULAS BULBOURETRAIS atravessam a membrana do períneo com a uretra e se desembocam na uretra esponjosa, no BULBO DO PÊNIS. *Estão dentro do músculo transverso profundo do períneo. * DÉCIO URETRA Inicia na bexiga, no ÓSTIO INTERNO DA URETRA, passa pela próstata, atravessa o espaço profundo do períneo, raiz do pênis, corpo do pênis, ÓSTIO EXTERNO DA URETRA. URETRA INTRAMURAL: Pré-prostática, 1 cm, se estende da base da bexiga até a próstata. Está associada ao MÚSCULO ESFÍNCTER INTERNO DA URETRA (M. LISO - INVOLUNTÁRIO) URETRA PROSTÁTICA: 3-4 cm, dentro da próstata URETRA MEMBRANÁCEA: atravessa o diafragma pélvico, pelo espaço profundo do períneo, nesse espaço é envolvida tanto nos homens quanto nas mulheres pelo MÚSCULO ESFINCTER EXTERNO DA URETRA (M. ESQUELÉTICO VOLUNTÁRIO) URETRA ESPONJOSA: dentro do corpo esponjoso do pênis, há os óstios das glândulas bulbouretrais. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I FOSSA NAVICULAR: dilatação na porção final da uretra, acompanha a dilatação da glande esponjosa, em relação ao corpo esponjoso anteriormente. PÊNIS Órgão da cópula, conduz a uretra fornecendo saída comum para a urina e para o sêmen. É formado por 3 corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: 2 CORPOS CAVERNOSOS (DORSAL): possuem um revestimento fibroso externo: TÚNICA ALBUGÍNEA 1 CORPO ESPONJOSO (VENTRAL): contém a parte esponjosa da uretra. FÁSCIA DO PÊNIS: Continuação da fáscia profunda do períneo que forma um revestimento membranáceo forte dos corpos cavernosos e corpo esponjoso, unindo-os. O pênis apresenta 3 partes: RAIZ DO PÊNIS: parte fixa formada pelos ramos e bulbo. Localizado no ESPAÇO SUPERFICIAL DO PERÍNEO. CORPO DO PÊNIS: parte suspensa da sínfise púbica. Não possui músculos GLANDE DO PÊNIS: ou cabeça do pênis, dilatação do corpo esponjoso na parte distal do pênis, onde se encontra o ÓSTIO EXTERNO DA URETRA. No colo da GLANDE DO PÊNIS, a pele e a fáscia se prolongam como uma dupla camada formando o PREPÚCIO DO PÊNIS. FRÊNULO DO PREPÚCIO: Prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a parte uretral da glande do pênis. Posição anatômica, o pênis está ereto. Curiosidade: Priapismo, paciente que possui anemia falciforme tem tendência de formar plugs de hemácia, e aí a hemácia pode entupir a veia que drena o sangue, nesse caso, a irrigação arterial continua, porém, a drenagem não funciona, então o paciente tem uma ereção por não excitação. Chega na emergência com o pênis ereto. Dor significativa, absurda, emergência da anemia falciforme. Drenagem com agulha calibrosa no corpo cavernoso. Prótese sintética é no corpo cavernoso. Destrói o corpo cavernoso, e introduz a prótese, prótese que fica sempre ereto ou prótese que insufla. CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICASESTERELIZAÇÃO MASCULINA DEFERENTECTOMIA, mais conhecido como VASECTOMIA. Parte do ducto deferente é ligada e/ou excisada por meio de uma incisão na parte superior do escroto. O líquido ejaculado subsequentemente das glândulas seminais, próstata e glandulas bulbouretrais não contém espermatozoides. Os espermatozoides não expelidos degeneram no epidídimo e na parte próxima do ducto deferente. REVERSÃO DA DEFERENTECTOMIA: as extremidades dos ductos deferentes seccionados são reunidos. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I CRIPTORQUIDIA Falha na migração dos testículos. O testículo não desce após a vida uterina. O testículo não descido geralmente está em algum ponto ao longo do trajeto normal de sua descida pré-natal, na maioria das vezes no canal inguinal. Cerca de 95% das falhas de migração dos testículos são unilaterais. Há uma grande chance de aumento de risco de CA no testículo que não desceu, ainda mais problemático porque não é palpável e geralmente só é detectável quando em estágio mais avançado. Como o testículo necessita de temperaturas mais baixas para manter a fertilidade, a criptorquidia é normalmente corrigida na infância. Importância do Exame Físico Pediátrico. TRÍGONO INGUINAL (TRIÂNGULO DE HASSELBACH) É a porção mais frágil da parede abdominal na região inguinal. Local mais comum de ocorrer as hérnias inguinais diretas. LIMITE LATERAL: VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES, que separam do anel inguinal profundo LIMITE MEDIAL: borda lateral do MÚSCULO RETO DO ABDOME BASE: formada pelo LIGAMENTO INGUINAL HÉRNIAS INGUINAIS A Hérnia Inguinal é uma protusão do peritônio parietal e das vísceras, como o intestino delgado, através de uma abertura normal ou anormal da cavidade a que pertencem. Abertura através de uma parte enfraquecida da parede abdominal na região inguinal. Ocorre em ambos os sexos, mas cerca de 86% dos casos ocorre nos homens, por causa da passagem do funículo espermático através do canal inguinal. A maioria das hérnias pode ser recolocada em seu lugar normal na cavidade peritoneal por manipulação apropriada. As hérnias inguinais podem ser DIRETAS (ADQUIRIDA) ou INDIRETAS (CONGÊNITAS). 4.1 DIRETAS: FATORES PREDISPOTENTES: Fraqueza da parede anterior do abdome no trígono inguinal (p.ex., devido a distensão do anel inguinal superficial, enfraquecimento da aponeurose em homens > 40 anos de idade. (Aponeurose: membrana esbranquiçada que cobre toda a superfície anterior da parede do abdome). TRAJETO: Atravessa ou passa ao redor do canal inguinal, geralmente atravessando apenas o terço medial do canal, externa e paralelamente ao vestígio do processo vaginal. SAÍDA DA PAREDE ANTERIOR DO ABDOME: Através do anel superficial, lateral ao funículo; raramente entra no escroto. 4.2 INDIRETAS: FATORES PREDISPOTENTES: Perviedade/permeabilidade do processo vaginal em pessoas jovens, na grande maioria homens. TRAJETO: Atravessa o canal inguinal (todo o canal se tiver tamanho suficiente) no processo vaginal. PEDRO SANTOS – ANATOMIA I SAÍDA DA PAREDE ANTERIOR DO ABDOME: Através do anel superficial dentro do funículo, comumente penetrando no escroto. MANOBRA DE VALSALVA: (aumenta-se a pressão abdominal assoprando no dorso das mãos ou pedindo para que o paciente realize uma tosse) contribui para um possível diagnóstico de hérnia inguinal. HIDROCELE É a presença de líquido em excesso entre as lâminas da túnica vaginal (Lâmina Parietal + Lâmina Visceral). Esse acúmulo de líquido resulta de uma secreção anormal de líquido seroso pela lâmina visceral da túnica vaginal. Congênita: persistência do conduto peritônio- vaginal Adquirida: Trauma, orquite. HIDROCELE DO TESTÍCULO: limitada ao escroto e distende a túnica vaginal. HIDROCELE DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO: É limitada ao funículo espermático e distende a parte persistente do pedículo do processo vaginal. DIAGNÓSTICO: Transiluminação, um procedimento em que se incide uma forte luz sobre a parede do escroto aumentado, em um ambiente escuro. A transmissão de luz como uma cor vermelha indica excesso de líquido seroso no escroto. VARICOCELE Dilatação do plexo venoso pampiniforme – veias responsáveis pela drenagem do testículo. Geralmente só é visível quando o paciente está de pé ou fazendo força. O aumento tende a desaparecer quando o indivíduo deita em decúbito dorsal, permitindo o esvaziamento das veias pela ação da gravidade. CAUSAS: Defeito nas válvulas da veia testicular, problemas renais ou da veia renal. A varicocele ocorre predominantemente no lado esquerdo, provavelmente porque o ângulo agudo que a veia forma ao entrar na VCI é mais favorável ao fluxo do que o ângulo de quase 90º com que a veia testicular esquerda entra na veia renal esquerda, tornando-a mais suscetível a obstrução ou inversão do fluxo. SINTOMATOLOGIA: Dor testicular TRATAMENTO: Cirúrgico - VARICOCELECTOMIA HIPOSPÁDIA E EPISPÁDIA Anomalia congênita do pênis. o EPI - PARA CIMA o HIPO - PARA BAIXO PEDRO SANTOS – ANATOMIA I HIPOSPADIA GLANDULAR: o óstio externo da uretra está na face ventral do pênis HIPOSPADIA PENIANA: o óstio está no corpo do pênis. HIPOSPADIA ESCROTAIS: no períneo. TRATAMENTO - cirúrgico, reimplante da uretra em seu local anatômico. DOENÇAS DA PRÓSTATA HIPERPLASIA BENIGNA DA RÓSTATA - aumento da glândula, pode levar a sintomas urinários, (LUTS) e até retenção urinária. PROSTATITE - Infecção bacteriana da próstata CA DE PRÓSTATA - Ca mais prevalente em homens Toque Retal – avalia tamanho e presença de nódulos PSA - Antígeno Prostático Específico - impedir a coagulação do sêmen - melhor marcador de CA conhecido. DOENÇA DE PEYRONIE Fibrose cicatricial dos corpos cavernosos. Na parte da fibrose não recebe sangue, e quando ocorre a ereção a parte fibrosa se curva. RESULTADO: Curvatura do pênis. SINTOMA: pênis torto, dificuldade para penetração. FIMOSE Fimose – estreitamento do prepúcio, fibrose do prepúcio, com dificuldade de expor a glande do pênis. TRATAMENTO - ressecção do prepúcio. (CIRURGIA POSTECTOMIA)
Compartilhar