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PSICOPATOLOGIAS: NEUROSES, PSICOSES, RETARDO MENTAL & AUTISMO Saúde Mental Profª Esp. Lígia Araújo PSICOPATOLOGIAS Neuroses ➢Rearranjo da realidade – protege o sujeito do fragmento ameaçador; ➢Ruptura com a realidade interna; ➢Não traz satisfação completa; ➢Não há solução satisfatória; ➢Tarefa mal sucedida. Psicoses ➢Substituição da realidade; ➢Ruptura com a realidade externa; ➢Não traz satisfação completa; ➢A realidade não é satisfatória; ➢Tarefa mal sucedida. Conceitos Síndrome Distúrbio Transtorno Doença ALGUNS CONCEITOS – QUADROS CRÔNICOS Processo → refere-se a transformação lenta e insidiosa da personalidade, decorrente de manifestações psíquicas que mostram-se incompreensíveis ao usuário. Há rompimento da continuidade e da personalidade da pessoa. Ex.: esquizofrenia. Desenvolvimento → evolução de uma patologia psiquicamente compreensível para o sujeito. Há manutenção do sentido ao longo da vida do paciente. Ex.: depressão. ALGUNS CONCEITOS – QUADROS AGUDOS Crise → observa-se o surgimento e remissão abrupta dos sintomas, durando minutos ou horas, seguido da remissão. Ex.: crise epilética, ataque de pânico, crise de agitação psicomotora. Episódio → dura de dias a semanas, podendo também haver remissão; Reação vivencial → fenômeno psíquico compreensível a quem é acometido por ele, pode haver sintomas fóbicos, ansiogênicos, depressivos, paranoides, a subjetividade retorna ao normal após havendo recuperação. Ex.: perda do emprego, morte de alguém próximo, término de relacionamento. Fase → designa principalmente os episódios de mania, de baixa de humor nos quadros afetivos, pode haver incompreensibilidade em relação ao sujeito. Surto → surgimento abrupto com fortes traços incompreensíveis e tende a produzir sequelas a personalidade e cognição. ALTERAÇÕES DAS FUNÇÕES PSÍQUICAS 1. Consciência; 2. Estado Cognitivo – atenção, orientação, memória e inteligência; 3. Linguagem; 4. Afetividade / Vontade; 5. Psicomotricidade; 6. O pensamento; 7. A personalidade; 8. Sensopercepção; 9. Vivência do EU & Alterações do Self 1. CONSCIÊNCIA – ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS Sono normal – ocorre de forma cíclica, sendo essencial para a manutenção da saúde psíquica. Divide-se em 2 fases: sono sincronizado e dessincronizado; sono sincronizado – SONO NÃO-REM – caracteriza-se pela atividade elétrica cerebral síncrona, ondas elétricas lentas e de grande amplitude. Divide-se em 4 estágios: Estágio 1 – sono leve e superficial, 2-5% do tempo total do sono; Estágio 2 – sono menos superficial, 45-55% do tempo total de sono; Estágio 3 – sono mais profundo, traçado lento, 3-8% do tempo total do sono; Estágio 4 – parte mais profunda do sono, traçado lento, 10-15% do tempo total de sono. É difícil despertar alguém no estágio 3 e 4. Sono dessincronizado - SONO- REM – movimentos oculares rápidos, peculiar ao estágio 1, porém não é sono leve, corresponde de 20-25% do tempo total de sono; Há relaxamento muscular profundo e generalizado e 60 -90% dos sonhos ocorre neste período, se o individuo for despertado, relata o que estava sonhando 1. CONSCIÊNCIA – ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS ▪As fases Não REM e REM se repetem de forma cíclica durante o sono; ▪O sonho – fenômeno associado ao sono é considerado normal e está associado a consciência; ▪Os sonhos são vivencias predominantemente visuais, raramente há ocorrência de percepções auditivas, olfativas ou táteis. É extremamente rico e revelador de desejos e temores, ainda que de forma indireta e inconsciente; ▪Freud → o conteúdo do sonho tem um sentido ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA CONSCIÊNCIA Coma; Turvação da consciência; Estupor; Confusão; Transe; Estado hipnótico; Experiência de quase morte (EQM). DELÍRIO/ DELIRIUM E ALUCINAÇÃO Delírio É algo que poderá ocorre na realidade, porém o delirante ele deforma do pensamento, manifestação importante das psicoses, comum a esquizofrenia, transtorno bipolar, , abuso de drogas. Ex.: vozes de comando, pode está acompanhada da alucinação; Delirium Quadro sindrômico de ideias mórbidas com alteração do juízo, desorientação temporoespacial, agitação ou lentificação psicomotora, dificuldade de concentração, ansiedade em graus variáveis, comum em idosos; Delirium tremens – dependentes químicos em abstinência. Ocorre tremores, convulsões, alterações cardíacas e até alucinações Alucinação – mecanismo semelhante ao delírio, porém com experiências irreais. Ex.: elefante rosa DISTÚRBIOS DO SONO Insônia – é definida como dificuldade em iniciar ou manter o sono, com despertares intermitentes durante o sono, torna-se um círculo vicioso, a pessoa fica angustiada pela incapacidade de dormir e esse estresse adicional por sua vez gera a insônia. Pode está associado a ansiedade e depressão, problemas de concentração e atenção; Hipersonia – é definida coo sonolência excessiva, ou busca por uma quantidade excessiva de sono, interfere na concentração, atenção, memória e produtividade. Pode associar-se a desorganização social e familiar, pode está ligada a depressão; Narcolepsia – distúrbio semelhante a hipersonia, ambas produzem sonolência excessiva, principal característica são os ataques de sono, o indivíduo não consegue evitar de pegar no sono; Parassonias – comportamentos fora do comum ou indesejáveis que ocorrem durante o sono que incluem: distúrbios de pesadelos, distúrbio de terror noturno e sonambulismo. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC http://belezaesaude.com/insonia/ https://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/ DISTÚRBIOS DO SONO Distúrbios de Pesadelos – ocorrência repetida de sonhos assustadores, que interfere no funcionamento social ou ocupacional; Distúrbio de terror noturno – incluem despertar abruptamente com grito ou choro forte. É difícil tranquilizar o portador desse distúrbio, que mostra-se desorientado, com sentimento de medo intenso, mas não consegue recordar- se do conteúdo do sonho; Sonambulismo – execução de atividade motora iniciada durante o sono, em que o indivíduo pode sair da cama, andar em volta, vestir-se, ir ao banheiro, falar, gritar ou até mesmo dirigir, pode durar de minutos a meia hora, com grande frequência a pessoa retorna a cama, sem nenhuma recordação do evento ao despertar; Distúrbio do ritmo circadiano – comuns em indivíduos que trabalham em turnos diversificados e apresentam mudanças rápidas e repetidas de seus horários habituais. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://cronicasdeumaleitora.blogspot.com/2014/10/pesadelo-em-elm-street-especial.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Distúrbio do padrão de sono; Risco de lesão 2. ALTERAÇÕES DO ESTADO COGNITIVO 2.1 – Orientação; 2.2 – Atenção; 2.3 – Memória; 2.4 - Inteligência 2.1 – ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO Pessoa Ambiente 2.1 - ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO Desorientação torporosa ou confusa- influenciada pela redução do nível de consciência, acarretando a dificuldade de síntese perceptiva, ocorre em casos de obnubilação da consciência quanto em relação aos delírios e alucinações; Desorientação amnéstica – decorrente do déficit de memória, a pessoa mostra-se incapaz de fixar acontecimentos; Desorientação demencial → comum em idosos; agnosia – incapacidade de reconhecer objetos; Desorientação apática – decorre de uma marcante alteração de humor e da vontade, gerando desinteresse profundo e apatia. Ocorre nas depressões graves e melancolia; Desorientação delirante – profundo estado delirante, com ideias delirantes muito intensa, apesar da completa consciência, comum na esquizofrenia; 2.1 - ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO Desorientação oligofrênica – ocorre em circunstâncias de graves déficits intelectuais, onde há incapacidade de reconhecer e interpretar normas sociais; Desorientação por dissociação – ocorre em quadros histéricos; Desorientação por desagregação – ocorre na esquizofrenia, onde também há vivência de despersonalização;Estados depressivos e fóbicos – na depressão há alargamento ou estreitamento da vivência espacial e na fobia há estranhamento com certas regiões do ambiente; Alterações do tempo – do tempo subjetivo e material Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA https://en.wikipedia.org/wiki/Formula_One_drivers_from_Spain https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ 2.2 – ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO Hipoprosexia; aprosexia; hiperprosexia; Distração seguida de procrastinação; Corpo hiperativo; impulsividade; Impaciência; Capacidade de realizar múltiplas tarefas; Dificuldade em seguir regras e comandos; Síndrome do pensamento acelerado; 2.2 – ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO Perda da capacidade de vigilância e reflexão; TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Sinais e sintomas: Déficit de Atenção/Hiperatividade interfere na habilidade da pessoa de manter a atenção, especialmente em tarefas repetitivas, de controlar adequadamente as emoções e o nível de atividade e na habilidade de controle e inibição da impulsividade. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://penayalegria.blogspot.com/2015/04/mi-gran-biblioteca-sobre-tdah-ante-todo.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ DESATENÇÃO TRÍADE DE SINTOMAS TDAH ▪Dificuldade de filtrar estímulos, incapazes de ficarem quietas, não param para olhar ou ouvir; ▪As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarradas às pessoas; ▪Pode apresentar dificuldade em distinguir direita de esquerda; ▪Dificuldade de orientar-se no espaço; ▪Não aceitação de limites; ▪Dificuldade em respeitar autoridade – responde aos pais e professores; ▪Dificuldade em concentrar-se nas aulas; ▪Dificuldade em completar tarefas; ▪Em geral é desorganizada. 2.3 – ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA Alterações quantitativas Hipermnésia – aumento da capacidade de reter a memória; Hipomnésia – diminuição da memória Amnésia – ausência da capacidade de memorização Alterações do tempo Anterógrada – perda da capacidade de fixação após o evento Retrógrada – anterior ao adoecimento Mista – TCE é habitual amnésias retroanterógradas 2.3 – ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA Ilusões mnêmicas - Acréscimo de elementos falsos ao conteúdo verdadeiro Alucinações – Esquizofrenia Fabulações ou confabulações Criptomnésias – o paciente não reconhece suas próprias memórias Ecmnésia – iminência da morte Lembrança obsessiva ou ideia fixa prevalente – a memória surge e não pode ser afastada voluntariamente Agnosia –incapacidade de identificar os objetos pelo sensório 2.3 – ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA Déjá vu Jamais vu RETENÇÃO = REPETIÇÃO E/OU ASSOCIAÇÃO A fixação depende: consciência, atenção, sensopercepção, interesse, vontade, afetividade, conhecimento anterior e inteligência Esquecer é selecionar Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA https://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3rias,_Cr%C3%B4nicas_e_Declara%C3%A7%C3%B5es_de_Amor https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ 2.4 – ALTERAÇÕES DA INTELIGÊNCIA Binet → Quoeficiente de Inteligência (QI); Escalas Wechler → Nível de desempenho intelectual CLASSIFICAÇÃO DE QI •QI acima de 140: genialidade; •121 – 140: inteligência muito acima da média; •110 – 120: inteligência acima da média •90 – 109: inteligência normal ou média; •80 – 89: EMBOTAMENTO •70 – 79: limítrofe; •50 – 69: Raciocínio lento ou retardo mental LEWIS TERMAN RETARDO MENTAL A OMS recomenda a denominação Retardo mental a indivíduos com subnormalidade mental que apresentam déficit de intelecto com QI (Coeficiente de Inteligência ) inferior a 70; QI= IM/IC x 100; IM → idade mental IC → idade cronológica Média QI =100 CLASSIFICAÇÃO DO RETARDO MENTAL LEVE – QI 69 a 55 MODERADO – QI 54 a 40 GRAVE – QI 39 a 25 PROFUNDO – QI abaixo de 25 SINAIS E SINTOMAS DE RETARDO MENTAL Caracteriza-se por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto na adaptação, expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas. A Deficiência Intelectual determina limitações significativas em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais, responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio comportamento e organização em tarefas escolares e profissionais. Comunicação Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, memória Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das experiências alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e autorregulação) 3. ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM Na mania → logorreia, taquilalia, diminuição de resposta, podendo apresentar coprolalia (linguagem obscena), em razão da perda da censura; Depressão → oligolalia, mutismo, bradilalia, hipofonia, aumento do período de resposta; Esquizofrenia → taquilalia, mutismo, incoerência; Demência → pode haver afasia, ecolalia e parafrasia; Transtornos dissociativos → mutismo, glossolalia; 4. AFETIVIDADE E SUAS ALTERAÇÕES Humor; Afeto; Emoções; Paixões; Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA http://nunesjanilton.blogspot.com/2012/02/amor-e-odio.html https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ 4.ALTERAÇÕES DA AFETIVIDADE Apatia – diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva; Hipomodulação do afeto – diminuição da modulação afetiva esperada em determinada situação existencial, com pobreza ou empobrecimento dos sentimentos; Ambivalência afetiva- apresentação simultânea de sentimentos contraditórios sobre um mesmo objeto ou situação. Amor e ódio simultâneos sem que um anule o outro. 4.ALTERAÇÕES DA AFETIVIDADE Indiferença ou frieza afetiva - falta ou perda da capacidade de produção de respostas emocionais. Sinais e Sintomas: Não manifestam sentimentos pelos outros, não sentem afetos como amor, podem ser brutos, sem culpa ou remorso → psicopatia, personalidades antissociais, dependentes de heroína, dependentes de álcool com lesão cerebral. Embotamento afetivo - ausência total ou parcial de sinais de expressão emocional. Alexitimia- dificuldade para expressar os sentimentos com palavras. Aprosódia- dificuldade para expressar linguagem com tonalidade emocional. 4. ALTERAÇÕES DA AFETIVIDADE Paratimia ou afetos inadequados - Incongruência Afetiva. Ex.:Chorar e lamentar-se ao receber uma boa notícia. Rigidez Afetiva- perda da capacidade para modular e mudar as emoções. Labilidade Afetiva- emoções e estados de ânimo se modificam constantemente com ou sem a influência dos estímulos externos. Ex.:Ri, chora, irritado, chora, ri... Incontinência Afetiva - falta de controle sobre as emoções, que surgem de modo brusco e exagerado, diante de pequenos estímulos, sem que se possa controlar. FASES DO LUTO 4.1 TRANSTORNOS DEPRESSIVOS Tristeza Normal Depressão Menos intensa Mais intensa Menos duradoura Mais duradoura Reage a estímulos positivos Não reage a estímulos positivos Prejuízo funcional limitado Prejuízo funcional Melhora com o tempo Piora com o tempo Tem fator causal Sem fator causal necessariamente Sem lentificação psicomotora Lentificação Psicomotora FATORES AGRAVANTES NA DEPRESSÃO Presença de psicose Ideação suicida Gravidade dos sintomas Cronicidade dos sintomas Presença de comorbidades Ausência de resposta a tratamentos prévios Melhor encaminhar ao psiquiatra! 4.2 – ANSIEDADE Apreensão, intranquilidade, incerteza ou medo decorrente de uma ameaça real ou imaginária, cuja origem efetiva não é conhecida ou não é reconhecida;Um estado ansioso pode ser considerado normal ou patológico, sendo que tal diferenciação depende do julgamento de quem avalia. A diferenciação entre normal e patológico é bastante importante - apenas a última tem indicação terapêutica ANSIEDADE • É uma apreensão difusa, subjetiva e vaga associada a sentimentos de incerteza e desesperança. • É distinta do medo - apreensão intelectual do perigo. • A capacidade de ficar ansioso é necessária para a sobrevida, mas os níveis graves de ansiedade são incompatíveis com a vida. 4.2.1- ANSIEDADE BRANDA • Associada à tensão - torna a pessoa alerta, aumentando seu campo de percepção. • Aumento da vigilância, maior capacidade de aprender, melhor controle do estresse, resolução de problemas maximizada. • Pode motivar o aprendizado, produz o crescimento e a criatividade. 4.2.2 – ANSIEDADE MODERADA Permite que uma pessoa focalize as preocupações imediatas e bloqueie a periferia. Capacidade de focalizar interesses básicos - maior dificuldade em permanecer atento, em conseguir aprender, desatenção seletiva. Ex: a pessoa experimenta desatenção seletiva - focaliza um detalhe específico e não pensa sobre qualquer outra coisa. A pessoa precisa de muita orientação para focalizar qualquer outra área. 4.2.3 – ANSIEDADE GRAVE Reduz muito o campo de percepção de uma pessoa Incapacidade de focalizar ou resolver problemas DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Risco de lesão; Nutrição alterada: abaixo das necessidades corporais; Risco de violência autodirigida; Distúrbio da autoestima; Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA 4.3 – TRANSTORNO BIPOLAR http://www.deusaindafala.com/2015/03/25/bipolaridade/ https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ http://nunesjanilton.blogspot.com/2011/11/bipolaridade.html https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ 4.3 – TRANSTORNO BIPOLAR Há alternância entre estados depressivos e maníacos, desordem no estado mental, no humor e na energia; Pode levar ao suicídio rapidamente; Se desenvolve no final da adolescência para o início da fase adulta; Disúrbio Bipolar I – é clássico, neste subtipo os pacientes sofrem 1 ou mais episódios maníacos com duração de pelo menos 1 semana e quase sempre 1 ou mais episódios depressivos; Mudanças profundas no comportamento e na conduta; Pode exigir internamento 4.3 – TRANSTORNO BIPOLAR Distúrbio Bipolar II – alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania; Gêmeos e família – tendência a psipatologia; Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA http://nunesjanilton.blogspot.com/2011/11/bipolaridade.html https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ Transtorno do Espectro Autista ▪O autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento de causas neurobiológicas. As características básicas são anormalidades qualitativas e quantitativas que afetam de forma mais evidente as áreas da interação social, comunicação e comportamento. SOCIALIZAÇÃO TEA INTERAÇÃO SOCIAL Isolamento em graus variados; Não utiliza o relacionamento como fonte de segurança, conforto e alívio para a ansiedade; Não apresenta movimento antecipatório; Dificuldade de contato olho a olho; Pode apresentar rosto inexpressivo, dificultando a apreensão de suas emoções; Deficiência na capacidade de perceber sentimentos e respostas sociais dos outros, interpretando de maneira inadequada o tom de voz e a expressão facial; Dificuldade de criar vínculos de amizade e cooperação em brincadeiras de grupo; Às vezes age como se fosse surdo; Não busca aprovação do adulto; LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO Déficit na compreensão da linguagem falada; Fala pouco, e a fala não tem qualidade social e reciprocidade; Às vezes fala sem conversar; Pode ter fala ininteligível; Às vezes a fala tem uma forma estereotipada com ecolalia e inversão dos pronomes “eu-você”; Às vezes fala de forma incessante, mas com tom de voz constante, monótono ou “cantado”; Freqüentemente imita com perfeição as frases no mesmo tom de voz e ritmo de quem as pronunciou; COMPORTAMENTO Hiperatividade / Passividade; Rotinas e estereotipias (mãos, balanceio do corpo) e às vezes auto-mutilação; Brincadeiras repetitivas, pouco imaginativas e sem variedade; Os brinquedos são usados de forma pobre, sem simbolismos e sem criatividade; São raras as brincadeiras de faz-de-conta; A imitação é prejudicada (bater palminha, dar tchau, cumprimentos de forma geral); Não utiliza objetos de acordo com sua função; Pode desenvolver apego exagerado a alguns objetos; Resistência a mudanças de rotina ou de ambiente (necessidade de organização e previsibilidade dos acontecimentos); Preocupação com itinerários, horários, datas, números; É comum ter fases de preferência por determinados alimentos; Fascinação por movimento; • Preocupação com partes de objetos; • Pode estudar um tema único até saber tudo a respeito, falando incessantemente sobre o assunto. OUTRAS CARACTERÍSTICAS Pensamento concreto e literal (não entende brincadeiras, ironias, metáforas, piadas...); Dificuldade em organização e seqüência; Dificuldade em generalizar; Não tem noção de perigo; Identifica o ambiente pelos seus detalhes. 5. ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE Agitação psicomotora – hipercinesia; Lentificação psicomotora – hipocinesia; Estupor – acinesia; Catalepsia – exagero do tônus postural; Flexibilidade cérea – moldada por outra pessoa; Maneirismo – movimentos bizarros; Tiques – coordenação muscular; 6. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DO PENSAMENTO Alterações quantitativas → Bradipsiquismo: lentificação de todos os processos psíquicos; Pensamento lento; Voz monotemática; Demora a responder questões simples Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC http://blogdovladimir.wordpress.com/2010/04/18/sem-marcha-a-re/ https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/ 6. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DO PENSAMENTO Alterações quantitativas → Taquipsiquismo: caracterizado pela rapidez do pensamento e da fuga de ideias, o pensamento é tão acelerado que a linguagem e a escrita não acompanham. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY https://anaazimovas.blogspot.com/2011/02/reflexao-tempo-de-ter-tempo-de-ser.html https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO É um conjunto de sinais e sintomas caracterizado pelo intenso fluxo de pensamentos, em alta velocidade, ao qual a pessoa é submetida diariamente. Sinais ansiedade, dificuldade de concentração e atenção; Lapsos de memória; Inquietação; Impulsividade; Mudança repentina de humor; O TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões, compulsões ou ambas. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) SINAIS E SINTOMAS Os principais sinais e sintomas do TOC, consistem basicamente em duas partes, que dão nome à doença: Obsessão e Compulsão. No entanto, é comum encontrar pessoas que desenvolvam apenas um dos tipos de sintomas. TRATAMENTO Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY http://www.chiarafrancesconi.it/letture/psicoterapia/90-terapia-cognitivo-comportamentale.html https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ 6. ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO Curso – modo como flui o pensamento; Forma – modo como arquiteta-se o pensamento; Conteúdo – tema e assunto do qual trata o pensamento 6. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DO PENSAMENTO Interrupção do curso do pensamento – é o bloqueio de pensamento, consiste em uma parada abrupta no pensar, o paciente relata roubo de pensamentos; Exclusiva da esquizofrenia Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://lilleskvat.blogspot.com/2012/08/depresion-tal-vez.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ 6. ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DO PENSAMENTO Desagregação do pensamento → quebra dalógica do pensamento; Prolixidade → discurso repleto de detalhes irrelevantes, incapacidade de sintetizar o discurso; Fuga de ideias → caracteriza-se pela variação rápida e incessante, há lógica e coerência, mas o pensamento é fraco e a ideia central dissipa-se; Perseverança → recorrência exagerada e inadequada no discurso de um mesmo tema, há pouca associação; Minuciosidade → discurso com número exagerado de detalhes relevantes; Pensamento mágico → fere a lógica normal e segue fantasias e temores conscientes e inconscientes; é comum em crianças 7. ALTERAÇÕES DA PERSONALIDADE Persona – máscaras usadas para definir os personagens no teatro grego; trata-se de um rótulo descritivo de comportamento que pode ser observado; As principais alterações Grupo A – Estranhos e Excêntricos Grupo B – Dramáticos, emocionais e erráticos Grupo C – Ansiosos e Medrosos Paranóide Anti-social Esquiva Esquizóide Bordeline Dependente Esquizotípica Histriônica Narcisística 7.1 – PERSONALIDADE PARANÓIDE Apresenta padrão de desconfiança e suspeitas invasivas em relação ao outro, seus motivos são interpretados como malévolos; Começa no inicio da fase adulta, mais comum em homens que em mulheres; Interpreta significados ocultos e infundados, de caráter humilhante ou ameaçador, guarda rancores persistentes, é implacável com insultos, injúrias, deslizes; Tem suspeitas recorrentes do cônjuge ou parceiro; 7.2 – PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE Começa no início da fase adulta: Não deseja e nem gosta de relacionamentos íntimos, o que inclui a família; Gosta da solidão e do isolamento Distanciamento das relações sociais; Demonstra frieza, distanciamento e afetividade embotada 7.3 – PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA Já foram considerados esquizofrênicos latentes; Aproximadamente 3% da população é portadora dessa alteração da personalidade; Comportamento estranho e excêntrico, porém não descompensa ao nível da esquizofrenia; são distantes, isolados, apáticos, tem pensamentos mágicos, superstição, crença na clarividência, telepatia; Ao descompensar-se poderá haver pensamentos delirantes, alucinações, comportamentos bizarros, porém são breves Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY http://www.teinteresasaber.com/2012/04/diferentes-tipos-de-psicosis.html https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ 7.4 – PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL 3 vezes mais prevalente em homens que em mulheres; 5 vezes mais comum entre parentes de primeiro grau; 75% da população carcerária; Manifesta-se pela incapacidade de adaptação as normas sociais; Desrespeito e violação ao direito e espaço do outro; Não é psicopatia; Mentiras, falta às aulas, fuga de casa, furtos, brigas, abuso de drogas, atividades ilegais; Inteligência verbal Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://lenibeatriz.blogspot.com/2012/05/verdadeira-e-falsa-rebeldia-jovem.html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ 7.5 DISTÚRBIO DA PERSONALIDADE BORDELINE Caracterizado por um padrão de compotamentos intensos e caóticos, com instabilidade afetiva e variação das atitudes em relação a outras pessoa; Mais comum em mulheres; Impulsividade, medo de abandono, são autodestrutivas, pode haver automutilação, carecem de um sentido de identidade; Não toleram solidão, são imprevisíveis, podem ter comportamento de risco, aceitam estranhos facilmente Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA https://tr.wikipedia.org/wiki/Borderline https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ Lígia Realce 7.6 PERSONALIDADE HISTRIÔNICA Inicia-se na fase adulta Pessoas que se comportam de forma colorida, dramática e extrovertida; Dificuldade de manter relacionamentos profundos e duradouros; Busca constante de atenção, exagero de pensamentos e sentimentos; Ataques quando não estão sendo elogiados ou não são o centro das atenções; Precisam de aprovação e aceitação; Usam comportamento manipulador e exibicionionista, são sedutores. 7.7 – PERSONALIDADE NARCISÍSTICA Comum em filhos de pais com o transtorno – menos de 1% da população, mais vem aumentando; Exagero no sentimento autovalorização e falta de humildade; Falta empatia e são hipersensíveis a opinião de outros; Humor otimista, relaxado, jovial, senso de direitos exacerbado, relacionamentos frágeis, fingem simpatia para conseguir os objetivos almejados, preocupa-se exageradamente com sucesso, poder, inteligência, beleza; Comportamentos arrogantes e insolentes; Sentimento de inveja 7.8 – PERSONALIDADE ESQUIVA Prevalência de 1% na população geral; Sentimento de inadequação; Sensibilidade a avaliação negativa; Medo de desaprovação, rejeição e críticas; Reluta envolver-se com pessoas, a não ser que haja certeza de sua estima; Mostra-se reservado, envergonhado; Inibição social; Não gosta de assumir riscos pessoais ou envolver-se e atividades; 7.9 – PERSONALIDADE DEPENDENTE Necessidade invasiva e excessiva de ser cuidado; Comportamento submisso e aderente a temor de separação; Dificuldade de tomar decisões sem conselhos; Dificuldade em externar discordância, pelo medo de perder apoio ou aprovação; Dificuldade em iniciar projetos por conta própria; Busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido; 8. ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO Sensação → fenômeno gerado por estímulos físico-químicos gerados dentro ou fora do organismo que produzem alterações nos órgãos do sentido. Podem ser externas, internas e especiais; Sensações externas – refletem os sentidos a serem percebidos, relacionados aos aspectos do mundo ao nosso redor; Sensações internas – refletem a sensibilidade individual e subjetiva. As sensações de equilíbrio, motora e cinestésicas; Sensações especiais – manifestam-se sob a forma de sensibilidade a fome, sede, fadiga, mal-estar ou bem-estar geral; CARACTERÍSTICAS SENSOPERCEPÇÃO Nitidez – precisão de contornos e limites; Corporeidade – é a imagem viva, com luz, brilho e materialidade; Estabilidade – a imagem não muda bruscamente o seu estado; Extrojeção – a imagem provinda do espaço exterior, também percebida neste espaço; Ininfluenciabilidade voluntária – quando o individuo não consegue alterar a percepção; ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO Hiperestesia – amplificação da intensidade das percepções, há exaltação dos reflexos, maior excitação da sensibilidade fisiológica e aceleração do ritmo psíquico; Ocorre com frequência na intoxicação por alucinógenos como maconha, cocaína, epilepsia, enxaqueca, excitação maníaca, esquizofrenia, estados de grande ansiedade, fadiga, esgotamento, nos neuróticos, no tétano, na raiva (hidrofobia), no hipertireoidismo. Hipoestesia – diminuição das percepções, nos estados depressivos; Anestesia – ausência de todas as formas de sensibilidade, na histeria é possível se verificar anestesias funcionais; ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO Ilusões – é a percepção deformada, alterada de um objeto real. Ocorre por rebaixamento do nível de consciência, estados de fadiga grave, estados afetivos alterados gravemente; Alucinações – é a percepção clara, definida por um objeto, sem a presença do objeto estimulante real. As alucinações podem ser: auditivas, musicais, visuais, táteis, olfativas, gustativas, extracampinas (raro), cenestésicas e de estranheza; A principal forma de psicose, pela frequência e importância clínica , caracterizado por distorções do pensamento e da percepção, por inadequação, embotamento do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual; Sinais e sintomas: percepção delirante, alucinações, especialmente as auditivas, vozes de comando, eco do pensamento, pensamento desorganizado, difusão do pensamento, roubo do pensamento, vivencia corporal ou ideativa (psicologia forense); Retração social, diminuição da fluência verbal, negligência quanto a si mesmo, lentificação e empobrecimento psicomotor Lígia Realce PENSAMENTO DO ESQUIZOFRÊNICO Identifica-se no discursoNão apresentam linearidade Mistura de vários assuntos Demostram desconexão, incoerência TIPOS DE ESQUIZOFRENIA Paranóide→ delírios tipicamente persecutórios ou grandiosos, ou ambos. Os delírios podem ser múltiplos. As alucinações são relacionada ao tema do delírio. A pessoa apresenta ansiedade, raiva, afastamento e tendência a discussões. Pode predispor ao suicídio pelos delírios persecutórios ou predispor a violência. Perturbação motora grave, imobilidade ou atividade excessiva. Sinais e sintomas: negativismo, mutismo, ecolalia ou ecopraxia, imobilidade motora pode manifestar por estupor. 9. VIVÊNCIA DO EU & ALTERAÇÕES DO SELF O EU desenvolve-se na criança progressivamente ao longo do primeiro ano de vida [...] a criança se torna apta a perceber e a representar objetos autônomos e estáveis em sua mente; Psicánalise Freudiana – o EU (ego) surge como a diferenciação adaptativa da psiquê a partir do contato da criança com a realidade (FREUD, 1911); Por volta dos 3 aos 4 anos de idade, o autoconceito já é mais abrangente, pois a criança; Termo Self → si mesmo; a soma total de tudo que é seu Self material – construído principalmente pelo corpo e pelas roupas, adereços; Self social – diz respeito a como somos reconhecidos pelos nossos pares e pela sociedade em geral; Self anímico ou psíquico – é o ser subjetivo, o ser interior de uma pessoa 9. ALTERAÇÕES DO SELF PSIQUÍCO As principais alterações do self: Self psíquico – sentimento de diminuição; distúrbio de iniciativa ou de intenção (o indivíduo tem a sensação de que seus pensamentos, desejos e emoções não vem de si mesmo); perda da consciência de continuidade (ao agir é outra pessoa que o força); Self corporal – fenômenos ligados à imagem (perceber mudanças que não existem na realidade); estranhamento corpora; Desintegração do corpo; anomalia da experiências corporais (sentir o sangue escorrendo pelas veias); experiências cenestésicas (sensações estranhas como partes do corpo mais pesadas ou leve, levitar); experiências de movimentação (paciente se move igual ao objeto); sensações ameaçadoras pelo contato corporal (sensações de medo ao ser abraçado). 9. ALTERAÇÕES DO SELF SOCIAL Confusão com o outro (alguns pacientes afirmam ser outra pessoa “sinto como se fosse minha mãe”); confusão radical de identidade (sensação de que encolheu); sensação de mudança em relação a idade cronológica (uma senhora de 57 diz ser uma criança de 5); sensação de mudança em relação ao gênero (além da mudança de gênero, a mudança de idade); 9. ALTERAÇÕES DO SELF TOTAL Diminuição da autoconsciência – sensação bizarra de vazio interior “É como se não fizesse parte desse mundo” “sou uma máquina suspensa, não sou mais eu”; Sensação radical de centralidade – os indivíduos tem a sensação de que são o ponto central do universo, pois este último desapareceu; Hiper-reflexividade – a intensa necessidade de refletir sobre tudo e tem marcante perplexidade. Ex.: “porque meu corpo não se desfaz com o vento”; Cisão radical do self – sensação delirante de enxergar a si mesmo de fora; Transitivismo – ocorre perda da fronteira, confunde radicalmente com outra pessoa, o indivíduo olha-se no espelho e não sabe quem é; Sensação de aniquilamento total - o sujeito tem a sensação que vai desaparecer em contato físico ou sexual com outra pessoa. REFERÊNCIAS Paulo Dalgalarrondo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3. ed. São Paulo: Artmed, 2008; A questão da normalidade e da medicalização. In: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. SÃo Paulo: Artmed, 2019. Cap. 4. p. 41-55; FONSECA, Fernandes da. Psiquiatria e Psicopatologia. 1997. 1 v. Tese (Doutorado) - Curso de Psicologia, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2015. Cap. 1.