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1)Quais são os limites da pelve verdadeira? Descreva os ossos , articulações e ligamentos da pelve verdadeira. A pelve verdadeira é uma estrutura em formato de bacia formada pelos ossos sacro, púbis, ílio, ísquio, os ligamentos que interconectam esses ossos e os músculos que recobrem suas superfícies internas. Se inicia no promontório do sacro, da linha arqueada no ílio, da linha iliopectínea e da superfície posterior da crista púbica. É limitada pelo sacro e cóccix posteriormente, pelas porções inferiores do ílio e ísquio lateralmente e pelos ossos púbicos anteriormente ● O assoalho ou “abertura inferior” da pelve verdadeira é formado pelos músculos do grupo levantador do ânus. ● A pelve menor contém o reto e a bexiga urinária nos dois gêneros, a vagina e o colo do útero nas mulheres e a próstata nos homens. ● A abertura superior da pelve é a entrada da pelve menor; ● A abertura inferior da pelve é a saída da pelve menor, coberta pelos músculos do assoalho pélvico. 1.1)OSSOS A pelve óssea é dividida em porções superior e inferior por um marco de delimitação chamado linha terminal que forma a abertura para a cavidade pélvica a partir do abdome. que apresenta uma abertura superior, uma abertura inferior e uma cavidade e é limitada pelo sacro e cóccix posteriormente, pelas porções inferiores do ílio e ísquio lateralmente e pelos ossos púbicos anteriormente ● Sacro: ● Ílio: é o maior dos três componentes do osso do quadril, é composto por uma asa superior e um corpo inferior. Na parte superior tem-se a crista ilíaca que termina anteriormente a espinha ilíaca anterossuperior. Abaixo dessa, tem-se a espinha iliaca anteroinferior ● Cóccix: ● Crista ilíaca: A margem superior do ílio termina anteriormente em uma espinha ilíaca anterossuperior romba. A contusão dessa parte da crista ilíaca e dos tecidos moles associados, que ocorre em esportes de contato físico, é chamada contusão da crista ilíaca ou avulsão de inserções musculares da crista ilíaca. ● Ísquio: é a parte posteroinferior do osso do quadril ecompreende um corpo superior e um ramo inferior ● Púbis: 1.2)ARTICULAÇÕES ● lombossacrais ● sacrococígea ● sacroilíaca ● sínfise púbica 1.3)LIGAMENTOS ● sacrotuberoso ● sacroespinhos 2)Quais são os músculos e fáscias da pelve e parede pélvica? A membrana do períneo é uma fáscia espessa e triangular inserida na moldura óssea do arco púbico. Ela se orienta no plano horizontal e possui uma margem posterior livre. Anteriormente, existe um pequeno espaço entre a membrana e o ligamento púbico inferior (um ligamento associado à sínfise púbica). Nos homens, uma condensação da fáscia ao redor das regiões anterior e lateral da próstata (fáscia prostática) contém e envolve o plexo venoso prostático e se prolonga posteriormente com o septo retovesical, que separa a superfície posterior da próstata e a base da bexiga do reto. 3)Descreva a vascularização dos músculos da pelve masculina. A principal artéria da pelve e do períneo é a artéria ilíaca interna, presente uma em cada lado. Além de fornecer aporte sanguíneo para a maioria das vísceras da pelve, das paredes e do assoalho da pelve e das estruturas no períneo, incluindo os tecidos eréteis do clitóris e do pênis, essa artéria dá origem aos ramos que seguem os nervos para a região glútea do membro inferior. Outros vasos que se originam no abdome e contribuem para a irrigação sanguínea das estruturas pélvicas são a artéria sacral mediana e, nas mulheres, as artérias ováricas. ● Tronco posterior: iliolombar, sacrais laterais e glútea superior ● Tronco anterior: a artéria vesical superior, a artéria umbilical, a artéria vesical inferior, a artéria retal média, a artéria uterina, a artéria vaginal, a artéria obturatória, a artéria pudenda interna e a artéria glútea inferior. 4)Descreva as relações anatômicas da bexiga urinária masculina e seus ligamentos. A bexiga urinária é o elemento mais anterior das vísceras pélvicas. Embora esteja inteiramente situada na cavidade da pelve quando vazia, ela se expande superiormente para a cavidade abdominal quando cheia. A bexiga urinária vazia tem a forma semelhante a uma pirâmide de três lados, inclinada para se apoiar em uma de suas margens. Ela possui um ápice, uma base, uma superfície superior, e duas superfícies inferolaterais: ● O ápice da bexiga urinária está voltado para a parte superior da sínfise púbica. Uma estrutura conhecida como o ligamento umbilical mediano (resquício do úraco embriológico que contribui para a formação da bexiga urinária) continua a partir dele superiormente pela parede abdominal anterior até o umbigo. ● A base da bexiga urinária tem o formato de um triângulo invertido orientado posteroinferiormente. Os dois ureteres entram na bexiga nos cantos superiores da base, e a uretra drena o órgão inferiormente pelo canto inferior da base. Na parte interna, o revestimento da mucosa na base da bexiga urinária é liso e fixado firmemente à camada de tecido muscular liso subjacente — ao contrário do que ocorre no resto da bexiga, onde a mucosa possui pregas e é fixada frouxamente à parede. A área triangular lisa entre as aberturas dos ureteres e da uretra na parte interna da bexiga urinária é conhecida como trígono da bexiga. ● As superfícies inferolaterais da bexiga urinária estão alojadas entre os músculos levantadores do ânus, no diafragma pélvico, e o músculo obturador interno adjacente, localizado acima da fixação do diafragma pélvico. ● A superfície superior é levemente curvada quando a bexiga está vazia, inflando‑se para cima conforme o órgão se enche. O colo é a parte mais inferior da bexiga e também a parte mais “fixa”. Ele está ancorado na posição por um par de bandas fibromusculares rígidas que conectam o colo e a parte pélvica da uretra à porção posteroinferior de cada osso púbico. Nos homens, as bandas fibromusculares em pares são conhecidas como ligamentos puboprostáticos, pois eles se unem com a cápsula prostática, que envolve o colo da bexiga e a parte adjacente da uretra. 5)Descreva a uretra masculina e suas porções. A uretra é composta por um tubo fibromuscular que permite a passagem de urina da bexiga para o exterior, a uretra masculina é uma via que é associada ao sistema urinário e genital pelo fato de ser comum aos dois sistemas, é por onde passa a urina e também o semen. A uretra mede aproximadamente de 18 a 20 cm e passa pela próstata, músculos profundos do períneo e pelo corpo esponjoso do penis. A uretra pode ser dividida em duas partes: posterior e anterior. A parte posterior da uretra possui 4 cm e se encontra na pelve, próxima ao corpo esponjoso, onde é atendido por mecanismos esfi nctéricos urogenitais. Funcionalmente, ambas as partes agem como um conduto. PARTE POSTERIOR: é dividida em pré-prostática, prostática e membranácea. ● pré-prostática: 1 cm de comprimento, vai do colo da bexiga até a próstata. ● prostática: de 3 a 4 cm, passa pela substância mais anterior da próstata. Na parte de cima, é contínua com a parte pré-prostática e emerge até o ponto mais inferior da próstata ○ Crista uretral: se projeta no lúmen como uma formação cercentiforme transversalmente, em cada lado dessa crista existe uma depressão rasa, denominado de seio prostático, é perfurado pelos orifícios de ductos prostáticos A parte mais elevada da crista uretral é denominada de colículo seminal ○ A parte mais inferior dessa parte é fixada pelos ligamentos puboprostáticos e é imóvel. ● Parte membranácea: é a parte mais curta, 2,5 cm, a parede da parte membranácea da uretra é formada por uma túnica muscular , essa túnica é formada por uma camada delgada de músculo liso. ○ Desce com uma discreta concavidade ventral, da próstata ao bulbo do pênis e passa através da membrana do períneo, 2,5 cm posteroinferiormente da sínfise púbica. ○ A parede da parte membranácea da uretra consiste em uma túnica muscular que está separada do revestimento epitelial por uma camada estreita de tecido conjuntivo fibroelástico. A túnica é composta por uma camada de feizes de músculoliso. ○ PARTE ANTERIOR/ESPONJOSA: está subdividida em um componente proximal, a parte bulbar da uretra envolta pelo músculo bulboesponjoso e está inteiramente no períneo; e um componente pendular ou peniano, que se continua até a extremidade do pênis. A parte esponjosa está localizada dentro do corpo esponjoso do pênis, se estende da extremidade da parte membranácea da uretra até o óstio externo da uretra na glande do penis ● Começa abaixo da membrana do períneo, em um ponto anterior ao nível inferior da sínfise púbica como a parte bulbar da uretra, porção mais larga da uretra, envolvida pelo músculo bulboesponjoso. ● As glândulas bulbouretrais se abrem na parte bulbar da uretra aproximadamente 2,5 cm abaixo da membrana do períneo. A próxima parte da uretra curva-se para baixo como a parte peniana da uretra. É uma fenda estreita e transversal quando vazia, e tem um diâmetro de aproximadamente 6 mm quando passa a urina. É dilatada em sua porção terminal na glande do pênis onde é conhecida como a fossa navicular. ● O óstio externo da uretra é a parte mais estreita da uretra, é uma fenda sagital, com aproximadamente 6 mm de comprimento, limitada a cada lado por um pequeno lábio. O epitélio da uretra, particularmente nos segmentos bulbar e distal do pênis, apresenta os orifícios de numerosas pequenas glândulas mucosas uretrais que se localizam na submucosa. ● Também contém diversos pequenos recessos semelhantes a escavações, ou lacunas, de tamanhos variados, cujos orifícios estão direcionados para a frente. A lacuna magna é maior que as demais e se localiza no assoalho da fossa navicular. 6)Descreva a próstata e suas relações anatômicas. A próstata é uma estrutura ímpar acessória do sistema genital masculino que envolve a uretra na cavidade da pelve. Ela se localiza imediatamente inferior à bexiga urinária, posterior à sínfise púbica e anterior ao reto. A próstata tem a forma de um cone arredondado invertido com uma base maior, que é contínua acima com o colo da bexiga e apresenta um ápice mais estreito que se situa abaixo, no assoalho da pelve. As superfícies inferolaterais da próstata estão em contato com os músculos levantadores do ânus que, em conjunto, suportam a próstata. Glândula do tamanho de uma noz, apresentando cinco zonas. ● Zona muscular anterior (AMZ): localizada anteriormente a uretra, é também chamada de istmo. Característica fibromuscular com pouco ou nenhum tecido glandular. Representa a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga; ● Zona Central (ZC): localizada ao redor da uretra, é uma zona glandular. ● Zona periférica (ZP): localizada posterior a uretra, corresponde a uma zona glandular. ● Zona de transição (ZT): por se tratar de uma área de transição, apresenta tanto característica glandular quanto fibromuscular. A próstata se desenvolve com um complexo de 30 a 40 glândulas individuais que crescem a partir do epitélio uretral em direção à parede da uretra e ao redor dela. Coletivamente, essas glândulas alargam a parede da uretra formando o que se conhece como a próstata; entretanto, as glândulas individuais mantêm seus próprios ductos, que se esvaziam de forma independente no seio prostático na porção posterior do lúmen da uretra. A secreção da próstata produz cerca de 20% do volume da ejaculação. Produz um fluido fino, leitoso e ligeiramente alcalino que ajuda a liquefazer o sêmem coagulado depois que este é depositado na vagina; contém ácido cítrico, enzimas proteolíticas, açúcares, fosfato e diversos íons), em conjunto com a secreção das glândulas seminais, contribui para a formação do sêmen durante a ejaculação. Os ductos ejaculatórios passam quase verticalmente em uma direção ântero inferior através da porção posterior da próstata para se abrir na parte prostática da uretra. 7)Quais as estruturas que compõem o funículo espermático? O funículo espermático começa a formar‑se proximalmente no anel inguinal profundo e consiste em estruturas que passam entre as cavidades abdominopelvianas e os testículos, e as três coberturas fasciais que delimitam essas estruturas.As estruturas do funículo espermático incluem: ● o ducto deferente; ● a artéria para o ducto deferente (a partir da artéria vesical inferior); ● a artéria testicular (a partir da parte abdominal da aorta); ● o plexo pampiniforme das veias (veias testiculares); ● a artéria e veia cremastérica (pequenos vasos associados à fáscia cremastérica); ● o ramo genital do nervo genitofemoral (inervação para o músculo cremaster); fibras nervosas aferentes simpáticas e viscerais; ● linfáticos; e remanescentes do processo vaginal. Tais estruturas entram no anel inguinal profundo, avançam em direção ao canal inguinal e saem do anel inguinal superficial, tendo adquirido as três coberturas fasciais durante seu percurso. Esse conjunto de estruturas e fáscias continua em direção ao escroto, no qual as estruturas conectam‑se com os testículos e com as fáscias que circundam os testículos. Três fáscias envolvem o conteúdo do funículo espermático: A fáscia espermática interna, que é a camada mais profunda, surge a partir da fáscia transversal e é fixada às margens do anel inguinal profundo. A fáscia cremastérica com o músculo cremaster associado, que é a camada fascial média e surge a partir do músculo oblíquo interno do abdome. A fáscia espermática externa, que é a cobertura mais superficial do funículo espermático, decorre da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome e é fixada às margens do anel inguinal superficial. 8)Descreva a anatomia da bolsa escrotal, dos testículos e epidídimo. 8.1)Escroto: é a estrutura que contém os testículos, é uma pele solta e tela subcutânea. Encontra-se presa a raíz do penis. Visualmente, a parte externa se assemelha com uma bolsa de pele e é separada em porções laterais pela rafe do escroto. ● Na parte interna, o septo do escroto divide o escroto em dois sacos, cada um contendo um testiculo. ○ O septo do escroto é constituído por uma tela subcutânea e tecido muscular chamado músculo dartos, que é composto de feixes de fibras de músculo liso ○ Músculo cremaster: várias faixas de músculo esquelético, estende-se ao músculo oblíquo interno pelo funículo espermático para circundar os testículos. ● Localização: depende da contração dos músculos e temperatura. ● A contração dos músculos cremaster move os testículos para mais perto do corpo, onde eles podem absorver o calor do corpo. A contração do músculo dartos reduz o volume do escroto (de aspecto enrugado), o que reduz a perda de calor. A exposição ao calor inverte essas ações. 9)Descreva as estruturas glandulares acessórias do sistema reprodutor masculino. Os ductos do sistema genital masculino armazenam e transportam os espermatozoides, mas as glândulas sexuais acessórias secretam a maior parte da porção líquida do sêmen. As glândulas sexuais acessórias incluem as glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais. ● Glândulas seminais: As duas glândulas seminais (ou vesículas seminais) são tubos saculados e contorcidos localizados entre a bexiga e o reto. Cada glândula tem aproximadamente 5 cm de comprimento, de formato piramidal, com a base direcionada para cima e posterolateralmente. Em essência, a glândula seminal é um tubo enovelado único com divertículos irregulares, com as circunvoluções e divertículos conectados por tecido conjuntivo fibroso. O diâmetro de cada tubo é de 3-4 mm e seu comprimento desenrolado é de 10-15 cm. O polo superior é um fundo de saco (cul-de-sac) e o polo inferior se estreita em um ducto reto, que se une ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. A face anterior faz contato com a face posterior da bexiga e se estende desde a entrada do ureter até a base da próstata, que está intimamente localizada às glândulas seminais. A face posterior está relacionada ao reto, do qual está separada pela fáscia própria dos órgãos pélvicos (de Denonvillier). As glândulas seminais divergem em direção superior. A cada lado, elas estão relacionadasao canal deferente e à terminação do ureter e estão parcialmente cobertas pelo peritônio; cada uma tem uma densa bainha fibromuscular. A ampola do ducto deferente se dispõe ao longo da margem medial de cada glândula seminal e as veias do plexo venoso prostático, as quais drenam posteriormente para as veias ilíacas internas, dispõem-se lateralmente. As artérias para as glândulas seminais são derivadas das artérias vesical inferior e retal média. As veias e os vasos linfáticos acompanham essas artérias. A inervação das glândulas seminais e das glândulas bulbouretrais é derivada dos plexos pélvicos. A parede da glândula seminal é composta de uma camada externa de tecido conjuntivo, uma túnica muscular média de músculo liso (mais delgada que a do ducto deferente e organizada em camadas longitudinal externa e circular interna) e uma túnica mucosa interna com uma estrutura altamente pregueada e de aspecto reticulado. O epitélio da mucosa, que varia de cuboide simples a colunar pseudoestratificado, apresenta típicas células secretoras de proteínas. As glândulas seminais não são reservatórios de espermatozoides, conforme seu nome sugere, pois os espermatozoides são armazenados principalmente no epidídimo. Elas se contraem durante a ejaculação, e sua secreção forma a maior parte do ejaculado. Por meio dos ductos das glândulas seminais, elas secretam um líquido viscoso alcalino que contém frutose (um açúcar monossacarídio), prostaglandinas e proteínas de coagulação, que são diferentes das do sangue. A natureza alcalina do líquido seminal ajuda a neutralizar o meio ácido da uretra masculina e do sistema genital feminino, que de outro modo inativariam e matariam os espermatozoides. A frutose é utilizada para a produção de ATP pelos espermatozoides. As prostaglandinas contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides e podem estimular as contrações do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas de coagulação ajudam o sêmen a coagular após a ejaculação. O líquido secretado pelas glândulas seminais normalmente constitui aproximadamente 60% do volume do sêmen. ● Prostata: A próstata é uma glândula única em forma de rosca, aproximadamente do tamanho de uma bola de golfe. Encontra-se inferiormente à bexiga urinária e circunda a parte prostática da uretra. A próstata aumenta de tamanho lentamente desde o nascimento até a puberdade. Em seguida, se expande rapidamente até aproximadamente os 30 anos de idade; após esse período, seu tamanho normalmente permanece estável até os 45 anos, quando podem ocorrer novos aumentos. A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido (pH de aproximadamente 6,5) que contém diversas substâncias. (1) O ácido cítrico do líquido prostático é usado pelos espermatozoides para a produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. (2) Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e hialuronidase, que por fim quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. (3) A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. (4) A plasmina seminal do líquido prostático é um antibiótico que pode destruir as bactérias. A plasmina seminal pode ajudar a diminuir a quantidade de bactérias que ocorrem naturalmente no sêmen e no sistema genital inferior da mulher. As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra por meio de diversos canais prostáticos. As secreções prostáticas constituem aproximadamente 25% do volume do sêmen e contribuem para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides. ● Glândulas Bulbouretrais:As duas glândulas bulbouretrais são pequenas massas arredondadas e amareladas, um tanto lobuladas, com aproximadamente 1 cm de diâmetro. Elas se localizam lateralmente à parte membranácea da uretra, acima da membrana do períneo e do bulbo do pênis, e estão envolvidas por fibras do músculo esfíncter da uretra. O ducto excretor de cada uma, com quase 3 cm de comprimento, segue obliquamente para a frente, externamente à mucosa da parte membranácea da uretra, penetra na membrana do períneo e se abre através de um minúsculo orifício no assoalho da parte esponjosa da uretra, no bulbo do pênis, a aproximadamente 2,5 cm abaixo da membrana do períneo. Nas décadas tardias da vida, as glândulas geralmente diminuem de tamanho. Cada glândula bulbouretral consiste em diversos lóbulos unidos por uma cápsula fibrosa. As unidades secretoras são principalmente de formato tubular. O epitélio glandular é colunar e secreta mucinas ácidas e neutras na parte esponjosa da uretra antes da ejaculação: essas mucinas têm função lubrificante. O ducto excretor principal é revestido por um epitélio colunar estratificado. Um tecido linfoide difuso associado a mucosas (MALT) encontra-se associado às glândulas. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam um líquido alcalino na uretra que protege os espermatozoides que passam ao neutralizar os ácidos da urina na uretra. Também secretam um muco que lubrifica a ponta do pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Alguns homens liberam uma ou duas gotas de muco durante a estimulação sexual e a ereção. Esse líquido não contém espermatozoides. 10)Descreva os ligamentos e tecidos eréteis do pênis. O pênis consiste em uma raiz, fixa no períneo, e um corpo, livre e pendular, completamente envolvido por pele.O corpo principal do pênis consiste em três massas de tecido erétil, os corpos cavernosos direito e esquerdo e o corpo esponjoso, de posição mediana, os quais são continuações dos ramos e do bulbo do pênis, respectivamente. ● Os corpos cavernosos formam a maior parte do corpo do pênis. Eles compartilham um envoltório fibroso comum, a túnica albugínea, estão em íntima aposição ao longo de toda a sua extensão, e são separados por um septo fibroso mediano. Na face uretral, sua massa combinada apresenta um amplo sulco mediano contíguo ao corpo esponjoso. dorsalmente, um sulco similar, porém mais estreito, contém o feixe neurovascular dorsal. Os corpos cavernosos terminam distalmente numa face proximal da glande do pênis, num cone arredondado, no qual cada um possui uma pequena projeção terminal. A resistente túnica albugínea fibrosa consiste em estratos superficial e profundo. As fibras superficiais seguem longitudinalmente e formam um tubo único que circunda ambos os corpos cavernosos, enquanto as fibras profundas estão circularmente organizadas e circundam cada corpo cavernoso separadamente. As fibras profundas se unem para formar o septo mediano do pênis, que é espesso e proximalmente completo, de modo que os corpos cavernosos possam estar separados proximalmente por 5-7 cm. Distalmente, o septo mediano consiste em uma série de faixas pectiniformes (semelhante a uma colmeia), o septo pectiniforme, que é incompleto e permite a circulação cruzada de sangue entre os dois corpos cavernosos. ● O corpo esponjoso do pênis é atravessado pela uretra e se encontra adjacente ao sulco mediano na face uretral dos corpos cavernosos unidos. Ele é cilíndrico, afilando-se ligeiramente em direção distal, e circundado pela túnica albugínea. Próximo à extremidade do pênis, ele se expande na glande do pênis, que se projeta dorsalmente sobre as projeções terminais dos corpos cavernosos, e tem uma superfície côncava rasa onde eles estão fixados. A coroa da glande se projeta de sua base e se sobrepõe ao colo da glande obliquamente sulcado. Numerosas pequenas glândulas prepuciais na coroa e no colo da glande secretam o esmegma, uma secreção sebácea. A fossa navicular da uretra encontra-se na glande e se abre através de uma fenda sagital em seu ápice ou próximo a ele. ● A fáscia superficial do pênis é desprovida de gordura e consiste em tecido conjuntivo frouxo, invadido por fibras musculares da túnica dartos provenientes do escroto. Sob o ponto de vista clínico, ela é comumente referida como a túnica dartos do pênis. Como na região suprapúbica da parede abdominal, a lâmina mais profundaé condensada para formar uma distinta bainha resistente, a fáscia do pênis (de Buck). Ela circunda ambos os corpos cavernosos e se divide para envolver o corpo esponjoso, separando as veias dorsais superficiais e profunda. No colo do pênis, ela se funde com o revestimento fibroso de todos os três corpos de tecido erétil. Proximalmente, ela é contínua com o músculo dartos e com a fáscia que reveste a região urogenital do períneo. O corpo do pênis é sustentado por dois ligamentos, os ligamentos fundiforme e suspensor, contínuos com sua fáscia e consistem principalmente em fibras elásticas. O ligamento fundiforme se origina da parte mais inferior da linha alba e se divide em duas lamelas que acompanham o pênis e se unem abaixo com o septo do escroto. O ligamento suspensor triangular, profundo ao ligamento fundiforme, está preso superiormente, na frente da sínfise púbica, e se funde inferiormente, de cada lado, com a fáscia do pênis. Uma lesão no ligamento suspensor pode ocorrer após um trauma e resulta em angulação ventral do corpo do pênis. 11)Descreva a vascularização dos órgãos genitais internos. 11.1)Suprimento vascular e drenagem linfática -Artéria perineal: origem da artéria pudenda interna, se aproxima do escroto na superfície do perídeo entre os musculos bulboesponjoso e isquiocavernoso.As artérias escrotais posteriores, distribuídas para a pele do escroto, a túnica dartos e os músculos do períneo, são geralmente ramos terminais da artéria do períneo e podem também se originar de seu ramo transverso. -Artéria do bulbo do penis: é curta e larga, segue medial pelo músculo transverso profundo do períneo até o bulbo do penis, onde penetra e irriga o corpo esponjoso e a glândula bulbouretral. -Artéria profunda do penis(a.cavernosa): é a mais profunda, é um ramo terminal da a.pudendo interna. Ela segue pela membrana do períneo e entra de cada lado no ramo do penis e segue pela extensão do corpo cavernoso, irrigando o tecido erétil. ● Dentro do corpo cavernoso, elas se dividem em ramos que terminam em redes capilares que se abrem nos espaços cavernosos ou se tornam contorcidas e um pouco dilatadas= artéria helicinas.(mais comum na região posterior do corpo cavernoso.) -Artéria dorsal do penis: é um ramo terminal da a. pudenda interna. Segue entre o ramo do penis e a sínfise púbica e depois perfura o ligamento suspensor do penis. ● Segue até o dorso deste ligamento, e se bifurca e entra na glande e prepúcio. ● Ela irriga a pele do pênis através de ramos que seguem pela túnica dartos. ● Também supre a túnica albugínea dos corpos cavernosos. -Veias dorsais do penis: drenam corpos cavernosos e emergem destes, seguindo obliquamente pela túnica albugínea por pequenos vasos(veias subtunicais). ● A veia dorsal superficial drena o prepúcio e a pele do pênis, corre para trás no tecido subcutâneo e se inclina para a direita ou para a esquerda antes de se abrir em uma das veias pudendas externas. ● A veia dorsal profunda se localiza abaixo da fáscia do pênis, recebe sangue da glande e dos corpos cavernosos do pênis e segue para trás, entre as artérias dorsais pares; ○ passa profundamente ao ligamento suspensor e divide-se em ramos direito e esquerdo, que se unem, abaixo da sínfise púbica, com as veias pudendas internas e finalmente entram no plexo prostático. Drenagem linfática; A pele do pênis e do períneo é drenada por vasos linfáticos que acompanham os vasos sanguíneos pudendos externos até os linfonodos inguinais superficiais. Os vasos linfáticos advindos da glande seguem para os linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos. Os vasos linfáticos derivados do tecido erétil e da uretra peniana seguem para os linfonodos ilíacos internos. 12)Descreva a inervação dos órgãos genitais masculinos. Os nervos para os corpos cavernosos consistem principalmente nos nervos cavernosos do pênis, que se originam do plexo pélvico e contêm componentes tanto simpáticos como parassimpáticos. ● Os nervos cavernosos do pênis perfuram a bainha fibrosa do pênis proximalmentepara inervar o tecido erétil do corpo esponjoso e a uretra do pênis. Segue posterior e lateral até o ápice da próstata. ● O suprimento simpático para os órgãos genitais masculinos é derivado dos segmentos T11-L2 da medula espinal: ○ sua estimulação produz vasoconstrição, contração das glândulas seminais e da próstata e a emissão do sêmen. ] ● As fi bras parassimpáticas são derivadas dos segmentos S2-S4 da medula espinal através dos plexos pélvicos: ○ sua estimulação produz vasodilatação. ○ O principal nervo sensitivo do pênis é o nervo dorsal do pênis. Na glande e no bulbo do pênis, alguns fi lamentos cutâneos se unem com corpúsculos lamelados. Fibras aferentes vindas da glande do pênis e da pele perigenital seguem do nervo pudendo para a medula espinal.
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