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JOSÉ ARRUDA LINHARES NETO- CIRURGIÃO DENTISTA, CSF SANTO ANTÔNIO.
Políticas Públicas de Saúde
Fica determinado na constituição de 1891 que os estados teriam responsabilidade pelas promoções de ações de saúde e saneamento. 
Segundo CONIL (2002), as políticas de saúde ocorrerão, na virada do século XIX para o século XX no final do século XIX e início do século XX ocorrem as políticas de saúde públicas em decorrência das mudanças no modo de produção da época, somando-se autoritarismo e cientificismo europeu.
Em 1897, foi criada a Diretoria Geral de Saúde Pública e institutos de pesquisa, um deles foi o Instituto Soroterápico Federal criado em 1900, renomeado Instituto Oswaldo Cruz (IOC).
Ocorreram avanços significativos mediante as ações de Oswaldo cruz no combate de diversas doenças e uma ampliação de conhecimento sobre estas enfermidades, todavia, persistia a ausência de meios próprios para a população subsidiar a assistência à saúde.
Na segunda década dos anos 90 o deputado Elói chaves tem o projeto de lei de sua autoria e que posteriormente recebeu o seu nome, aprovado pelo congresso nacional e sancionada pelo presidente da república Artur Bernardes, que criava caixas de aposentaria e pensões (CAPs) das empresas ferroviárias. Segundo Gustavo Correa, 2007:
“Lei Eloi Chaves em 1923, quando trabalhadores e empregadores financiavam as Caixas de Aposentadoria e Pensões (Caps), e que perdurou até o modelo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) em 1990.” (Gustavo Corrêa,2007).
 A lei Elói chaves contribuiu também para o surgimento das instituições de assistência previdenciária (IAPs) de outras categorias profissionais como bancários, comerciários dentre outros. Contudo os problemas e lacunas persistiam desde de o atendimento médico básico excluindo-se desta forma atendimento medico hospitalar de alta complexidade e o fato mais importante, a enorme quantidade de brasileiro que permaneceram sem assistência e acesso aos serviços de saúde por não pertencerem a s categorias profissionais.
O Sistema Único de Saúde (SUS), indiscutivelmente, é a mais notável política pública de saúde do Brasil, tendo sido criado no ano de 1988, tendo como princípios, a universalidade, integralidade e equidade, devendo proporcionar serviços de saúde em todos os níveis de atenção, dos mais simples aos de maior complexidade integral e gratuitamente a todos os brasileiros.
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; (BRASIL, 1990).
		
A lei 8.080 garante em seu texto as condições para a haja de fato e de direito o acesso a atenção em saúde, que é direito de todos através da promoção, proteção e recuperação da saúde.
Em 2001 as unidades básicas de saúde receberam as equipes de saúde bucal como parte integrante da estratégia de saúde da família. Alguns anos depois. Mais precisamente no ano de 2004 foi criado o programa Brasil Sorridente sendo este o maior programa de política pública em saúde bucal do mundo.
 
“Com o objetivo de superar as desigualdades, foram estabelecidas, em 2004,
as diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – Brasil Sorridente.
Essas diretrizes visam garantir as ações de promoção, prevenção, recuperação e
manutenção da saúde bucal dos brasileiros. Suas metas perseguem a reorganização da prática e a qualificação das ações e dos serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os cidadãos de todas as idades, no marco do fortalecimento da Atenção Básica, tendo como eixos estruturantes o acesso universal e a assistência integral em saúde bucal.”(BRASIL,2018).
Desta forma o serviço odontológico prestado em unidades básicas de saúde, priorizam a prevenção aliado a recuperação da saúde bucal desde a gestação e por toda vida, seja na unidade de saúde ou na escola, visitas domiciliares e rodas de conversas e através de palestras a odontologia segue atuante em busca da saúde bucal da população em geral, identificando condições de doença bucal e suas causas que em muitas vezes vão além de uma escovação dentaria mal executada, pois as condições socio econômicas e culturais interferem de forma direta sobre a saúde do paciente, sendo assim o papel do cirurgião dentista deve ultrapassar as fronteiras do consultório para que possa perceber e compreender o paciente em seu contexto social, surgindo assim a oportunidade de interferir na saúde bucal em sua totalidade. 
Pode-se perceber que, houveram várias mudanças na saúde publica com o passar dos anos buscando melhorias na maneira de prestar serviços de saúde a população, todavia somente após a criação do SUS foi possível ter uma política de saúde que comtemplasse a todos sem distinção e em todos os níveis de atenção, porém ainda será necessário muito investimento para alcançar a excelência em seus serviços, o envolvimento da sociedade nas decisões que decidem os passos futuros do SUS. 
Com o programa de saúde bucal Brasil Sorridente, foi possível atingir mais um nível de saúde para população, onde se busca constantemente contribuir de forma consistente e eficaz corroborando com as diretrizes do sistema único de saúde que visa o atendimento integral, universal e igualitário a todos seus usuários. 
REFERÊNCIAS
CONNILL, E.M. Epidemiologia e sistemas de saúde. In: curso de especialização a distância em direito sanitário para membros do Ministério Público e da magistratura federal. Brasília: Ministério da saúde, 2002.
CASA DE OSWALDO CRUZ (COC). Guia do Acervo da Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro: COC / Fiocruz, 1995 BRASIL, LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, CAPÍTULOII Dos Princípios e Diretrizes, Brasilia,1990. Acesso em: 09/09/2020. http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080_190990.htm#sobe.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. A saúde bucal no Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. p.20.
MATTA, Gustavo Corrêa. Princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. In: MATTA, Gustavo Corrêa; PONTES, Ana Lucia de Moura (Org.). Políticas de saúde: organização e operacionalização do sistema único de saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/FIOCRUZ, 2007. p. 67.

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