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Introdução
A estrutura geológica do município de Juiz de Fora é antiga, contendo rochas do Éon Arqueano. Este município está no limite de um cinturão móvel, ou seja, está localizado entre os complexos Mantiqueira, Juiz de Fora e Andrelândia. 
No dia 20 de maio de 2010, foi realizado um trabalho de campo na Garganta do Dilermando localizada na Avenida Barão do Rio Branco, na cidade de Juiz de Fora, a fim de identificar dados sobre o afloramento rochoso, sua composição química e mineralógica e suas estruturas, tais como falhas (no material intemperizado), fraturas (nas rochas) e dobras (inexistentes no local).
Segundo ROCHA 2006, a cidade vivencia vários problemas de ordem ambiental, como por exemplo, os constantes processos erosivos em encostas, a degradação da qualidade dos recursos hídricos (assoreamento e emissão de efluentes industriais e domésticos), apropriação em depósitos de resíduos sólidos, assim como questões socialmente significativas relativas à crescente criminalidade urbana.
Existem na cidade vários tipos de falhas, tais como as de empurrão, normais, inversas (reversas) etc, originadas a partir da forte intensidade tectônica. A área central de Juiz de Fora é a região onde há o maior risco de impactos ambientais e geológicos. Isso se percebe devido ao fato deste afloramento encontrar-se numa das principais avenidas da cidade, o que indica a ocupação inapropriada existente.
A área estudada está compreendida na latitude de 21°44’ S e na longitude de 43°21’O, sendo que suas coordenadas UTM são ....
METODOLOGIA 
Para o estudo da área em questão foram utilizados os seguintes materiais: bússola geológica, martelo geológico, uma caneta, régua e câmera digital fotográfica, lupa. Para a análise da rocha, foram usados a lupa e o microscópio.
No primeiro momento houve uma apresentação da área estudada através das explicações do professor. Depois se desenvolveu a confecção do croquis da área estudada, adequando a escala espacial.
Em um segundo momento, foi efetuado um exame de caráter especulativo em que determinamos quais planos de fraturas seriam medidos na rocha. Para essas medições (ângulo, sentido e mergulho) utilizou-se uma bússola. Com o martelo foi retirada uma amostra de rocha. Uma caneta de 14,5 cm de tamanho foi utilizada como medida de referência para escala. A câmera fotográfica serviu de auxílio para os registros de imagens do local.
3- DADOS OBTIDOS/DISCUSSÃO
Foram identificados planos de fraqueza (fraturas e falhas) na estrutura rochosa. A maior parte das fraturas é vertical ou subvertical. A partir disso foram escolhidos três planos para a obtenção de suas respectivas medidas, tais como: direção, sentido e ângulo de mergulho dos planos.
3.1 - FRATURA 1(Foto 1):
 Foto 1.
Nessa fratura foram encontradas as seguintes medidas:
Direção do plano: N 123°
Ângulo de mergulho: 68°
Sentido do mergulho: 33°
3.2 - FRATURA 2 (Foto 2):
 Foto 2.
Direção do plano: N 99	°
Ângulo de mergulho: 9°
Sentido do mergulho: 189°
3.3 - FRATURA 3 (Foto 3):
 Foto 3.
Direção do plano: N 48°
Obs: por se tratar de uma fratura subhorizontal, apresentam ângulo e sentido de mergulho irrelevantes.
3.4 - ÁREA INTEMPERIZADA:
Foi nesta área, num segundo momento do trabalho, que se observou um material alterado pela ação do intemperismo, que é o conjunto de modificações de ordem física e química que as rochas sofrem ao aflorar na superfície terrestre. Os produtos intempéricos, rocha alterada e solo, estão sujeitos aos outros processos do ciclo supérgeno – erosão, transporte e sedimentação – os quais acabam levando á denudação continental com o conseqüente aplainamento do relevo. Esse material intemperizado se formou a partir de transformações químicas ocorridas na rocha, possibilitadas principalmente da penetração de água nos planos de fratura. Não houve intemperismo físico porque o material intemperizado não sofreu erosão. 
Nesse material alterado, foi detectada a presença de vários elementos químicos, tais como:
 
Fe oxidado (vermelho)
Ni (verde)
Al (amarelo)
Mn (preto)
Além disso, há também nesta área planos de fraturas mais detalhados, facilitando a identificação de falhas, que são originadas a partir de deformações rúpteis nas rochas da crosta terrestre. Foi perceptível a presença de rejeitos na falha analisada, porém não foi possível medi-los.
Quanto aos minerais, a oxidação do ferro que é caracterizada pela coloração avermelhada indica presença de biotita, enquanto que a cor verde provavelmente indica existência de mica ou granada na área. A cor esbranquiçada presente é indicativa da ocorrência de caulinita, ocasionada pela intemperização do feldspato.
O local onde é hoje a Garganta do Dilermando, no passado era um imenso bloco rochoso metamórfico que fora implodido com dinamites objetivando facilitar o acesso da população do Bairro Bandeirantes e outros próximos ao Centro da cidade a partir do prolongamento da Avenida Barão do Rio Branco. Estas implosões deixaram marcas e ocasionaram algumas fraturas. Dessa forma, a ação humana foi responsável pela exposição da rocha que pode ser vista em ambos os lados da avenida.
 
Foto 5: Visão panorâmica da área estudada.
Sobre a rocha encontra-se material intemperizado e solo pedológico em superfície, com vegetação. Existe ao lado oposto do perfil analisado, uma cicatriz de escorregamento, que caracteriza um risco geológico visível, pois acima de tal cicatriz existem casas e uma torre.
Através da construção da Garganta do Dilermando foram também construídas ruas de acesso aos bairros Bairu e Manoel Honório. Portanto, a implosão do bloco rochoso e a ampliação da avenida proporcionaram facilidade no acesso a esta região da cidade.
3.5- ANÁLISE DO MATERIAL COLETADO:
A rocha coletada, assim como o restante do material rochoso encontrado, possui característica esfarelante, semelhante à aparência terrosa. Isso mostra a presença de quartzo nessas rochas, que está inalterado ou quase sem nenhuma grande alteração.
Foi utilizado como referência para a feitura desta atividade o Manual “Chave para Reconhecimento das Rochas mais Comuns”, cujo autor é o Professor Assistente Mestre Sebastião de Oliveira Menezes. 
Com o auxílio de uma lupa e do microscópio, através da análise feita sobre as partículas da rocha no Laboratório de Geologia e Pedologia pode se constatar a ocorrência de estruturas brilhantes, de dureza alta, o que caracteriza o mineral quartzo, sendo que este é muito encontrado através dos cristais.
 Nota-se o intemperismo pela presença de ferro. Há indicativos da presença de várias camadas horizontais na rocha analisada, porém não se pôde comprovar tal fato. A rocha conseguiu riscar o vidro. Portanto, a rocha tem dureza alta. 
A cor escura indica a presença de biotita (mica) e/ou anfibólio e/ou piroxênio. Existem fragmentos de coloração preta, os quais podem ser de mica, e existem outros fragmentos que podem caracterizar o feldspato, porém nada foi confirmado.
Com isso, o único mineral visível na rocha é o quartzo, que dá brilho a ela. Se houvesse uma quantidade muito elevada deste mineral na rocha, ela seria muito clara, e isso comprova que a rocha não pode ser gnaisse quartzítico. 
 Portanto, constatou-se que se trata de uma rocha metamórfica, a gnaisse, por ter estrutura orientada em planos ou linhas, por não serem riscadas pelo canivete (caracterizando dureza alta) e por ser composta pelo quartzo e por pelo menos mais um mineral.
 Entretanto, não foi possível realizar a identificação de todos os seus minerais, o que impossibilitou a diferenciação do tipo de gnaisse. Contudo, o GNAISSE e a BIOTITA-GNAISSE foram as que mais se encaixaram com os dados da rocha. 
4 - BIBLIOGRAFIA:
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de textos. 2002.
ROCHA, G. C. Riscos Ambientais: Análise e Mapeamento em Minas Gerais. Juiz de Fora: Editora da Universidade Federal deJuiz de Fora, 2006
LEINZ, V. E Amaral, S.E. Geologia Geral, São Paulo: Editora Nacional, 1987.
ROCHA, G.C. et al. Apostila de Geologia. 
GUERRA, A. T. & GUERRA, A. J. T. Novo dicionário geológico geomorfológico, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

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