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TICS semana 6 - 3°P

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
86 33227314 | WWW.iesvap.edu.br 
TICS semana 6 – SOI III 
Aluno(a): Maria Seiane Farias Barros 
Terceiro período de medicina 
 
1. Quais as manifestações clínicas das vasculites de acordo com o tamanho do 
calibre do vaso acometido? 
As vasculites são um conjunto de doenças com acometimento sistêmico, 
caracterizadas pela inflamação da parede vascular. Esse quadro provoca a lesão do 
vaso, que pode ficar fibrosado, estreito, frágil ou espesso, tornando-o suscetível a 
romper, a obstruir ou até a formar trombos provocando isquemia. Além disso, há 
inúmeras formas da doença se apresentar, porém a sua patogenia é desconhecida na 
maioria ou pode estar relacionada a dois mecanismos imunológicos principais, a 
inflamação imunomediada e a invasão vascular direta por agentes infecciosos. 
Em relação à classificação, a forma mais aplicada é a de Chapel Hill (2012), 
que se baseia nas características morfológicas, ou seja, leva em consideração o 
calibre do vaso lesionado – grandes, médios e pequenos vasos. Apesar disso, existem 
sinais e sintomas comuns entre as vasculites, que são característicos da inflamação 
sistêmica, como febre, mal-estar, mialgia e artralgia, porém as diferentes formas 
possuem manifestações clínicas específicas. 
Desse maneira, na vasculite de grandes vasos, há comprometimento da 
aorta e de seus ramos maiores, sendo que suas principais síndromes são a arterite 
de células gigantes e a de Takayasu, ambas mais predominantes entre as mulheres. 
Na primeira, mais comum em adultos com mais de 50 anos, há o acometimento de 
ramos da artéria carótida, principalmente, a oftálmica, e da vertebral. Seu quadro 
clínico se caracteriza por sinais e sintomas vagos, como a fadiga, perda de peso, febre 
e anorexia, mas também podem ser relacionados com a artéria afetada, como a 
apresentação de cefaleia, em que há comprometimento da artéria temporal, e de 
complicações visuais, como diploplia e até cegueira súbita, por causa da oclusão da 
artéria oftálmica. Ademais, pode haver claudicação de mandíbula e de membros 
inferiores – por acometimento do arco aórtico. 
Por outro lado, na arterite de Takayasu, há acometimento de indivíduos abaixo 
de 50 anos e lesa, principalmente, a aorta torácica ou abdominal, seus ramos 
(carótida, subclávia) e a artéria pulmonar. Nessa síndrome uma manifestação clínica 
característica é a diminuição dos pulsos na extremidade superior, por causa do 
 
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estreitamento da luz vascular da subclávia, além de que pode haver, claudicação de 
extremidades, insuficiência aórtica, síncope – por acometimento carotídeo –, 
hipertensão pulmonar, com o envolvimento da artéria pulmonar, e hipertensão arterial, 
nos casos de estenose de artéria renal. 
A vasculite de médios vasos é representada pela poliarterite nodosa (PAN) e 
pela doença de Kawasaki, em que há comprometimento de artérias viscerais 
principais e seus ramos. A PAN é rara, com predominância masculina e, geralmente, 
envolve vasos renais e viscerais, de médio e pequeno calibre. Quanto a sua 
sintomatologia, podem haver manifestações musculoesqueléticas, neuropatia 
periférica, insuficiência renal, lesões cutâneas (úlceras, púrpuras, livedo reticular e 
nódulos subcutâneos) e infartos intestinais. Já no caso da doença de Kawasaki, 
caracteriza-se por afetar crianças entre 1-5 anos de idade e possui predileção por 
comprometer as artérias coronárias. Com isso, seu quadro clínico é representado por 
febre (38° a 40°), contínua por mais de 5 dias, eritema palmar ou plantar e edema em 
extremidades – na região da virilha, orofaringe e conjuntivas –, além de linfadenopatia 
cervical e lesões na mucosa oral, como fissuras nos lábios e na língua, que pode estar 
vermelha com proeminência das papilas gustativas (língua em framboesa). 
Na vasculite de pequenos vasos, há o comprometimento, principalmente, de 
pequenas artérias intraparenquimatosas, arteríolas, capilares e vênulas. Essas 
vasculites são divididas em não associadas a imunocomplexos - poliangiite 
microscópica, granulomatose de Wegener e síndrome de Churg-Strauss – e 
associadas a imunocomplexos - púrpura de Henoch-Schönlein ou por IgA e vasculite 
crioglobulinêmica –, em que a distinção é feita pelas características clinicas e laborais 
das doenças. Primeiramente, tem-se a poliangiite microscópica, que é uma vasculite 
autoimune associada aos anticorpos anticitoplasma de neutrófilos (ANCA) e possui 
preferência pelos pequenos vasos do glomérulo e dos pulmões. Suas manifestações 
clínicas dependem da região vascular envolvida, mas as principais são hemoptise, 
proteinúria, hematúria, fraqueza, dor muscular, sangramento, dor abdominal e púrpura 
cutânea palpável. 
Sobre a granulomatose de Wegener ou poliangiite com granulomas, tem-se que 
é uma doença rara que acomete igualmente os sexos e caracteriza-se por granulomas 
ou necrose – associada à ANCA –, principalmente, no trato respiratório e é 
frequentemente acompanhada de glomerulonefrite. Desse modo, o quadro clínico 
pode envolver comprometimento renal, apresentando proteinúria e hematúria, 
 
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podendo haver evolução para insuficiência renal, e comprometimento no sistema 
respiratório, com rinite, faringite e pneumonite bilateral com nódulos e lesões. Além 
disso, pode haver acometimento articular, rash cutâneo e neurite. 
Em relação à síndrome de Churg-Strauss, também conhecida como 
granulomatose ou angiite alérgica, é uma vasculite necrosante com eosinófilos nos 
pequenos vasos, em que existe uma inflamação granulomatosa no trato respiratório 
com associação à asma, ao infiltrado pulmonar ou à rinite alérgica. A sintomatologia 
está voltada, principalmente, para manifestações da pele (púrpuras palpáveis e 
nódulos), do sistema gastrointestinal (náusea, dor abdominal e vômito), por causa de 
infarto e perfuração do intestino, e do respiratório (sinusite, rinite e asma). 
Quanto a vasculite por IgA ou púrpura de Henoch-Schönlein, é a mais comum 
durante a infância e caracteriza-se pela deposição de complexos imunes de IgA1, 
comprometendo, principalmente, os pequenos vasos. Ademais, ela afeta geralmente 
a pele e o trato gastrointestinal, com isso, suas manifestações clínicas são o 
surgimento de petéquias, púrpuras palpáveis (em membros inferiores e/ou nádegas), 
dor abdominal, artrite, vômitos e náuseas. Na maioria dos casos há infecção do trato 
superior antes da sintomatologia. 
Por fim, há a vasculite crioglobulinêmica, a qual decorre da precipitação, em 
baixas temperaturas, de complexos de crioglobulinas na parede de pequenos vasos, 
acometendo, principalmente, os glomérulos, a pele e os nervos periféricos. Seu 
quadro clínico inclui púrpura palpável, neuropatia periférica, poliartralgia e 
glomerulonefrite. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
ABBAS, Abul K.; KUMAR, Vinay; FAUSTO, Nelson. Robbins patologia básica. 10° 
ed. Elsevier Brasil, 2018. 
 
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo, patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
 
GONÇALVES, Mellina Silva. Vasculites: desafio diagnóstico e terapêutico. Arq. 
Catarin Med., v. 48, n. 4, p. 174-190, 2019. 
 
 
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MERKEL, Peter A., MD, MPH. Overview of and approach to the vasculitides in 
adults. UpToDate, 2021.

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