Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Elaborado por Alberto Marcos Halar 0 Docente de Óptica e ondas, Física Moderna, Didáctica de Física, ... UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DELEGAÇÃO DE GAZA FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA XAI-XAI, 2008 BLOCO DE APONTAMENTOS ÓPTICA E ONDAS DISCIPLINA DE COMPONENTE DE FORMAÇÃO CIENTÍFICO – TÉCNICA ESPECÍFICA. Elaborado por Alberto Marcos Halar 1 Introdução Esta disciplina é de regime semestral com um total de 16 semanas distribuídas em aulas teóricas, seminários e práticas laboratoriais. O ensino desta cadeira tentará sempre que possível destacar a unidade da física e a realidade que rodeia o aluno, relacionando os diversos fenómenos das ondas e da óptica mediante uma descrição teórica e experimental comuns a ele. Através de integração de vários fenómenos ondulatórios, de discussões em torno de exemplos com aplicações e técnicas, de tantas demonstrações em classe quanto possíveis, será possível ilustrar a ampla aplicação da teoria física tornando deste modo para o estudante, provavelmente, mais fácil a descrição, a resolução e a compreensão das tarefas e problemas relacionados com os conteúdos abordados. II. Objectivos gerais da cadeira � Proporcionar uma discussão cuidadosa dos conceitos básicos da disciplina, com ênfase na compreensão dos aspectos essenciais, procurando desenvolver a capacidade de pensar sobre os fenómenos em termos físicos; � Tratar com mais profundidade fenómenos ligados a oscilações, ondas e óptica abordados na física escolar; � Criar motivação, abrir horizonte dar ao estudante, a ferramenta necessária para possíveis pesquisas na física escolar e / ou na física ondulatória; � Desenvolver no discente a compreensão dos fenómenos ligados a óptica geométrica e ondulatória; � Operar com as aplicações da óptica e da acústica III. Plano temático Elaborado por Alberto Marcos Halar 2 Nº de ordem Tema Horas por tema 1 Oscilações 18 2 Movimento ondulatório 18 3 Super posição de ondas estacionárias 12 4 Raios e óptica geométrica 18 5 Ondas e óptica ondulatória 18 6 Dualidade onda partícula e a física quântica 12 Total 96 IV. Estratégias e método de ensino e aprendizagem: A disciplina de óptica e ondas que congrega aulas teóricas, exercitação e laboratório, tem uma carga semanal de 6 horas. Quanto a metodologia de trabalho, as questões e problemas colocados nas aulas de exercitação são subdivididos em categorias seguintes: � Exercícios de aplicação directa e relacionados directamente com o essencial do assunto tratado; � Exercício de aplicação no processo ensino – aprendizagem da física do ensino secundário; � Problemas e equações adicionais Para além deste tipo de exercícios a disciplina será caracterizada pelos trabalhos de pesquisa independente individual ou de grupo, experiência de demonstração, experiência de laboratório e construção de aparelhos de demonstração com aparelhos simples. V. Meios de ensino A disciplina usará para o ensino e aprendizagem meios como o quadro, livros, retroprojector, computador e outros recursos pertinentes a este tipo de disciplina. VI. Avaliação Elaborado por Alberto Marcos Halar 3 Os instrumentos de avaliação serão: � Testes escritos e exame oral, � Relatórios de pesquisa bibliográfica; � Relatórios de trabalho de experimentação. VII. Bibliografia básica Alonso & Finn. Física um curso Universitário, Vol.2 Campos e ondas, Edgard Blucher, São Paulo, 1981. Resnick, R. & Halliday, D. Física 3 Rio de Janeiro: LTC- Livros técnicos e científicos, Editora S.A. 1983 Tipler, Paul A. Mecânica. Oscilações e ondas volume 1 – LTC – livros técnicos e específicos, S.A. 2000. B.M. Yavorski, Prontuário de Física, Editora Mir, Moscovo, 1984. Elaborado por Alberto Marcos Halar 4 VIII. Desenvolvimento dos conteúdos.( aula introdutória) Apresentação de experiências de demonstração para a criação de subsídios em torno do tema. 1. Monta se para a observação, vários sistemas oscilantes (mecânicos & eléctricos): Exige se ao estudante o desenvolvimento de actividades científicas de conhecimento ( Observar, descrever, explicar, prever fenómenos e processos, medir grandezas físicas definir ) para o entendimento das experiências. A) Observar é uma actividade científica de conhecimento que tem como objectivo perceber os objectos, processos ou estados conscientemente escolhidos, através de uma percepção objectivamente orientada em relação à sua existência ou às suas transformações. B) Descrever Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo apresentar numa ordem sistemática, fenómenos e factos físicos observados, em relação às suas características externas perceptíveis, com ajuda de meios mentais e linguísticos. C) Explicar Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo deduzir os resultados de uma observação a partir das leis e suas condições de validade, de modelos ou de afirmações gerais, tendo em conta as condições em que o fenómeno toma lugar. Na explicação é fixado claramente, porquê que um dado fenómeno ocorre necessariamente desta e não doutra maneira e faz-se referência à sua essência. Elaborado por Alberto Marcos Halar 5 F) Prever Aceitação cientificamente fundamentada sobre factos reais e possíveis do passado, do presente ou do futuro até então não objectivamente conhecidos, a qual se toma como conclusão lógica a partir de afirmações seguras ou tomadas como seguras. H) Medir Actividade científica de reconhecimento que consiste em fixar, através da interacção entre o objecto de medição e o instrumento de medição, quantas vezes a unidade correspondente, cabe na grandeza que se pretende medir. Definir uma oscilação a partir dos exemplos experimentais e da identificação dos atributos essenciais e comuns ao conceito) Oscilações são movimentos que se repetem com exactidão ou aproximadamente em torno de uma posição de equilíbrio. Uma variação periódica de energia eléctrica, mecânica ou atómica de um sistema é uma oscilação . Uma oscilação mecânica envolve a variação da energia cinética e potencial. O mesmo pode ocorrer com um sistema de uma oscilação eléctrica. Um exemplo interessante: a oscilação dum líquido pode ser demonstrada introduzindo um líquido num tubo em U. Mantendo o líquido inclinado num dos braços através da pressão do ar exercida pelo sopro. Deixando de soprar produz-se uma breve oscilação do liquido em torno da sua posição de equilíbrio. Na natureza, existem sistemas oscilantes como é o caso do universo oscilante (a chamada teoria do bing bang. Esta teoria expressa a ideia de que toda a matéria e a radiação no universo foram formadas à partir da explosão super densa de um conjunto de matéria de alta energia que ocorreu num tempo definido à 10 ou 20 mil milhões de anos atrás. • A primeira fase durou apenas segundos410− . Fase de criação das partículas elementares • Decorrido um segundo formou-se a nuvem de fotões enquanto a outra parte restante formava a matéria constituinte do universo actual. • O Hélio e o Deutério teriam sido formados 100 segundos depois Elaborado por Alberto Marcos Halar 6 • Abaixo destes anos uma parte da matéria expandiu-se e espalhou-se pelo universo e arrefeceu levando a formação eventual de galáxias e de estrelas • Portanto esta teoria explica não só a abundância do hélio e a expansão do universo como também a existência deste anteparo duma radiação de microondas. • A teoria advoga que um dia a expansão vai cessar e toda a matéria vai contrair-se de modo a tornar-se novamente super densa. Este é o modelo oscilante do universo . Oscilações livres Dizem-se livres as oscilações que se realizam num sistema a custa de forças internas após se ter afastado o corpoda sua posição de equilíbrio. Quando um sistema é deslocado da sua posição de equilíbrio, realiza vibrações em torno desta com a sua frequência natural, isto é, a frequência característica do sistema. Estas oscilações diminuem gradualmente até que toda a energia armazenada seja gasta no deslocamento. Oscilações forçadas são as que um corpo efectua sob acção de forças externas que variam periodicamente. O sistema oscila com uma frequência igual à frequência da força externa aplicada. A amplitude é máxima quando a frequência é igual à frequência natural do sistema. Neste caso diz se que ocorre uma ressonância. Condições para a existência de oscilações livres Duas condições básicas são apontadas para a existência de oscilações livres A primeira prende se com o surgimento de uma força dirigida para a posição de equilíbrio capaz de levar o corpo a regressar à sua posição de equilíbrio, Segunda : O atrito no sistema deve ser suficientemente pequeno. Prova em contrário as oscilações amortecem rapidamente ou até podem não ocorrer. Movimento Harmónico simples Elaborado por Alberto Marcos Halar 7 O movimento Harmónico simples é o mais importante e simples de descrever e analisar de todos os que existem na natureza. Ele constitui uma descrição muito precisa de muitas oscilações observadas, porém, nem todos os movimentos oscilatórios são harmónicos. Oscilações harmónicas Oscilações em que o seu deslocamento x ao longo de um eixo ox em relação a origem do sistema de coordenadas dá – se como função de tempo pela relação )cos()( αω += txtx m ou )cos()( αω += tAtx . Na equação, αω +t é o ângulo de fase ou fase do MHS, α é a fase inicial, isto é, a fase em t = 0. Um exemplo típico do MHS é o movimento de um objecto preso a uma mola. A função coseno, repete – se cada vez que o ângulo tω aumenta de π2 e o deslocamento se repete depois de um intervalo de tempo de ω π2 . Estas características mostram – nos que o MHS é periódico e o seu período é ω π2=T . A frequência é T f 1= . Durante o movimento, a partícula ganha uma velocidade dada pela derivada temporal da coordenada. )( αωω +−== tAsen dt dx v variando periodicamente entre os valores A- e ωωA+ Em equilíbrio, a mola não exerce força sobre o objecto. Deslocando se o objecto de uma distância x partindo da posição de equilíbrio, a mola exerce a força kx− , segundo a lei de Hooke. kxFx −= . O sinal negativo indica que a força exercida pela mola é de restauração e é sempre oposta ao sentido do deslocamento. Elaborado por Alberto Marcos Halar 8 Pela lei fundamental da dinâmica, temos x m k kxmax −=−= xaou , ou ainda, A aceleração do oscilador harmónico é a segunda derivada temporal da coordenada ou simplesmente a derivada da sua velocidade, isto é, xtAa 22 )cos( ωαωω −=+−= e varia periodicamente entre os valores AeA 22 ωω −+ . A expressão mostra nos que a aceleração é proporcional e de sentido contrário ao do deslocamento. For ça e ene rgia de um osc ilad or har mó nic o simples. A aceleração de um corpo com MHS é xa 2ω−= . Para que um corpo de massa m oscile com MHS, deve aplicar – se lhe uma força que de acordo com a equação do movimento maF = pode se conhecer o seu valor. kxxmmaF −=−== 2ω , com 2ωmk = e m k=ω . A força no MHS é proporcional e oposta ao deslocamento. Assim, a força aponta sempre para a origem. Pode se por isto dizer que a força é central e de atracção e que o centro de atracção é o ponto o. Esta força aparece quando se deforma um corpo elástico como o caso de uma mola; por Elaborado por Alberto Marcos Halar 9 isso a constante 2ωmk = é chamada de constante elástica e representa a força necessária para fazer deslocar a partícula uma unidade de distância. Energia de um oscilador harmónico simples. Quando um objecto preso a uma mola descreve um MHS, suas energias potencial e cinética variam com o tempo. Neste caso, a energia mecânica total ( UkE += ), é constante. Considerando um objecto a uma distância x da posição de equilíbrio; se este objecto sofre uma força de restauração ( kxF −= ), a energia potencial do sistema pode se calcular da relação entre força e energia potencial kxdxdEkx dx dE dx dE F p pp x =⇔=⇔−= . . Integrando membro a membro temos: 222 00 2 1 2 1 xmEkxEkxdxdE pp xE p p ω=⇔=⇔= ∫∫ . No MHS, a energia potencial tem um valor mínimo no centro (x = 0) e aumenta a medida que a partícula se aproxima de um dos extremos de oscilação ( )Ax ±= . Como )cos()( αω += tAtx , temos substituindo que )(cos 2 1 22 αω += tkAEp . A energia cinética do sistema é dada por 2 2 1 mvEc = . Para o MHS, )( αωω +−= tAsenvx . Substituindo na equação anterior, obtém – se )( 2 1 222 αωω += tsenAmEc . Sabe – se que m k=2ω , então )( 2 1 22 αω += tsenkAEc Como αα 22 cos1−=sen e usando )cos( αω += tx para o deslocamento, pode se expressar a energia cinética como : [ ] )( 2 1 )(cos1 2 1 2222 xAkEtkAE cc −=⇔+−= αω A energia total do oscilador harmónico simples é a soma das energias cinética e potencial. [ ])()(cos 2 1 )( 2 1 )(cos 2 1 2222222 αωαωαωαω +++=⇔+++=+= tsentkAEtsenkAtkAEEE totalcptotal 2 2 1 kAEtotal =⇔ . A energia total de um oscilador harmónico é uma quantidade constante e é proporcional ao quadrado da amplitude. Durante uma oscilação, existe um intercâmbio contínuo de Elaborado por Alberto Marcos Halar 10 energias cinética e potencial. Quando a partícula se afasta da posição de equilíbrio, a energia potencial aumenta a custa da energia cinética. Quando se move em direcção à posição de equilíbrio verifica – se o contrário. Quando o corpo passa pela posição de equilíbrio, a energia cinética é máxima e a energia potencial é nula, sendo a energia cinética representativa da energia total. Exemplo de aplicação: Um objecto de 3kg, preso a uma mola, oscila com uma amplitude de 4 cm e um período de 2s. a) Qual o valor da energia total. b) Qual a velocidade máxima do objecto. c) Em que posição 1x a velocidade é a metade da velocidade máxima? Resolução: 2 2 1 kAE = Dados: M= 3 kg A=4 cm T =2s a) 2 2 1 kAE = mas jxm s kgA T mE T mmk 2222222 1037,2)04,0() 2 2 (3 2 1 ) 2 ( 2 1 ) 2 ( −===⇔== πππω b) sm kg jx m E vmvE cc /126,03 )1037,2(22 2 1 2 max 2 ===⇔= − c) 22 2 1 2 1 kxmvE += . Pretende se que a velocidade seja metade da velocidade máxima. Elaborado por Alberto Marcos Halar 11 cmcmAkA kk E x k E xEkx kxEEkxEkxmvkxvmE 32)4( 2 3 2 3 2 1 2 3 2 3 2 3 4 3 2 1 2 1 4 1 2 1 4 1 2 1 ) 2 1 ( 4 1 2 1 ) 2 1 ( 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1max 22 1 2 max =====⇔=⇔=⇔ =−⇔+=+=+= Sistemas oscilantes. Alguns exemplos Dos diferentes casos de sistemas oscilantes, vamos falar do corpo preso a uma mola vertical Quando um corpo está preso a uma mola vertical, existe uma força para baixo mg adicionada a força da mola. Escolhendo a direcção vertical para baixo como sentido positivo da direcção y, então a força da mola no objecto pendurado é ky− , sendo y a extensão da mola. A força resultante no objecto será ∑ +−= mgkyFy . Fazendo uma mudança para uma nova variável 0yyy −=′ onde k mg y =0 é o comprimento alongado da mola quando o objecto está em equilíbrio. Operando uma substituição por 0yyy +′= , tem se ∑ ++′−= mgyykFy )( 0 . Mas mgky =0 , então ∑ ′−= ykFy Aplicando a segunda lei de Newton ( ∑ = yy maF ) temos ym k dt yd dt yd myk ′−= ′ ⇔ ′ =′− 2 2 2 2 . Esta equação tem a seguinte solução )cos( αω +=′ tAy , com m k=ω . O efeito da força gravitacional mg é de mudar a posição de equilíbrio de 0=y para 0=′y . Quando o objecto é deslocado de sua posição de equilíbrio de y′ , a força resultante é yk ′− . No contexto, o objecto oscila em torno de sua posição de equilíbrio com a frequência angular m k=ω, a mesma que a de um corpo preso na horizontal. A força da mola , a gravitacional e a soma das duas forças são conservativas dado que o trabalho por elas realizado não depende da trajectória. A função da energia potencial pE associada a soma dessas forças é dada pelo negativo do trabalho realizado mais uma constante arbitrária de integração. ∫ +′=⇔′′−−= 0 2 2 1 )( EykEydykE pp , 0E é o valor de energia potencial na posição de equilíbrio ( )0=′y .Nisto, 0 2 2 1 EykEp +′= Elaborado por Alberto Marcos Halar 12 Equação básica no movimento harmónico simples A força necessária para produzir um movimento harmónico simples é kxF −= . Da equação de movimento, maF = . Considerando que num movimento rectilíneo 2 2 dt xd a = , temos 00 2 2 2 2 2 2 =+⇔=+⇔−= x m k dt xd kx dt xd mkx dt xd m . Mas m k=2ω , então temos 022 2 =+ x dt xd ω . Esta equação relaciona a aceleração e o deslocamento. As soluções desta equação são as funções sen e cos de tω . A solução geral desta equação é )cos( αω += tAx . Fazendo substituições, nota se também que tBtAsenxtAsenx ωωαω cos),( +=+= são também soluções gerais da equação. É por esta razão que se diz que 022 2 =+ x dt xd ω é a equação básica do MHS. A sua aplicação é prova de que o fenómeno correspondente é oscilatório, de acordo com a lei )cos( αω += tAx ou com algumas das outras soluções gerais. Pêndulo simples Elaborado por Alberto Marcos Halar 13 É um oscilador composto por uma partícula de massa m, suspensa de um ponto 0 por um fio de comprimento l e de massa desprezível. Seu movimento é exemplo de um movimento harmónico Simples e deve se à componente tangencial TF do peso mgda partícula. Esta força é máxima nos extremos e nula no ponto de equilíbrio e aponta sempre para este ponto. O período das oscilações de um pêndulo simples é dado por g l l g comoT πω ω π 2T se tem, . 2 2 === . È independente da massa do pêndulo e da amplitude, excepto para amplitudes maiores. l x mgF l x l x senmgF esenPsenF PsenF FP psenp pP sen p P p P tt t t Tx x y x y . x s ,5pequenas, são oscilações as como . cos cos −=⇔=⇔=⇔−= ≈≈≤−= −= = ⇔ −= = ⇔ −= = θθθ θθθθ θθ θ θ θ o yP é a resultante da tensão, força responsável pela variação da direcção da velocidade. Tx FP = é a componente tangencial, força responsável pela variação do módulo da velocidade. Elaborado por Alberto Marcos Halar 14 Equação diferencial para o período de um pêndulo si mples As forças actuantes no pêndulo são o seu peso, e a força tensora do fio ou a atracção na mola, θmgsenFT −= , O sinal menos mostra que a força é contrária ao deslocamento. Ela tem intensidade proporcional a θ pois m, g e l são constantes. O movimento tangencial ocorre graças a força TT maF = . A partícula se move ao longo da circunferência de raio l onde 2 2 dt d laT θ= . Temos 02 2 2 2 =+⇔−= θθθθ sen l g dt d mgsen dt d ml . Se o ângulo for pequeno, isto é, para amplitude muito pequenas, θθ ≅sen , temos 002 2 =+⇔=+ θθθθ l g l g dt d && com l g=2ω . A solução da equação diferencial acima é )cos(0 αωθθ += t . Esta solução também pode ser alcançada a partir do comprimento de arco 2 2 2 2 dt d L dt xd Lxs θθ =⇔=≈ bastando substituir na relação θmgsen dt xd −= 2 , 2 2 dt xd por 2 2 dt d θ . Para oscilações que já não podem ser consideradas pequenas, ) 6 1( !3 23 θθθθθ −=−=sen , então de ⇔−= θmgsenFT 0)6 1(0) !3 ( 2 2 23 2 2 2 2 =−+⇔=−+⇔−= θθθθθθθθ l g dt d l g dt d mgsen dt d ml . o período T é determinado a partir da relação +++= +++= ... 2 1 4 3 2 1 2 1 2 1 12... 2 1 ) 4 3 ( 2 1 2 1 2 1 1 4 2 2 2 2 2 42 2 2 20 θθπθθ senxsen g l senxsenTT Pêndulo Físico É um corpo rígido livre para girar em torno de um eixo horizontal que não passa pelo seu centro de massa Elaborado por Alberto Marcos Halar 15 Considerando um corpo plano com um eixo de rotação que dista D do centro de massa do corpo e está deslocado da sua posição de equilíbrio de um ângulo φ . O momento em torno do eixo vale φMgDsen e tende a reduzir |φ |. φτ MgDsen−= . Pela dinâmica de rotação ετ I= . ε é a aceleração angular e I é o momento de inércia em torno do eixo considerado. . .0 22 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 I MgD dt d dt d I MgD dt d sen I MgD dt d MgDsen dt d I dt d IMgDsen ==+⇔−= −≈⇔−=⇔−=⇔=− ωφωφφωφ φφφφφφφφ Note que o movimento só é aproximadamente harmónico se o deslocamento angular for pequeno, neste caso vale, φφ ≈sen . A solução desta equação diferencial é dada por )cos()( 0 αωφφ += tt A frequência angular é . I MgD=ω e o período MgD I T π2= Para grandes amplitudes, o período das oscilações é dado por +++= +++= ... 2 1 4 3 2 1 2 1 2 1 12... 2 1 ) 4 3 ( 2 1 2 1 2 1 1 42 2 2 2 2 42 2 2 20 θθπθθ senxsenMgD l senxsenTT Sobreposição de dois MHS com a mesma direcção e mes ma frequência Sobreposição é a realização simultânea de duas ou mais oscilações produzindo como resultado uma única oscilação. Elaborado por Alberto Marcos Halar 16 Dada uma partícula sujeita a dois MHS, com diferença de fase θ e com o mesmo período, tAx ωcos11 = e )cos(22 θω += tAx . O deslocamento resultante da partícula é dado pela combinação linear, )cos(cos 2121 θωω ++=+= tAtAxxx . Casos particulares: I. 0=θ (Os dois movimentos estão em concordância de fase), ou tAx ωcos11 = e tAx ωcos22 = II. πθ = ( Movimento em oposição de fase) ( ) ,...3,2,1,0 com 12 =+= kk πθ tAtAx ωπω cos)cos( 222 −=+= . O movimento resultante é tAAtAtAxxx ωωω cos)(coscos 212121 −=−=+= . A amplitude resultante é a diferença entre 1A e 2A , tAAtAtAx ωωω cos)(coscos 2121 +=+= ,...)4,3,2,1,0(2 ==∆ kondekπθ Elaborado por Alberto Marcos Halar 17 razão pela qual se diz que os dois movimentos estão em oposição de fase. Em termos dos vectores de rotação temos 2121 AAOPOPA −=−= Se 21 AA = os dois movimentos anulam-se III. quando θ ( diferença de fase) é arbitrária ( ) ( )222 111 αω αω += += tsenAx tsenAx e ϕαωαωθθ =+−+=− 2121 tt A resultante é um MHS com a mesma frequência e amplitude dada por ϕcos2 21 2 2 2 1 AAAAA ++= e 2211 2211 coscos αα ααα AA senAsenA tag + += Ao método da determinação da resultante que consiste em colocar vectores no SCO chama – se método dos vectores girantes. Elaborado por Alberto Marcos Halar 18 Se as frequências cíclicas parciais forem constantes, a frequência cíclica resultante também será uma constante cabendo ao estudante determinar a amplitude e fase da oscilação resultante. 2 : 21 πθθϕ =−=Se temos o chamado método de quadratura 2 2 2 1 AAA += Exemplo 1.Uma partícula está sujeita simultaneamente a dois MHS da mesma frequência e mesma direcção. Suas equações são dadas por: += += 3 26 4 210 21 ππ tsenXetsenX . Determinar o movimento resultante 21 XXX += Dados ? ? 6 3 , 4 2 21 = = = == θ πθπθ A mA + + =⇔ + += ++==−=−= ++= 3 cos6 4 cos10 3 6 4 10 coscos 12 cos6102610 , 1243 , cos2 2211 2211 22 21 21 2 2 2 1 ππ ππ α αα ααα ππππϕααϕ ϕ sensen arctg AA senAsenA arctg xxA AAAAA mA 101 = Elaborado por Alberto Marcos Halar 19 Sobreposição de dois MHS com direcções perpendicula res Seja dada uma partícula movendo se num plano de modo que suas coordenadas x, y oscilem com MHS. Se os dois movimentos tem a mesma frequência, o movimento ao longo do eixo x é descrito por tAx ωcos= e ao longo do eixo y o movimento é descrito por )cos( δω += tBy . δ é a diferença de fase entre as oscilaçõesem x e em y. Se as amplitudes A e B são diferentes, a trajectória da partícula está limitada à região definida pelas linhas: By e ±=±= Ax Casos especiais: I) Os dois movimentos estão em fase. tAx ωcos= e tBy ωcos= , temos que x A B y A x tt A x =⇔=⇔== B y cos B y e cos ωω A recta ao longo de PQ é x A B y = , e deslocamento ao longo desta linha é dado por PQ tBAyxr ωcos2222 +=+= . A resultante é um movimento harmónico simples com amplitude =OP 22 BA + II. Os dois movimentos estão em oposição de fase tAx ωcos= e tBtBy ωπω cos)cos( −=+= , temos combinando as duas equações o seguinte: x A B y A x tt A x −=⇔−=⇔== B y cos B y - e cos ωω que é a equação da recta RS NB: quando 0=δ ou πδ = , a sobreposição de dois MHS perpendiculares com a mesma frequência tem como resultado um movimento harmónico rectilíneo. III. 2 πδ = . Os movimentos ao longo dos eixos x e y estão em quadratura. tAx ωcos= e tBsentBy ωπω −=+= ) 2 cos( 2 2 2 2 22222222 1 ) B y ()(cos) B y (,cos)( B y - e cos B y A x A x tsenttsent A x tsent A x +=⇔ −+=+⇔=−=⇔== ωωωωωω Equação de uma elipse, percorrida no sentido do movimento dos ponteiros dos ponteiros do relógio Elaborado por Alberto Marcos Halar 20 Oscilações amortecidas Dizem – se amortecidas as oscilações que se realizam na presença de atrito. Gradualmente o pêndulo pára de oscilar dada a dissipação de energia mecânica por forças de atrito. As oscilações amortecidas deixam – se classificar em: Super amortecidas – quando a oscilação pára completamente antes mesmo de um ciclo de oscilação. Neste contexto, o pêndulo move se unicamente em torno da posição de equilíbrio com velocidade tendente a um infinitésimo. A exemplo disto temos um pêndulo submerso no melaço. Sub amortecidas – quando o amortecimento é suficientemente pequeno para que a oscilação do sistema diminua lentamente com o tempo. Temos como exemplo deste movimento, uma criança balançando num infatário quando a tia pára de empurrar a cada ciclo. Criticamente amortecidas – São as que apresentam um imediato retorno à posição de equilíbrio. Mov ime nto sub Elaborado por Alberto Marcos Halar 21 amortecido A força de amortecimento exercida sobre um corpo oscilante, pode ser representada pela equação empírica: vFd rr λ−= , onde λ é uma constante que depende do meio e da forma do corpo e v a velocidade do corpo. Este sistema diz se linearmente amortecido. Porque a força de amortecimento é oposta à direcção do movimento, seu trabalho é negativo e causa a redução da energia mecânica do sistema. A energia é proporcional ao quadrado da amplitude 2 2 1 KAE = , e o quadrado da amplitude decresce exponencialmente com o aumento do tempo. τ t eAA − = 20 2 , onde A – é a amplitude A0 – é a amplitude para t = 0, τ é a constante de tempo e representa o tempo necessário para a energia decrescer de um factor e. Aplicando a lei fundamental da dinâmica ao sistema, temos: A solução para um caso de subamortecimento é )cos()2/(0 αω λ +′= − teAx tm e 2 0 0 2 1. −=′ ω λωω m , onde 0ω é a frequência sem amortecimento = mola uma e massa uma 0 param Kω , A amplitude da oscilação é dada por: tmeAA )2/(0 λ−= com λ τ m= . Aumentando a constante de amortecimento λ , reduz se a frequência angular ω ′ até zero para um valor critico. 02 ωλ mc = . Quando cλλ ≥ o sistema não oscila, Se cλλ > o sistema é superamortecido Se cλλ = o sistema tem amortecimento critico e o corpo retorna à posição de equilíbrio sem oscilação. Quanto menor é λ , mais rápido é o retorno do corpo à posição de equilíbrio. 00 2 2 2 2 =++⇔=++ =−−⇔=−−⇔−−= kxxxmkx dt dx dt xd m dt xd m dt dx KxmavkxvKxma &&& λλ λλλ Elaborado por Alberto Marcos Halar 22 Energia de um oscilador subamortecida A energia de um oscilador subamortecido diminui exponencialmente com o tempo. ( )[ ] λ τωωωω τλ meAmEeEeAmeAmAmE t t m b tm ==⇔==== −− − 2 0 2 00 )( 0 222 0 2222 2 1 2 1 2 1 2 1 Q é um factor admensional e representa a qualidade de amortecimento. τω0=Q . Qé a parcela de energia perdida em cada ciclo. Se o amortecimento for fraco, a energia perdida por ciclo é pequena. ) || ( E E∆ em um ciclo é dado por: 1 || , )( 222 || 0 <<∆====∆ ∆ E E Q Q T E E cicloE E ππ τω π τ Q é inversamente proporcional a parcela da energia perdida por ciclo. Exemplo 1. Quando a tecla dó central no piano é tocada (frequência de 262Hz), ela perde metade da sua energia em 4s. a) Qual é o valor da constante de tempo τ? b) Qual é o factor Q para essa corda do piano? c) Qual é a fracção de energia perdida por ciclo? EdtdteEdE t ) 1 () 1 ( 0 ττ τ −=−= − Elaborado por Alberto Marcos Halar 23 Resolução s eeeEEEEsefazeeEEseusaa t 77,5 2ln 44 2 1 ln 4 2 1 ln 4 2 1 ln ln 2 1 ln 2 1 2 1 2 1 ) 1 444 0000 ==⇒= ⇔=−⇔−= =⇔=⇔=⇒=−=− − −−−− τ τττ ττττ Ou ainda pela via 3 4 105,9 1061,6 22 x xEE Q == ∆ = − ππ Nota: τ- é tempo necessário para a energia decrescer de um factor e. c) A fracção da energia perdida no ciclo é dada pela equação 41061,6 77,5.262 11 −==== ∆ x f T E E ciclo ττ Observe que a fracção da energia perdida após 4s não é apenas o número de ciclos vezes a fracção da energia perdida por ciclo, porque a perda de energia é exponencial e não constante. Oscilações forcadas e ressonância Oscilações forçadas são as que um corpo efectua sob acção de forças externas que variam periodicamente de acordo com a lei tFFext ωcos0= . Para manter um sistema amortecido em movimento, é necessário adicionar – se lhe energia mecânica. A amplitude, e por tanto a energia, de um sistema em estado estável depende não somente da amplitude da força de excitação, mas também da sua frequência. A frequência natural de um sistema oscilatório, οω , é a frequência do sistema quando nenhuma força de exercitarão ou de amortecimento está presente (para uma mola por exemplo, m k=Οω ). Se a frequência de excitação é aproximadamente igual a frequência natural do sistema, este oscilará com uma amplitude muito grande. Quando a frequência de excitação é igual a frequência natural do sistema oscilatório, diz – se que o sistema está em ressonância. Neste contexto, a amplitude da oscilação resultante é máxima e a energia por ciclo transferida para o sistema é também máxima. A frequência natural do sistema é chamada de frequência de ressonância. 3105,9)77,5).(262(22) xQsHzQfQQb =⇔=⇔=⇔= πτπωτ Elaborado por Alberto Marcos Halar 24 Curva de força média transferida ao sistema oscilan te como função de frequência de excitação para dois valores diferentes de amortecim ento. A largura da banda das curvas de ressonâncias ω∆ , indicada na figura, é a largura referente à metade da altura máxima. Para amortecimentos fracos, a relação entre a largura da banda da curva de ressonâncias e a frequência de ressonância é igual ao inverso do factor Q. Q 1=∆ οω ω Tratamento matemático da ressonância Assumindo que para um oscilador forçado, além das forças de restauração e amortecimento, o oscilador está submetido a uma força de excitação externa que varia harmonicamente com o tempo de acordo com a expressão tFFext ωcos0= , pode se fazer uma abordagem matemática que explique o fenómeno. Na expressão da força, 0F é a amplitude eω a frequência angular da força de excitação que geralmente não está associada a frequência angular do sistema, 0ω . Aplicando a lei fundamental da dinâmica a um corpo de massa m preso numa mola com uma constante de rigidez k e submetida a um força de amortecimento vλ− e uma força externa tFF ωcos0= , temos Elaborado por Alberto Marcos Halar 25 ∑ = xx maF ⇔ 2 2 0 cos dt xd mtFvkxx =+−− ωλ com m tFxm dt dx dt xd mmk dt xd ax 1 .cos, 0 2 02 2 2 02 2 ωωλω =++⇔== . Assim temos t m F xdx mdt xd ωωλ cos0202 2 =++ como a equação diferencial do oscilador forçado. A Solução desta equação diferencial é dada por ( )αω −= tAx cos onde ω é a frequência de excitação. A amplitude A é dada por ( ) 2222202 0 ωλωω +− = m F A ou ffm F A 222 0 0 4)( βωωω +− = A amplitude do deslocamento no caso de as oscilações serem harmónicas forçadas estacionárias, atinge os valores máximos com a frequência cíclica das oscilações 2222 0 2 γωγωω −=−=r . ω é a frequência cíclica das oscilações amortecidas livres. rω é neste caso a frequência de ressonância. A constante de fase α é dada por: ( ),220 ωω λωα − = m tg ou seja, ( )220 ωω λωα − = m arctg A velocidade do corpo na fase permanente é a derivada temporal da coordenada x ( )αωω −−== tAsen dt dx v para a ressonância 2 πα = , a velocidade esta em fase com a força de excitação: tAtAsenv ωωπωω cos 2 += −−= Exemplo um corpo com uma massa de 1,5kg preso a uma mola de rigidez igual a mN600 perde %3 de sua energia a cada ciclo de oscilação. O mesmo sistema é excitado por uma força sonoidal com valor máximo de .5,00 NF = a) Qual é o valor de Q do sistema? b) Qual é o valor da frequência angular de ressonância? c) Se a frequência de excitação variar levemente em torno da ressonância, qual é a largura ϖ∆ da ressonância? d) Qual é a amplitude na ressonância? Elaborado por Alberto Marcos Halar 26 e) Qual é a amplitude, se a frequência de excitação é srad19=ϖ ? Resolução a) Como a energia perdida por ciclo é somente %3 , então o amortecimento é fraco, pode-se encontrar Q a partir da equação: ( ) 209 03,0 2 2 ==⇔∆= ππ QEEQ ciclo b) ϖ no sistema está em ressonância, srad m K 200 === ϖϖ c) Sabe-se que srad QQ 0957,0 1 0 0 ==∆⇒=∆ ϖϖ ϖ ϖ d) A amplitude para qualquer frequência de excitação é dada por: ( ) 2222202 0 ωλωω +− = m F A , na ressonância 0ωω = , então 0 0 ωb F A = , sabe-se que cm m QF Aoaent Q m m Q m Q 4,17~, 2 0 00 0 0 === =⇒=∧= ϖ ϖλ λ ϖ λ ττϖ e) ( ) ( ) cm m F A 854,0 19144,019205,1 5,0 22222222222 0 2 0 = +− = +− = ωγωω Oscilações electromagnéticas Semelhantemente as oscilações mecânicas, teremos nesta sexão oscilações harmónicas livres, oscilações forçadas e amortecidas. Há três parâmetros que caracterizam o fluxo de cargas através de um circuito eléctrico: a capacitância, C, a resistência R e a auto indutância L. Elaborado por Alberto Marcos Halar 27 Aplicando ao sistema uma força electromotriz externa, a corrente pode iniciar se carregando o condensador, fazendo passar um fluxo magnético variável pela indutância. Dentro do circuito eléctrico a intensidade da corrente é constante ( intensidade da corrente estacionária). De acordo com a lei de Ohm, temos a queda de tensão em C e em L e a total é a soma das duas. aUUIR ε+−= 21 . Devido ao fenómeno de auto indução temos 21 UU − e aε c q UU −=− 21 , sendo q a carga e a força electromotriz dada por dt dL La −=ε que se regista quando fechamos o circuito. Igualando as quedas de tensão através da resistência e do condensador, à fem induzida, teremos: C q RIVL += ou C q dt dI LRI −−= . Derivando membro a membro a equação em ordem a t temos 0 1 0 11 2 2 2 2 2 2 =++⇔=++⇔−−= dt dq Cdt dI R dt Id L dt dq Cdt Id L dt dI R dt dq Cdt Id L dt dI R . Note que o sentido positivo de I foi escolhido de modo dt dq I = , nisto, substituindo temos 01 2 2 =++ I Cdt dI R dt Id L . 0 1 0 1 2 2 2 2 =++⇔=++ I CLdt dI L R dt Id I Cdt dI R dt Id L . ⇒=∧=⇔= 20 1 2 2 ωγγ CLL R L R 0202 20 2 02 2 =++⇔=++ IIII dt dI dt Id ωγωγ &&& Elaborado por Alberto Marcos Halar 28 A solução desta equação diferencial dá a corrente como função de tempo. Oscilações Harmónicas Para a obtenção de uma oscilação harmónica, usamos um circuito oscilatório simples que para a sua realização precisamos de um condensador e de uma bobina, ou seja, a resistência deve ser igual a zero ( circuito ideal). Então temos: 00 1 0 1 2 02 2 2 2 2 2 =+⇔=+⇔=+ I dt Id I LCdt Id I Cdt Id L ω . Representando a equação diferencial através da carga eléctrica temos: 00 2 2 2 2 =+⇔=+ LC q dt qd C q dt qd L , 20 1 ω= LC , então, 020 =+ qq ω&& 020 =+ qq ω&& - equação diferencial de uma oscilação eléctrica harmónica. A solução desta equação diferencial é dada por ( )αω += tsenqq 0 ⇒0q amplitude da carga, 0ω é frequência das oscilações não harmónicas Da expressão 20 1 ω= LC , pode se extrair o período do movimento oscilatório LCT LCTLC ππω 21210 =⇔=⇔= e LC f 1 . 2 1 π = A intensidade da corrente é a derivada temporal de q(t). dt dq I = Elaborado por Alberto Marcos Halar 29 ) 2 ()cos( 00 παωωαωω ++=+== tsenqtq dt dq I ou ++= 20 παωtsenII . Em consequência concluímos que a corrente do circuito é oscilatória, com uma frequência angular =0ω LC 1 e uma amplitude constante. Razão porque se pode expressar a corrente na forma αsenII 0= . 0ω é a frequência natural do circuito. Pelas expressões da carga e da Intensidade da corrente, nota se que a intensidade atinge o valor máximo rapidamente do que a carga e está desfasada em 2 π . Tomando em consideração a tensão c q U = nesta descrição, temos )(0 αω +== tsen c q c q U , onde c q0 é a amplitude da tensão. )(0 αω += tsenUU . Desta expressão da tensão, conclui se que a carga e a tensão estão em fase, ou seja, tanto a carga como a tensão, atingem os máximos no mesmo ponto. Representação gráfica Elaborado por Alberto Marcos Halar 30 No circuito ocorre oscilação porque à medida que se descarrega o condensador, a fem LV na auto indutância tende a manter uma corrente em sentido oposto que carrega o condensador. Quando o condensador se carrega de novo, o processo se repete em sentido oposto, dado que ele tende a descarregar – se novamente. Energia de um circuito LC Consideremos o circuito a baixo indicado 00 IV Ligando o circuito, desenvolvem se oscilações tanto da tensão como da carga. A energia irá depender da capacitância e da tensão do condensador, então, )( 22 2 22 αω +== tsen c q C q we m e a energia magnética ⇔= 2 2 1 LIwm )(cos2 2 2 0 αω += tLiwm O máximo da energia eléctrica do circuito regista se para o Ângulo de fase igual a 90º e o máximo da energia magnética regista se quando o Ângulo de fase igual a oº. Nota se portanto que quando 0=ew . mw é máxima, ou seja, Quando o condensador descarrega, a energia total do circuito é igual a energia magnética , 0=we 202 1 LIwm = e quando ,0=mw C q VqVwe == ;2 1 C q we 2 2 max= . Como o condensador não está descarregado, as duas energias registam se simultaneamente e a soma é igual a energia total do circuito. met www += , ( ) ( ) 20 2 222 0 2 22 0 2 2 2 1 2 1 )cos)()( 2 1 2 1 (cos 2 1 )( 2 00 LI C q ttsenLI C q tLItsen c q w mt +=++++=+++= αωαωαωαω Elaborado por Alberto Marcos Halar 31 Oscilações eléctricas amortecidas (RLC) Quando a resistência não é dispresível, as oscilações resultantes são amortecidas Neste caso conta se com uma constante de amortecimento dada por L R 2 =γ 0200 1 .00 1 , 4 1 2 2 22 0 2 2 2 =++⇔=++⇔=++⇔=++⇔=++ =−=∧= QQQ CL q dt dq L R dt qd dt dq L R dt qd CL q L IR dt dI L C q UUU CLL R LCL R RBc ωγ ωωγ &&& A solução desta equação diferencial é )(0 αω γ += − tseneqq t A resistência no circuito faz com que a frequência da oscilação seja menor que a frequência natural 0ω . A corrente varia com o tempode acordo com a expressão )(0 αω γ +′= − tseneII t , onde 2 0 0 2 1 −=′ ω ωω L R O amortecimento no circuito deve – se a dissipação de energia na resistência. { } { 0.0 3 2 2 1 =++⇔=++ a a a RI dt dI IL C Q IIIR dt dI L C Q 1ª taxa de aumento de energia no capacitor 2 0 2 2 1 2 1 0 LI C q wt += Elaborado por Alberto Marcos Halar 32 2ª taxa de aumento de energia na bobina 3ª taxa de diminuição de energia no resistor Graficamente temos R L eEEeEE t L Rt ==⇔= −− ττ 00 1.2 Oscilações forçadas ( circuito de corrente alte rnada) As oscilações eléctricas forçadas são produzidas quando se agrega uma f.e.m alternada da forma tsenVV ω0= a um circuito RCL, constituindo um circuito de corrente alternada (a.c). Elaborado por Alberto Marcos Halar 33 Neste contexto, igualando as quedas de tensão através da resistência e do condensador à fem total, temos: ( ) tsenV dt dI L C q IRtsenV dt dI L C q IRtsenVUUU BCR ωωαω 000 +−−=⇔+−=+⇔++=+ Derivando ambos membros da igualdade acima, temos tV C Q dt dQ R dt Qd LtV dt dq Cdt dI R dt Id LtV dt Id L dt dq Cdt dI R ωωωωωω coscos1cos1 02 2 02 2 02 2 =++∨=++⇔+−−= A corrente será dada pela expressão: )(0 αω −= tsenII . A amplitude desta corrente é dada por ( ) )( 1 11 1 maxmax max22 max max 2 2 2 2 max max22 0 max R X arctgtsen Z I R X arctg R X tg R C L tg Z I XR I X C LZ C LRmas C LR I XXR V I CL +=⇒=⇔=⇔ − =∧=⇔ + = ⇒=−∧= −+⇔ −+ =⇔ −+ = ωεααω ω αεε ω ω ω ω ω ω ε Esta expressão dá nos a fase da corrente em relação a fem aplicada. Z é a impedância do circuito eléctrico e X é a reactância. Relação entre α,,, XRZ Elaborado por Alberto Marcos Halar 34 No gráfico de V e I em função do tempo acima fica claro que I se atrasa em relação a V de um tempo ω α . A corrente atrasa – se em relação e fem se α for positiva, o que se verifica se Lω for maior do que Cω 1 e adianta – se em relação a fem se α for negativa, o que por sua vez acontece quando Lω é menor que Cω 1 Tensão em cada um dos elementos a) Para o capacitor ) 2 cos(0 πα −−Ω== tU c q U Cc b) Para o resistor )cos(0 α−Ω== tUIRU RR c) Para o indutor ) 2 cos(0 πα −−Ω== tU dt dI LU LL Para a produção de uma corrente eléctrica alternada precisa – se de uma força perturbadora. Geralmente usa – se os circuitos RL, RC, e RCL I. Circuito RL Elaborado por Alberto Marcos Halar 35 Além da fem variável tωε cos0 , temos no circuito uma resistência e uma bobina A equação diferencial é dada por tIR dt dI Lt dt dI LIR Ω=+⇔Ω+−= coscos 00 εε e a solução geral é dada por )cos(0 α+Ω= tII Para achar 0I e α derivamos a equação diferencial substituindo os valores conhecidos. ⇔Ω=+ tIR dt dI L cos0ε (dt d L )cos(0 α+ΩtI )+R )cos(0 α+ΩtI = ttRItsenLIt Ω=+Ω++ΩΩ−⇔Ω cos)cos()(cos 0000 εααε ttsensentRItsentsenLI Ω=Ω−Ω+Ω+ΩΩ− cos)cos(cos)coscos( 0000000 εϕϕϕϕ Igualando as constantes a zero, temos R L arctg R L tg RI LIsen senRILI Ω=⇔Ω=⇔ Ω− =⇔=−− 00 0 0 0 0000 cos 0cos ϕϕ ϕ ϕϕϕω Para a determinação de 0I 22 0 0 220 0220 00 0 000 0 0 00 0 0000000000 )( )( )( cos cos cos cos )cos(cos LR I R LR R I LR R mas R I senRtgR I RsenL IRsenLIRIsenLI Ω+ =⇔ ⇔ Ω+ =⇒ Ω+ ==⇔ − = ⇔ +− =⇔=+−⇔=+− ε ε ϕϕε ϕϕϕ ε ϕϕω εεϕϕωεϕϕω Substituindo 0I na expressão da intensidade da corrente eléctrica temos )cos( )( )cos( 22 0 0 R L artgt LR ItII Ω−Ω Ω+ =⇔+Ω= εα Como a resistência é complexa, a resistência indutiva LΩ é equivalente a reactância indutiva. Circuito capacitivo Elaborado por Alberto Marcos Halar 36 No circuito capacitivo substitui – se a bobina por um capacitor. A equação diferencial é dada por tRI C Q Ω=+ cos0ε Se a intensidade da corrente for dada por )cos( 00 ϕ+Ω= tII . )()cos( 0 0 00 ϕϕ +ΩΩ =⇔+Ω==⇔=⇔= ∫ ∫ tsen I QdttIIdtQIdtdQ dt dQ I Substituindo IeQ na equação diferencial temos ⇔Ω=+Ω++Ω Ω ⇔Ω=+ ttRItsen C I tRI C Q cos)cos()(cos 0000 0 0 εϕϕε ttsensentRItsentsen C I Ω=Ω−Ω+Ω+Ω Ω cos)cos(cos)coscos( 000000 0 εϕϕϕϕ CR arctg CR tg RI C I tgsenRI C I Ω =⇔ Ω =⇔Ω=⇔=− Ω 11 0cos 00 0 0 0000 0 ϕϕϕϕϕ Para o cálculo de 0I temos igualando os termos correspondentes o seguinte: Elaborado por Alberto Marcos Halar 37 22 0 0 22 0 0 22 0 00 0 0000 00 0 000 0 0 0 00 0 000000000 0 ) 1 ( ) 1 ( ) 1 ( cos cos coscos cos cos 1 cos 1 )cos 1 (cos C R I R C R R I C R R como R I RsenRsen I RsenRtg I Rtg CRsen C IRsen C IRIsen C I Ω + =⇔Ω + = ⇒ Ω + ==⇔ + =⇔ + = ⇒= Ω+ Ω =⇔=+ Ω ⇔=+ Ω ε ε ϕϕε ϕϕϕϕ ϕε ϕϕϕ ε ϕ ϕϕ εεϕϕεϕϕ Substituindo na equação da intensidade da corrente temos: ) 1 cos( ) 1 ( )cos( 22 0 00 RC arctgt C R ItII Ω +Ω Ω + =⇔+Ω= εϕ . A intensidade atinge o seu valor máximo mais rápido que a fem. Potência media fornecida a um circuito A potência media necessária para manter a corrente num circuito é dada por 2000 2 1 cos 2 1 RIIVPméd == α . Quando a potência média é máxima, regista – se a ressonância. Este facto verifica – se quando ,0=α e C L Ω =Ω 1 , numa altura em que a frequência ω é igual a frequência natural do circuito 0ω . Em ressonância a corrente atinge o valor máximo de amplitude e está em fase com a fem aplicada, produzindo deste modo a potência média máxima. Elaborado por Alberto Marcos Halar 38 Como o indutor e capacitor não dissipam energia, a potência media fornecida a um circuito RLC em série é igual a potência media fornecida ao resistor. A potência instantânea é dada pela expressão: ( )δω −= tRIP 2max2 cos. O gráfico da potência media em função da frequência para um circuito RLC b m Q == ττωτ ;; Então o factor de qualidade será: R L Q 0ω= Quando a curva de ressonância é muito estreita (Q>2) então: f f Q ∆ = ∆ = 00 ω ω Aplicação da ressonância nos circuitos eléctricos I. ao sintonizar variamos a capacitância, na tentativa de igualar a frequência; II. os circuitos RLC são usados em receptores da rádio, nos quais se faz variar a frequência da ressonância, ajustando o valor da capacitaria; III. a ressonância ocorre quando a frequência natural do circuito é igual a frequência usada por uma das estacões da radio que o aparelho foi projectado para captar; IV. na ressonância existe uma corrente relativamente elevada no circuito da antena. Se o factor Q do circuito é suficientemente alto, as correntes produzidas pelas frequências das outras estações fora da ressonância são menores. Elaborado por Alberto Marcos Halar 39 Ex: um circuito RLC em serie tem L=2H, C=2µF e R=20Ω, é alimentado por um gerador com uma tensão máxima de 100V e frequência variável. a) Determine a frequência f0 na ressonância. Resolução Hz LC fa 6,79 2 1 ) 0 == π b) O factor Q do circuito R L fQf R L Qb ππωω 22;) 000 =⇒== c) A largura da curva de ressonância Q Qc 00) ωω ω ω =∆⇒ ∆ = d) A corrente máxima na ressonância. R I RZXXd CL max max ;) ε = == A Z I 5 20 100max max === ε 2. Se o gerador do exercício anterior tiver uma frequência de 60Hz. Determine a corrente maxima. Se I é máximo – R=0 ( ) A XX I Z I XXZXXRZ CL CLCL 174,0maxmax max max 22 = − =⇒= −=⇒−+= εε onde: fc XefLX f c XeLX CL CL π π πω ω ω 2 1 2 2; 1 0 == === Para cada frequência ha sempre um valor máximo. b) Determine o ângulo de fase c) Determine a potência media fornecida ao circuito R XX arctgtgCL − =δ Elaborado por Alberto Marcos Halar 40 RRIP . 2 1 max 2= Relação entre oscilações mecânicas e eléctricas Mecânicas Electromagnéticas Amortecidas 02 =+ XX ω&& ; massa ( )m , constante ( )K , elongacao ( )Χ , velocidade ( )v k m f m k T π π 2 1 ;2 == 2 22 2 1 2 1 ; 2 1 kAE kxEmvE t pC = == 02 =+ QQ ω&& Indutância ( )L , constante c 1 , carga ( )Q ( ) LC f LCTtsenQQ π παω 2 1 2;0 = =+= C ELIE C Q E tmc 2 02 2 2 1 2 1 ; 2 1 ω=⇒== Equação diferencia Grandeza fundamental Solução da equação Período e frequência Energias Amortecimento ( )αω τωτ +=++ ===/ − teAx dt xd dt dx m b x m k Q b m b t m b t cos; ;;0 2 02 2 0 τωτ 0;;0 ===/ QR L R ( ) ( ) T t t L R t eEE L R teQQ dt Qd dt dQ L R Q LC − − = −=′ += =++ 0 2 0 0 2 0 2 2 ; 2 1 cos 0 1 ω ωω αω Grandeza fundamental Equação diferencial Solução da equação Período e frequência Energias Forcadas ( ) ( ) ( ) ( ) 2222202 0 22 0 max ; cos ωωωωω ωα αω bm f A m b tg tXX t +− = − = −= ( ) ( ) ( ) ( ) R XX tg Z I tIItQQ CL tt − == −=−= αε αωαω ; cos/cos max max max0 Função da posição Amplitude Constante e fase Elaborado por Alberto Marcos Halar 42 Movimento ondulatório Ondas mecânicas São o tratamento do movimento ondulatório, são de e xtrema importância os conceitos de meio elástico e de meio homogéneo. Meio elástico : Um meio diz – se elástico se as deformações que sofre devido a acção de forças externas desaparece logo que a acção dessas forças cessa. Fisicamente isto é caracterizado por εδ E= onde E é a constante ou módulo de elasticidade e δ equivale a força exterior. Esta relação assemelha – se a lei de Hooke nas oscilações mecânicas KxF −= Meio homogéneo : Diz se homogéneo ao meio em que as propriedades físicas de importância fundamental para um problema dado não variam de ponto para ponto. Onda : É um processo no qual uma grandeza física (e) se propaga com uma velocidade finita no espaço e varia periodicamente em função de posição e de tempo ),( tree r= . No movimento ondulatório propaga – se ou transfere – se energia e momento mas não há transmissão da substância. frente da onda: É um lugar geométrico dos pontos qu e se encontram à mesma distancia R da fonte. Descreve - se uma onda através do campo de uma onda ),( tree r= que é o conjunto de todos os pontos que são abrangidos pela onda. Os aspectos mais importantes das ondas são a sua velocidade de propagação e as modificações que sofrem quando variam as propriedades físicas do meio em que se propagam ( reflexão, refracção, polarização), quando se intercalam diferentes espécies de obstáculos (difracção, espalhamento ou várias ondas coincidem na mesma região do espaço ( interferência). Condições para o surgimento de uma onda. Note que o movimento ondulatório pode se transformar numa oscilação desde que –se considere r r uma constante. Para tal pode se fazer a coplagem dos osciladores, o que vai permitir que estes se transmitam energia passando a executar um movimento periódico. Elaborado por Alberto Marcos Halar 43 Classificação das ondas 1. Ondas elásticas 2. Ondas Electromagnéticas 3. Ondas de Probabilidade Classificação quanto a direcção de propagação a) Transversais - quando a perturbação coincide com a deformação b) Longitudinais (ondas sonoras, nos líquidos) 1. Ondas elásticas Transversais São todas as ondas em que a perturbação transmite -se numa direcção perpendicular a direcção de propagação. Elaborado por Alberto Marcos Halar 44 O deslocamento transversal dos segmentos é representado pela função de onda )( vtxfY −= no caso de ondas numa corda Longitudinais São ondas em que a perturbação é paralela a direcção de propagação. Imagine um cilindro com um êmbolo contendo ar. imprimindo ao êmbolo um movimento de vai- vem, vemos no ar contido no êmbolo uma série de compreensão e dilatação. As moléculas do ar situadas mais próximo do embolo adquirem movimento vibratório que se transmite as moléculas vizinhas situadas a direita do embolo e a esquerda do mesmo. A velocidade das ondas depende das propriedades do meio e não do movimento da fonte das ondas Ex: A velocidade do som de uma bosina do carro depende apenas das propriedades do ar e não só movimento do carro. Para o caso dos pulsos ondulatórios numa corda, quanto maior for a tensão maior será a propagação das ondas. Alem disso as ondas se propagam mais rapidamente numa corda leve do que numa corda pesada. Elaborado por Alberto Marcos Halar 45 Esta velocidade pode ser determinada pela expressão µ F v = sendo µ a massa por unidade de comprimento ( densidade linear) e F a tensão. Se houver variação de pressão e de densidade, as ondas são acústicas (sonoras ). As ondas sonoras são ondas de compressão que você pode ouvir. São constituídas de compressões e rarefações. O som não pode propagar-se através do vácuo. Transmite-se mais facilmente através de líquidos e sólidos que através do ar. As ondas sonoras caminham cêrca de 330 metros por segundo, à temperatura do gelo em fusão. sua velocidade aumenta de 55 centímetros por segundo para cada elevação de um grau centígrado acima do zero. Os ecos ( som reflectido) são usados para medir a profundidade da água. O som é uma compressão mecânica ou onda longitudinal que se propaga através de forma circuncêntrica, em meios que tenham massa e elasticidade como os sólido, líquido ou gases, ou seja, não se propaga no vácuo. Os sons naturais são, na sua maior parte, combinações de sinais, mas um som puro possui uma velocidade de oscilação ou frequência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou energia que se mede em décibeis. Os sons audíveis pelo ouvido humano têm uma frequência entre 20 Hz e 20 kHz. Acima e abaixo desta faixa são ultra-som e infra-som, respectivamente. Seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da audição, com seus dois ouvidos, que permite saber a distância e posição da fonte sonora, a chamada audição estereofônica. Muitos sons de baixa freqüência também podem ser sentidos por outras partes do corpo e pesquisas revelam que elefantes se comunicam através de infra-sons. Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para comunicação através da fala ou, por exemplo, música. A percepção do som também pode ser usada para adquirir informações sobre ambiente em propriedades como características espaciais (forma, topografia) e presença de outros animais ou objetos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos usam a ecolocalização para voar e nadar por entre obstáculos e caçar suas presas. Navios e submarinos usam o sonar, seres humanos recebem e usam informações espaciais percebidas em sons. Fontes sonoras Elaborado por Alberto Marcos Halar 46 Esquema representando a audição humana. (Azul: ondas sonoras; Vermelho: tímpano; Amarelo: cóclea; Verde: Células receptoras de som; Púrpura: espectro de frequencias da resposta da audição; Laranja: Potencial de acção do nervo. A modelação das diferentes fontes sonoras corresponde à primeira fase no processo de síntese de Som 3D. Uma "Fonte Sonora", é definida como sendo um objeto que permite a caracterização de um determinado som, baseado numa associação a um objeto "Amostra" que representa uma amostra de som armazenada no banco de sons do sintetizador. Existe adicionalmente uma hierarquia de classes de objetos derivados da "Fonte Sonora" e que herdam as características da classe de objetos base, permitindo modelar comportamentos distintos. São derivadas diretamente três classes de objetos a partir da "Fonte Sonora"; uma "Fonte Sonora Impulsiva" que modelaas características de uma fonte sonora que apenas reproduz a amostra de som uma única vez quando acuada (por exemplo o som de uma colisão), uma "Fonte Sonora Cíclica" permitindo modelar fontes sonoras que reproduzem a amostra ciclicamente enquanto esta estiver ativada (por exemplo uma buzina) e uma "Fonte Sonora de Altura Variável". Desta última classe são derivadas outras duas, que permitem a diferente implementação dos algoritmos que alteram a altura e a intensidade do som produzido, com base nos diferentes fenômenos que modelam. A "Fonte Sonora Motorizada" simula o comportamento de um motor e a "Fonte Sonora de Deslocamento" modela os efeitos da fricção e da turbulência provocadas por determinados objetos ao deslocarem-se sobre uma determinada superfície ou por um determinado meio. Tecnologia sonora Esquema representando duas ondas sonoras de diferentes frequências. O advento da tecnologia e principalmente da eletrônica permitiu o desenvolvimento de armazenamento de áudio e aparelhos de som para gravação e reprodução de áudio, principalmente música. Elaborado por Alberto Marcos Halar 47 São exemplos de fontes ou mídias o MP3, CD, o LP ou Disco de vinil e o cassete. Alguns dos aparelhos que reproduzem essas mídias, são o toca-discos e o gravador cassete. Desde seus primórdios, com a invenção do fonógrafo, essa reprodução eletrônica do áudio evoluiu até atingir seu auge na alta fidelidade, que faz uso da estereofonia. Meios de Propagação Meios nos quais uma onda pode se propagar são classificados como a seguir: • meios lineares: se diferentes ondas de qualquer ponto particular do meio em questão podem ser somadas; • meios limitados: se ele é finito em extensão, caso contrário são considerados ilimitados; • meios uniformes: se suas propriedades físicas não podem ser modificadas de diferentes pontos; • meios isotrópicos: se suas propriedades físicas são as mesmas em quaisquer direções. A velocidade do som é a distância percorrida por uma onda sonora por unidade de tempo. É a velocidade a que uma perturbação se propaga num determinado meio. Em instrumentação pode-se utilizar este princípio para medir com boa exatidão distâncias entre obstáculos, assim: conhecendo- se a velocidade de propagação de um sinal (normalmente ultra-som no ar) é possível medir o tempo que ele gastou a percorrer um determinado espaço. Com este valor é simples calcular a DISTANCIA percorrida. Utilizam-se sensores especiais que emitem o sinal em forma de pulso (ultra-som) e os recebe de volta (eco ). Um sistema microprocessado pode calcular o tempo gasto (normalmente milissegundos Tabela - velocidade do som no ar c e C, densidade do ar ρ, impedância acústica Z e temperatura Impacto da temperatura em °C c em m/s C em km/h ρ em kg/m³ Z em N·s/m³ -10 325,4 1.171,4 1.341 436,5 -5 328,5 1.182,6 1.316 432,4 0 331,5 1.193,4 1.293 428,3 +5 334,5 1.204,2 1.269 424,5 +10 337,5 1.215,0 1.247 420,7 +15 340,5 1.225,8 1.225 417,0 +20 343,4 1.237,0 1.204 413,5 Elaborado por Alberto Marcos Halar 48 +25 346,3 1.246,7 1.184 410,0 +30 349,2 1.257,1 1.164 406,6 Produção do Som Fixemos uma lâmina de aço muito fina para que ela possa oscilar conforme indica a figura ao lado. Quando deslocamos a lâmina, sua extremidade livre começa a oscilar para a direita e para a esquerda. Se a lâmina vibrar com rapidez, produzirá um som sibilante, mostrando que os sons são produzidos pela matéria em vibração. À medida que a lâmina oscila para a direita, ela realiza trabalho nas moléculas do ar, comprimindo-as, transferindo a elas energia na direcção da compressão. Ao mesmo tempo, as moléculas do ar, situadas à esquerda, se expandem e se tornam rarefeitas, o que retira energia delas. Quando a lâmina se move no sentido inverso, ela transfere energia para as moléculas do ar situadas à esquerda, enquanto as da direita perdem energia. O efeito combinado de compressão e rarefacção simultâneo transfere energia das moléculas do ar da esquerda para a direita, ou da direita para a esquerda na direcção do movimento da lâmina, produzindo ondas longitudinais, nas quais as moléculas do ar se movimentam para frente e para trás, recebendo energia das moléculas mais próximas da fonte e transmitindo-a para as moléculas mais afastadas dela, até chegarem ao ouvido. Elaborado por Alberto Marcos Halar 49 No ouvido, as ondas atingem uma membrana chamada tímpano. O tímpano passa a vibrar com a mesma frequência das ondas, transmitindo ao cérebro, por impulsos eléctricos, a sensação denominada som. As ondas sonoras são ondas longitudinais, isto é, são produzidas por uma seqüência de pulsos longitudinais. As ondas sonoras podem se propagar com diversas freqüências, porém o ouvido humano é sensibilizado somente quando elas chegam a ele com freqüência entre 20 Hz e 20 000 Hz, aproximadamente. Quando a freqüência é maior que 20 000 Hz, as ondas são ditas ultra-sônicas, e menor que 20 Hz, infra-sônicas. As ondas infra-sônicas e ultra-sônicas não são audíveis pelo ouvido humano. As ondas infra- sônicas são produzidas, por exemplo, por um abalo sísmico. Os ultra-sons podem ser ouvidos por certos animais como morcego e o cão. As ondas sonoras audíveis são produzidas por: vibração de cordas vibração de colunas de ar vibração de discos e membranas Elaborado por Alberto Marcos Halar 50 O som musical, que provoca sensações agradáveis, é produzido por vibrações periódicas. O ruído, que provoca sensações desagradáveis, é produzido por vibrações aperiódicas. Transmissão do Som A maioria dos sons chega ao ouvido transmitida pelo ar, que age como meio de transmissão. Nas pequenas altitudes, os sons são bem audíveis, o que não ocorre em altitudes maiores, onde o ar é menos denso. O ar denso é melhor transmissor do som que o ar rarefeito, pois as moléculas gasosas estão mais próximas e transmitem a energia cinética da onda de umas para outras com maior facilidade. Os sons não se transmitem no vácuo, porque exigem um meio material para sua propagação. De uma maneira geral, os sólidos transmitem o som melhor que os líquidos, e estes, melhor do que os gases. Observe a tabela que apresenta a velocidade de propagação do som a 25°C. Meio Velocidade (m/s) Ar 346 Água 1498 Ferro 5200 Vidro 4540 Qualidades do Som Se a energia emitida pela fonte é grande, isto é, se o som é muito forte, temos uma sensação desagradável no ouvido, pois a quantidade de energia transmitida exerce sobre o tímpano uma pressão muito forte. Elaborado por Alberto Marcos Halar 51 Quanto maior a vibração da fonte, maior a energia sonora, logo: Quanto maior a amplitude da onda, maior a intensidade do som. Quanto maior a amplitude da onda, maior a intensidade do som. Em homenagem ao cientista norte-americano Graham Bell (1847-1922), que estudou o som e inventou o telefone, a intensidade sonora é medida em bel (B) ou decibéis (dB). Os sons muito intensos são desagradáveis ao ouvido humano. Sons com intensidades acima de 130 dB provocam uma sensação dolorosa e sons acima de 160 dB podem romper o tímpano e causar surdez. ves ou baixos têm De acordo com a frequência, um som pode ser classificado em agudo ou grave. Essa qualidade é chamada altura do som. voz do homem tem frequência que varia entre 100 Hz e 200 Hz e a da mulher, entre 200 Hz e 400 Hz. Portanto, a voz do homem costuma ser grave, ou grossa, enquanto a da mulher ser aguda, ou fina. No caso de ondas acústicas num fluido como o ar ou água, a velocidade é dada por ρ β=v , sendo ρ a densidade do meio em equilíbrio e β o módulo de compressibilidade A F P , / = ∆ ∆−= VV Pβ . As expressões da velocidade acima mostram que em geral a velocidade das ondas depende das propriedades elásticas do meio( tensão nas ondas numa corda, módulode compressibilidade, nas ondas acústicas) e de uma propriedade inercial ( densidade linear da massa e densidade volumar de massa). Equação de onda A equ açã o difer enci Elaborado por Alberto Marcos Halar 52 al que relaciona as derivadas espaciais de ),( txy às derivadas temporais pode ser deduzida aplicando as leis de Newton ao movimento de um segmento de corda. Neste caso admitimos pequenos deslocamentos verticais. O comprimento do fio é aproximadamente x∆ e a sua massa xm ∆= µ com µ a densidade linear da corda . A força resultante nesta direcção de propagação é ∑ −= .12 θθ FsenFsenF 21 θθ ∧ são os ângulos assinalados e F a tensão na corda. Como os ângulos são pequenos, ∑ −≈−=≈ )()F(senF , , 1212 θθθθθθ tagtagFsenentãotagsen A tangente do ângulo é a inclinação S e é igual a derivada de ),( tre em relação a x com t constante. ∑ ∆=−=⇒∂ ∂== sFSSFF x y tagS )( 12θ . 12 SS ∧ são as inclinações nas extremidades do segmento e S∆ a variação da inclinação. Aplicando a lei do movimento, temos 2 2 2 2 t y x S F t y xSFmaF ∂ ∂= ∆ ∆⇔ ∂ ∂∆=∆⇔=∑ µµ . No limite de 0→∆x temos 0 Então .lim 2 2 2 2 2 2 →∆ ∂ ∂= ∂ ∂ ∂ ∂= ∂ ∂ ∂ ∂= ∂ ∂= ∆ ∆ x t y Fx y x y x y xx S x S µ Equação de uma onda numa corda tencionada A solução desta equação diferencial é qualquer função do tipo ).( vtxy − Demonstração Seja vtx −=α . A função de onda toma o aspecto )()( αyvtxyy =−= . Se representarmos por y′ a derivada de y em relação a α temos t y t y t y x y x y x y ∂ ∂′= ∂ ∂ ∂ ∂= ∂ ∂ ∂ ∂′= ∂ ∂ ∂ ∂= ∂ ∂ αα α αα α . Com v tx −= ∂ ∂= ∂ ∂ αα e 1 , temos vy t y y x y ′−= ∂ ∂∧′= ∂ ∂ . Tomando as da segunda ordem, temos: 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2 2 2 2 1 assim, , x y v t y t y vx y yv t y v t y v t y y x y ∂ ∂= ∂ ∂⇔ ∂ ∂= ∂ ∂′′+= ∂ ∂ ∂ ′∂−= ∂ ′∂−= ∂ ∂∧′′= ∂ ∂ α α . Equação geral de uma onda. A solução desta equação diferencial é ).(),( tkxAsentxy ω−= Tal pode ser demonstrado a partir da equação. )())cos(( ).cos().)(( 2 2 2 tkxsenAktkxAk x y x y tkxAktkxAsen x y x y ωω ωω −−=− ∂ ∂= ∂ ∂ −=− ∂ ∂= ∂ ∂ Elaborado por Alberto Marcos Halar 53 Em relação a t as duas derivadas tem o seguinte aspecto )())cos(( ).cos().)(( 2 2 2 tkxsenAtkxA t y t y tkxAtkxAsen t y t y ωωωω ωωω −−=− ∂ ∂= ∂ ∂ −−=− ∂ ∂= ∂ ∂ Fazendo uma verificação na equação diferencial, k v ))(( 1 )( 1 2 2 2 2 2 22 2 ωωωω =−−=−−⇔ ∂ ∂= ∂ ∂ setkxAsen v tkxsenAk t y vx y Em uma dimensão a equação de onda para das ondas sonoras tem o seguinte aspecto 2 2 22 2 1 t y vx S S ∂ ∂= ∂ ∂ onde S é o deslocamento na direcção x e Sv a velocidade do som Ondas harmónicas São ondas originadas por fontes harmónicas, ou seja, as que se propagam obedecendo as leis sen e cos. Como durante um período f T 1= a onda avança uma distância λ , então a velocidade f T v λλ == A lei que descreve o deslocamento de uma partícula em movimento Harmónico, é )()( δ+= kxAsenxy No estudo de uma única onda temos de escolher a posição de origem e tomamos 0=δ Um ponto 1x separado do outro 2x por λ de modo que λ+= 12 xx ; os dois pontos apresentar – nos –ão deslocamentos iguais λ ππλλλ 22)()()()( 112121 =⇔=⇒+=+==⇒= kkkkxsenxsenksenkxsenkxxyxy Se a onda avança para a direita com velocidade v, substituimos o x na equação )()( δ+= kxAsenxy por vtx − ( pulsos ondulatórios ) com uma constante de fase nula, temos: )(),() 22 () 22 ()()(),( tkxAsentxyt T xAsent T xAsenkvtkxAsenvtxAsenktxy ωπ λ πλ λ π λ π −=∨−=−=−=−= vkv λ πω 2== Equação da onda Elaborado por Alberto Marcos Halar 54 e t e ∇= ∂ ∂ 2 2 2 ϕ onde: e∇ - operador do Laplace ϕ - velocidade da propagação 2 2 2 2 2 2 z e y e x e e ∂ ∂+ ∂ ∂+ ∂ ∂=∇ Ondas unidimensionais Sol: ( ) ( )ϕω +−= kxtsenee tx 0, Onde: K- é o numero de ondas. λ π2=k ( ) ( ) ( )[ ]ϕωϕω ϕϕ ϕω ϕ +−++−= += +− kxtkxtisenee isene kxti i cos cos 00 Grandezas que caracterizam uma onda 1. Numa corda: s f vou f v tt ρµ == onde: ft- tensão do fio e m=µ - densidade linear. 2 2 2 2 2 x e t e ∂ ∂= ∂ ∂ ϕ Elaborado por Alberto Marcos Halar 55 s- área da secção transversal v m=ρ - Densidade volumétrica { adiabaticatecongasdooapressppk tan;~ −−= γγ M RT v VM mRT v M m n V nRT v V nRT p p v γ ρ γ ρ γ ρ γ =⇒=⇒==⇒== ;; 2. Para uma onda Sonora dentro de um fluido P v β= ; onde: β - constante de Bulde; p - massa especifica do ar. β - é a razão negativa entre o aumento da pressão e a diminuição do volume. VV p /∆ ∆−=β Energia cinética e potencial numa corda A energia cinética é dada pela expressão: Pela função de onda pode – se calcular a energia mecânica de um segmento. Considerando x∆ o comprimento do fio e x∆µ a sua massa, a energia cinética procurada é 2)( 2 1 dt dy xk ∆=∆ µ . Como )cos( v),( y tkxAdt dy tkxAseny ωωω −==−= , então ⇔−∆=∆=∆ )cos( 2 1 )( 2 1 222 tkxAx dt dy xk ωωµµ ( )tkxxAk ωωµ −∆=⇔ 222 cos 2 1 Energia potencial O trabalho realizado na elongação de uma corda depende da inclinação dx dy e corresponde a energia potencial. Para pequenas amplitudes, a energia potencial, a inclinação e a tensão do fio relacionam – se pela expressão x dx dy FU ∆=∆ 2)( 2 1 . De )(cos 2 1 )cos(),( 222 tkxAxkFUtkxkA dx dy tkxAseny ωωω −∆=∆⇒−=−= Elaborado por Alberto Marcos Halar 56 22 )(; k F k vvF ωµωµ =⇔== A energia mecânica total será dada por: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tkxkAE tkxAmtkxxAtkxxAtkxAE tkxxAtkxAxk k E tkxxAtkxAxkFkE ω ωωωωµωωµωµω ωωµωµω ωωµωϕ −=⇔ −=−∆=−∆+−=⇔ −∆+−∆= ⇔−∆+−∆⇔+= 22 222222222222 222222 2 2 222222 cos coscoscos 2 1 )(cos 2 1 cos 2 1 )(cos 2 1 cos 2 1 )(cos 2 1 Energia media de um segmento 22222 2 1 2 1 2 1 kAmAxAEmed ==∆= ωωϕ Potência media de transmissão de energia Potência de transmissão Uma onda de λ =35 cm e A= 12cm, desloca-se ao longo de uma corda de 15m cuja massa é de 80g, e sujeita a uma tensão uniforme de 12N. a) Qual é o valor da velocidade e da frequência angular da onda? b) Qual é a energia média da onda. considere ρ=5,33x10-33 kg/m. k vcom k A A k vAP dt dE P med ωµωωωµωϕ ====⇔= ; 2 1 2 1 2 1 232222 Elaborado por Alberto Marcos Halar 57 Propagação das ondas As ondas podem – se propagar de três maneiras Unidimensionais quando – se propagam em uma só direcção. ),( txee = Bidimensionais- aquelas que – se propagam no plano, ou seja, em duas dimensões ),,( tyxee = Ondas em três dimensões Estas ondas são geradas por uma fonte pontual que se desloca para cima e para baixo em MHS. O comprimento da onda e a distância são medidos entre duas cristas consecutivas, as quais neste caso são círculos concêntricos. A cada um destes círculos chamamos de frente de onda. ),,,( tzyxee = Para uma frente pontual de ondas sonoras, as ondas movem-se em três dimensões, sendo as frentes de ondas superficiais esféricas concertinas. Intensidade das ondas Elaborado por Alberto Marcos Halar 58 Se um fonte pontual emite ondas uniformemente em todas direcções, então a energia a uma distância (l) a partir da fonte é distribuída uniformemente sobre uma superfície esférica de raio (R) e área 24 rA π= . Se P for a potência emitida pela fonte então a potência por unidade da área é a razão 24 r P π . A potência média por unidade de área ( que é incidente de forma perpendicular á direcção de propagação) é chamada Intensidade. A intensidade da corrente e a energia especifica relacionam – se entre sí através da relação vI med.η= onde: medη - é a energia especifica media Nível de intensidade e sonoridade A percepção de sonoridade não é proporcional à intensidade do som masvaria de forma logarítmica. Assim, foi adoptada uma escala logarítmica para descrever o nível de intensidade de uma onda Sonora a qual é medida em (dB ). 0 log10 I I=β ; onde: I- intensidade do som; 0I - limiar de audição 2 12 0 10 m w I −= Escala: B =0 dB – limiar de audição B =120 dB – limiar de audição dolorosa. Ondas contra obstáculo Quando uma onda incide em uma fronteira que separa duas regiões de diferentes velocidades, parte da onda é reflectida e outra parte é transmitida PP r P I med med 2 1 4 2 = = π Elaborado por Alberto Marcos Halar 59 b) Os dois pulsos transmitido e reflectido não são invertidos Pi – pulso incidente Pr- pulso reflectido Pt- pulso transmitido Velocidade de grupo Quando se analisa um movimento ondulatório não harmónico, não se observa necessariamente a velocidade de fase k v ω= . Para uma onda harmónica contínua, ou seja, um trem de ondas de comprimento infinito, a onda tem um só comprimento de onda e uma só frequência, porém, uma Elaborado por Alberto Marcos Halar 60 onda destas já não é adequada a transmissão de um sinal, dado que sinal significa algo que começa num dado instante e termina noutro posterior. Medir a velocidade com que um conjunto codificado de pulsos, (sinal) é transmitido, equivale a medir essencialmente a velocidade com que os pulsos se deslocam. O pulso contém várias frequências e comprimentos de onda. Num meio dispersivo, cada componente do pulso tem a sua velocidade de propagação que é diferente da velocidade da fase. Se o movimento ondulatório é composto por dois movimentos com frequências ω e ω ′ , quase iguais, de modo que ω - ω ′ seja muito pequena, e com amplitudes iguais, então, [ ] +′−+′ −′−−′ =′−′+−=′−′+−= 2 )()( * 2 )()( cos2 )()()()( 0 000 txkk sen txkk txksentkxsentxksentkxsen ωωωωξ ωωξωξωξξ Para ω e ω ′ assim como k e k′ quase iguais, pode se substituir 2 ωω +′ por ω e 2 kk +′ por k de modo que ( )tkxsentxkk ωωωξ − −′−− ′ * 2 )( 2 )( cos2 0 Que representa um movimento ondulatório determinado pelo factor ( )tkxsen ω− e cuja amplitude é modulada de acordo com −′−− ′ 2 )( 2 )( cos2 0 txkk ωωξ . Este movimento ondulatório se assemelha a uma série de pulsos. A amplitude modulada em si representa um movimento ondulatório que se propaga com velocidade dk d kk vg ωωω = −′ −′= chamada velocidade de grupo. Esta é a velocidade com que um sinal se transmite num meio dispersivo. Tomando kv=ω , temos, dk dv kvkv dk d dk d kk vg +===−′ −′= )(ωωω Nos meios não dispersivos a velocidade de fase é independente do comprimento de onda. Neste contexto, 0= dk dv e as velocidades de fase e de grupo são iguais, facto que não acontece para meios Elaborado por Alberto Marcos Halar 61 dispersivos onde a velocidade de fase depende do comprimento de onda. Nestes meios a velocidade do grupo pode ser superior ou inferior à velocidade de fase. OBS: a) No caso das ondas superficiais num líquido, na aproximação de onda longa, a velocidade de fase é dada por k v k g kdk dv então k gg v 22 1 , , 2 =−=== π λ ( Ondas de gravidade) Neste contexto a velocidade do grupo é precisamente metade da velocidade de fase, vvg 2 1= , o que mostra que ao produzir uma perturbação num líquido, a velocidade do pico máximo da perturbação é metade da velocidade de propagação de cada componente harmónico b) Para aproximação de onda curta temos ρρλ π Γ=Γ= kv 2 então, k v kdk dv 22 1 =Γ= ρ ( ondas capilares ) devido a sua dependência da tensão superficial. De modo que vvg 2 3= . Portanto a velocidade do grupo é superior que a de fase, onde Γ é a densidade superficial medida em 1−Nm , ρ é a densidade do líquido, g é a aceleração de gravidade Elaborado por Alberto Marcos Halar 62 Efeito Doppler na acústica Diz se efeito Doppler ao fenómeno que consiste nas diferenças entre as frequências das ondas observadas e as da sua fonte quando esta e o observador estão em movimento relativo em relação ao meio em que a onda se propaga. Christian J. Doppler (1803 – 1853) foi o primeiro a observar o fenómeno em ondas sonoras. Considerando uma fonte de ondas ( um corpo vibrando), movendo – se para a direita num meio tranquilo (ar ou água), se a fonte se move ocupando as posições 1,2, 3, 4..., nota – se algum tempo depois contado a partir do momento em que a fonte estava na posição 1, que as ondas emitidas nas posições sucessivas ocupam as esferas 1,2,3,4,..., não concêntricas. Estas ondas estão menos espaçadas no lado para o qual a fonte se move e mais espaçadas no lado contrário. Um observador em repouso em qualquer dos dois lados, isto corresponde a um comprimento de onda mais curto e mais longo respectivamente. Se o observador estiver em movimento se aproximando da fonte desde a direita, este observará um comprimento de onda mais curto dado mover – se em direcção ás ondas. Se o observador se afasta da fonte destas ondas, verifica o contrário. Elaborado por Alberto Marcos Halar 63 Designando por Fv e 0v as velocidades da fonte e do observador em relação ao meio em que as ondas se propagam com velocidade de fase v da fonte e v′ a registrada pelo observador, movendo se ambos na direcção e sentido de propagação, temos o seguinte esquema. A exemplo da figura acima, o observador e a fonte se movem ao longo da mesma linha e que o observador O está a direita da fonte F . Toma – se como positivo o sentido de FO . Supondo que no instante 0=t quando a fonte e o observador estão separados por uma distância ,l a fonte emite uma onda que chega ao observador t segundos mais tarde. Neste tempo o observador terá se deslocado tv0 e a distância total percorrida pela onda é de tvl 0+ . Se v for a velocidade de propagação de onda, esta distância é também vt , então, 0 0 vv l ttvlvt − =∨+= . No instante τ=t , a fonte estará em F ′ e a onda emitida nesse instante chegará ao observador num tempo t ′ medido desde a mesma origem temporal do caso anterior. Neste contexto, a distância total percorrida pela onda até ser percebida pelo observador é tvvl F ′+− 0)( τ . O tempo real da propagação da onda é τ−′t e a distância percorrida é )( τ−′tv , por isso, 0 0 )( )( vv vvl ttvvltv FF − −+ =′⇔′+−=−′ τττ O intervalo de tempo medido pelo observador entre as ondas emitidas pela fonte em F e ′F é ττ 0vv vv tt F − − =−′=′ Agora se f for a frequência da fonte, o número de ondas emitidas no intervalo de tempo τ é τf . Elaborado por Alberto Marcos Halar 64 Como as ondas são recebidas pelo observador no intervalo de tempo τ , a frequência observada é f vv vv f f f F− −=′⇔ ′ =′ 0 τ τ Onde Fvev 0 consideram – se positivas se tiverem a mesma direcção e sentido que o vector FO que vai da fonte para o observador e negativas se tiverem o sentido oposto. Dividindo o numerador e o denominador por v temos f v v v v f vvv vvv f F F 100 )1)(1() / / ( −−−= − − =′ Tomando os dois primeiros termos da expansão do binómio, teremos (1- vvsevvvv FFF / ),/1()/ 1 +≅− <<1 Então temos f v vv v v v v f v v v v f FFF )1()1)(1( 2 0010 −+−=−−=′ − Como na multiplicação consideramos apenas os primeiros dois termos, desprezamos Fvv0 e verificamos que a frequência medida pelo observador se reduz a f v v f v vv f FF )1()1( 00 −= − −=′ , ou seja, Para F0 ve v muito pequenas em relação a v , a expressão que relaciona a frequência f da fonte e a frequência f ′ registrada pelo observador é f v v f F )1( 0−=′ FF vvv −= 00 é a velocidade do observador em relação à fonte. NB: Se OFv for positiva, o observador afasta – se Da fonte e a frequência observada é menor. Se OFv for negativa, o observador e a fonte aproximam – se um do outro e a frequência
Compartilhar