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FISIOLOGIA CARDIORRESPIRATÓRIA – Capítulo 42 Regulaçã� d� ventilaçã� ⠀⠀⠀⠀⠀ Centr� Respiratóri� Localização: Bulbo e ponte do tronco cerebral 3 Grupos neuronais: 1. Respiratório dorsal 2. Respiratório ventral 3. Centro pneumotáxico Grupo Respiratório Dorsal - Responsável pela inspiração - Na inspiração relaxa atua sozinho - Na inspiração forçada atua com o Grupo Respiratório Ventral - Localizado no bulbo - Se situa no interior do Núcleo do Trato Solitário (NTS) - NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos cranianos IX (glossofaríngeo) e X (vago) Transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório por: - Barorreceptores arteriais - Quimiorreceptores periféricos - Receptores de estiramento pulmonar - Descargas inspiratórias rítmicas: responsável pelo ritmo respiratório básico - Não apenas esse grupo, como provavelmente áreas adjacentes - Marca-passo: deflagra o estímulo inspiratório. - Controle inspiratório Estímulo diafragmático: Sinal em rampa - Início do sinal é débil e constante, forma de rampa por cerca de 2 segundos - Sinal apresenta interrupção por 3 segundos - Desativa a excitação do diafragma e permite a retração elástica dos pulmões e da parede torácica -> expiração - Vantagem do sinal em rampa: - indução de aumento constante do volume - evitando golfadas inspiratórias - Controle da velocidade do aumento do sinal em rampa - Controle do ponto limitante da interrupção súbita da rampa - (switch-off point) Controla a frequência respiratória - Controle do grau de incremento do sinal Observações: Se for mais tardio, a frequência respiratória é menor. Quanto menor a frequência respiratória, menor a duração do ciclo. O início da inspiração é determinado pelo grupamento dorsal. O estímulo é em rampa, pode ser mais lento de forma que inspire mais suave/gradual – pode ser modulado. O controle de uma inspiração mais rápida ou lenta é feita pelo controle do grau de incremento do sinal. Centro Pneumotáxico - Função principal: controle da frequência e da amplitude respiratória - Localizado na ponte - Situado no núcleo parabraquial - Controla o Switch-Off (da rampa inspiratória) - controla então a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar - Desligamento do processo de inspiração e as forças elásticas iniciam o processo de expiração. Controla a frequência respiratória - Sinal forte switch-off em 0,25s - Pode levar a frequência respiratória de 30 a 40 mrpm - Sinal normal switch-off em 2s - Sinal fraco switch-off em 5s ou mais - pode reduzir a frequência respiratória de 3 a 5 mrpm obs: A força elástica do parênquima pulmonar ocasiona encolhimento pulmonar. Se aumenta muito a frequência respiratória, o fluxo tem que durar menos Grupo Respiratório Ventral - Localizado no bulbo - Cranialmente no Núcleo Ambíguo - Caudalmente no Núcleo Retroambíguo - Inativo na respiração normal - Ativado quando o drive respiratório para o aumento da ventilação se eleva muito - Atua na Inspiração e na Expiração forçadas - Especialmente importante para ativar a musculatura do abdome na expiração forçada obs1: Principalmente em exercício físico. obs2: No exercício, a taxa de ventilação aumenta e a estrutura ventral entra em ação. Reflexo de insuflação de Hering-Breuer - Ativa o switch-off - Papel protetor - Quando há aumento do VC (volume corrente) > 3x - ou seja maior que 1,5 L por movimento respiratório - Receptores de estiramento/distensão - situados nas paredes musculares das paredes dos brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar - Nervos Vagos: sinais dos receptores são transmitidos pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal - Grupo Respiratório Dorsal obs: O nervo vago se estende para o pulmão e existem receptores para o estiramento pulmonar (medir o estiramento e evitar que seja excessivo danificando o pulmão) – reflexo protetor. Ou seja, mais relacionado a evitar a insuflação pulmonar excessiva do que compor o controle normal da ventilação (não compõe!!) Controle químico da respiração - Controle do centro respiratório: mantém [O2], [CO2] e [H+] tissular - Excesso de CO2 e de hidrogênio atua de forma direta sobre o centro respiratório - gera aumento da intensidade dos sinais motores inspiratórios e expiratórios para os músculos respiratórios - CO2 - Já o O2 não apresenta efeito direto no centro respiratório. Atua nos quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e aórticos - esses quimiorreceptores transmitem sinais neurais adequados ao centro respiratório para controle da respiração - corpo carotídeo via glossofaríngeo - corpo aórtico via vago obs: Existem sinais que podem chegar pelo nervo vago e glossofaríngeo – sinais do controle secundário do centro respiratório. O controle principal é a nível central, no grupo ventilatório dorsal, se dá pelo estímulo que o CO2 e H+ vai fazer. Sobre o CO2 e H+ - Ação direta no Centro Respiratório - H+ tem dificuldade de atravessar a barreira H.E. e o CO2 não tem obs1: O grupamento dorsal possui prolongamentos neuronais com receptores (sensíveis à presença de hidrogênio no LCR), quando tem muito H+ gera um estímulo grande no grupamento dorsal e aumenta frequência respiratória. Estímulo direto é a presença de H+ no liquor. obs2: - Existe a barreira hematoencefálica que faz uma seletividade em relação ao que está no sangue para chegar no SNC. - Na acidose respiratória, vai ter muito H+ no líquido do que na acidose metabólica. Exemplo: Em uma acidose metabólica, com um pH por volta de 7.1, terá uma FR elevada, mas não tanto, pois o H+ não consegue adentrar no centro respiratório. Já um paciente com uma acidose respiratória, acarretada devido à uma doença pulmonar, também possui pH 7,1, tendo hipercapnia. Dessa maneira, a reação descrita acima irá ocorrer em grande quantidade, estando estimulando de forma mais intensa os receptores do grupamento dorsal obs: hipercapnia (aumento de CO2 no sangue) Papel do Bicarbonato Se o paciente permanecer com níveis altos de CO2, o rim começa a reaproveitar muito bicarbonato (aumenta a quantidade de bicarbonato no sangue e no líquor). Mesmo o CO2 estando elevado, o acúmulo do bicarbonato acaba se ligando ao H+ livre, impedindo que acha tanto estímulo respiratório – compensação para não ter taquipnéia Controle do centro respiratório - Relação pH, pCO2, ventilação - Mostra a diferença no estímulo do centro respiratório em uma acidose metabólica (linha azul) ou respiratória (linha vermelha). - CO2 e H+ - H+: dificuldade de atravessar a barreira H.E. O CO2 tem mais facilidade. Controle do centro respiratório - Ação nos quimiorreceptores do Corpo Carotídeo e Corpo Aórtico, via Nervo Glossofaríngeo e Nervo Vago, respectivamente - Mecanismo secundário PO2 < 70 mmHg Controle da respiração no exercícios físico No exercício, a PCO2 vai cair e a ventilação alveolar vai aumentar – relacionado a aferências corticais. Triplica a taxa de ventilação, mas consegue manter o CO2 estabilizado. Situações Especiais Respiração de Cheyne-Stokes A PCO2 sanguínea vai chegar até a PCO2 do líquor e isso vai gerar aumento ou redução da frequência respiratória. Atraso da transferência do sinal causa hiperventilação e atraso respiratório. Espirometria – Noções básicas Não mede o VR CVF, VEF1 e VEF1/CVF (Índice de Tiffeneau) obs: - CVF (Capacidade vital forçada – aferida através de expiração forçada). Ponto de fluxo máximo é o pico de fluxo – padrão normal é de início abrupto e a queda. - A curva volume, quando atinge o platô, alcança a capacidade vital forçada, sem sair nada de ar. VEF1 (Volume de ar que sai no primeiro segundo
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