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FISIOLOGIA CARDIORRESPIRATÓRIA - Capítulo 39 Circulaçã� pulmonar ⠀⠀⠀⠀⠀ Anatomia Fisiológica do Sistema Circulatório Vasos pulmonares: - artéria pulmonar - fina, ramos curtos, diâmetros maiores - vasos finos / distensíveis (grande complacência) acomodam todo volume sistólico do VD - grande complacência pois não pode ocorrer grande aumento de pressão - veias pulmonares Vasos brônquicos: - arts. brônquicas – origem circ. sistêmica - 1 – 2% do débito cardíaco total - suprir tecidos de suporte dos pulmões - origem na artéria torácica - desembocam nas veias pulmonares e A.E. (débito do V.E. é 1 – 2% maior que V.D.) não justifica a diferença de parede muscular - Sistema Pulmonar: sai do VD com baixa pressão. - Sistema Brônquico: sai do VE com alta pressão. O VD vai gerar uma pressão pequena, pois a estrutura de dentro é muito sensível. Lado direito é responsável por manter o fluido rápido, mas sem grandes pressões Vasos Linfáticos: - presentes em todo tecido de suporte pulmonar - drena para o hilo pulmonar e depois para o ducto linfático torácico direito - auxiliam na drenagem de proteínas plasmáticas que saíram dos capilares e de partículas nos alvéolos - tiram o líquido e proteínas dentro do interstício pulmonar. Pressões no Sistema Pulmonar - Curva de pressão de pulso no V.D. - P (V.D./sistólica) ≈ 25 mmHg - P (V.D./diastólica) ≈ 0 – 1 mmHg - Pressões na art. pulmonar - Na sístole Pap ≈ PVD - No final da sístole: fechamento válvula pulmonar Pressão de Pulso: VD / Art. pulmonar e Aorta Observações: - As pressões de VE são 5x maior que o VD. - A pressão mais baixa de VD, comparada com VE, possibilita que não haja lesão no pulmão que é muito sensível. - A linha preta mostra o comportamento do VD e suas pressões: durante o relaxamento (0-1) e durante a contração (chega em 25) - Quando o VD chega a certa pressão, abre a válvula pulmonar; terá uma diferença de pressão entre o VD e a artéria pulmonar possibilitando a passagem do sangue. - Quando o sangue começa a sair do VD a pressão começa a cair e assim a válvula pulmonar fecha; ocorre a separação dos dois compartimentos (separação da linha vermelha e preta) - Queda rápida da pressão no VD enquanto na artéria pulmonar a pressão vai cair mais lentamente. Esse comportamento diferente das pressões é importante para que tenha fluxo de sangue – beneficia a artéria pulmonar, veia pulmonar e capilares. No VD precisa zerar as pressões e na artéria pulmonar o decaimento precisa ser mais lento para manter a diferença de pressão. Pressão capilar pulmonar (PCP ≈ 7 mmHg) - Pressão A.E e Pressão venosa pulmonar - PAE ≈ 2 mmHg [1 – 5 mmHg] - Pressão de encunhamento pulmonar (cateter Swan Ganz; POAP ≈ 5 mmHg; ± 2 – 3 maior que PAE) Fluxo do sangue dentro da artéria pulmonar até chegar no VE. Gráfico decrescente pois precisa manter fluxo de sangue (pressão maior atrás e pressão menor na frente). Nos capilares, o fluxo é contínuo e na velocidade certa para amplificar a possibilidade de troca com os alvéolos. No AE as pressões tem que ser ainda menores, mas não se consegue medir diretamente. Por isso foi criado o cateter Swan Ganz Cateter de Swan Ganz - Com esse cateter é possível migrar pelo espaço vascular direito do coração até chegar num ramo menor da artéria pulmonar. O balão inflado oclui esse ramo. Assim, consegue uma medida indireta (muito aproximada) da pressão do AE - Cateter inserido em uma veia profunda, como a subclávia. Passa pelo átrio direito, ventrículo direito, artéria pulmonar - até um ramo mais periférico. - Caso tenha um aumento de pressão do AE, será possível detectar com o cateter - Além de calcular essa pressão é possível administrar medicação pelas vias. Como o cateter sabe pra onde ir? Em contato com o sangue sob a temperatura corporal fica mais maleável, consegue seguir o fluxo do sangue Quando o paciente está internado, pelo monitor cardíaco é possível ter uma ideia de contração de VD e VE. Volume Sanguíneo dos Pulmões - ≈ 450 ml (± 9% vol. total de sangue) - Destes 450 ml: 70 ml nos capilares e 380 ml nas artérias e veias pulmonares - Pulmões como reservatório de sangue - ½ n – n – 2n - ex: possível ter 18% (2n) em caso de hipertensão pulmonar - soprar o ar com força → ± 250 ml são expelidos (reserva), batimentos tendem a diminuir por um momento. - desvios entre a circulação pulmonar e a sistêmica: IVE, estenose mitral, hemorragia etc Fluxo de Sangue Pulmonar /Distribuição - ≈ débito cardíaco - Controle automático do fluxo sanguíneo pulmonar - PO2 < 73 mmHg (constrição pulmonar e dilatação sistêmica) - Aumento da resistência vascular em + de 5 xś o normal Efeito dos Gradientes de Pressão Hidrostática Variação da pressão hidrostática relacionada a altura. Quando o sangue sai do VD e entra na artéria pulmonar – perda de pressão de 15mmHg. O fluxo de sangue em posição ereta sempre será maior em baixo do que no ápice. Esse gráfico representa a variação do fluxo na base e no ápice. Lesões no ápice não tem tanto impacto quanto na base (tem maior fluxo de sangue). Zonas de fluxo sanguíneo Zona 1� Sem fluxo. Pressão do alvéolo vence a pressão arterial e assim o comprime. Como não passa sangue, não faz troca Zona 2� Fluxo intermediário. Pressão arterial sistólica se eleva a níveis mais altos do que a pressão do ar alveolar (Palv), mas a pressão arterial diastólica cai abaixo da Palv; logo, fluxo somente durante os picos de pressão Zona 3� Fluxo contínuo. Pressão arterial e pressão capilar pulmonar permanecem maiores que a Palv o tempo todo obs: normalmente os pulmões só tem zonas de fluxo sanguíneo 2 (ápices) e 3 (áreas inferiores); zona de fluxo 1 sob condições anormais Efeito dos Gradientes de Pressão Hidrostática Se dividirmos o pulmão em 3 partes: apical, média e basal. Sofrerá ação da pressão de diferentes formas Parte apical - 25 – 15 = 10 mmHg - 8 – 15 = - 7 mmHg -> “zero” mmHg - zona de fluxo 2 Parte média - 25 mmHg - 8 mmHg Parte basal - 25 + 8 = 33 mmHg - 8 + 8 = 16 mmHg - um sangramento nessa parte é mais preocupante por conta da pressão - Interação com ciclo cardíaco e respiratório - Em pé, normalmente zona 2 e 3 - Deitado, apenas zona 3 - Zona 1 ocorre apenas em situações anormais: - hemorragia (P art. pulm. sistólica baixa) - PEEP (P alv. muito alta) Exercício - aumenta fluxo de sangue - 700 – 800% região superior pulmonar] - 200 – 300% região inferior pulmonar - transforma zona 2 em 3 (a) aumenta número de capilares abertos (b) aumenta a velocidade fluxo no capilares e provoca distensão dos capilares (c) aumenta a Pressão art. pulmonar (deve ser evitada) Efeito do aumento do débito cardíaco / exercício Insuficiência Ventricular Esquerda (ICC) - P atrial esq (normal) ≈ 1- 5 mmHg - máximo ≈ 6 mmHg (mesmo durante exercício vigoroso) - pode chegar à 40 – 50 mmHg - aumentos maiores que 7 – 8 mmHg causam elevação da P art. pulm. / P cap. pulmonar - aumentos acima de 30 mmHg → edema pulmonar Dinâmica do Capilar Pulmonar - Tempo de permanência do sangue nos capilares pulmonares ≈ 0,8 segundo - Com aumento do débito cardíaco pode chegar a 0,3 segundos (abertura de outros capilares) - PCP (P capilar pulmonar) ≈ 7 mmHg Pressões que causam o movimento de líquidos Forças hidrostáticas e osmóticas - capilar pulmonar - Membrana alveolar - Vaso linfático Forças que tendem a causa influxo de líquido oriundo dos capilares e na direção do interstício pulmonar: - Pressão capilar: 7 - Pressão osmótica do líquido intersticial: 14 - Pressão negativa do líquido intersticial: 8 - Total da força para fora: 29 Forças que tendem a causar a absorção do líquido pelos capilares - Pressão osmótica do plasma: 28 - Total da força para dentro: 28 Pressão efetiva: - Forças direcionadas para fora são um pouco maiores que as direcionadas para dentro - Gera uma pressão de filtração média Como os alvéolos se mantêm secos? - Como o interstício possui uma pressão ligeiramente negativa, caso haja extra de líquidos no alvéolo ele é sugado para o interstício. - Esse líquido extra é removido peloslinfáticos pulmonares Edema pulmonar Causas: (1) IVE ou valvulopatia mitral → aumento da P atrial Esq. → aumento da P venosa pulmonar (2) Lesões nas membranas capilares pulmonares. Ex.: pneumonia, inalação de substâncias tóxicas. P hidrostática > P coloidosmótica → edema 7 mmHg 28 mmHg Aumento de ± 21 mmHg na PCP e ± 19 na P atrial Esq. Em condições crônicas: linfáticos podem aumentar sua capacidade em até 10 vezes. Velocidade da perda de líquido para os tecidos pulmonares quando a pressão atrial esquerda (e a pressão capilar pulmonar) está elevada Líquido na cavidade pleural “Pressão Negativa” no líquido pleural: - Pressão de colapso pulmonar ≈ -4 mmHg - Pressão pleural ≈ -5 - 7,5 mmHg Derrame pleural: - Bloqueio da drenagem linfática - Aumento da pressão hidrostática capilar pulmonar; - Diminuição da pressão coloidosmótica do plasma - Infecção / Neoplasia→ alteração da permeabilidade pleural
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