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Trocas Gasosas - Cap 38 (Guyton)

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TROCAS GASOSAS 
Alta pressão e baixo fluxo •
Supre traqueias até bronquíolos terminais, 
tecidos de sustentação, camadas externas dos 
vasos 
-
Artérias brônquicas --> ramo da aorta 
torácica --> pressão ligeiramente inferior a 
aorta.
-
Baixa pressão e elevado fluxo •
Leva sangue venoso de todas as partes do corpo 
para os capilares alveolares 
-
Sangue ganha oxigênio e doa gás carbônico -
Artéria pulmonar --> recebe sangue do VD --> 
capilares alveolares --> trocas gasosas --> veias 
pulmonares --> AE
-
--> O pulmão possui duas circulações: 
SISTEMA CIRCULATÓRIO PULMONAR 
Artéria pulmonar -> divide-se em ramos 
principais D e E, que suprem um pulmão cada 
-
Vasos finos e distensíveis --> grande 
complacência da árvore pulmonar --> acomodar 
todo o volume sistólico do VD 
-
Veias pulmonares --> drenam para o AE --> 
circulação sistêmica
-
--> Vasos Pulmonares 
Pequenas artérias brônquicas originadas da 
circulação sistêmica 
-
Levam sangue oxigenado para os tecidos de 
suporto (tec conj), os septos e peq/grandes 
brônquios 
-
Após suprir essas estruturas elas drenam para as 
veias pulmonares --> AE --> circulação sistêmica 
-
--> Vasos Brônquicos 
Presente no tecido de suporte dos pulmões, 
espaços de tecido conjuntivo, hilo --> drenam 
para o ducto torácico direito 
-
Remove partículas, proteínas plasmáticas 
extravasadas dos capilares pulmonares --> 
prevenir edema pulmonar 
-
--> Vasos linfáticos 
PRESSÕES DO SISTEMA PULMONAR 
Pressão sistólica do VD --> 25 mmHg -
Pressão diastólica --> 0-1 mmHg-
Valores que são 1/5 dos valores do VE -
--> Curva de pressão de pulso no VD
Sístole --> pressão da artéria pulmonar = VD -
Fechamento da valva pulmonar -> pressão VD cai --> 
pressão na aa pulmonar cai mais lentamente enquanto 
flui para os capilares dos pulmões 
-
Sístole --> 25mmHg-
Diástole --> 8 mmHg -
Pressão média --> 15 mmHg -
--> Pressões na artéria pulmonar 
Pressão média -> 7 mmHg -
Essa baixa na pressão é necessária para a troca de 
líquidos 
-
--> Pressão capilar pulmonar
AE e veias pulmonares --> 2 mmHg -
A medição direta da pressão no AE é difícil pois a 
passagem do cateter pelas câmaras cardíacas até o AE é 
complicado 
-
Usa-se a pressão de encunhadura (em cunha) 
pulmonar --> inserção de cateter em veia periférica --> 
AD --> artéria pulmonar --> pequenos ramos da artéria 
pulmonar --> empurra o cateter até que ele fique 
encunhado nesse pequeno ramo 
-
Pressão em cunha --> 5 mmHg --> essa é geralmente de 
2 - 3 mmHg maior que a do AE 
-
Técnica usada para estudar as pressão arterial 
esquerda --> ICC
-
--> Pressão arterial esquerda e pressão venosa pulmonar 
VOLUME SANGUÍNEO DOS PULMÕES 
--> O volume sanguíneo presente nos pulmões é de cerca de 
450 ml, o que engloba mais ou menos 9% do volume total de 
sangue circulante. 
Com o aumento da pressão nos pulmões (soprando com 
força) o sangue dos pulmões é expelido para a circulação 
sistêmica 
-
A perda de sangue da circulação sistêmica por 
hemorragia, por exemplo, pode ser parcialmente 
compensada com a passagem do sangue da circulação 
pulmonar para a sistêmica 
-
--> Pulmões servem como reservatórios de sangue 
Insuficiência do lado esquerdo do coração (ICC) ou 
aumento da resistência ao fluxo sanguíneo pela valva 
mitral (estenose, regurgitação mitral) --> acúmulo de 
sangue na circulação pulmonar --> eleva as pressões 
vasculares pulmonares 
-
--> Patologias cardíacas podem desviar sangue da circulação 
sistêmica para a pulmonar 
Cap. 38 (Guyton)
 Página 1 de Cap. 38 (Guyton) 
FLUXO E DISTRIBUIÇÃO DE SANGUE NOS 
PULMÕES 
--> O fluxo de sangue nos pulmões é igual ao débito 
cardíaco, logo tem meio de regulação de fluxo 
semelhantes 
--> Fisiologicamente, os vasos pulmonares se 
comportam como tubos distensíveis passivos que se 
dilatam com o aumento de pressão e se contraem com 
a diminuição da pressão sanguínea. 
Concentração de O2 alveolar < 70% --> estimula 
contração de vasos adjacentes por liberação de 
substâncias constritoras nas artérias e 
arteríolas --> sangue vai se distribuir para onde 
for amis eficiente a troca (maiores 
concentrações de O2 no alvéolo)
-
--> Diminuição do oxigênio alveolar (baixa 
ventilação) --> reduz fluxo sanguíneo local --> 
distribuição do fluxo sanguíneo pulmonar para áreas 
de trocas efetivas 
GRADIENTES DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA 
--> Os pulmões apresentam um diferença de pressão 
devido a pressão hidrostática 
--> Ponto mais baixo do pulmão (base) --> 8 mmHg 
maior que a pressão arterial no coração 
--> Ponto mais alto do pulmão (ápice) --> 15 mmHg 
menor que a pressão arterial no coração (acima do 
coração)
--> Uma diferença de 30 cm entre duas extremidades 
implica em uma diferença de pressão de 23 mmHg 
Pouco fluxo no topo e alto fluxo na base 
pulmonar 
-
--> Essas diferenças de pressão tem efeito sobre o 
fluxo sanguíneo
--> O capilar na parede alveolar --> se fecha por meio da 
pressão do ar alveolar --> se abre por meio da pressão arterial 
do capilar 
ZONA 1: ausência de fluxo sanguíneo durante todas as 
fases do ciclo cardíaco --> Pressão capilar < pressão do 
ar alveolar --> pressão capilar nunca se eleva o 
suficientes para vencer a do ar . 
-
--> Pulmão dividido em 3 zonas:
ZONA 2: fluxo sanguíneo intermitente --> fluxo presente 
na sístole --> fluxo ausente na diástole (ápice pulmonar)
-
ZONA 3: fluxo sanguíneo contínuo --> pressão capilar 
arterial permanece superior a pressão do ar alveolar 
durante todo o ciclo cardíaco. 
-
--> Os pulmões normalmente só tem o fluxo 2 (nos ápices 
pulmonares) e o fluxo 3 (no restante do pulmão 
inferiormente)
--> Sístole --> no ápice a pressão arterial é de 10 (25 no nível 
cardíaco - 15 devido a diferença de pressão) que é superior a 
pressão alveolar zero --> fluxo flui nos capilares pulmonares 
durante sístole cardíaca 
--> Diástole --> 8 mmHg no coração não é suficiente para 
vencer os 15 a menos de pressão hidrostática --> logo não há 
fluxo nos capilares pulmonares durante a diástole cardíaca
--> Quando a pessoa está deitada não há diferença de altura 
nas regiões pulmonares em relação ao coração --> todo o 
pulmão torna-se zona 3 
--> ZONA 1 ocorre em condições anormais --> grande perda 
de sangue --> pressão sistólica arterial cai muito 
o fluxo sanguíneo nos ápices pulmonares aumenta 
para converter essa região do padrão zona 2 para o 
padrão zona 3
-
Com o aumento do fluxo, logo do débito cardíaco, esse 
volume a mais é acomodado na circulação pulmonar de 
3 formas: 
-
1. aumento do número de capilares abertos 
2. distensão dos capilares 
3. aumento da pressão arterial pulmonar (quando as 
duas primeiras não conseguem acomodar o vol)
No geral o pulmão consegue acomodar o aumento do 
fluxo sem alterar pressão pulmonar --> não eleva 
pressão capilar pulmonar --> evita edema pulmonar 
-
--> Durante o exercício:
 Página 2 de Cap. 38 (Guyton) 
--> A pressão arterial esquerda quando o lado 
esquerdo do coração valha (ICC) --> Acúmulo de 
sangue no AE --> aumenta pressão do AE acima de 7-8 
mmHg chegando a 40 -50 mmHg --> eleva a pressão 
arterial pulmonar 
--> Aumento da pressão arterial pulmonar --> aumenta 
pressão nas vênulas --> capilares pulmonares --> 
edema pulmonar 
DINÂMICA CAPILAR PULMONAR 
--> Para que haja troca de gases entre o ar alveolar e o 
sangue capilar --> parede dos alvéolos é revestida de 
capilares 
--> Pressão capilar pulmonar --> 7mmHg 
--> Em débito cardíaco normal o sangue passa pelos 
capilares pulmonares em 0,8 seg --> em DC 
aumentado - 0,3 seg 
A pressão capilar pulmonar é mais baixa (7 
mmHg) em comparação ao capilar sistêmico (17 
mmHg)
-
A pressão do líquido intersticial pulmonar é mais 
negativa do que nas áreas periféricas
-
Capilares pulmonares são mais permeáveis a 
moléculas de proteína --> aumenta a pressão 
coloidosmótica do líquido intersticial
-
--> Troca de líquidos nos capilares pulmonares é 
qualitativamente igual a dos capilares sistêmicos, mas 
difere quantitativamente--> As forças que agem sobre a parede do capilar 
pulmonar apresentam uma resultante que joga o 
líquido para fora do vaso --> pressão de filtração 
média --> fluxo contínuo de líq. dos capilares para o 
espaço intersticial --> esse líq. extravasado é 
bombeado novamente para a circulação pelo sistema 
linfático. 
PRESSÃO INTERSTICIAL NEGATIVA 
Sistema linfático mantém ligeira pressão 
negativa nos espaços intersticiais --> o líquido de 
dentro do alvéolo é "sujado" para fora 
-
Excesso de líquido é drenado pela sistema 
linfático 
-
--> O que impede os alvéolos de se encherem de 
líquido ?
LÍQUIDO NA CAVIDADE PLEURAL 
--> Quando os pulmões se expandem e se contraem 
eles deslizam dentro da cavidade pleural 
--> Essa cavidade possui um líquido mucoide (devido a 
presença de proteínas teciduais) --> ajuda na 
movimentação pulmonar 
--> Membrana pleural --> serosa, porosa e 
mesenquimal 
--> O excesso de líquido nessa cavidade é bombeado para fora 
pelas vasos linfático (causa da pressão negativa) 
--> pressão de colapso dos pulmões --> -4 mmHg
---> Pressão pleural --> - 7 mmHg 
Bloqueio da drenagem linfática-
Insuficiência cardíaca -
Diminuição significativa da pressão coloidosmótica do 
plasma 
-
Infecção ou outra causa de inflamação-
--> Derrame pleural --> muito líquido acumulado no espaço 
interpleural --> pode ser causado: 
 Página 3 de Cap. 38 (Guyton)

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