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AIDS – Infecções oportunistas DIP Exames importantes · Existem 3 exames importantes para acompanhar o paciente com HIV, com motivos para serem feitos diferentes. · 1º: Realizar o diagnóstico; · 2º: Avaliar a imunidade do paciente; · 3º: Analisar a carga viral presente no paciente. · Realizar o diagnóstico: São exames sorológicos. · O melhor de todos é o ELISA, que mede anticorpos contra o HIV. · Possui especificidade e sensibilidade superior a 95%, com baixa possibilidade de falso negativo (exceto na janela imunológica). · Relativamente barato, pode-se fazer vários testes ao mesmo tempo utilizando um kit. · A imunofluorescência é pouco utilizada, porque depende da experiência técnica. · Se trata de um ELISA, simplificado, feito em lâmina com rápido resultado. · Recomendado para acidentes com material biológico e para gestantes sem conhecimento sorológico prévio. · TODOS os seus resultados devem ser confirmados pela sorologia padrão. · Depois do ELISA, em grau de importância, temos o western-blot, que mede os anticorpos contra as principais proteínas virais. · Ele acaba funcionando mais como um teste confirmatório ao ELISA. · Confirma a infecção, pois o ELISA pode acabar gerando um falso positivo. · É indeterminado quando demonstra anticorpos contra, apenas, um antígeno. · Por se tratarem de testes sorológicos, que avaliam a quantidade de anticorpos no sangue, na fase inicial (ou seja, ainda sem anticorpos presentes) o teste pode dar um falso negativo. · Esse período de tempo é chamado de janela imunológica, que dura de 6 a 12 semanas. · Avaliar a imunidade do paciente: É feita através da tipagem de linfócitos de um paciente. · Pode ser realizada através de um hemograma. · Classificação: · CD4 normal = 1000 células/mm³; · CD4 > 500 células/mm³ → imunidade preservada; · CD4 entre 200-500 células/mm³ → Comprometimento imunitário; · CD4 < 200 células/mm³ → grave comprometimento imunitário; · Quando o paciente chega nessa parte, ele possui AIDS. · CD4 < 50 células/mm³ → comprometimento imunitário muito grave; · Analisar a carga viral: O principal método de análise é o PCR. · Ele quantifica o RNA do HIV circulante no sangue, mas, também pode determinar o DNA circulante em alta sensibilidade. · Habitualmente, não é utilizado para diagnóstico, apesar de conseguir fazer o diagnóstico antes de qualquer outro (em decorrência de pesquisar por RNA). · O motivo para isso é que ele é muito caro. · Serve para avaliar a melhoria do paciente, mostrando se a terapêutica está sendo eficaz, diminuindo a carga viral. · Classificação: · Carga viral < 10000 cópias por ml de sangue = baixo risco de progressão ou piora da doença; · Carga viral entre 10000-100000 cópias por ml de sangue = risco moderado; · Carga viral > 100000 cópias por ml de sangue = alto risco. · Pode-se fazer a pesquisa do antígeno p24, mas ela é pouco confiável, uma vez que em até 60% dos pacientes pode ser negativo. · Já está até mesmo sendo descontinuada. · Ainda temos que determinam a presença de ácidos nucleicos dos vírus, mas com preços elevadíssimos. · Na tabela ao lado podemos ver a evolução da doença. Na fase de eclipse, nenhum exame auxilia o diagnóstico. O vírus passa a ser detectado apenas a partir do 10º dia de infecção. Os anticorpos começam a aparecer no 20º dia. Clínica · A fase inicial é chamada de fase aguda. Nela, podemos chegar a ter a presença de 1000 partículas virais por ml de sangue. Nesse período, pode-se ter ou não alterações do estado de saúde. O paciente pode apresentar um quadro similar ao da mononucleose infecciosa (febre, mal-estar, rash, hepatoesplenomegalia, adenomegalia dolorosa). · Quando a infecção viral é muito intensa (isso é, com elevada carga viral) o paciente pode apresentar manifestações de imunodeficiência. · Não é habitual, raramente acontece. · O comum é que o paciente apresente quadro clínico assintomático ou similar ao da mononucleose. · Atualmente, trata-se pacientes diagnosticados com HIV em qualquer etapa da infecção. · Fato é que, com ou sem tratamento, mas com a presença de anticorpos, a tendencia do vírus é diminuir, melhorando o nível de saúde do paciente. · Apesar da quantidade de anticorpos, o vírus continua se multiplicando, no fenômeno da latência clínica (dura de 8-10 anos, totalmente variável). · Clinicamente o paciente está bem, mas o vírus NÃO entra em latência. · O indivíduo continua contagiante, mas, bem clinicamente. · O paciente pode apresentar manifestações de doenças não habituais, como herpes, tuberculose (é tão frequente que o paciente com ela recebe a indicação para sorologia. Todo paciente positivado, recebe indicação para pesquisa de tuberculose), gengivite. · Progressivamente, durante a latência, por conta dessa multiplicação, os níveis de CD4 começam a cair ao longo dos anos. · No final desse período, o CD4 já tem sua concentração extremamente reduzida. Dessa forma, temos a aparição das infecções oportunistas. · Pode chegar ao ponto da quantidade de anticorpos ser tão baixa, que a quantidade de vírus volta a crescer exponencialmente. · Contudo, com a existência da terapêutica antirretroviral, conseguimos alterar isso. Mas, eventualmente, nas pessoas que não seguem a terapêutica de maneira correta, o prognóstico é reservado. · A infecção pelo HIV pode ser classificada em 4 grupos: · Grupo I = Infecção aguda; · De 50 a 90% dos pacientes apresentam uma síndrome mononucleose símile (parecida com a mononucleose original). · O quadro clínico, se existente, se inicia cerca de 15 após o contágio. · A sintomatologia pode durar cerca de 3-4 semanas. · Nessa parte, podem ocorrer neuropatias, meningoencefalite viral, pneumonia por P. jiroveci. · Os anticorpos só aparecem 20-60 dias após o início da fase aguda. · Entretanto, a carga viral atinge 100000-1M de cópias por ml de sangue. · Essa parte é chamada de janela imunológica (vírus presente com manifestação clínica, mas com os anticorpos ainda não sendo detectados). · Grupo II = Infecção crônica latente (sem manifestações clínicas); · Inicia-se em torno de 6-10 semanas do contágio. · A maioria dos pacientes permanecem sem sintomatologia por 8-10 anos. · Alguns pacientes permanecem com linfadenomegalia persistente. · Ocorre uma redução na quantidade de vírus circulante, com os anticorpos ficando em níveis elevados. · Contudo, sua multiplicação em tecidos linfoides não para. · A estimativa é que a produção diária seja de 10 bilhões de partículas virais. · Produzimos a mesma quantidade de linfócitos, o que balanceia essa equação. · Com o decorrer do tempo, a quantidade de CD4 começa a cair progressivamente. · Em 1 ano de soroconversão, a contagem de células cai de 1000 células/mm³ para uma média de 670/mm³. · Podem ocorrer casos de candidíase oral, herpes zoster, língua pilosa, herpes, tuberculose quando o CD4 fica abaixo de 500 células/mm³ de sangue. · A candidíase orofaríngea é tratada com nistatina ou azóis antifúngicos orais. · Não são absorvidos, logo, agem diretamente na boca. · A herpes zoster é tratada com aciclovir venoso, com dose de 30mg/kg/dia fracionada de 8 em 8 horas durante 7-10 dias. · Grupo III = Linfadenopatia generalizada persistente; · Grupo IV = AIDS. · Ocorre depois de 8-10 anos, com ausência de terapêutica, a concentração de CD4 começa a cair. · A terapêutica antirretroviral deve começar em qualquer etapa da doença · Quando o CD4 diminui para abaixo de 200, aparecem as infecções oportunistas. Infecções oportunistas · Tuberculose: Pode aparecer em paciente com CD4 igual a 350mm³, mas o risco real é quando ele está abaixo de 500mm³. · É uma doença tão ligada com o HIV que todo paciente HIV+ testa para tuberculose e todo paciente com tuberculose testa para HIV. · Clinicamente cursa com emagrecimento, febre, tosse, expectoração purulenta. · A terapêutica para pacientes é a mesma, independentemente de ser ou não HIV+. · Ela é dividida em 2 fases, com a 1ª (duração de 2 meses) tendo associação de quatro fármacos e a 2ª (duração de 4 meses) de dois. · 1ª) Chamada de esquema RIPE. · Rifampicina (10mg/kg/dia, máx de 600mg/dia)+ Isoniazida (10mg/kg/dia, máx de 300mg/dia) + Pirazinamida (35mg/kg/dia, máx de 1600mg/dia) + Etambutol (25mg/kg/dia, máx de 1200mg/dia). · 2ª) Ficam os medicamentos mais importantes no tratamento. · Rifampicina (10mg/kg/dia, máx 600mg/dia) + Isoniazida (10mg/kg/dia, máx de 300mg/dia). · Esse esquema terapêutico é valido para qualquer forma de tuberculose. · Na meningite tuberculose, o tempo da 2ª fase é aumentado para sete meses. · Atualmente, pacientes com CD4+ menor ou igual a 350 células/mm³ devem receber a profilaxia para tuberculose. Eles possuem tuberculose latente. · Consiste em: Isoniazida (300mg/dia) + Piridoxina (25mg/dia). · Leucoencefalopatia multifocal progressiva: Ocorre pela infecção pelo poliomavírus JC. · O risco sem a terapia antirretroviral é de 3-7% de pacientes com AIDS, independentemente do nível de CD4 existente. · Paciente apresenta desatenção, tonteira, desconhecimento das coisas, perda da memória progressiva, demência e evolui para o óbito (em torno de 2 anos). · As manifestações têm ênfase na esfera da consciência. · Não é frequente, mas é uma indicação de HIV. · Não possui terapêutica específica, sendo apenas o combate ao HIV. · Se trata de uma neuropatia desmielinizante envolvendo diferentes regiões do encéfalo. · Candidíase esofágica: Considerada como uma doença definidora de AIDS, ao contrário da candidíase oral (que não é). · Acontece em paciente que possuem menos que 200 células de CD4 por mm³. · Deve ser tratada com medicação sistêmica. · Preferencialmente, a medicação é feita pela via oral, mas caso o paciente não consiga deglutir, fazemos pela via parenteral. · Os melhores fármacos são o fluconazol e itraconazol (esse, apenas pela via oral). · Esporadicamente, podemos usar a anfotericina B, quando os outros 2 não são eficazes. · O tratamento possui duração média de 15 dias. · Não há profilaxia, apenas tratamento. · Não é muito frequente mais, em decorrência do tratamento antirretroviral precoce. · Pneumocistose: Causada por um fungo oportunista presente no ar, chamado Pneumocystis jirovecii. · Se prolifera em pacientes imunodeprimidos, com taxas de CD4 menores que 200mm³. · Não é uma doença somente pulmonar, o fungo penetra pelo pulmão e, dependendo do estado imune do paciente, evolui para um quadro sistêmico. · O indivíduo apresente febre e tosse seca, mas que, às vezes, pode apresentar muco. · Os pacientes que não procuram assistência médica podem ter infiltrações por todos os pulmões e com presença de lesões císticas neles. · Complicações: Disseminação; Pneumotórax (por conta do rompimento dos cistos); Fibrose pulmonar; Derrame pleural (raramente). · Pacientes tratados podem ficar com sequelas de fibrose pulmonar. · O diagnóstico é feito pela visualização do parasita em escarro, secreção brônquica, biópsias diversas, lavado broncoalveolar. · Não é cultivável, por isso a visualização se dá por diagnóstico direto, a cultura NÃO funciona. · Existem diversos exames complementares, como hemograma, PCR, gasometria arterial, entre outros. · Tratamento, em primeira escolha, é feito com Cotrimoxazol (sulfametoxazol + trimetoprim). · Dose de 75-100mg/kg/dia pelas vias oral ou venosa, de 6/6 ou 8/8 horas durante 21 dias. · O índice de cura é de 85-90%. · Pacientes com AIDS, às vezes, possuem alergia a sulfa. · Portanto, podemos usar clindamicina + primaquina ou pentamidina. · A duração é de 21 dias, sendo os dois pela via oral e a pentamidina pela via venosa ou inalatória (deve ser diluída em soro glicosado quando aplicada parenteralmente, além de tomar cuidado, pois provoca hipoglicemia). · O paciente pode recair após o tratamento. · Por isso, fazemos a profilaxia primária (antes do aparecimento da doença, para evitar a infecção) e secundária (depois do tratamento, para evitar recaída). · Cotrimoxazol (em doses mais baixas 3x/semana) e Pentamidina (300mg/mês intravenoso ou aerossol). · Mantida até o nível de CD4 ficar adequado. · Neurotoxoplasmose: Forma grave de toxoplasmose. · Em pessoas com CD4 < 100/mm³, existe o risco dos pseudocistos romperem e liberarem taquizoítos no corpo, acarretando processos infecciosos (mais frequentemente no sistema nervoso). · Normalmente, eles até se rompem, mas os protozoários rapidamente são combatidos pele sistema imune. · O quadro clínico é de encefalite, com febre, crises convulsivas, alterações da consciência, sinais de localização. · O primeiro exame a ser feito é a tomografia computadorizada. · O diagnóstico é feito pela clínica + exame de imagem. · A ressonância gera imagens mais bonitas, mas, por conta de seu elevado custo, não é muito recomendada. · A sorologia também não contribui para ele. · Tratada com sulfadiazina + pirimetamina (com sua administração, devemos receitar também o ácido folínico para evitar sua toxicidade). · Dose de 75-100mg/kg/dia pela via oral de 6/6 horas durante 6-8 semanas para sulfadiazina. · A de pirimetamina é de 75-100mg/dia por 2-3 dias. · Possui índice de cura igual a 80-90%. · Para pacientes com alergia a sulfa, recomendamos clindamicina + pirimetamina. · Dose de 30-40mg/kg/dia pela via oral de 8/8 horas durante 6-8 semanas com o mesmo índice de cura. · A dose de pirimetamina é igual para ambos os casos. · Em casos que não encontramos esses fármacos (mesmo em hospitais de referencia), podemos usar Cotrimoxazol. · Nessa doença, também fazemos as profilaxias primária e secundária. · Primária = Cotrimoxazol (1 comprimido reforçado por dia na via oral) OU clindamicina + pirimetamina (900mg + 25mg pela via oral). · Secundária = Sulfadiazina + pirimetamina (2g + 25mg, via oral diariamente). · Na ausência de sulfadiazina, podemos usar o cotrimoxazol. · São feitas quando o paciente tem menos que 100 CD4/mm³. · Criptococose: Causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, que usa as fezes de pombos como reservatórios, mas pode ser encontrado em vegetais apodrecidos no geral. · Acomete pacientes com CD4 < 100/mm³. · Forma esporos e se espalha pelo ar, sendo inalado pelas pessoas, mas, geralmente, não causa problemas. · Se for inalado em grande quantidade, se reproduz nos pulmões, levando a tosse irritativa. · No raio-x, aparece uma manifestação tumoral, sendo uma condensação que remete a uma neoplasia de pulmão. · Essa imagem se trata de um conjunto de Cryptococcus. · Pode acontecer em pessoas sem AIDS, mas nas que a possui, pode se disseminar para o sistema nervoso também. · Os pacientes apresentam quadro similar a uma meningoencefalite (febre, crise compulsiva, sinais de localização, crises convulsivas) arrastada, demorando uns 7-15 de evolução para aparecer. · Possui uma capsula de mucina envolta dele, assim, ele se torna mais difícil de ser fagocitado. · O diagnóstico é feito através da pulsão lombar e da técnica da tinta nanquim. · Essa técnica consiste em colocar uma gota de líquor e uma gota dessa tinta, que escurece tudo, menos o fungo, que aparece por contraste. · A droga principal para o tratamento é a anfotericina B, com dose de 1mg/kg/dia pela via intravenosa. · Deve ser diluída em soro glicosado com cuidados especiais. · Ainda temos o fluconazol (400mg/dia, oral ou IV, por 8 semanas), como droga de consolidação, mas que não é bom para tratamento inicial. · Passa a ser usado como consolidação por conta dos efeitos tóxicos da anfotericina. · Administrado até que a cultura se torne negativa ou não haja gemulação ao exame direto. · Nessa patologia, existe apenas a profilaxia secundária. · Fluconazol (400mg/dia, oralmente) e anfotericina B (1mg/kg/semana, pela via parenteral, diluído em soro glicosado, com cuidados especiais). · É mantida até que o CD4 volte a normalidade com a terapêutica antirretroviral. · Citomegalovirose: Adquirimos, habitualmente, quando somos crianças (2-3 anos). · Penetra pelo pulmão e fica por lá, até que a nossa imunidade diminua. · Normalmente, não gera manifestações clínicas. · Aparece em pacientes com CD4 < 50/mm³, esses, são os que recusam o tratamento. · Esse vírus pode gerar lesões em nível da retina (sua retinite é hemorrágica, gera o sinal da chama, diferenciadada toxoplasmose assim) e em nível de tubo digestivo (causa úlceras e provoca reação inflamatória). · O diagnóstico da lesão intestinal só é feito através da biópsia. · É a doença oportunista de tratamento mais complicado. · O fármaco utilizado é o ganciclovir, sendo administrado pela via venosa, com dose de 5mg/kg a cada 12 horas por 14-21 dias. · Contudo, ele é mielotóxico, provocando anemia e pancitopenia. · É tão frequente que a enfermagem que o prepara, trabalha com ele através de uma capela (proteção). · A indústria farmacêutica desenvolveu um derivado, chamado de valganciclovir administrado pela via oral, com dose igual a 900mg de 12/12 horas por 21 dias. · O custo é exorbitante, sendo EXTRETAMENTE caro. · Ainda existem drogas alternativas, mas, elas não existem no Brasil. · Possui profilaxia secundária feita com ganciclovir (5mg/kg/dia, intravenoso, 5-7 dias na semana). · É muito complicada de se fazer, pois o paciente tem de ir ao hospital todos os dias. · Por esse motivo, as pessoas abandonam a profilaxia, podendo ficar cegas por isso. · Cryptosporidium parvum; Isospora belli; Microsporidium: Encephalitozoon & Enterocytozoon: São agentes oportunistas que causam diarreias de longa duração e, às vezes, profusas em pacientes com CD4 < 100/mm³. · Entram no corpo através da ingestão de água e alimentos contaminados. · O cryptosporidium é o mais frequente de todos. · O diagnóstico é feito através de exame de fezes feito com colorações específicas. · Deve ser especificado para qual microrganismo ele será feito. · Esquema terapêutico: · Criptosporidium (criptosporidíase) = Nitazoxanida, com dose de 500mg de 12/12h por 15 dias. · É a forma mais difícil de ser tratada. · Isospora (isosporíase) = Cotrimoxazol, com dose de 2 comprimidos de dose dupla de 12/12h por 21-30 dias. · Microsporidium (Microsporidiose) = Albendazol, com dose de 400mg de 12/12h por 21-30 dias. · O que realmente melhora o quadro do paciente, é o tratamento antirretroviral. · Mycobacterium avium-intracellulare (MAC): É uma micobactéria presente no meio ambiente, de crescimento rápido. · Na realidade, se trata de um complexo com duas micobactérias que não são distinguidas, a não ser por métodos moleculares. · Causa infecção similar ao citomegalovírus, em pessoas com grave comprometimento imunológico (menos que 50 células/mm³ de CD4). · A queixa é de febre de longa duração de causa desconhecida, linfadenopatia. · Pode provocar lesões em diversos órgãos. · O diagnóstico é feito para cultura, assim, diferenciamos da tuberculose. · Habitualmente, possui a MAC crescimento mais acelerado. · Seu tratamento sofreu uma modificação com a descoberta da claritromicina. · A associação terapêutica de claritromicina (500mg de 12/12h) OU azitromicina (500mg/dia) + etambutol (25mg/kg/dia) + rifampicina (600mg/dia) é a abordagem ideal. · O tratamento é longo, durando 1 ano e meio. · Mas, quando o CD4 fica acima de 100 células/mm³, pode-se reduzir o tempo de tratamento para 6 meses. · Possui as 2 profilaxias, mas a primária é um pouco polêmica. · 1ª) Azitromicina (1200mg/semana) ou claritromicina (500mg de 12/12h). · 2ª) Claritromicina (500mg de 12/12h) ou Azitromicina (500mg/dia) + etambutol (1200mg/dia). · Podem acontecer outras infecções oportunistas, mas essas foram as mais frequentes. Tumores oportunistas · Sarcoma de Kaposi: Neoplasia infiltrativa quase sempre em membros inferiores. · Pacientes soropositivos, eles podem desenvolver a forma disseminada do sarcoma. · Quando as lesões são poucas, podemos esperar que a melhora ocorre com a terapêutica antirretroviral. · Quando as lesões são várias (como na imagem), indicamos terapêutica antineoplásica. · Pode atingir mucosas (também encaminha para a terapia antineoplásica) e nas vísceras intestinais. · Também é uma das causas de diarreia na AIDS. · Linfoma não-Hodgkin: Acomete gânglios, pele, e, não raramente, lesões neurológicas. · A terapêutica a ser seguida é a antineoplásica, com seu responsável sendo o oncologista. ·
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