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1 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão Tema 5: Ferramentas de Projetos – Parte 2 Autor: Ronaldo Barbosa Como citar este material: BARBOSA, Ronaldo. Tecnologias de Gestão: Ferramentas de Projetos – Parte 2. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014 Neste tema, trataremos de gerenciamento de riscos e de recursos em projetos. Incertezas em projetos devem ser tratadas como riscos. Quando as incertezas são ignoradas, ou não são tratadas devidamente, o projeto pode desembocar em problemas graves ou, até mesmo, em desastres. Um famoso exemplo é o navio Titanic. Era o maior objeto móvel já construído até então, tinha quase 300 metros de comprimento, cerca de 50 metros de altura e pesava mais de 46 mil toneladas. Saiu do porto na Inglaterra em sua viagem inaugural em 1912, a fim de cruzar o Atlântico e chegar aos Estados Unidos. Trazia, entre seus passageiros, personalidades célebres da época, artistas, industriais e políticos, mas também imigrantes pobres de várias nacionalidades que apenas queriam tentar a vida na América. O navio possuía uma série de avanços tecnológicos e um casco ultrarreforçado, o que o tornava, pensava-se, “à prova de desastres”. Mas todos sabemos o que aconteceu depois. A colisão do navio com um iceberg causou a maior catástrofe marítima de todos os tempos, deixando 1.517 mortos, o que corresponde a quase 70% das pessoas a bordo (Figura 5.1). Uma das razões para tantas mortes é que faltavam botes salva- vidas em número suficiente. No mínimo, falhou a estimativa dos riscos... Figura 5.1 O naufrágio do Titanic. Fonte: Willy Stöwer. Disponível em: http://goo.gl/T2dxa9. Acesso em: 1 jul. 2014. 2 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Saiba Mais! Documentário: Titanic - Mistério Resolvido. History Channel, 2012. Este documentário apresenta um novo olhar sobre que aconteceu com o Titanic há 100 anos, quando, em viagem inaugural, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico. Às vezes, os riscos descobertos tardiamente também geram enormes prejuízos. Em março de 2014, a diretoria executiva da montadora de veículos GM anunciou um recall de 1,5 milhão de carros, a um custo estimado de US$ 1,3 bilhão. Ao mesmo tempo, montadoras japonesas já admitem recall de outros 2,5 milhões de veículos. Veja a descrição do risco feita pela Honda: “Se o chaveiro está carregando peso extra ou o carro vai para fora da estrada ou tem algum movimento brusco, a chave poderá sair da posição ligada1”. Em outras palavras, qualquer tipo de movimentação leve na chave quando o carro está em movimento pode levar ao desligamento do carro e, consequentemente, ao não acionamento dos airbags, o que pode ser fatal em caso de uma colisão. Os grandes eventos no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a própria democracia, apontam a necessidade de uma cultura maior em gerenciamento de projetos. Do contrário, estaremos atrasados, com orçamentos estourados ou seremos facilmente iludidos por promessas impossíveis daqueles que gerenciam grandes projetos. Por todos estes motivos, as ferramentas ligadas a gerenciamento de riscos e gerenciamento de recursos em projetos são fundamentais. É o que estudaremos neste tema. Bons estudos! 1 FRANCE PRESSE. Montadoras japonesas ampliam recall por problema no airbag. AutoEsporte. Disponível em: http://goo.gl/b6id2H. Acesso em: 24 de jun. 2014. 3 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Iniciamos este tema abordando o desafio de conhecer as necessidades dos clientes, para que o projeto se desenvolva de forma apropriada. Lembramos que um projeto é um empreendimento temporário, conduzido para criar um produto ou serviço único com data para começar e para terminar. Conhecendo as Necessidades dos Clientes: Modelo de Prototipação e Modelo Design Thinking O conhecimento das necessidades dos clientes (chamado também de requisitos) é particularmente complexo na área de projetos em tecnologia. Por isso, existem metodologias específicas para detectar o que o cliente realmente necessita. Vamos conhecer duas metodologias: modelo de prototipação e design thinking. Vamos começar pelo modelo de prototipação. Como o próprio nome diz, o modelo busca aprimorar protótipos. Inicialmente, as ideias do que o cliente necessita estão em sua própria mente. Os desenvolvedores delimitam o escopo do sistema (os limites dentro dos quais o sistema deverá operar). Depois, inicia- se um processo de obtenção das reais necessidades do cliente, que é o processo de extração e análise de requisitos (Figura 5.2). Para isso, ocorrem reuniões e entrevistas que levam a novas questões e a novos esclarecimentos em uma espécie de repetição ou loop. As necessidades são, então, especificadas em uma representação mais formal (por exemplo, na forma de linhas de programas de computador), executadas e, então, validadas pelo cliente. Mas o processo pode variar, dependendo das mudanças que ocorrem pelo caminho. Ao final, espera-se obter um documento final que estipule os requisitos, selando um acordo entre cliente e desenvolvedor: “quem contrata e o que contratou e quem desenvolve o quê”. É um modelo de compreensão de necessidades, chamado também de evolutivo ou evolucionário, porque protótipos evoluem na direção de se tornarem um produto. 4 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Figura 5.2 Processo geral de extração de requisitos. Fonte: Adaptada de Sommerville (2003) Como dissemos, o processo prevê mudanças, idas e vindas de quem pergunta e de quem responde, porque a extração de requisitos é um processo comunicacional complexo entre cliente e desenvolvedor. Vamos a um exemplo. Imagine que o cliente diga a você, desenvolvedor, que necessita de um sistema para controlar prontuários médicos em uma clínica. Quando perguntado sobre o sistema, no primeiro encontro, o cliente afirma que tudo será off-line, apenas para uso interno entre funcionários da clínica. No encontro seguinte, quando questionado sobre como será o fluxo de controle de resultados de exames, o cliente diz que “pensou melhor e que gostaria muito que os pacientes pudessem consultar os resultados de exames pela internet”. Esse exemplo dá uma ideia das mudanças de requisitos que podem acontecer no processo de desenvolvimento de um projeto. Note como mudanças de requisitos ameaçam o desenvolvimento de projetos! Outro exemplo de obtenção de requisitos, semelhante a este, é o modelo design thinking. Terra (2012) descreve design thinking como o desenvolvimento de soluções estéticas com novas funcionalidades, novas experiências, valor e, principalmente, significado para os consumidores. Para isso, o processo de inovação envolve fortemente o consumidor, obtendo suas impressões sobre produtos, serviços e processos, decifrando em conjunto os “futuros desejados” na forma de novas soluções. O método utiliza-se de prototipagens dos conceitos gerados e testes com o usuário final, mesmo em fases prematuras de desenvolvimento. O projeto se desenvolve em laço ou em espiral, em que os protótipos evoluem até que se tornem viáveis como produto. É uma estratégia que deixa de lado estudos rigorosos de iniciação de projetos, tais comoestudos aprofundados de viabilidade comercial, estimativas de probabilidades de retorno etc., e vai direto às necessidades dos clientes. A Figura 5.3 apresenta uma interpretação de design thinking nos seguintes passos: 1. Compreender o problema. 2. Observar o usuário. 3. Sintetizar alternativas. 5 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 4. Iniciar ciclo prototipar/iterar com usuário; e, finalmente, 5. Implementar. Figura 5.3 Etapas do modelo de extração de requisitos, design thinking. Fonte: Agape do Brasil. Disponível em: http://goo.gl/x9f3gE. Acesso em: 1 jul. /2014. Saiba Mais! Entenda melhor o design thinking e seus fundamentos analisando os materiais indicados. DESIGN Thinking – Rafael Leão. Disponível em: http://goo.gl/E1AyoR .Acesso em: 1 jul. 2014. SALIM, Marcelo. Cliente (nem) sempre tem razão. Disponível em: http://goo.gl/qkvjxT. Acesso em: 1 jul. 2014. SOUZA, Washington. Como devemos extrair as necessidades dos clientes? 27 jul. 2010. Disponível em: http://goo.gl/9JL4Pz. Acesso em: 1 jul. 2014. Análise de Riscos Todo projeto lida com certezas e incertezas que são tratadas na gestão ou no plano de riscos. Se, por um lado, riscos apontam a possibilidade de ocorrência de um evento indesejável, por outro, o monitoramento de riscos também pode sinalizar oportunidades. Assim, riscos podem ser negativos (sofrer um acidente doméstico ao levantar pela manhã), mas também positivos (receber uma herança inesperada). Riscos impactam no desempenho, no custo e no cronograma do projeto. Certo grau de risco sempre tem de ser administrado em qualquer projeto por ser impossível eliminar completamente todos os riscos envolvidos. Alguns tipos de projetos envolvem riscos maiores; outros projetos, riscos menores, mas lembre-se: projetos sempre envolvem riscos, por isso é muito importante para o gestor ter uma ideia de como lidar com riscos. 6 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Vamos entender melhor por meio de um exemplo simples. Imagine-se construindo ou reformando uma casa. Sem dúvida, é um projeto que envolve muitos riscos e que demanda uma eficiente gestão de riscos. Existem riscos do tipo: acidentes com trabalhadores, atraso na entrega dos materiais, estouro de orçamento, falta de ferramentas adequadas, chuvas em excesso, erros de execução, entre inúmeros outros riscos. O primeiro passo para a gestão de riscos é identificar o maior número de riscos e levantar as possibilidades de ocorrência de cada um deles. A estimativa da probabilidade de ocorrência não é fácil de ser apontada; normalmente, a experiência pessoal, a experiência de outras pessoas e as opiniões de especialistas contam muito. Heldman (2006) comenta sobre a avaliação de probabilidade de riscos: Pode ser difícil avaliar a probabilidade de um risco, o que costuma ser feito por meio da opinião especializada. Em termos leigos, isso significa que procuramos adivinhar (ou pedimos que um especialista adivinhe) a probabilidade de ocorrência de determinado evento de risco. Certo, nosso palpite se baseia em experiências anteriores em projetos ou eventos de risco similares, mas não há evento (ou projeto) igual a outro. O mais acertado é desenvolver ao máximo os custos de determinação das probabilidades e se envolver o maior número possível de especialistas – cujas respostas devem ser cuidadosamente ponderadas, de modo a chegarmos aos melhores valores de probabilidades possíveis (HELDMAN, 2006, p. 180). Vamos voltar ao exemplo do projeto e fazer uma lista de riscos na forma de uma tabela ou matriz. Matriz de Probabilidade e Impacto de Riscos Esta é uma ferramenta de projeto bastante importante e que se apresenta a partir de uma lista de riscos e de probabilidades de ocorrência de cada risco. Vamos estabelecer uma escala de baixa, média e alta probabilidade para cada risco, a fim de simplificar (Tabela 5.1). Tabela 5.1 Riscos e probabilidade de ocorrência. Identificação de risco Descrição Probabilidade de ocorrência 1 Atraso na obra Média 2 Estouro de orçamento Alta 3 Acidentes na obra Baixa 4 Entrega do material errado Baixa 5 Chuvas em excesso Baixa 6 Adiantamento do cronograma Baixa Vamos agora acrescentar uma coluna a essa matriz de riscos, uma dimensão relacionada aos efeitos que os riscos podem causar no projeto. Chamamos isso de grau de impacto (Tabela 5.2). 7 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Vamos entender o grau de impacto como o alcance que o risco transformado em problema pode ter. Por exemplo, um vazamento em uma panela de pressão pode atrasar um almoço (baixo grau de impacto), mas um vazamento em um reator nuclear pode ser um grande desastre (altíssimo grau de impacto). Mais uma vez, vamos usar a escala de baixo, médio e alto para o grau de impacto. Acrescentando essa coluna à Tabela 5.1, obtemos: Tabela 5.2 Riscos, probabilidade de ocorrência e grau de impacto. Identificação de risco Descrição Probabilidade de ocorrência Grau de impacto 1 Atraso na obra Média Médio 2 Estouro de orçamento Alta Alto 3 Acidentes na obra Baixa Alto 4 Entrega do material errado Baixa Médio 5 Chuvas Baixa Alto 6 Adiantamento do cronograma Baixa Baixo Observando as colunas Probabilidade de ocorrência e Grau de impacto, já podemos prever algumas combinações que nos permitem criar uma espécie de valor de risco, que fornece uma escala de importância para os riscos. Pense que, quanto maior é o valor do risco, mais preocupante é o risco; quanto menor é o valor de risco, menos preocupante ele será. Assim, o maior valor de risco é aquele que tem elevada probabilidade de ocorrência e, ao mesmo tempo, elevado grau de impacto. No caso deste projeto, é o risco “Estouro de orçamento” (observe a linha 2 da Tabela 5.3). Por outro lado, riscos com baixa probabilidade de ocorrência e, ao mesmo tempo, baixo grau de impacto possuem baixo valor de risco. É o caso, neste exemplo, do risco “Entrega do material errado” (observe a linha 4 da Tabela 5.3). Tabela 5.3 Riscos, probabilidade de ocorrência e grau de impacto, com valor de risco maior em destaque. Identificação do Risco Descrição Probabilidade de ocorrência Grau de impacto 1 Atraso na obra Média Médio 2 Estouro de orçamento Alta Alto 3 Acidentes na obra Baixa Alto 4 Entrega do material errado Baixa Baixo 5 Chuvas em excesso Baixa Alto 8 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Note que, ao longo do projeto, o valor de risco pode variar, dependendo das hipóteses e restrições do projeto. Dito de outra forma, a probabilidade de ocorrência de um risco, bem como seu grau de impacto, pode variar ao longo do projeto. Atenção: Riscos têm de ser monitorados o tempo todo ao longo da execução do projeto! Agora que já temos uma lista de riscos, probabilidade de ocorrência e grau de impacto de cada um dos riscos, está na hora de planejarmos as respostas aos riscos, isto é, de determinarmos o que precisamos fazer para evitar o risco e que providência devemos tomar se o risco se converter em um problema concreto. O planejamento de respostas a riscos envolve definição de pessoas,atribuição de funções e responsabilidades, além de providências técnicas perante cada risco identificado. Nesta versão simplificada de plano de riscos que estamos elaborando, vamos completar a tabela com colunas relacionadas a ações de mitigação, espécie de medida preventiva para evitar que o risco se transforme em problema, e outra coluna associada a ações para lidar com riscos que já se tornaram um problema. Assim, por exemplo, não há muito o que mitigar em relação ao risco “Chuvas em excesso”, mas podemos mitigar o risco de “Acidentes na obra”. Para isso, podemos exigir o uso rigoroso de equipamentos de segurança e a uma atenção maior dos funcionários quanto ao uso de escadas e equipamentos pesados, por exemplo. Observe, agora, na Tabela 5.4, a coluna “Ações preventivas (mitigação)” e “Ações corretivas” para cada risco identificado (isto é, o “que fazer”). Tabela 5.4 Riscos, probabilidade de ocorrência, grau de impacto, ações de mitigação e ações corretivas. Identificação de risco Descrição Probabilidade de ocorrência Grau de impacto Ações preventivas (mitigação) Ações corretivas 1 Atraso na obra Média Alto Monitorar fortemente o cronograma Renegociar prazos 2 Estouro de orçamento Alta Alto Monitorar fortemente a planilha de custos Renegociar orçamento 9 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 3 Acidentes na obra Baixa Alto Usar equipamento de segurança Contactar pessoas responsáveis 4 Entrega do material errado Baixa Alto Verificar a entrega ainda no depósito Informar com rapidez e solicitar ajuste imediato 5 Chuvas em excesso Baixa Alto Não há o que fazer Alocar trabalhadores para outra área da obra Completando a tabela nas demais células, temos um plano de riscos simplificado que pode apoiar muito o desenvolvimento de projetos. Lembre-se de que, na prática de gestão profissional de projetos, esta matriz de probabilidade de riscos pode ser muito mais complexa, envolvendo inúmeras análises, dependendo de cada situação, mas ela passará por: identificar riscos, estabelecer probabilidade de ocorrência, o grau de impacto, ações de prevenção e ações de correção. Saiba Mais! Entenda melhor o contexto da gestão de riscos lendo o seguinte artigo: RODRIGUES, Carlos Ailton. Gestão de riscos na governança corporativa. Disponível em: http://goo.gl/wduyS9. Acesso em: 1 jul. 2014. Gerenciando Recursos no Software Open Project Vimos no tema anterior um exemplo simples de projeto. O projeto era a montagem de uma bicicleta, com as tarefas, as durações das tarefas e a ordem de precedência entre as tarefas. Vimos conceitos como caminho crítico do projeto (caminho do início ao fim do projeto com maior duração), folgas do projeto (espaço de tempo que algumas tarefas que possuem folga podem suportar sem mudar o caminho crítico) e a duração mínima do projeto. Vimos como inserir e lidar com todas essas informações usando uma ferramenta de gerenciamento de projetos, o software Open Project. Vamos prosseguir abordando os recursos de um projeto. Recursos são, basicamente, aquilo que as tarefas necessitam para serem executadas. Recursos custam tempo e dinheiro, por isso gerir recursos é algo fundamental em qualquer projeto. Uma ideia importante é que primeiro inserimos no software o máximo de informações de dado recurso: nome, custo por unidade ou custo por tempo, descrição detalhada etc., mas só depois faremos a associação entre as tarefas e os recursos para apontar quanto de cada recurso será necessário para dada tarefa. 10 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Para entendermos isso, pensemos na seguinte situação: para cozinhar um bolo (este é o projeto a ser executado), usamos açúcar (recurso) que custa, por exemplo, R$ 10,00 o quilograma. Tanto a tarefa preparar a massa do bolo quanto a tarefa preparar o recheio usam o mesmo recurso, açúcar, mas a descrição do recurso é separada das tarefas, assim como a quantidade desse recurso para cada uma das tarefas. Se devemos adicionar 200 gramas de açúcar à massa do bolo e 150 gramas de açúcar ao recheio do bolo, essas informações são inseridas a partir das tarefas. Assim, atribuímos as quantidades do recurso de forma separada para cada tarefa. O programa vai calcular automaticamente o custo das tarefas com base no custo do recurso e no custo que cada tarefa que usou aquele recurso teve de empenhar. Vamos fazer isso com um exemplo, já retomando nossos estudos do Open Project! É dado o projeto de reforma de um muro de uma escola. O projeto tem as seguintes tarefas, duração e precedências (Tabela 5.5): Tabela 5.5 Tarefas, durações e precedências de tarefas em um projeto. Tarefa Duração (unidades de tempo) Predecessor Construir alicerces 1 - Preparar massa 1 Construir alicerces Assentar tijolos 2 Preparar massa Conforme aprendemos no tema anterior, podemos inserir facilmente todas essas informações no Open Project, obtendo a Figura 5.4: Figura 5.4 Tela do Open Project com tarefas, durações, precedências e Gráfico de Gantt. Notemos que no Open Project já aparece o Diagrama de Gantt, o caminho crítico e a duração do projeto, que vai se iniciar no dia 24 de junho de 2014 e se encerrar no dia 26 de junho de 2014. Adicionando Recursos ao Projeto no Open Project Vamos agora pensar nos recursos necessários para a realização do projeto. Consideramos os recursos: materiais, equipamentos e mão de obra. Para este projeto, necessitamos dos seguintes recursos que dividimos entre as categorias “Material” e “Mão de obra”. Vamos especificar também os valores unitários de cada recurso. 11 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Tabela 5.6 Recursos de um projeto e seus custos. Recursos Tipo de recurso Custo Ferro Material R$ 4,00/kg Areia Material R$ 2,00/kg Cimento Material R$ 7,00/kg Servente Mão de obra R$ 5,00/hora Pedreiro Mão de obra R$ 10,00/hora Notemos que, na Tabela 5.6, não colocamos a quantidade de recursos necessária para cada tarefa, e sim o custo dos recursos, independentemente das tarefas. Para “Material”, registramos o custo por unidade (neste caso, quilograma); já para “Mão de obra”, registramos o custo por tempo (neste caso, o custo por hora). Para inserirmos os recursos no Open Project, selecionamos o botão Resources (Recursos), destacado em vermelho (Figura 5.5). Vamos “limpar” um pouco a tela porque aparecem colunas que não utilizaremos. Figura 5.5 Tela de planilha de recursos do Open Project – ocultação de colunas. Vamos esconder as colunas que não interessam clicando com o botão direito do mouse e selecionando Hide Column (Esconder Coluna). Vamos manter visíveis somente as colunas Name (Nome), Type (Tipo) e Standard Rate (Taxa Normal). Inserimos a coluna Work (Trabalho), novamente com o botão direito do mouse, escolhendo Insert Column (Inserir Coluna) e selecionamos no botão a palavra Work (Trabalho) (Figura 5.6). 12 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Figura 5.6 Tela de planilha de recursos do Open Project – aparecimento da coluna Work. Finalmente,podemos inserir os recursos do projeto. Para isso, iremos transpor as informações da Tabela 5.6 diretamente para o programa, bastando, para isso, digitar os nomes dos recursos e os custos unitários (Figura 5.7). Figura 5.7 Tela de planilha de recursos do Open Project – recursos podem ser do tipo Material (materiais) ou Work (mão de obra). Notemos que a coluna Type foi atualizada para Material (Material: ferro, areia, cimento) e Work (Trabalho, isto é, mão de obra: servente e pedreiro). Na própria planilha, na coluna Standard Rate, já atualizamos os valores de custo por unidade (materiais) e custo por hora (mão de obra). Agora que já inserimos as tarefas do projeto e os recursos, precisamos, finalmente, atribuir quanto de cada recurso é necessário para cada tarefa. Para a tarefa “Construir Alicerces” precisamos de 50 kg de ferro e 5 horas de trabalho de serventes; para a tarefa “Preparar massa”, precisamos de 30 kg de areia, 20 kg de cimento e 2 horas de servente; já para a tarefa “Assentar tijolos”, precisamos de 8 horas de pedreiro e 16 horas de serventes. 13 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Representamos isso na Tabela 5.7: Tabela 5.7 Tarefas versus Recursos em um projeto. TAREFA/ RECURSOS Ferro (kg) Areia (kg) Cimento (kg) Pedreiro (horas) Servente (horas) Construir alicerces 50 - - - 5 Preparar massa - 30 20 - 2 Assentar tijolos - - - 8 16 No Open Project, vamos clicar na tarefa “Construir alicerces”. Aparecerá a caixa Task Information (Informação da Tarefa); clicamos então no botão destacado em vermelho (Figura 5.8): Figura 5.8 Tela do Open Project – com destaque para o botão de atribuição de recursos a uma tarefa. Selecionamos o recurso que queremos adicionar e clicamos em Assign (Atribuir), e o recurso aparecerá em verde. Escrevemos 50 na coluna Units e clicamos no botão verde para atualizar a informação (lembre-se de que precisamos de 50 kg de ferro para a tarefa “Construir alicerces”). Fazemos isso para o recurso Servente (Figura 5.9). 14 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Figura 5.9 Tela do Open Project – janela em que recursos são selecionados. Aqui há um ponto de atenção! Notemos que o recurso Servente aparece na coluna Units com o valor 100%. Deixaremos dessa forma. Ao fecharmos a janela Assign Resources, reaparece a janela Task Information. É nessa tabela que devemos ajustar o número de horas do recurso Servente. Neste momento, está 8 horas (lembra-se do 100%? 100% era um dia inteiro de trabalho, isto é, 8 horas). Devemos alterar para 2 horas, e fazemos isso diretamente na tabela em amarelo (Figura 5.10). Figura 5.10 Tela do Open Project – janela em que aparecem recursos vinculados a uma tarefa. Esse processo de atribuir os recursos às tarefas e ajustar quantidades deve repetir-se para ajustar todos os recursos relacionados a cada uma das tarefas. Mais uma vez, lembre-se de que estamos olhando na Tabela 5.6. Ao fazermos isso para todas as tarefas, conseguimos associar corretamente recursos com tarefas, conforme o planejado. Duas dicas importantes: 1. Ao atribuir recursos do tipo Work (Mão de obra), mantenha sempre 100% na janela Assign Resources e depois atualize as informações na janela Task Information. 2. Acostume-se a gravar o arquivo e conferir a cada passo se o Open Project está atualizando conforme o previsto no projeto. Alguns controles do programa são mais lentos do que os programas com os quais estamos acostumados (exemplo, Power Point ou Word, em que não precisamos gravar o arquivo a toda hora). 15 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Após atribuirmos todos os recursos às tarefas, o Gráfico de Gantt será agora o seguinte (observar barras em vermelho) (Figura 5.11): Figura 5.11 Tela do Open Project – tarefas e recursos alocados. Finalmente, agora podemos conferir se o Open Project ajustou todos os valores e se está nos fornecendo relatórios precisos como deveria fornecer. Para isso, vamos conferir, à mão, as contas e depois vamos acionar os botões do Open Office para conferirmos o que o programa calculou. Vamos calcular o que foi gasto por recurso, por tarefa e no projeto de forma total. Observe a Tabela 5.8: Tabela 5.8 Contas para estimar gastos por recurso e por tarefa em um projeto. TAREFA/ RECURSOS Recurso: Ferro (kg) Recurso: Areia (kg) Recurso: Cimento (kg) Recurso: Pedreiro (horas) Recurso: Servente (horas) Total por tarefa Tarefa: Construir alicerces 50 - - - 5 (50 x 4) + (5 x 5) = 225 Tarefa: Preparar massa - 30 20 - 2 (30 x 2) + (20 x 7) + (2 x 5) = 210 Tarefa: Assentar tijolos - - - 8 16 (8 x 10) + (16 x 5) = 160 Total por recurso 50 x 4 = 200 30 x 2 = 60 20 X 7 = 140 8 X 10 = 80 23 x 5 = 115 TOTAL = 595 Por exemplo, na tarefa “Construir alicerces”, temos a necessidade de 50 kg de ferro que custa R$ 4,00/kg e de 5 horas de serviços de Servente de pedreiro, que custa R$ 5,00 a hora. Daí a conta: (50 x 4) + (5 x 5) = 225. Para o recurso Servente, temos a necessidade de usar 5 horas na tarefa “Construir alicerces”, mais 2 horas na tarefa “Preparar massa”, mais 16 horas na tarefa “Assentar tijolos”. São 23 horas do serviço de Servente no total, ao custo de R$ 5,00 a hora: 23 x 5 = 115. 16 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Ao clicarmos nos botões do lado esquerdo do Open Project, obtemos de forma imediata todas essas informações, que são organizadas e calculadas automaticamente pelo Open Project. Conferindo os gastos por recurso (repare no botão selecionado em vermelho) (Figura 5.12): Figura 5.12 Tela do Open Project – custos das tarefas. Conferindo os gastos, desta vez, por tarefa, obtemos (Figura 5.13): Figura 5.13 Tela do Open Project – custos dos recursos. Vejamos também o relatório final do projeto gerado pelo próprio Open Project (notemos o valor total do projeto: 595, valor que está correto). Notemos também as datas e durações (Figura 5.14): Figura 5.14 Tela do Open Project – relatório geral do projeto Reforma do muro da escola. 17 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Utilizar um software para apoiar o gerenciamento de projetos é muito interessante tanto para ensaiar mudanças de alocação de recursos quanto para estimar durações, caminho crítico e possibilitar a montagem de diferentes cenários para controlar melhor o projeto. Lembre-se de que gerir projetos é gerir mudanças. Uma ideia importante para pensar sobre softwares de apoio ao gerenciamento de projetos é a seguinte: você não usa calculadora, o software de apoio ao gerenciamento é a sua calculadora de projetos! Saiba Mais! Entenda melhor o Open Project: Para baixar o Open Project (software gratuito), consulte: http://goo.gl/l3TFlq .Acesso em: 28 de jun. 2014 Consulte também um manual sobre o software Open Project em: PARDELINHA, Pedro. Manual de formação OpenProj: Conceitos de gestão deprojetos em aplicações open-source. Disponível em: http://goo.gl/YKogU4. Acesso em: 30 jun. 2014. Caminho Rápido ou Paralelismo (Fast-tracking) No exemplo da construção do muro da escola, admitimos que o assentamento de tijolos só poderia começar após a preparação da massa. Assim, prepara-se toda a massa para só depois iniciar o assentamento. Na prática, porém, podemos iniciar o assentamento antes de toda a massa estar pronta, isto é, podemos tornar paralelas, em algumas situações, tarefas que estavam programadas para seguirem uma após a outra, em sequência. Chamamos essa técnica de fast-tracking, cujo objetivo é, obviamente, acelerar o projeto, tornando parcialmente paralelas tarefas que antes não eram. O fast-tracking eleva os riscos de um projeto (Figura 5.15). Figura 5.15 Aplicação da técnica Fast-Tracking para acelerar um projeto. Compressão (Crashing) Para acelerar um projeto, podemos também encurtar tarefas que pertençam ao caminho crítico. Isso é chamado de crashing. Tanto o fast-tracking quanto o crashing demandam a injeção de mais recursos no projeto e aumentam os riscos do projeto. 18 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Saiba Mais! Entenda mais sobre o fast-tracking e o crashing! EQUIPE PROJECT BUILDER. Você sabe o que é Fast-Tracking? Disponível em: http://goo.gl/sUXa6r. Acesso em: 1 jul. 2014. EQUIPE PROJECT BUILDER. O que é Crashing? Disponível em: http://goo.gl/TKliQF. Acesso em: 1 jul. 2014. Loop: palavra inglesa utilizada para definir um conjunto de instruções percorrido e repetido por um programa até que se alcance determinada situação. Mitigação: é a técnica que procura reduzir a probabilidade de ocorrer um evento adverso de risco. Está relacionada às providências que devem se antecipar à ocorrência do evento, sendo que um plano de mitigação inclui procedimentos para amenizar ou eliminar a ocorrência dos riscos impactantes no projeto. Probabilidade: é a chance de um evento ocorrer. O exemplo clássico é o de jogar a moeda. Há 0,50 de probabilidade de dar cara e 0,50 de probabilidade de dar coroa. Notemos que a probabilidade de ocorrência de um evento mais a probabilidade de sua não ocorrência é sempre igual a 1,0. Protótipos: podem ser definidos como um exemplar único feito para ser experimental antes da produção de outros exemplares. Recall: é a forma pela qual um fornecedor vem a público informar que seu produto ou serviço apresenta riscos aos consumidores. Ao mesmo tempo, recolhe produtos, esclarece fatos e apresenta soluções (Ref.: Ministério da Justiça, Direito do Consumidor). Requisitos: necessidade ou expectativa que é expressa geralmente de forma implícita ou obrigatória. Riscos: envolvem evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto, como tempo, custo, âmbito ou qualidade (Ref.: PMI, PMBOK Guide 2004). Instruções Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. 19 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Questão 1 Analise as seguintes sentenças que estão relacionadas à gestão de riscos em projetos: 1. ( ) Riscos vão mudando ao longo do projeto, daí a necessidade de manter os riscos sob constante monitoramento. 2. ( ) Quanto mais você souber sobre os riscos e seus impactos, mais preparado estará para lidar com eles caso ocorram. 3. ( ) Riscos podem ser internos e externos aos projetos. 4. ( ) Quanto maior a tolerância a riscos, mais disposto se está a encarar o risco e suas consequências. 5. ( ) Gerenciamento de riscos cabe apenas a projetos grandes e complexos. Associando a cada sentença V para Verdadeira e F para Falsa, aponte a alternativa correta: a) 1 – V; 2 – V; 3 – V; 4 – V; 5 – F. b) 1 – F; 2 – V; 3 – V; 4 – V; 5 – F. c) 1 – V; 2 – F; 3 – V; 4 – V; 5 – F. d) 1 – V; 2 – V; 3 – F; 4 – V; 5 – F. e) 1 – F; 2 – V; 3 – F; 4 – V; 5 – F. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 2 A principal aplicação do gerenciamento de riscos em projetos é: a) A soma das probabilidades de risco. b) Eliminar todos os riscos do projeto. c) Reduzir o custo para completar o projeto. d) Redução dos riscos do projeto. e) Minimizar o tempo para completar o projeto. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 3 Sabemos que os riscos em um projeto podem estar ligados a fatores externos e a fatores internos. Dos 5 (cinco) riscos listados, a seguir, associe I para risco Interno e E para risco Externo. 20 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 1. ( ) Existem fornecedores qualificados para realizar o serviço? 2. ( ) Há alguma legislação identificada que possa impactar no desenvolvimento do produto? 3. ( ) A equipe interna tem domínio da nova tecnologia a ser utilizada? 4. ( ) Pode haver algum tipo de processo judicial que embargue o projeto? 5. ( ) Há riscos de fluxo de caixa? Assinale a alternativa correta: a) 1 – E; 2 – E; 3 – I; 4 – I; 5 – E. b) 1 – E; 2 – E; 3 – I; 4 – E; 5 – E. c) 1 – I; 2 – E; 3 – I; 4 – E; 5 – E. d) 1 – E; 2 – I; 3 – I; 4 – E; 5 – E. e) 1 – E; 2 – E; 3 – I; 4 – E; 5 – I. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 4 Em um estudo sobre riscos de acidentes em casas noturnas, chegou-se à seguinte matriz de probabilidade de ocorrência e grau de impacto: Identificação do risco Probabilidade de ocorrência Grau de impacto Risco 1 Média Alto Risco 2 Alta Alto Risco 3 Baixa Alto Risco 4 Baixa Baixo Risco 5 Baixa Alto Qual a ordem dos riscos segundo a ideia de valor de risco? Justifique. Dica: lembre-se de que o valor de risco é o produto da probabilidade e o grau de impacto de um risco. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 5 Explique a utilidade das ferramentas de apoio ao gerenciamento de projetos, do gênero Open Project e MS-Project. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 21 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Neste tema sobre ferramentas de projetos, estudamos técnicas e ferramentas para a extração de requisitos de projetos, análise de riscos fundamentada em matriz de probabilidades e grau de impacto. A análise de riscos, ao mesmo tempo em que antecipa soluções, pode, também, ser extremamente útil ao apontar quais riscos podem ser desprezados, porque têm baixo valor de risco. Vimos também como inserir recursos em um projeto utilizando o software de apoio ao gerenciamento de riscos Open Project. Essas ferramentas ganham sentido na medida em que enfrentamos desafios em projetos. Procure refazer os exemplos aqui apresentados e criar situações mais próximas da sua realidade. Bons estudos! AMARAL, J. A. A. Modelos para gestão de projetos: como utilizar adequadamente conceitos, ferramentas e metodologias. São Paulo: Scortecci, 2004. DESIGN Thinking – RafaelLeão. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=GxQmt5coSo0. Acesso em: 1 jul. 2014. EQUIPE PROJECT BUILDER. O que é Crashing? Disponível em: http://www.projectbuilder.com. br/blog-pb/entry/...projetos/o-que-e-crashing. Acesso em: 1 jul. 2014. EQUIPE PROJECT BUILDER. Você sabe o que é Fast Tracking? Disponível em: http://goo.gl/LXW5vE. Acesso em: 1 jul. 2014. FRANCE PRESSE. Montadoras japonesas ampliam recall por problema no airbag. AutoEsporte. Disponível em: http://goo.gl/LXW5vE. Acesso em: 24 de jun. 2014. HELDMAN, K. Gerência de projetos: guia para o exame oficial do PMI. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. PARDELINHA, Pedro. Manual de formação OpenProj: Conceitos de gestão de projetos em aplicações open-source. Disponível em: http://goo.gl/G1tn5M .Acesso em: 30 jun. 2014. RODRIGUES, Carlos Ailton. Gestão de riscos na governança corporativa. Disponível em: http://goo.gl/AGLUKf .Acesso em: 1 jul. 2014. SALIM, Marcelo. Cliente (nem) sempre tem razão. Disponível em: http://goo.gl/2AzwOv. Acesso em: 1 jul. 2014. SOMMERVILLE, I. Engenharia de Software. São Paulo: Addison Wesley, 2003. SOUZA, Washington. Como devemos extrair as necessidades dos clientes? 27 jul. 2010. Disponível em: http://goo.gl/u1vIhI. Acesso em: 1 jul. 2014. TERRA, C.10 dimensões para a gestão da inovação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. VALERIANO, D. Moderno Gerenciamento de Projetos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. 22 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Questão 1 Resposta correta: Alternativa A. Quanto às sentenças, temos: 1. (V) Em um projeto, os riscos vão se modificando de acordo com o andamento do projeto e as questões externas à empresa; por causa disso, é essencial o monitoramento constante dos riscos ao projeto. 2. (V) Construída a matriz de probabilidade e impacto de forma coerente, o gestor do projeto conhecerá os riscos que o projeto poderá enfrentar, bem como seus impactos; assim, poderá estar mais preparado para enfrentá-los. 3. (V) Podemos classificar os riscos como internos (equipe, fatores financeiros, tecnologia etc.) e externos (política, legislação, questões ambientais etc.). 4. (V) A tolerância a um risco pode ser compreendida quando o gestor se sente à vontade para assumir e enfrentar esse risco, frente ao conhecimento de sua probabilidade e impacto. Assim, quanto maior a tolerância, mais dispostos o gestor e sua equipe estarão para enfrentar o risco. 5. (F) O gerenciamento de risco deve ser aplicado em qualquer projeto, independentemente de seu tamanho ou complexidade. Questão 2 Resposta correta: Alternativa D. Cabe ao gerenciamento de risco de um projeto a redução de qualquer fator (interno ou externo) que possa comprometer o projeto. Para isso, é utilizada a matriz de probabilidade e impacto. Questão 3 Resposta correta: Alternativa E. Os riscos que podem ocorrer em um projeto podem ser classificados como internos e externos, a saber: • Internos: questões relacionadas à equipe do projeto quanto a competências e domínio de tecnologias a serem utilizadas no projeto, questões financeiras da empresa. • Externos: questões relacionadas a fornecedores (matéria-prima, mão de obra, qualificação), questões políticas, legais, ambientais e econômicas. 23 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Tecnologias de Gestão | Tema 5 Questão 4 Para obtermos o valor de risco, precisamos multiplicar a probabilidade de ocorrência pelo grau de impacto. Seguindo este raciocínio, o Risco 2 tem o mais alto valor de risco, seguido pelo Risco 1; os Riscos 3 e 5 vêm em seguida e possuem mesmo valor de risco; finalmente, o risco mais baixo é o Risco 4. Assim, temos na ordem de maior grau de risco para menor grau de risco: Risco 2// Risco 1// Risco 3 & Risco 5 empatados// Risco 4. Questão 5 Softwares de gerenciamento de projetos são ferramentas valiosas para o monitoramento de projetos. Permitem visualizar todas as tarefas e recursos envolvidos no projeto de forma integrada. Com as tarefas devidamente configuradas, obtemos a duração total do projeto, sabemos quais tarefas são críticas e quais tarefas podem atrasar. Adicionando os recursos ao projeto, temos clareza sobre quais recursos são necessários para a realização de cada tarefa, qual será o custo por tarefa e quanto de cada recurso será demandado. Todas essas informações combinadas permitem planejar e replanejar o projeto conforme a execução evolui ao longo do tempo.
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