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Saúde Coletiva CONCEITO Conhecimento voltado para compreensão da saúde e explicação de seus determinantes sociais. Área multiprofissional e interdisciplinar. • Promoção • Prevenção • Cuidados e agravos a doença • Objetivo: coletividade QUAL A DIFERANÇADA ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO A SAÚDE? • Assistência: conjunto de procedimentos clínico- cirúrgico, estando eles doentes ou não. • Atenção: é conjunto de atividades intra e extra setor saúde (intersetorialidade), atinge grupos populacionais com objetivo de manter a condição de saúde em cima de todos os determinantes do processo saúde-adoecimento. PROMOÇÃO DA SAÚDE Promoção da saúde: nominada pela 1° vez pelo sanitarista Henry Sigerist – início do século XX • Ele elaborou 4 funções da medicina o promoção da saúde o prevenção das doenças o tratamento dos doentes o reabilitação segundo a sua concepção, a promoção da saúde envolveria ações de educação em saúde e ações estruturais do estado para melhorar as condições de vida da população. O MOVIMENTO MODERNO DA PROMOÇÃO/PREVENÇÃO DA SAÚDE Marc Lalond: ministro da saúde no Canadá – 1970, investigou o impacto dos investimentos e gastos em saúde na melhoria dos indicadores, constatou que 80% das causas das doenças estavam relacionados ao estilo de vida. GOVERNO → RESPONSAVEL POR OUTRAS MEDIDAS • controle de custos crescentes à assistência médica • (re)valorização e (re)conceituação da promoção da saúde 1986: conceito mais contemporâneo da promoção da saúde • OMS: Promoveu a primeira conferencia internacional sobre promoção da saúde, em Ottawa, Canadá. Carta de Ottawa – Nova concepção de saúde publica no mundo! o Promoção da saúde Paz, habitação, educação, alimentação, renda, etc. Melhoria da sua qualidade de vida e saúde. Intersetorialidade: é a participação social para o estabelecimento de ação comunitária e a sustentabilidade. Leavell e Clark (1965): Modelo da história natural da doença composto por três níveis de prevenção. o Primária: promoção da saúde, educativas, orientações para o cuidado, com objetivo de melhorar a resistência e bem-estar do indivíduo. o Secundária: diagnostico e tratamento precoce, indivíduos doentes ou acidentados com diagnostico confirmado, para que se curem, para ficar funcionalmente sadios. o Terciária: consiste no cuidado de sujeitos com sequelas de doenças ou acidentes, visando a recuperação ou manutenção em equilíbrio funcional. As ações devem ser dirigidas a causa primaria dos problemas e não somente as suas manifestações concretas Equidade: acesso universal a saúde, criação de oportunidade para que todos tenham acesso a saúde. Intersetorialidade: saberes e experiencias no planejamento, execução de ações para alcançar as ações simultâneas em situações complexas. PROMOÇÃO DA SAÚDE X PREVENÇÃO DE DOENÇAS • Promoção da saúde: incrementar a saúde e o bem- estar geral, mudança nas condições de vida, a ausência de doença não é o suficiente. • Prevenção de doença: garantir proteção a doenças especificas, reduzindo sua incidência e prevalência na população, evitar a doença é o objetivo final. PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Para Evans e Stoddart 1990: a relação com o sofrimento, com o mal, não lhe corresponde integralmente, quadros clínicos com o mesmo parâmetro biológico, podem afetar pessoas diferentes de formas distintas. O processo saúde-doença-adoecimento ocorre de maneira desigual. HISTÓRICO 400 A.C HIPOCRATES: o ar e os lugares, relaciona os locais de moradia, água para beber, os ventos, com a saúde e a doença. 1° FASE – MAGIA OU ASPECTOS SOCIAIS. Na antiguidade as religiões politeístas associavam a saúde como uma dadiva, e a doença como se fosse um castigo. • SAÚDE = DADIVA • DOENÇA = CASTIGO 2° FASE – FATORES FISÍCO-QUIMICO OU MIASMAS Teoria miasmática: foi formulada no século XVII. Era pautada nos odores, nos ares da matéria morta, os quais quando aspirados causariam doença. Essa • teoria permaneceu até o século XIX • fim do século XVIII: predominavam na Europa como explicação para o adoecimento. • Primeiras evidencias da determinação social do processo saúde-doença. 3° FASE – BIOLOGICA OU MICROBIOLÓGICA Teoria bacteriológica: surgiu no século 19 – descoberta dos microscópios e as bactérias. Na teoria da unicausalidade enfatiza a ação dos germes. • Teoria da unicausalidade: enfatiza a ação dos germes • Quando identificar os agentes etiológicos da doença e os seus meios de transmissão: foco de prevenir e curar a doença. DUAS CONCEPÇÕES TÊM MARCADO O PERCURSO DA MEDICINA CONSEPÇÃO FISIOLOGICA: explica a origem da doença a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa. Analisar o paciente como um todo em seu ambiente. CONSEPÇÃO ONTOLOGICA: tem o foco em um diagnostico exato, identificar os órgãos que estão perturbados e provocando os sintomas. A doença na base do órgão especifico. Com o advento da bacteriologia a concepção ontológica firmou-se vitoriosa e suas conquistas levam ao abandono dos critérios sociais na formulação e no enfrentamento dos problemas de saúde da população. • A teoria microbiana passa a ter, já no fim do século XIX uma predominância de tal ordem que, fez obscurecer algumas concepções que destacavam a multicausalidade das doenças, que apontavam para fatores socioeconômicos. Após a segunda guerra mundial a ONU criou: Organização mundial de saúde (OMS), era composto por técnicos de vários países com objetivo de estudar e seguir alternativas para melhorar a saúde mundial. 4° FASE – ABORDAGEM MULTICAUSAL Nessa teoria considera-se o potencial causador de doenças dos microrganismos, mais também fatores econômicos, sociais, etc... LEAVEL E CLARCK – MEDICINA PREVENTIVA 1976 Tríade ecológica que define o modelo de causalidade das doenças a partir das relações entre agentes e hospedeiro e meio ambiente. OMS 1978 em ALMA-ATA: conferencia internacional sobre cuidados primários a saúde. • Nesta conferencia a OMS desenvolveu o conceito de saúde. • Bem-estar físico, mental e social – é um direito fundamental. Inter-relacionamento e independência da saúde com o desenvolvimento econômico e social: sendo a primeira causa e consequência da progressiva melhora das condições e da qualidade de vida. BRASIL EM 1986 – XII CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE Foram discutidos os temas: saúde como direito, reformulação do SUS e financiamento setorial. Abordagem multicausal: • Doença → causalidade múltipla • Homem → fatores biológicos, físicos e químicos. PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Surgem vários modelos de explicação e compreensão da saúde, da doença e do processo saúde-doença. Modelo epidemiológico: baseados em 3 componentes → agentes, hospedeiro e meio ambiente. Considerado como fatores causais. Modelo do campo de saúde: ambiente, estilo de vida, biologia humana, sistema e serviços de saúde. Permanentemente inter-relação e interdependência. O processo saúde-doença esta diretamente atrelado a forma como o ser humano no período da sua existência foi se apropriando da natureza, buscando o atendimento as suas necessidades. DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE SAÚDE DETERMINANTES SOCAIS DA SAÚDE (DSS) Principal funcionamento conceitual e operacional da promoção da saúde, os debates sobre DSS iniciaram nos anos 70/80 • Comissão nacional sobre DSS: DSS são fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. • Comissão da OMS sobre DSS: DSS são as condições sociais que as pessoas vivem e trabalham. DSS SEGUNDO A OMS • Determinantes estruturais: distribuição de renda e discriminação, existênciade estruturas políticas, que reforcem ao invés de reduzir. • Determinantes intermediários: condições de moradia e psicossociais, fatores comportamentais e biológicos além do próprio sistema de saúde. PRINCIPAIS CONDICIONANTES E DETERMINANTES DA SAÚDE – LEI 8.080 Alimentação Lazer Meio ambiente Trabalho Educação Renda Transporte Saneamento Básico Moradia Acesso aos bens Assistenciais. As intervenções sobre os DSS devem implicar um modo diferente de formular politicas e executa-las de maneira sustentável em longo prazo, agindo nos vários determinantes dos níveis do modelo proposto. 1. Microdeterminantes: comportamento individual 2. Intermediário: condições de vida e de trabalho 3. Microdeterminantes ou distais: estruturas econômicas, social e cultural POLITICAS DE SAÚDE A instituição oficial que administra o país é dividida em 3 poderes. • Legislativo: Elabora as leis • Judiciário: Aplica as leis • Executivo: Administra. eles são independentes e coesos, sistema politico brasileiro: republica. SAÚDE: • Direito de todos e dever do estado (CF/88 – ART.194) • Acesso universal e igualitário • Promoção, proteção e recuperação SEGURIDADE SOCIAL Conjunto integrado de ações, iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinada a assegurar os direitos relativo a saúde, previdência social e assistência social. financiada por toda a sociedade, direta ou indiretamente, com acesso universal a saúde, e todas as ações vem da seguridade social. • Equidade: julgamento justo! “caráter demográfico e descentralização da administração” Sistema de saúde: seu objetivo é responder as necessidades da saúde da população, ele é dinâmico, como não são sempre as mesmas, ele tem que ser reciclado. Característica: • Políticas de saúde • Organização dos serviços de saúde VARIÁVEIS DINÂMICAS Econômicas Sociais Politicas Governamentais Políticas de saúde: precisa ser pensada para todos os fatores DIMENSÕES FUNDAMENTAIS: PROCESSO DE FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS POLITICAS DE SAÚDE PROPOSTA: organização e escolha de prioridade RACIONALIDADE Necessidade de saúde da população DIMENSÃO POLITICA: processo de tomada de decisão e imposição para sociedade pelo poder do estado de determinadas diretrizes de ação e organização setorial sobre outras. Cabe ao ESTADO por excelência do exercício do poder gerir a sociedade de forma que sempre responde de maneira mais adequada possível ao bem- estar geral e ao interesse político. Politicas estatais → sistema de proteção social → estado de bem-estar POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL PERÍODOS • Descobrimento ao império (1500 A 1889) • Republica Velha (1889 a 1930) • Era Vargas (1930 a 1964) • Autoritarismo (1964 a 1984) • Nova republica (1985 a 1988) • Pós-constituinte (1989...) A primeira organização nacional de saúde publica no brasil deu-se em 1808 com a vinda da família real! DESCOBRIMENTO AO IMPÉRIO (1500 A 1889) Perfil epidemiológico: doenças pestilenciais Cenário político e econômico: País agrário e extrativista Organização da saúde: nenhum modelo de atenção a saúde • brasil colônia: Não havia uma organização do espaço social visando combater as causas das doenças. o Único objetivo: evitar a morte • Praticas de saúde: recursos da terra! (plantas e ervas) / curandeiros e pajés. Na brasil colônia era inexistente a assistência médica estruturada, os medicamentos vinham da Europa apenas em expedições trazendo o cirurgião-barbeiro, jesuítas e aprendiz de boticário (caixa de botica com diversas drogas e curativos.) Vinda da coroa portuguesa – 1808 • com a vinda da coroa teve ações sanitárias na capital • criação de centros de formação de médicos – Bahia e RJ • junta central de higiene publica (1851): o inspeção de vacinação o controle do exercício da medicina e políticas sanitária da terra (inspeção de alimentos, farmácias, armazéns, colégios, cadeias, cemitérios, etc..) REPÚBLICA VELHA (1889 A 1930) Perfil epidemiológico: predomínio de doenças transmissíveis, febre amarela, varíola, sífilis. Cenário Político e econômico: • primeiras industrias: investimento estrangeiro • precárias condições de trabalho e vida das populações urbanas. Organização da saúde: medicina liberal e hospitais filantrópicos PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA – 1889 Ideal modernizador: valorização da mão-de-obra trabalhadora como capital humano. Falta de modelo sanitário: cidades brasileiras a mercê das epidemias, no início do século XX, quadro sanitário caótico (varíola, febre amarela e depois peste) Consequências econômicas: os navios estrangeiros não queriam mais atracas nos portos, principalmente do rio de janeiro. • Ameaça ao modelo → agrário-exportador intervenção do estado → modelo campanhista ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: Atenção para as epidemias nas cidades 1900: criação das duas principais instituições de pesquisa biomédica e de saúde pública do País. • Instituto sorotrópico federal • Instituto Butantã em são Paulo o 1904: REVOLTA DA VACINA Nova geração de médicos: formados segundo o paradigma da bacteriologia (França e Alemanha) • Forte influencia nas ações de saúde publica • Criação do departamento nacional de saúde pública. (1920) LEI DO ELOY CHAVES (1923) Organização das caixas de aposentadorias e pensões (CAPS) • 1923: CAPS dos ferroviários • 1926: portuários e marítimos Reivindicações dos funcionários → responsabilidade do estado na regulação na concessão de benefícios e serviços. Características: por instituição ou empresa • Financiamento e gestão: trabalhador e empregador • Serviços: aposentadorias, pensões e assistência médica. Dicotomia de saúde no Brasil • Saúde pública: prevenção e controle de doenças – coletivo • Previdência social: medicina individual – assistência ERA VARGAS (1930 A 1964) Perfil epidemiológico: predomínio das doenças e pobreza, aparecimento das doenças da modernidade e início da transição demográfica: envelhecimento da população. Organização da saúde: medicina liberal, hospital beneficente ou filantrópico, hospital lucrativo. DÁCADA DE 30: teve a crise dos 30 anos, a revolução de Getúlio Vargas, com isso vieram mudanças, o aumento do centralismo estatal. • 1° Governo: configuração das politicas sociais no Brasil o crescimento da massa assalariada urbana o ponto de sustentação politica FOI CRIADO O INSTITUTO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES – IAPS 1933 Autarquia centralizada no governo federal e supervisionadas pelo ministério do trabalho, indústria e comercio. • Ramos de atividade: Marítimo (IAPM), comerciários (IAPC), Bancários (IAPB). • Financiamento: 3 entes (estado, empregador e empregadores) • Gerência: indicado pelo estado. • Beneficio assegurados: aposentadoria, pensão em caso de morte, assistência médica e hospitalar e socorros farmacêuticos. CAPs foram absorvidos pelos IAPs. IAPS: tinha muito dinheiro em caixa, poucos aposentados. • Permitindo a construção de grandes hospitais (hospitais dos bancários, dos comerciários) DÉCADA DE 40 E 50: única forma de assistência médica prestada. O estado e o município não tinham serviço de atendimento médico adequado às necessidades da população. • Estabelecimentos filantrópicos: assistência as famílias pobres e indígenas. 1953 – CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - Verbas irrisórias Funções restritas e medidas preventivas. • Vacinação • Controle de epidemias • Saneamento básico (modelo sanitário) Funções curativas (hospitais): ministério da previdência social (modelo privatista) Assistência médica prestada pelos IAPs: excludência Alguns trabalhadores formais,rurais e do setor informal urbano, não pertenciam aos ramos da atividade ou de categoria, não tinham assistência. AUTORITARISMO (1964 A 1984) Perfil epidemiológico: condições críticas de saúde – aumento da mortalidade infantil, tuberculose, malária, acidente de trabalho. Cenário político: regime autoritário e centralizador, urbanização e industrialização crescente. Milagre Brasileiro (1969 – 1973) 1966: reforma previdenciária e unificação dos IAPs em um único instituto: INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL – INPS • Assistência médica de todos os trabalhadores formais: contribuição de 8% do salário. • Ampliação da cobertura: trabalhadores autônomos ou empreendedor, contribuição de 16% da renda básica. - Aumento das instalações próprias do INPS - Contratação de uma rede de estabelecimento privado - Serviços médicos privados - Ampliação da rede privada - Financiamento: criação de novos hospitais Não dispunham de rede de atendimento suficiente INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E PREVIDENCIA SOCIAL – INAMPS 1977 • Reestruturar o modelo anteriormente falido • Criou um TETO para pagamento de serviços médicos prestados pelos hospitais • Forma de pagamento passível de corrupção. 1975: crise do modelo econômico vigente (baixos salários, desemprego), alta da marginalidade, favelas e mortalidade infantil. MODELO DE SAÚDE PREVIDENCIARIO: • Priorizou a medicina curativa • Custos elevados de manutenção desse sistema • Recessão econômica: diminuição da arrecadação • Aumento da população marginalizada sem atendimento • Desvio de verbas para outros setores e falta de repasse publico para o sistema previdenciário. Diante do quadro caótico: rearticulação paulatina dos movimentos sociais com reinvindicações imediatas para os problemas de saúde existente. Mais o debate em seminários e congressos das categorias profissionais de saúde sobre as epidemias, endemias e degradação da qualidade de vida, é igual ao movimento de transformação do setor saúde. REFORMA SANITÁRIA 1978: conferencia internacional sobre atenção primaria à saúde (Alma-Ata) Ponto culminante de discursão: • Desmedicalização da sociedade • Inacessibilidade aos serviços médicos às grandes massas populacionais. Novas reformulações em torno da pratica médica: • Revisão crítica da teoria preventista Movimento Sanitário: entendido como movimento ideológico com uma pratica politica PROPOSTAS: • Universalizar o direito à saúde • Integrar as ações curativas e preventivas • Descentralização administrativa • Promover a participação e o controle social. AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE – AIS (1982) • Repasse dos recursos do INAMPS para secretárias estaduais de saúde (para expansão da rede de saúde) • Tentativa incipiente de descentralização do poder. • Gestão no nível FEDERAL • Amplia as ações de assistência (serviços previdenciários) para a população não contribuinte. MODELO DE ATENÇÃO NO BRASIL MODELO MÉDICO ASSISTENCIAL MODELO SANITARISTA Atendimento ao doente Problemas de saúde selecionado Demanda espontânea Necessidade especifica de grupos Assistência ambulatorial e hospitalar Campanhas sanitárias, ações de vig. Epidemiológica e sanitária Rede contr. E conveniada ao sus Atenção de caráter coletivo Atenção comprometida pela efetividade, equidade e necessidade de saúde Limitação na atenção integral com qualidade, efetividade, equidade. NOVA REPUBLICA (1985 A 1988) Perfil epidemiológico: queda da mortalidade infantil, manutenção das doenças da modernidade e aumento das causas externas. • crescimento da infecção por HIV, • epidemia de dengue. VIII CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE • Pré constituinte AIS → SUDS (Sistema unificado e descentralizado de saúde – 1987) o “Estratégia Ponte” para instalação do SUS o Descentralização: Estadualização. PODER POLITICO AOS ESTADOS • Secretaria estadual de saúde: gestor • Os investimentos começaram a ser direcionados ao setor politico e não mais ao setor privado CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA - 1988 CONSTITUIÇÃO CIDADÃ • Saúde direito de todos e dever do estado. • Ampliação do conceito de saúde • CRIA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS SUS ♥ LINHA DO TEMPO 1. 1923 – CAPS (Lei Eloy chaves – por empresas) 2. 1933 – IAPS (por categorias, financiamento: 3 entes. Gestão: estado) 3. 1966 – INPS (unificação dos IAPs – ampliação da cobertura, contratação de serviços médicos privados = Corrupção. 4. 1977 – INAMPS (reestruturação, movimento de transformação do setor saúde) 1988 – SUS ♥ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS Conjunto articulado e de recursos e conhecimentos, organizado para responder as necessidades de saúde da população. Por que sistema único? Por que segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo território nacional. • Sob a responsabilidade das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) • Sus = conjunto de unidades, serviços e ações que interagem para um fim comum. • Atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. CONCEPÇÃO DO SUS O marco histórico para o surgimento do SUS foi na 8° conferência nacional de saúde – 1986 (período da nova república) Marca o momento em que as mudanças ganham contornos claros, ao ampliar os atores envolvidos e explicitar em seu relatório as diretrizes para a reorganização do sistema de saúde. Naquele período a politica de saúde atendia a interesses não coincidentes com os dos usuários, sendo influenciada pela ação de grupos dedicados à mercantilização da saúde. O modelo assistencial se configurava como excludente, discriminatório e centralizador. Os temas da conferência foram compostos pelos itens saúde como direito, reformulação do sistema nacional de saúde e financiamento do setor. Os principais pontos discutidos: • Saúde como direito de todos e dever do estado, inscrita entre os direitos fundamentais do ser humano. • Equidade e integralidade das ações de saúde. • Separação da saúde da previdência • Sistema público com comando único • Conceito abrangente de saúde, levando em conta condições de habitação, alimentação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, educação, emprego, lazer, liberdade, acesso a posse de terra aos serviços de saúde. • Politica de financiamento do setor saúde. Resultado dos debates, o relatório da 8° conferencia estabeleceu que a mesma deveria resultar na criação de um sistema único de saúde que efetivamente representasse a construção de um novo arcabouço institucional, separando totalmente saúde de previdência, através de uma ampla reforma sanitária. Para assegurar o direito à saúde de toda população brasileira era imprescindível: • Garantir uma assembleia nacional constituinte livre, soberana, democrática, popular e exclusiva. • Assegurar na constituição, a todas as pessoas, condições fundamentais de uma existência digna. • Estimular a participação da sociedade organizada nos núcleos decisórios, nos vários níveis. • Estabelecer compromissos orçamentários ao novel de união, estados e municípios para o adequado financiamento das ações de saúde. Em 1987 foi instalada uma assembleia nacional constituinte com o objetivo de elaborar a nova constituição brasileira. Nesse ano, enquanto a estrutura jurídica do sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS) foi implementada, representando certo avanço no sentido que possibilitou: • A formação dos conselhos estaduais e municipais de saúde. • A desconcentração de recursos e poder da esfera federal para a estadual • E o aumento, mesmo que insuficiente, da cobertura de serviços de saúde para a população. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Em outubro de 1988, foi promulgada a constituição federal, queaprovava a criação do SUS incorporado das propostas das emendas populares do movimento reforma sanitária, acompanhadas da participação dos seguintes interessados. A separação da saúde e a previdência é determinada pelo Art. 194: • A seguridade social compreende um conjunto de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência social e a assistência social. O direito da saúde a todos os cidadãos vem expresso no Art. 196: • A saúde é um direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 198: as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização, atendimento integral e participação da comunidade. Art. 200: ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: • Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substancias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunológicos, hemoderivados e outros insumos. • Executar as ações de vigilância epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador. • Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde. • Participar da formulação da politica e da execução das ações de saneamento básico. • Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento cientifico e tecnológico. • Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano. • Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substancias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos. • Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. LEI 8.080 – 19 DE SETEMBRO DE 1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Art. 2°: a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o estado promover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. §1° - o dever do estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 3°: os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, educação, atividade física, transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Art. 4°: o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público, constituí o sistema único de saúde (SUS) §2° - a iniciativa privada poderá participar do sistema único de saúde-SUS, em caráter complementar. Art.5° - Dos objetivos do SUS: a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde. A formulação de politicas de saúde destinada a promover, nos campos econômicos e social. A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Art.6: estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS: A execução de ações de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica integral Art. 7°: as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o sistema único de saúde – SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da constituição federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I. Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência. II. Integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade III. Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral IV. Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário. V. Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde. VI. Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário. VII. Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática VIII. Participação da comunidade; IX. Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a. Ênfase na descentralização dos serviços para os municípios b. Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS • Universalidade • Equidade • Integralidade UNIVERSALIDADE: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou de outras características sociais ou pessoais. EQUIDADE: o objetivo desse principio é diminuir desigualdade. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, tem necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. INTEGRALIDADE: considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações de: • Promoção da saúde • Prevenção/proteção de riscos e agravos • Recuperação/tratamento a doentes. PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS • Descentralização e comando único • Regionalização e hierarquização • Participação popular DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscrito a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. • Regionalização: é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. • Hierarquização: deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. PARTICIPAÇÃO POPULAR: é a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas participara do processo de formulação das politicas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis, desde o federal ate o local. Essa participação deve se dar nos conselhos de saúde e conferencias de saúde. Além do dever da instituição oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde. COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO Quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviçosprivados, isso deve se dar sob três condições: • A celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja, interesse público prevalecendo sobre o particular. • A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios, como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste. • A integração dos serviços privados devera se dar na mesma logica organizativa do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região, devera estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar. Dentre os serviços privados, devem ter preferencias os serviços sem fins lucrativos ou filantrópicos, para depois contratar o serviço privado de fato. LEI 8.142 – 28 DE DEZEMBRO DE 1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sistema único de saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providencias. O sistema único de saúde (SUS), de que trata a lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do poder legislativo, com as seguintes colegiadas: I. Conferencia de saúde II. Conselho de saúde Essa lei também trata a questão do financiamento do sistema único de saúde. Diz respeito à transferência regular e automática de recursos do governo federal para estados e municípios e distrito federal. § 1° conferencia de saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da politica de saúde nos níveis correspondentes, extraordinariamente, por esta ou pelo conselho de saúde. §2° conselho de saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da politica de saúde na instancia, correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. AULA 6 – PACTO PELA SAÚDE LINHA DO TEMPO 1986 – 8° CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AIS -> SUDS • AIS: Ações integradas de saúde (1982) • SUDS: Sistema unificado e descentralizado de saúde (1987) Estratégia ponte para instalação do SUS. 1988 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL • Foi aprovada a criação do SUS 1990 - LEI 8.080 E 8.142 Lei 8.080: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Lei 8.142: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sistema único de saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providencias. 1991 – 1993 – 1996 (NOBS) NORMA OPERACIONAL BÁSICA • Amadurecimento • Descentralização • Municipalização • Programa pactuada e integrada (PPI) – a PPI é um processo que visa definir a programação das ações de saúde em cada território e nortear a alocação dos recursos financeiros para a saúde, a partir de critérios e parâmetros pactuados entre os gestores Comissão intergestores Bipartite – CIB Comissão intergestores tripartite – CIT 2001 – 2002 (NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE • Regionalização • Plano diretor de regionalização (PDR) • Garantia de acesso aos níveis de atenção 2006 – PACTO PELA SAÚDE (PORTARIA N° 399 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006) O pacto pela saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (união, estado e municípios), com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do sistema único de saúde. Princípios: respeitar as diferenças regionais, agregar os pactos anteriormente existentes, reforçar a organização das regiões sanitárias instituindo mecanismos de co- gestão e planejamento regional, fortalece os espaços e mecanismos de controle social, qualifica o acesso da população à atenção integral à saúde, redefine os instrumentos de regulação, programação e avaliação, valoriza a macro função de cooperação técnica entre os gestores e propõe um financiamento tripartite que estimula critérios de equidade nas transferências fundo a fundo. PACTO PELA SAÚDE – 2006 Portaria do MS n° 399, de 22 de fevereiro de 2006, contempla o pacto firmado entre os gestores do SUS, em suas três dimensões: • Pacto pela vida • Pacto pela gestão • Pacto em defesa do SUS É firmado na CIT entre: CONASS PACTO PELA SAÚDE CONASEMS MINISTÉRIO DA SAÚDE Comissão intergestores tripartites (CIT): instancia de articulação e pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores do SUS em três esferas do governo – união, estados, DF e municípios. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE – CONASEMS CONSELHO NACIONAL DOS SECRETÁRIOS DE SAÚDE – CONASS MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS PARA A EXECUÇÃO DO SUS • Substituição do processo de habilitação pela adesão solidaria aos termos de compromisso de gestão. • Regionalização solidário e cooperativa como eixo estruturante do processo de descentralização • Integração das varias formas de repasse dos recursos federais • Unificação dos vários pactos existentes PORTARIA N° 399 DE FEVEREIRO DE 2006 Art.1° - Dar divulgação ao pacto pela saúde 2006 – consolidação do sus Art. 2°- aprovar as diretrizes operacionais do pacto pela saúde em 2006 – consolidação do SUS com seus três componentes: pacto pela vida, em defesa do SUS e de gestão. Art. 3° - ficam mantidas, ate a assinatura do termo de compromisso de gestão constante nas diretrizes operacionais do pacto pela saúde em 2006, as mesmas prerrogativas e responsabilidades dos municípios e estados que estão habilitados em gestão pela do sistema conforme estabelecido na norma operacional básica – NOB SUS -1/96 e na norma operacional da assistência à saúde – NOAS SUS 2002 PACTO PELA SAÚDE • Pacto pela vida: compromisso em torno das prioridades de impacto sobre a situação de saúde da população • Pacto em defesa do SUS: expressa os compromissos entre os gestores para a consolidação da reforma sanitária brasileira • Pacto de gestão do SUS: define as responsabilidades sanitárias, os espaços de co-gestão e o resgato do apoio entre os entes, no esteio de um processo compartilhado. PACTO PELA VIDA Está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos resultados e derivados da analise de situação de saúde do País e das prioridades definidas pelo governo federal, estaduais e municipais. Significa uma ação prioritária no campo da saúde que devera ser executada com foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados. PACTO EM DEFESA DO SUS DIRETRIZES Expressa os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da reforma sanitária brasileira, explicitada na defesa dos princípios do SUS estabelecidos na constituição federal; Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o sistema único de saúde como política pública. INICIATIVAS • Repolitizaçãosaúde, como um movimento a reforma sanitária brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS • Promoção da cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como um direito • Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema. AÇÕES • Articulação e apoio à mobilização pela promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a questão da saúde como um direito. • Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS • Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania. • Elaboração e publicação da carta dos direitos dos usuários do SUS; • Regulamentação da EC n°29 pelo congresso nacional, com aprovação do PL n° 01/03 • Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas em ações e serviços de cada uma delas em ações e serviços de saúde de acordo com a constituição federal. PACTO DE GESTÃO Definição das responsabilidades sanitárias por eixos: constituindo espações de co-gestão. Resgate do apoio entre os entes federados, num processo compartilhado (solidariedade) Maior transparência para o controle social. Regionalização é uma diretriz do sistema único de saúde é um eixo estruturante do pacto de gestão e deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde e os processos de negociação e pactuação entre os gestores. As regiões de saúde são recortes territoriais inseridos em espaços geográfico continuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra- estrutura de transportes compartilhados do território FINANCIAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Os blocos de financiamento para o custeio são: • Atenção básica • Atenção da média e alta complexidade • Vigilância em saúde • Assistência farmacêutica • Gestão do SUS O planejamento regional deve ser um processo dinâmico que estabelece as prioridades e estratégias da saúde local, em função de suas aplicações. Principais instrumentos de planejamento da regionalização: • Plano diretor de regionalização (PDR) • Plano diretor de investimento (PDI) • Programação pactuada e integrada (PPI) AULA 7 – O TERRITÓRIO NA SAÚDE ATENÇÃO PRIMÉRIA A SAÚDE • Ser baseada na realidade local • Considerar os sujeitos em sua singularidade, complexidade, integridade e inserção sociocultural • Orientar-se pelos princípios próprios e pela territorialização e descrição de clientela, responsabilização, humanização. TERRITORIALIZAÇÃO A territorialização representa importante instrumento de organização dos processos de trabalho e das praticas de saúde, posto que as ações de saúde são implementadas sobre uma base territorial detentora de uma delimitação espacial previamente determinada. É necessário conhecer o território. Conhecer a população, o ambiente e as suas relações. Os serviços de saúde devem se adaptar às necessidades da população, e não o contrário. TERRITÓRIO VIVO • Analisar os elementos e relações existentes em uma comunidade • Planejamento estratégico-situacional • Organização dos serviços e das práticas de vigilância à saúde. • A avaliação sistemática das ações e da situação de saúde da população de uma área de abrangência OBJETIVO DA TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE • Delimitar um território de abrangência • Definir a população e apropriar-se do perfil da área e da comunidade; • Reconhecer dentro da área abrangência barreiras e acessibilidade • Conhecer condições de infra-estrutura e recursos sociais • Levantar problemas e necessidades – diagnostico da comunidade (continuo) • Identificar o perfil demográfico, epidemiológico, socioeconômico e ambiental. • Identificar e assessorar-se em lideranças formais e informais • Potencializar os resultados e os recursos presentes nesse território. • Identificação de problemas de saúde e de propostas de intervenção (reais necessidades e na potencialidade) • se contrapõe a noção corriqueira e simplista de politicas direcionadas aos pobres: politicas publicas pesadas para sujeitos. • As politicas publicas na ótica do território: busca uma visão estratégica para a otimização dos recursos e esforços públicos garantindo o atendimento de um numero maior de pessoas. • Como exemplo pode-se citar o planejamento territorial urbano: evitar a produção de doenças, controlando a ocupação de áreas inadequadas e criando uma estrutura ambientalmente saudável, instalando equipamentos e serviços que sejam condizentes com a realidade territorial a que se destinam (educação, saúde, moradia, saneamento básico, transporte, etc.) PASSO 1: RECONHECIMENTO ATRAVÉS DE VISITA PASSO 2: DELIMITAR A ÁREA EM UM MAPA Deve construir uma base para demarcação como: • Delimitação do território • Área de abrangência e influencia • Área e/ou micro áreas de risco • Equipamentos sociais públicos e privados. • Cadastramento seguindo a lógica circular, tendo por base os critérios censitários prévios. • A unidade deve construir-te o centro desse território. Respeitar a universalidade. • Deve-se destacar áreas desocupadas • Consultar moradores e órgãos públicos sobre projetos e ocupações. • Evitar incapacidade de atendimento futuro • Considerar aspectos como divisa com outros bairros ou municípios, habitantes por gênero ou ciclo de vida, atividades econômicas, pavimentação, ladeiras, córregos etc. AULA 8 – POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA SAÚDE PARA TODOS: foi um compromisso proposto pela OMS na conferencia internacional sobre cuidados primários de saúde (Alma Ata – 1978) • Concebeu a atenção primária à saúde (APS), conceito ampliado de SAÚDE. Passado 40 anos da conferência... PNAB, teve vários progressos da APS no Brasil, aumentou as unidades de saúde e os programas para garantir atenção à saúde e os programas para garantir atenção à saúde aos indivíduos e coletividades no nível primário. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – PNAB Normatizar a APS apresentando elementos orientadores, como os atributos (humanização longitudinalidade, integralidade, entre outros), a forma de funcionamento e o financiamento. APS é a principal porta de entrada do SUS: • APS ordena a rede de atenção á saúde (RAS)são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistema de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (portaria N° 4.279) ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA (ESF) Principal modelo de reorientação dos serviços de APS • Cuidado qualificado • Equipes multiprofissionais. a APS tem na saúde da família sua estratégia prioritária para a expansão e consolidação. (2017 nova PNAB) ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) É a Base para a assistência à saúde em países que adotam sistemas de saúde de caráter universal. Segundo a conferencia internacional sobre cuidados primários a APS deveria ser orientada de acordo com os princípios sanitários da comunidade e realizar ações preventivas, curativas, de reabilitação e de promoção da saúde FOCO: responder de forma regionalizada, interrupta e sistematizada a maior parte das necessidades de saúde de uma população, associando ações preventivas e curativas, bem como realizar a atenção integral a indivíduos e comunidade PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO E QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA (PMAQ-AB) Incluído na PNAB 2011 Objetivo: ampliar o acesso e a qualidade do cuidado na APS, atrelando o incentivo financeiro para as gestões municipais que aderiram ao programa. NA NOVA PNAB (2017) – APS É Conjunto deações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnostico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvido por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida a população em território definido, sobre quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. POTENCIALIDADE DA NOVA PNAB Educação permanente e continuada: • Educação permanente de gestores: criação de instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo • Mudanças curriculares nos cursos de graduação e pós na área da saúde, afim de formas profissionais e gestores para o SUS. • Inclusão gerente de AB: função de identificar as necessidades de formação/qualificação dos profissionais em conjunto com a equipe, visando melhorias no processo de trabalho. QUESTÕES IMPORTANTES DA NOVA PNAB Equipe de atenção básica e estratégia saúde família • eAB: fica a cargo do gestor municipal compor a eAB de acordo com as características e necessidades do município. • É facultativo acrescentar à composição das equipes de saúde da família dos agentes comunitários de endemias (ACEs), e os profissionais de saúde bucal. • Caberá aos gestores optar por equipes reduzidas, não haverá diferença entre a eAB e equipes de saúde da família. Flexibilização da CH dos profissionais da eAB • 40h/sem para todos os profissionais membros da ESF (a distribuição do CH é de responsabilidade do gestor) • Outros formatos de eAB CH mínima por categoria profissional deve ser de 10h, com no máximo de 3 profissionais por categoria (somando no mínimo 40h) • o profissional poderá trabalhar apenas um dia ou parte dele • redução de custos. ASSUNTO 2° AVALIAÇÃO – COLEGIADA • vigilância sanitária • Lei 8.080 – Art.4 da lei • Histórico das politicas publicas • Lei 8.142 • Princípios e diretrizes do SUS • Determinantes sociais
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