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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO CAMPO, NATUREZA E TERRITÓRIO:LECANTE BOLSISTA: VITÓRIA FERREIRA DE SOUZA RESENHA DA LIVE: CASA DO CORDEL – TABULEIRO DO NORTE ALMEIDA, Francinilto. DIOGENES, Kenia; CHAVES, Alisson. Casa do cordel: Tabuleiro do Norte. EFA Jaguaribana. YouTube: TV EFA, 2021. No dia 15 de Setembro a TV EFA fez uma live sobre a casa do cordel, em Tabuleiro do Norte. Houve um momento de diálogo muito enriquecedor entre os que estiveram presentes, são eles: Francinilto Almeida, educador e fundador da casa do cordel; Kenia Diógenes, educadora e autora de cordéis; a mediação foi realizada por Alisson Chaves, coordenador da EFA Jaguaribana. A casa do cordel foi inaugurada no dia 20 de Agosto de 2021, causando um grande impacto (positivo) para a população. Francinilto pontuou alguns “elementos” necessários para o funcionamento da casa do cordel, são eles: criar um grande acervo de cordel, ter estimulo para fazer o resgate das pessoas mais antigas e das mais novas, e promover eventos culturais. No começo do século XX o cordel era o meio de comunicação pioneiro, principalmente para o nordestino e para a população da zona rural. Ele também foi preponderante no processo de alfabetização de muitas pessoas, onde as mesmas, aprendiam a ler, decorando os cordéis. (ALMEIDA, 2021). Os cordéis são grandes expressões da cultura nordestina, sendo caracterizado por ser uma forma de poesia popular, contendo: rima, métrica e oração. Uma das características mais marcantes do cordel é a simplicidade na escrita, de forma que as pessoas conseguem compreender a “mensagem” que está sendo transmitida. Os cordéis também se constituem com base no enaltecimento e na preservação da cultural local/regional, expressando os “traços” marcantes da cultura nordestina, como o linguajar, os costumes, a paisagem, as pessoas, dentre outros. Durante o momento de fala da Kênia e do Francinilto, ambos destacaram que uma quantidade considerável de jovens, não gostam de cordéis. Acredito, que além de outras questões que os levam a ter uma percepção negativa dos cordéis, uma delas esteja relacionada a supervalorização daquilo que é de origem europeia, sejam lugares, a paisagem, os costumes, em detrimento da cultura local, que por muitas vezes é associada a uma “ideologia depreciativa”. Em síntese, a literatura dos cordéis tem contribuído de forma significativa para o fortalecimento da cultura nordestina, que é tão rica e diversa, materializada nos diferentes estados, paisagens e costumes. Nesse cenário, a educação contextualizada, no processo de ensino e aprendizagem, é de suma importância para propagar as potencialidades da região nordeste. Referência bibliográfica ALMEIDA, Francinilto. DIOGENES, Kenia; CHAVES, Alisson. Casa do cordel: Tabuleiro do Norte. EFA Jaguaribana. YouTube: TV EFA, 2021.
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