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Cuidado ao Idoso AULA 13 – QUEDAS A queda pode ser definida como um evento descrito pela vítima ou uma testemunha, em que a pessoa inadvertidamente vai ter ao solo ou outro local em nível mais baixo que o anteriormente ocupado, com ou sem perda de consciência ou lesão; Variam conforme indivíduo e causa: Os fatores de risco e medidas preventivas associados a quedas em pessoas mais velhas, porém ativas e saudáveis, que caem, porque participam de atividades vigorosas e arriscadas, diferem dos indivíduos mais frágeis que caem por instabilidade. Dados Estudos epidemiológicos com idosos brasileiros mostram que as quedas atingem de 30 a 40%. Nota- se que a frequência dessas quedas sofre influência da progressão da idade e do nível de fragilidade, fazendo com que a cada ano, no Brasil, cerca de 10% da população com idade acima de 75 anos perca a independência em uma ou mais atividades da vida diária Complicações decorrentes de queda • Morte • Lesão • Medo de cair • Redução nas atividades e na independência Classificação • Caem X não caem (menos de 2 vezes no ano) • As quedas são, em geral, divididas em tipos interno (intrínseco) e externo (extrínseco): • Tendência interna: Nesse caso deve ser estimulada uma busca mais completa por problemas de saúde subjacentes. • Evento externo: escorregão ou tropeço. Causas de quedas: • Fatores associados ao envelhecimento: Reflexos diminuídos, diminuição da habilidade de dividir a atenção. Se a concentração for distraída por outra tarefa cognitiva, há recuperação mais lenta de uma perturbação postural. • Medicações: (É a medicação ou a patologia de base?) • Doenças específicas: Ex: Epilepsia e Parkinson Epilepsia: à perda de consciência. • Doença de Parkinson: distúrbios de marcha, postura e equilíbrio. Síndromes de quedas: • Drop attacks: essa é uma entidade de etiologia pouco conhecida, caracterizada por um ataque súbito de queda sem perda de consciência, que não pode ser explicado por fraqueza muscular, distúrbios neurológicos focais ou arritmias e não é induzida por movimentos rotatórios da cabeça ou vertigens ou outra sensação cefálica. Causas e fatores de risco As causas mais comuns relacionadas às quedas de pessoas idosas na comunidade são: • Relacionadas ao ambiente • Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha • Tontura/vertigem • Alteração postural/hipotensão ortostática • Lesão no SNC • Síncope • Redução da visão Diagnóstico Dados clínicos Diagnóstico provável Pernas falsearam Sugere um distúrbio do sistema músculo-esqueletico como fraqueza muscular e instabilidade articular Perda de equilíbrio no sentido posterior Sugere um distúrbio no processamento central e uma alteração nos limites da estabilidade por problemas posturais e do sistema vestibular Parda do equilíbrio no plano lateral Sugere um distúrbio na seleção de estratégias motoras e postas sensoriais adequadas, assim como fraqueza dos músculos estabilizadores do quadril Incapacidade de iniciar um movimento corretivo em tempo, apesar da percepção da perda de equilíbrio Sugere um distúrbio no processamento central principalmente em doenças como Parkinson ou sequelas de AVE Perda de equilíbrio em transferências posturais Sugere um distúrbio no controle motor e doenças cardio-circulatorio (hipotensão postural) Perda de equilíbrio durante a marca Sugere distúrbios nos mecanismos antecipatórios do equilíbrio e doenças/agravos como demência, incontinência, DM ou osteoartrite, ainda, uso inadequado de medicações Tipos de quedas Quedas acidentais: ocorrem por fatores externos à pessoa, acontecendo a cliente sem risco de queda, não se podendo prever ou antecipar. Este tipo de quedas não pode ser previsto pela escala e as estratégias para a sua prevenção passam por minimizar os riscos ambientais Quedas fisiológicas não antecipáveis: ocorrem em indivíduos sem fatores de risco para a queda. Não sendo, portanto, possíveis de prever, até que a primeira ocorra de fato. Estas podem ocorrer devido a fatores fisiológicos como convulsões, perda de força, ou fraturas patológicas (Que ocorrem pela primeira vez. Correspondem a cerca de 8% do total das quedas Quedas fisiológicas antecipáveis: ocorrem em indivíduos com alterações fisiológicas e que apresentam risco de quedas. Este tipo de quedas constitui quase 80% do total de quedas e são as potencialmente preveníveis com a utilização da EQM Escala de morse • Deve ser aplicada a qualquer paciente acima de 18; • Realizada na sua totalidade; • Fator de exclusão na utilização da Escala de Quedas de Morse: Clientes com impossibilidade funcional de cair, ou seja, que não possuam atividade motora. A queda é um tipo de autocuidado, logo pressupõe ação. Assim, a um cliente tetraplégico, em coma, sedado ou sem atividade motora não se aplica a EQM. E a enfermagem? • Os indivíduos idosos frequentemente sofrem quedas em consequência de riscos ambientais, distúrbios neuromusculares, diminuição dos sentidos e das respostas cardiovasculares e respostas a medicamentos. • O cliente e sua família precisam ser incluídos no planejamento de esquemas de cuidados e manejo preventivo. • Avaliar o ambiente domiciliar quanto a segurança e eliminação de riscos potenciais (p. ex., tapetes espalhados, salas e escadas obstruídas, brinquedos no chão, animais de estimação no caminho). • Criar um ambiente seguro (p. ex., escada bem iluminada, com corrimão seguro, barras para segurar no banheiro, calçados adequadamente ajustados). Conduta: • História clinica e exame físico: avaliação das atividades usuais e o nível funcional do paciente, história previa de quedas e fraturas e a presença de doenças crônicas • Circunstâncias da queda; • Capacidade funcional • E as medicações? • Usa auxilio, bengala, por exemplo. • Testes de desempenho físico... Prevenção! Medidas práticas para minimizar as quedas e suas consequências entre as pessoas idosas: a) Educação para o autocuidado b) Utilização de dispositivos de auxilio à marcha (quando necessário) como bengalas, andadores e cadeira de rodas c) Utilização criteriosa de medicamentos evitando- se em especial as que podem causar hipotensão postural d) Adaptação do meio ambiente (residência e locais públicos: • Acomodação de gêneros alimentícios e de outros objetos de uso cotidiano em locais de fácil acesso, evitando-se a necessidade de uso de escadas e banquinhos. • Orientação para a reorganização do ambiente inter à residência, com o consentimento da pessoa idosa e da família • Sugerir a colocação de um diferenciar de degraus nas escadas bem como iluminação adequada da mesma, corrimão bilaterais para apoio e retirada de tapetes no início e fim da escada • Colocação de pisos anti-derrapantes e barras de apoio nos banheiros, evitar o uso de banheiras, orientar o banho sentado quando a instabilidade postural e orientar a não trancar o banheiro
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