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25
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
Neuropsicopedagogia
Maiane Pereira Marques
Aprendizado da Criança com Síndrome de Dow
Eunápolis-Ba
2020
APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SINDROME DE DOW
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.
Eunápolis - BA
2019
RESUMO
O presente trabalho traz discussões acerca do processo de ensino-aprendizagem de crianças com Síndrome de Down no âmbito escolar. A síndrome de Down afeta o indivíduo psicologicamente, biologicamente e fisicamente, que passa a ser rotulado como “diferente”, em que acarreta em impactos negativos no processo de aprendizagem, prejudica a sua cidadania e formação, e provoca exclusão social. Esses efeitos são potencializados quando esse indivíduo é inserido na escola regular, sendo desprezado e mantido em um isolamento sociocultural. O objetivo geral deste projeto é possibilitar momentos de integração, socialização, desenvolvimento e interação para as crianças com Síndrome de Down valorizando seus interesses, curiosidades e suas habilidades, de modo a permitir que as mesmas construam um processo de ensino-aprendizagem satisfatório. Este projeto terá como conteúdo: a Leitura, buscando trabalhar com oficinas lúdicas de leitura. Nos recursos materiais, buscou-se utilizar: livros de histórias, vídeos, fantasias, atividades xerografadas, lápis de cor, desenhos, fantoches, entre outros. Para avaliar esses alunos foram analisadas suas produções, participações, assimilação dos temas trabalhos, socialização e integração.
Palavras- Chave: Síndrome de Down, Aprendizagem, Âmbito escolar. 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................04
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................06
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO...............................17
3.1 Linha e tema de pesquisa.......................................................................17
3.2 Justificativa..............................................................................................17
3.3 Problematização......................................................................................18
3.4 Objetivos..................................................................................................19
3.5 Conteúdos................................................................................................19
3.6 Metodologia..............................................................................................20
3.7 Tempo de Realização..............................................................................21
3.8 Recursos Humanos e Materiais.............................................................22
3.9 Avaliação..................................................................................................22
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................23
REFERÊNCIAS...............................................................................................25
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objeto de estudo a aprendizagem da criança com Síndrome de Down no espaço escolar, buscando tecer discussões acerca dessa temática. A Síndrome de Down pode ocorrer nos diversos momentos da gestação e pode ser diagnosticada por meio de exames nesse período. Essa síndrome é uma anormalidade pesquisada há muito anos por estudiosos da área da saúde e educação, abarcando as linhas de pesquisa observando continuamente da capacidade de aprendizagem e do cognitivo na busca do conhecimento, fazendo uso de estímulos como um recurso que oportuniza o alcance de resultados.
A Síndrome de Down provoca delongamento do desenvolvimento das coordenações mentais e motoras, existindo um tempo diferente das demais pessoas, eles necessitam ditar o tempo de cada um de acordo com suas necessidades, contudo não impede esses indivíduos de terem vida normal, torna-se necessário que a sociedade esteja disposta a compreender que mesmo precisando de um tempo diferente dos demais indivíduos, eles possuem capacidade de desenvolvimento, devendo-se evitar julgamento sem ter conhecimento, pois pode atrapalhar a vida desse portador e de todos aqueles que estão a sua volta. 
	Sabe-se que, no decorrer dos anos os indivíduos com algumas deficiências conseguiram conquistar direitos legais, no que diz respeito à escolaridade e também no mercado de trabalho. A Constituição Federal de 1988 no seu Art. 206 § II garante a igualdade de condições em qualquer área, tendo direito ao acesso e permanência no âmbito escolar, devendo usufruir os seus direitos de forma igualitária e equitativa. 
	Nesse aspecto, nos atuais o ensino escolar brasileiro vem enfrentando barreiras, buscando encontrar soluções que sanem esses desafios encontrados no acesso e permanência desses indivíduos com deficiências nas instituições escolares e formas de beneficiar escolas que possuem qualidade e que primam pelo respeito as diversidades e singularidades de cada sujeito sem rotulá-lo e discriminá-lo.
	O referido projeto justifica-se por impactar diretamente na qualidade de vida de quem é portador da Síndrome de Down, bem como na relação que esses indivíduos desenvolvem com pessoas do seu cotidiano e familiares. Assim, é a partir do aumento das expectativas das famílias no que diz respeito as competências e habilidades do filho com essa síndrome que pode beneficiar o desenvolvimento do indivíduo e as suas relações sociais, seja com as pessoas que estão no seu dia-a-dia, seja com seus familiares.
Este projeto tem por objetivo geral é possibilitar momentos de integração, socialização, desenvolvimento e interação para as crianças com Síndrome de Down valorizando seus interesses, curiosidades e suas habilidades, de modo a permitir que as mesmas construam um processo de ensino-aprendizagem satisfatório. Tendo como objetivos específicos: Caracterizar a leitura como base norteada do conhecimento que propiciem aos alunos a ampliação de oportunidades, bem como o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; Estimular o gosto pela leitura; Propiciar práticas de leitura numa perspectiva lúdica; Desenvolver o raciocínio, a linguagem, a escrita e a atenção, concentração e habilidades;
Será abordada no decorrer do projeto como conteúdo a Leitura para trabalhar a formação desses alunos, tendo como procedimento de abordagem a ludicidade possibilitando que os alunos possam absorver os conhecimentos, bem como desenvolver a integração e interação com todos os que estão a sua volta e com seus familiares. 
Para o desenvolvimento do projeto, buscou-se o trabalho com oficinas lúdicas de modo a trabalhar contos infantis consagrados na literatura infantil, utilizando livros de contos, vídeos lúdicos de histórias infantis, atividades xerografadas, solicitação e pintura de desenhos, rodas de conversas, leituras em família, exposição dos trabalhos produzidos para que o projeto seja ainda mais produtivo. 
De modo a possibilitar o desenvolvimento do projeto, além do trabalho conjunto com a comunidade escolar, serão utilizados os seguintes recursos materiais: livros de histórias, vídeos, fantasias, atividades xerografadas, lápis de cor, desenhos, fantoches, televisão, TNT; cartazes, E.V.A, tinta guache (colorida), hidrocor, pincel, glitter, internet, varal.
A avaliação desse projeto será realizadade modo reflexivo e analítico, em que os alunos serão analisados a partir de suas produções, participações, assimilação dos temas trabalhos, socialização e integração. 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	A história da Síndrome de Down (SD) emergiu desde a antiguidade, visto períodos históricos como na Idade Média. Nesta época, crianças que nasciam com a anomalia eram vistas como resultado da união da mulher com uma entidade demoníaca (SCHWARTZMAN, 2003). 
	No século XIX, os deficientes intelectuais eram considerados como um único grupo homogêneo. Dessa maneira, eram medicados e tratados igualmente, sem considerar as causas e especificidades da deficiência, que são várias e podem acontecer nos diferentes estágios da gravidez, durante a gestação, no parto ou no nascimento. 
	As crianças com Síndrome de Down, antigamente, eram abandonadas para morrer, pois eram vistas como seres demoníacos e como ameaças para a comunidade e para o rei. No século XVI, essas crianças eram denominadas como crianças defeituosas por Lutero e suas mães, sendo queimadas a mando de Lutero, por considerar que essas crianças eram fruto de uma união diabólica e não compreender o porque nasciam dessa forma. Quando sobreviviam essas crianças passavam de seres diabólicos a seres benéficos e redentores, e assim perdurou-se até 1866. 
	Foi em 1866, que um dos primeiros relatos sobre a Síndrome de Down foi feita pelo um médico inglês chamado John Langdon Down, denominada assim em sua homenagem. A síndrome já havia sido pesquisa e descrita em 1838, por Jean Esquirol. No entanto em 1866, foi Down que descreveu como uma manifestação clínica, no qual considerou as pessoas com essas condições como idiotas e mongoloides, em outras palavras, raças inferiores e descreveu algumas características dos portadores da mesma. Down fez a seguinte descrição dessas características: “O rosto é achatado e largo; O nariz é pequeno; Os olhos são oblíquos; O cabelo não é preto, como é um cabelo de um verdadeiro mongol, contudo é de cor castanha, escasso e liso; As mesmas possuem muitas habilidades de imitação”. O termo mongol deriva do fato de que possuíam semelhanças com seus pacientes da Mongólia. Contudo com o passar do tempo, termos como mongoloide e mongol foram banidos da medicina por inferiorizar os portadores da síndrome. Além disso, Down descobriu que o grupo de deficiente intelectual vistos, como povo mongol, eram grupo distintos das pessoas que possuíam a SD.
	Os pesquisadores J. Frase e A. Mitchell citaram outras características, em 1876, como: a influência da idade da mãe, que estando mais velha contribuía para que o filho nascesse com Síndrome de Down, pois os óvulos envelhecem conforme seus corpo envelhece, e que os mesmos possuía pescoço encurtado (braquicefalia). 
	 Em 1932, que o oftalmologistas holandês Waardenburg fez o primeiro relato que essa síndrome poderia acontecer em função de uma aberração cromossômica. Já em 1934, Adrian Bleyer afirmou que essa aberração poderia ser uma trissomia.
	O Dr. Jerome Lejeune e Patrícia A. Jacobs em parceria com outros pesquisadores, em 1959, consideraram a síndrome como sendo um acidente genético, ocorrido de um cromossomo a mais no par 21, o que ele chama de trissomia 21. 
	Os seres humanos possuem 46 cromossomos, 23 herdados do pai e 23 herdados da mãe, em pares de 1 a 22, o par número 23 é que caracterizam se o embrião será do sexo feminino ou masculino (XX ou XY). No indivíduo portador dessa síndrome, a anomalia cromossômica presente está no par 21, alterando para três cromossomos quando deveriam ser dois (STRAY-GUNDERSEN, 2007). 
	Assim, a trissomia 21 ou Síndrome de Down é uma alteração genética em que ocorre a presença de um cromossomo a mais nas células do indivíduo. Essa alteração acarreta problemas no desenvolvimento cognitivo e corporal, propiciando deficiência intelectual e características físicas inerentes. 
As crianças com Síndrome de Down possuem um cromossomo extra, podendo se apresentar das seguintes maneiras: Mosaicismo, translocação e trisonomia simples. 
	O mosaicismo acontece em cerca de 2% dos casos, os cromossomos no decorrer da segunda ou terceira divisão celular são distribuídos erroneamente. Na translocação, o que acontece é que o cromossomo 21 extra se prende a outro par de cromossomos. Já na trissomia simples, a mais comum, chegando a 95% dos casos, o que ocorre é a presença de 47 cromossomos em todas as células (GONZÁLES, 2007).
	A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição inerente à um indivíduo, não impossibilitando o mesmo de se desenvolver. Todavia, como esta condição está relacionada a algumas questões de saúde deve-se observar desde o nascimento da criança e buscar o acompanhamento de vários profissionais tanto da educação quanto da saúde. 
A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim um acidente genético que ocorre na formação do bebê, no inicio da gravidez. Essas alterações decorrem de defeitos de um dos gametas, que formaram o individuo o gameta deveria conter um cromossomo apenas, porem durante o processo de reprodução podem ser formados gametas com cromossomo duplo que ao se unirem a outro cromossomo pela fecundação, resultam em uma alteração cromossômica (SILVA, 2002, p. 5)
	Essa síndrome pode ser diagnosticada por intermédio do cariótopo, através da análise do cromossomo de uma célula, realizando o cariograma. Além desse exame, também é possível diagnosticar por meio de: uma Amniocentese que é realizado, a partir da 14ª até 16ª semana de gravidez. Esse exame consiste na coleta do líquido amniótico (cerca de 20 ml), sendo centrifugado com uma agulha fina. As células fetais conseguidas se reproduzirão em uma cultura para depois serem utilizadas na análise cromossômica. É um exame de alto risco; Epografia que é um exame conhecido também como uma ultrassonografia, sendo usada para adquirir imagens do feto “in útero” e por meio deste observa-se características do feto como, braquecefalia, tamanho da fossa posterior, comprimento das mãos e ossos, defeitos cardíacos, pescoço curto e largo, a espessura das pregas da nuca e ponte nasal deprimido. Esse exame não traz risco nem para o feto nem para a mãe; Também pode-se fazer uma ultrassonografia que irá identificar a possível síndrome pela espessura ou dobra da nuca. O diagnóstico geralmente é realizado quando se trata de gestantes que tem no histórico familiar dela ou do pai da criança algum caso de Síndrome de Down ou fatores que podem favorecer as chances do bebê nascer com a trissomia 21. Entre os fatores pode-se elencar as às gestantes com mais de 35 anos, embora, mães jovens também tenham possibilidades de terem bebês com Síndrome de Down; Cordocentese: Consiste na coleta de 2 a 5 ml de sangue fetal, que é adquirido pela punção do cordão umbilical. Este método também é realizado com o auxílio da ultrassonografia, já que é preciso localizar o cordão para puncionar a veia umbilical, que por sua vez, fornecerá inúmeras informações sobre o feto; Amostra de vilocorial consiste no exame realizado entre a 8ª e a 11ª semana de gravidez, é coletado aproximadamente 20 mg do tecido vilo corial (pedaços da placenta), por intermédio da biópsia transvaginal, em que tem-se por finalidade detectar precocemente as anomalias cromossômicas. Nesse procedimento, o índice de aborto é maior. 
	A causa desta alteração genética ainda é desconhecido e não existe cura para a Síndrome de Down. O responsável pelos traços físicos e função intelectual limitada, será sempre do cromossomo 21, independentemente do tipo, mosaicismo, translocação ou trissomia 21. Durante estudos foram comprovados que alguns problemas ocorridos no decorrer da gravidez como o uso de medicamentos, quedas ou fortes emoções não possuem capacidade de causar a síndrome, já que esta já é desenvolvida na união do óvulo da mãe com o espermatozóide do pai.
	A probabilidade de uma criança nascer com Síndrome de Down são de 1/600 nascidos vivos, já que o nascimento de uma criança com SD ocorre em mulheres com mais de 35 anos, contudo qualquer mulher podeter um filho com SD.
	As crianças com a trissomia 21 possuem algumas características semelhantes, e por isso muitos pediatras arriscam-se a realizar um exame ocular. O cromossomo 21 extra, que exercerá uma influência na formação do corpo. Dessa maneira, os indivíduos portadores dessa síndrome apresentam muitas características comportamentais e físicas em comum. Os portadores dessa síndrome, mesmo possuindo características semelhantes, também possuirão características mais marcantes do que em outros indivíduos. 
Os indivíduos com Down, normalmente são bem humorados, afetivos, calmos, possui alguns distúrbios de comportamento, déficits intelectuais, desordens de conduta, dificuldades na integração social, na motricidade e na linguagem, essas características são alteradas de indivíduo para indivíduo. 
Além das já citadas, existem as características orgânicas que fazem parte do portador da Síndrome de Down, que são congênitas e abarcam sobretudo a hipotonia (fraqueza muscular), o nariz pequeno e achatado, as orelhas pequenas com implantação baixa, atraso mental, a baixa estatura, o pescoço grosso e curto, a bexiga pequena, a cardiopatia, o encurtamento do fêmur e úmero, o perfil achatado, a língua protusa, os olhos com fendas palpebrais oblíquas, a prega única nas palmas (prega simiesca), o aumento da distância entre o primeiro e o segundo artelho, o encurvamento dos quintos dígitos, a atresia duodenal. Para Schwartzman (1999), nos indivíduos portadores dessa síndrome é abalizada por diversas modificações associadas. É fundamentada nessas características que as hipóteses da criança portadora de Síndrome de Down são levantadas. 
Inclinação da fenda das pálpebras; achatamento da parte traseira da cabeça; dobras nos cantos dos olhos; língua proeminente; ponte nasal achatada; orelhas menores; boca, mãos e pés pequenos; tônus muscular diminuído; pele na nuca em excesso e ressecada; pode apresentar a ausência de uma falange ou aumento dos espaços entre o primeiro e o segundo dedo e uma linha que cruza a palma da mão. As principais alterações são: no coração, malformações gastrointestinais, imperfuração anal, doença de Hirschsprung. Apresentando também um grande índice de crianças com Síndrome de Down com leucemia e com diminuição da capacidade auditiva e visual. (ARAÚJO, 2007, p.79). 
 	
Schwartzman (1999) ainda salienta que, a criança portadora da Síndrome de Down apresenta como uma de suas características grande hipotonia, procedente do sistema nervoso central, que afeta a parte ligamentar da criança (dificuldade para sustentar os membros e a cabeça, engolir e sulgar) e toda a sua musculatura. Essa condição limitará os movimentos do corpo, o que acarreta no atraso motor, interferindo em outros aspectos, como: sua aprendizagem, já que a exploração do ambiente configura-se como sendo fundamental para que a criança construa o seu conhecimento de mundo.
Nas crianças com SD foram observadas diferenças nesse comportamento exploratório: usam comportamentos repetitivos e esteriotipados, mantendo-os mesmo que se mostrem inúteis; seu comportamento exploratório é impulsivo e desorganizado, dificultando um conhecimento consistente do ambiente, sendo que a exploração dura menos tempo. (VOIVODIC, 2008, p.43)
	Alguns estudos na área comprovam que o crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso de uma criança portadora da Síndrome de Down é muito similar ao de uma criança normal, contudo menos acelerado, devido a diminuição do aceleramento do crescimento encefálico. As deficiências específicas dos indivíduos portadores de Síndrome de Down como, na linguagem, memória e áreas visuais e auditivas são diagnosticadas por meio de exames neuropatológicos. No que tange ao aspecto cognitivo, a deficiência mental, é vista como uma das características mais comuns da Síndrome de Down. O comprometimento intelectual consiste na implicação mais grave dessa síndrome, afetando a sua interação social e seu aprendizado. Algumas pesquisas realizadas demonstraram que em testes formais de inteligência as crianças portadoras de Síndrome de Down conseguem alcançar pontuações no QI entre 20 a 85. Todavia, esses testes já são usados a mais de 50 anos não sendo adaptados para que a população de crianças com deficiências e retardam possam utilizar. Com passar dos anos, os indivíduos de Síndrome de Down, têm apresentado um aumento relevante de inteligência, levando-se a acreditar que a inteligência são definidas pelos fatores ambientais e biológicos. 
	Deve-se salientar que, como qualquer outra criança de desenvolvimento típico, as que são portadoras da Síndrome de Down também possuem suas diferenças, embora possuam muitas similaridades, pois as mesmas possuem limitações orgânicas, variações de humor, identidade própria, não sendo todas iguais só porque são trissômicas. Nesse aspecto Voivodic (2008, p.48) corrobora afirmando que: “O ser humano é muito mais que sua carga biológica, e é por meio de interações com o meio e da qualidade dessas interações, que cada indivíduo se constrói ao longo de sua vida.”.
Os indivíduos com Síndrome de Down possuem maior probabilidade em serem afligidas por problemas de saúde como: disfunção na tireoide desencadeando o sobrepeso, problemas respiratórios e problemas cardíacos congênitos, todavia, nos dias atuais, esses indivíduos aumentaram sua qualidade de vida, oportunizando a longevidade com saúde proporcionando mais oportunidades de integração na sociedade, educação, emprego, lazer e também propiciando a experimentação de novos conhecimentos de construir-se como um indivíduo cidadão e ativo. 
	O aumento da expectativa de vida dos indivíduos com Síndrome de Down, em que muitos podem até chegar aos setenta anos, possibilitou que esses indivíduos pudessem ter a oportunidade de ter uma vida similar a de uma pessoa dita “normal”, em que seu nível de independência e autonomia, propiciou a responsabilidade pessoal, contudo isto só é possível com a colaboração das pessoas que estão ao seu redor, já que o portador dessa síndrome necessita de um ambiente apropriado e de estímulos para seu desenvolvimento.
	Os indivíduos com Síndrome de Down, não muito diferentes das populações “normais” que necessitam estar inseridas em um ambiente que estimule a aprendizagem, promovendo conhecimento relevante para o seu desenvolvimento cognitivo. Logo, é essencial que os indivíduos portadores dessa síndrome possam frequentam uma escola, para que seu processo de aprendizagem e desenvolvimento global não seja comprometido. Assim, quanto maior e significativo os estímulos forem, melhor será o seu desenvolvimento.
	As crianças com Síndrome de Down tem seu histórico de vida abalizada pela constante discriminação, sendo vidas em outras épocas como portadores de uma doença que teria como ser tratada. Os estudos então eram vistos como uma atividade remota, já que muitos acreditavam que essas não possuíam capacidades de aprender, o que acarretava na reclusão, em que viviam isoladas das outras pessoas, trancadas em casas, por muitas vezes, serem motivos de vergonha para os pais, sendo impedidas de conviverem em sociedade. 
	Há um estudo que comprova que 80% dos alunos com Síndrome de Down estão aptas a serem incorporadas facilmente em pré-escolas, e ainda que durante sua inserção em escolas regulares conseguem desenvolver mais em escrita e leitura, do que as crianças que cursavam as escolas especiais. Este estudo, evidenciou a necessidade de se buscar a inserção do aluno com Síndrome de Down na escola regular, pois assim como os alunos ditos “normais”, eles possuem os mesmos direitos. A inclusão de alunos portadores de Down é facilitada quando a instituição de ensino adota uma política de inclusão. Essa política não deve apenas está registrada em documentos, mas ser colocada em prática por toda a comunidade escolar (CUNNINGHAM, 2013).
	O direito da criança com Síndrome de Down tem sido amplamente debatido acarretando em avanços, pelo ao menos no que diz respeito as leis garantem o dever e direito de todos cidadãos de aprender, de frequentaruma escola do ensino regular. Sabe-se, no entanto que esse direito provoca muitas transformações na educação. Mantoan (2006, p.16) afirma que: “Se o que pretendemos é uma escola inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos, que reconheça e valorize as diferenças”.
	É imprescindível o respeito à subjetividade e às necessidades, possibilitando ritmos e adequações entre as crianças com essa síndrome e à escola. Assim, a inclusão proporciona e auxilia na seguridade dos deveres e direitos previstos pelas Diretrizes Educacionais, que independente de as necessidades serem de natureza mental ou física, determinam que seja dever da escola promover momentos de interação e integração. 
	Deve-se levar em consideração que o educando portador da trissomia 21 não aprende no mesmo tempo que as demais crianças, o aprendizado é desacelerado, mais lento, tendo um ritmo próprio, necessitando de uma atenção maior do educador, sendo mais dependente. Essa atenção requerida do professor, exige que o mesmo esteja atento às individualidades desses alunos ao se desenvolver o planejamento das aulas.
	As crianças com Síndrome de Down não possuem somente um ritmo de aprendizagem mais lento e, o que requer um currículo mais dissolvido. Elas são pessoas com um perfil de aprendizagem particular com pontos fracos e fortes distintos. 
	O processo de ensino-aprendizagem da criança com Síndrome de Down é afetado pelo modo de como o individuo está integrado no ambiente sociocultural e familiar, pelos aspectos psicológicos e biológicos. A teimosia, os curtos espaços de tempo de atenção, a fatigabilidade e a apatia podem ser aspectos que funcionem como obstáculos para que ocorra a aprendizagem. No entanto, Schwartzman (1999, p. 246) afirma que:
O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente.
	Nessa perspectiva, pode-se compreender que todos os indivíduos, assim como os que possuem Síndrome de Down, possuem potencial para aprender. Torna-se necessário ter uma sensibilidade para entender que o desenvolvimento não é semelhante entre os indivíduos, pois não depende apenas de condições genéticas similares, como também da influência que cada indivíduo terá em relação aos indivíduos que estão ao seu redor e sobre o meio em que está incorporado. A assimilação de conhecimentos acontecerá de diferentes formas, podendo ser lenta para alguns, rápida para outros, ou ainda normal para alguns indivíduos, em conformidade com as particularidades de cada um deles. 
	Assim, é fundamental a realização da estimulação precoce. O ser humano necessita de estímulos exteriores para que possa se desenvolver, devendo ser o mais cedo possível. Assim, desde quando as crianças portadoras de Síndrome de Down nascem devem ser estimuladas no que diz respeito psicomotricidade, percepção sensorial e auditiva, memória, linguagem e cognição, além de outros campos cruciais para o seus desenvolvimento. A interação para essas crianças é primordial. Em concordância com Voivodic, (2008, p. 46), “É necessário, porém romper com determinismo genético e considerar que o desenvolvimento das pessoas com Síndrome de Down resulta não só de fatores biológicos, mas também das importantes interações com o meio”.
	No decorrer de todo o processo educacional do indivíduo com Síndrome de Down, a interação e apoio da escola, da família e dos profissionais como ( neurologistas, psicopedagogo, pediatras e fonoaudiólogos, entre outros) são de primordial relevância, já que é por intermédio desta interação que será possível a identificação das habilidades dos alunos e das suas limitações, podendo ser exploradas e ampliadas. De acordo com Mills (apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 233), a partir de um cuidadoso acompanhamento dos pais e professores, deve-se realizar adaptações de ordem curricular, levando em consideração que o processo educacional de uma criança consiste em uma atividade extremamente complexa. 
	A relação escola/família é fundamental no que diz respeito a inclusão escolar dos educandos com necessidades especiais, devendo ter participação efetiva no processo de desenvolvimento educacional desses alunos, estimulando e beneficiando o educando para que ele consiga vencer as barreiras, incentivando e valorizando o aluno a expressar-se mesmo que de uma forma distinta, suas ideias, sentimentos e pensamentos. 
	O homem constitui-se pelo seu caráter criativo construído no contexto cultural. Durante o processo de inclusão na escola regular, o educador é responsável por desempenhar um papel crucial para o desenvolvimento do educando com Síndrome de Down, já que o dialogo pode possibilitar a interação com os demais colegas, visando desenvolver suas habilidades e sua criatividade, colaborando para o oferecimento de um ensino que possibilita a troca das relações de respeito e responsabilidade, e das relações democráticas. Nesse aspecto, 
O aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. (BRASIL,1997, p.19).
O processo de ensino-aprendizagem do aluno portador dessa síndrome deve acontecer de maneira progressiva, já que muitos fatores colaboram para que esse progresso seja precário ou eficaz. Inicialmente, quando uma criança entra no âmbito escolar, deve-se estimular o desenvolvimento do convívio social e da oralidade para que, em seguida seja possível a consolidação do simbólico. É por intermédio da integração, que essa criança começará a compreender a relevância de meios que promova a facilitação a sua comunicação com as pessoas a sua volta. 
Pessoas com SD têm a atenção, percepção e a memória visuais como pontos fortes e que se desenvolvem com um trabalho sistemático e bem estruturado. Porém, se verificam dificuldades importantes na percepção e memória auditivas, que com frequência se agravam por problemas de audição agudos ou crônicos. Por essa razão, a utilização de métodos de aprendizagem que tenham um apoio forte na informação verbal, na audição e interpretação de sons, palavras e frases, não é muito eficaz. (TRONCOSO, 1998, p. 70).
	O movimento Down salienta que, seja qual for a criança, com Síndrome de Down ou não, os progressos nos campos cognitivos são facilmente alcançados quando esses possuem capacidades de interagir com os outros, de se comportar e de responder adequadamente ao contexto decorrente e por isso deve-se buscar que o aluno seja capaz de: Aprender padrões apropriados de comportamento; Tornar-se ciente das principais rotinas do dia; Desenvolver amizades; Aprender a esperar; Aprender a responder e participar apropriadamente; Trabalhar de forma independente; Aprender a revezar, compartilhar, dar e receber; Trabalhar de forma cooperativa; Desenvolver habilidades práticas e de autoajuda; Aprender as regras da escola e da sala de aula, tanto as formais quanto informais; Importar-se com os outros; e, Trabalhar de forma independente. 
	Ao longo da inserção desse aluno no espaço escolar, deve fazer uso de determinadas estratégias, são elas: Encoraje a autoestima e autoconfiança; Encoraje a aprendizagem cooperativa ao trabalhar com um colega ou em grupos pequenos; Providencie sessões estruturadas de brincadeiras e diversão, conduzidas por um assistente no pátio de recreio; Considere organizar um revezamento de amigos ou um sistema de colegas; Considere organizar um revezamento de amigos ou um sistema de colegas; Não coloque a criança sempre com alunos menos capazes ou menos motivados. Alunos com Síndrome de Down podem se beneficiar do trabalho com crianças mais capazes se o trabalho delas for apropriadamente diferenciado; Encoraje habilidades de independência e responsabilidade, por exemplo, compartilhar e distribuirlivros, repassar mensagens; e Use a ajuda de um colega no lugar da ajuda de um adulto sempre que possível.
	Nesse sentido, cabe aos educadores possuir um conhecimento efetivo dos fatores que inibem e facilitam a aprendizagem, de modo a planejar e realizar práticas pedagógicas significativas e relevantes, elaborando e abordando programas específicos de trabalho. Os estilos de aprendizagem e o perfil de aprendizagem peculiar de uma criança com Síndrome de Down, assim como as variações do perfil e as suas necessidades individuais devem, ser sempre levados em conta. 
	Voivodic (2007) afirma que, a deficiência mental apresentada nos indivíduos com Síndrome de Down, exige que a educação dessas crianças sejam um processo complexo que demanda adequações e, a utilização de determinados recursos, além do acompanhamento cuidadoso dos pais e educadores. 
	A educação configura-se como transformadora, pois age sobre o indivíduo provocando mudanças. Essa é responsável por assumir um papel fundamental para todos os indivíduos com deficiência mental, mas principalmente para a criança com Síndrome de Down. 
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
3.1 Linha e tema de pesquisa
Projeto: “Descobrindo o Mundo da Leitura: Um caminho para interação e integração das crianças com Síndrome de Down”. 
	Este projeto tem como objeto de abordagem as crianças com Síndrome de Down, pois para o desenvolvimento dessas crianças nos diversos aspectos deve-se buscar a valorização dos seus interesses, curiosidades e suas habilidades e promover a interação e integração com a escola, família e comunidade.
A diversidade literária e textual surge como ferramenta indispensável no processo escolar de desenvolvimento da aprendizagem e das mais diversas habilidades e capacidades dessas crianças. 
3.2 Justificativa
A infância é um momento essencial para o desenvolvimento de todas as crianças, e para as crianças com Síndrome de Down é primordial, já que neste período ela consegue assimilar um quantitativo maior de habilidades e conhecimentos, além do desenvolvimento de suas capacidades e habilidades motoras, cognitivas e emocionais bem como de interagir com o meio escolar e social.
	A leitura consiste em uma maneira de observar, criticar e observar os mais diversos aspectos que lhes são imposto como necessário ou útil. É primordial, que desde a tenra idade a criança desenvolva o gosto pela leitura se familiarizando com o mundo dos livros, o imaginário e com a fantasia. O momento da leitura é de divertimento, lazer, além disso, proporciona oportunidades no desenvolvimento do sentido estético, formativo e ético. No mundo da leitura, a criança projeta o seu próprio mundo e, ao representa-lo encontra formas variadas de expressar suas ideias, pensamentos e sentimentos. A leitura não pode restringir-se a uma única expressão, mas diversificar as infinidades de linguagens.
	A literatura configura-se em uma maneira lúdica de linguagem, pois é por meio dela que o leitor possui a oportunidade de usufruir do prazer do jogo artístico que um escritor desenvolve com a linguagem, o que requer a aproximação do lúdico e a literatura. O lúdico e a arte literária podem emergir como estímulo crucial para o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento do imaginário do educando.
	Por meio da literatura atrelada as atividades lúdicas, o aluno conseguirá extrair conhecimentos relevantes que o levarão a conquistar a própria identidade. 
 	De modo a propiciar a aproximação da literatura e do lúdico, buscou-se nesse projeto realizar uma oficina de leitura, tendo a fantasia como suporte para promover a demonstração da importância e direcionamento para o gosto pela leitura. As atividades e as técnicas buscarão promover a diversão, como instrumento pedagógico facilitador no processo de ensino-aprendizagem, em que os educadores são auxiliados no planejamento de suas práticas pedagógicas e levando o aluno a desenvolver-se de maneira prazerosa e benéfica, já que, o lúdico, a brincadeira e a diversão, tornam a leitura fonte de prazer e de aprendizado. Nesse aspecto, essas modalidades estratégicas anseiam, inicialmente, realizar o acolhimento do aluno em um espaço divertido e alegre, direcionando-o ao alcance dos objetivos traçados.
	As ações do projeto são direcionadas para as crianças com Síndrome de Down, em que as oficinas abarcam uma diversidade de atividades que tem a pretensão de trabalhar habilidades, tais como auto-regulação, habilidades sociais, atenção, habilidades cognitivas e concentração, reconhecendo os indivíduos como sujeitos únicos com necessidades distintas e suas singularidades.
	Projetos como este, impactam diretamente na qualidade de vida de quem é portador da Síndrome de Down, bem como na relação que esses indivíduos desenvolvem com pessoas do seu cotidiano e familiares. Assim, é a partir do aumento das expectativas das famílias no que diz respeito as competências e habilidades do filho com essa síndrome que pode beneficiar o desenvolvimento do indivíduo e as suas relações sociais, seja com as pessoas que estão no seu dia-a-dia, seja com seus familiares. 
3.3 Problematização
	Os portadores da Síndrome de Down são indivíduos que possuem uma infinidade de limitações, no que abrange ao desenvolvimento dos aspectos mental e físico. Essas condições levarão as crianças com Síndrome de Down a um processo de aprendizagem mais lento com relação a outras de mesma faixa etária, mas isso não significa que ela não seja capaz de aprender e assimilar conhecimentos. Diante do que foi mencionado, levanta-se a seguinte questão-problema: Como desenvolver as habilidades e capacidades, bem como promover a integração e interação dos alunos com Síndrome de Down durante o processo de ensino-aprendizagem?
3.4 Objetivos
Objetivo Geral: 
Possibilitar momentos de integração, socialização, desenvolvimento e interação para as crianças com Síndrome de Down valorizando seus interesses, curiosidades e suas habilidades, de modo a permitir que as mesmas construam um processo de ensino-aprendizagem satisfatório. 
Objetivos Específicos:
- Caracterizar a leitura como base norteada do conhecimento que propiciem aos alunos a ampliação de oportunidades, bem como o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem;
- Estimular o gosto pela leitura; 
- Propiciar práticas de leitura numa perspectiva lúdica;
- Desenvolver o raciocínio, a linguagem, a escrita e a atenção, concentração e habilidades;
- Fomentar o comprometimento da família e de toda a comunidade escolar, fazendo com que se sentiam coparticipantes na construção da aprendizagem, propiciando a interação e integração das crianças com Síndrome de Down. 
3.5 Conteúdos
Mundo da Leitura: Histórias Infantis.
3.6 Metodologia
O projeto será desenvolvido por meio da aplicação de oficinas, em que serão trabalhados: 
- Leituras Lúdicas: Nessa etapa, os educadores deverão por meio de oficinas de leitura realizar a aproximação entre a literatura e o lúdico. A fantasia será tida como suporte. Os professores deverão utilizar as mais diversas ferramentas de leituras como: livro de contos em que realizarão a leitura da “Branca de Neve e os 7 anões” , leitura ilustrada “ Os três Porquinhos”, teatro “ A cigarra e a formiga” fazendo uso de fantasias associadas a história contada.
- Vídeos de histórias contadas: Os professores deverão reunir os alunos em um espaço e colocar vídeos lúdicos de histórias infantis selecionadas. “ Chapeuzinho Vermelho” e “João e o Pé de Feijão”. 
-Teatro de Fantoches: Nessa atividade, os educadores deverão com o uso de fantoches contar uma história infantil “Pinóquio” buscando interagir com os alunos, trazendo os mesmos para o mundo da leitura e fantasia.
-Rodízio de livros para a leitura em família: Durante o projeto, os alunos levarão livros de histórias para casa e as famílias, juntamente com esses deverão realizar as leituras, entre eles estão: “Cachinhos Dourados”, “A Bela Adormecida”, “ O Pequeno Polegar” e “ Rapunzel”. 
	Os professores deverão enviar livrosdiariamente, para que essa atividade possa entrar na rotina familiar e para que o aluno integre-se e socialize cada vez mais com sua família.
-Rodas de Leitura com os alunos: Os educadores realizarão a leitura de livros infantis, tais como: “O Patinho Feio” e “Alice no Pais das Maravilhas” para os alunos que estarão organizados em círculo. Aos finais das leituras os professores deverão sempre realizar indagações sobre os elementos presentes nas histórias contadas.
-Desenhos: Serão atividades desenvolvidas no decorrer do projeto, sendo solicitados durante ou nos finais das demais atividades, devendo ser relacionado com o que estão sendo trabalhados. Os alunos deverão colorir essas pinturas com tinta guache, hidrocor, glitter e lápis de colorir. 
 
-Atividades Xerografadas: Serão desenvolvidas no decorrer do projeto, sendo solicitados durante ou nos finais das demais etapas do projeto. Nesses momentos, os professores deverão aplicar atividades em que os alunos possam demonstrar o que foi aprendido. 
-Exposição das atividades desenvolvidas para a comunidade escolar: Os alunos deverão apresentar suas produções desenvolvidas no decorrer do projeto para toda a comunidade escolar.
	Nessa etapa- Os professores deverão expor as produções dos alunos, colocando-as em mesas, varais e cartazes.
 
3.7 Tempo de Realização
	Cronograma do projeto de Ensino para crianças com Síndrome de Down
	Tema:
	“Descobrindo o Mundo da Leitura: Um caminho para interação e integração das crianças com Síndrome de Down”.
	( X ) Ensino Fundamental- Anos Iniciais ( ) Ensino Fundamental- Anos Finais 
	Data do desenvolvimento
	Atividades
	14. 10. 2019 à 16. 10.2019
	Leituras lúdicas: Abordagem da leitura de maneira lúdica, utilizando elementos que facilitem o processo de ensino-aprendizagem. 
	17. 10. 2019 à 18.10.2019
	Vídeos de histórias contadas: Momentos em as crianças assistirão a vídeos lúdicos, que contam histórias presentes na literatura infantil. 
	21. 10. 2019 
	Teatro de Fantoches: Os educadores deverão realizar uma peça teatral com fantoches, utilizando uma história infantil. 
	14. 10. 2019 à 25.10.2019
	Rodízio de livros para a leitura em família: Durante o projeto, os alunos levarão livros de histórias para casa e as famílias, juntamente com esses alunos deverão realizar as leituras. 
	22 .10.2019 à 24.10.2019
	Rodas de Leitura com os alunos: Os educadores realizarão a leitura de livros infantis para os alunos que estarão organizados em círculo.
	14. 10. 2019 à 25.10.2019
	Desenhos e Atividades Xerografadas: Serão desenvolvidos no decorrer do projeto, sendo solicitados durante ou nos finais das demais atividades. 
	25. 10.2019 
	Exposição das atividades desenvolvidas para a comunidade escolar: Os alunos apresentarão para toda a comunidade as atividades que foram desenvolvidas no decorrer do projeto.
3.8 Recursos Humanos e Materiais
Para o desenvolvimento do projeto serão utilizados como recursos humanos: comunidade escolar, tais como: professores da educação fundamental dos anos iniciais, pais e alunos.
Nos recursos materiais serão utilizados:
-Livros de histórias- “Branca de Neve e os 7 anos”, “ Os três Porquinhos”, “ A cigarra e a formiga”; “Cachinhos Dourados”, “A Bela Adormecida”, “Rapunzel”, “ O Patinho Feio”, “ O Pequeno Polegar” e “ Alice no País das Maravilhas”. 
-Vídeos: “Chapeuzinho Vermelho” https://www.youtube.com/watch?v=VADdBXzXSb4 e “João e o Pé de Feijão”. 
https://www.youtube.com/watch?v=P-2rj3wamDI; 
-Fantasias;
-Atividades xerografadas;
-Lápis de cor;
-Desenhos;
-Fantoches;
-Televisão;
-TNT; 
-Cartazes;
- E.V.A;
- Tinta guache (colorida);
- Hidrocor;
- Pincel;
- Glitter;
- Internet; 
 - Varal.
3. 9 Avaliação
A avaliação será realizada por meio de um processo pontual e contínuo, de modo a ser possível diagnosticar avanços e sanar possíveis dificuldades, analisando suas produções, interações, interiorizações das histórias abordadas, integrações e suas participações.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	
Diante do exposto pode-se compreender que, o processo educacional das crianças com Síndrome de Down, mesmo com todas as dificuldades e restrições, pode ser desenvolvido de maneira eficaz, pois as mesmas possuem capacidades de aprendizado, sendo preciso que seu tempo seja respeitado. A educação para essas crianças deve pretender beneficiar a sua vida diária e autonomia, olhando para elas como indivíduos integrados a sua própria pessoa, colaborando para o seu aprendizado, socialização e autoconfiança. 
	A inclusão deve ser realizada amplamente buscando prestar atendimento não apenas a criança, como também toda a sua família, precisando do acompanhamento de profissionais da saúde e de orientação pedagógica, para que a qualidade de vida da criança e da sua família seja beneficiada. 
O auxílio mútuo e a relação família/escola, em uma parceria solidária, pedagógica e efetiva, é capaz de facilitar os processos de inclusão da criança na sociedade e no ensino escolar. É necessário que a escola, assim como os educadores estejam preparadas para o recebimento e acolhimento destas crianças, oferecendo uma integração e ensino de qualidade. 
Há muitas inovações a serem inovadas, além de desafios e limites a serem vencidos e superados para que a escola possa se adequar não somente no que tange à acessibilidades ou ajustamentos pedagógicos. O que assegura a inclusão é a conscientização de que toda criança pode aprender e que essa aprendizagem não é linear, ela ocorre de maneira singular de acordo com as particularidades de cada aluno.
	Sendo assim, faz-se necessário que ocorra um comprometimento de toda a comunidade escolar, professores, alunos, pais, transformando a escola e favorecendo a interação e integração dos alunos com Síndrome de Down dentre e fora da escola. É imprescindível, inserir e estimular essas crianças no âmbito escolar, deixando claro a sua capacidade de evoluir e aprender, de maneira a não se sentirem excluídas no espaço da própria escola em que estão matriculados. A escola deve possuir condições de prestar atendimentos adequados de maneira individualizada a seus alunos, garantindo seu acesso e permanência. Logo, nos dias atuais é possível observar a inserção desses alunos na escola, contudo muitas vezes os profissionais e as escolas não estão preparados para recebê-las.
Nesse sentido, o referido projeto tem como pretensão potencializar o desenvolvimento cognitivo, socialização e integração desses alunos, de modo que esses consigam sentir-se parte integrante da sociedade e alcançem um processo de ensino-aprendizagem eficaz. 
Entre as dificuldades encontradas no desenvolvimento do projeto de ensino, pode-se mencionar: a metodologia e, encontrar vídeos e selecionar histórias que pudessem contribuir para o desenvolvimento desses alunos. ‘
Pode-se concluir que, é de suma importância o desenvolvimento de projetos como esse para que o atendimento e cuidado com as crianças com Síndrome de Down sejam ampliadas, melhorando cada vez mais a sua qualidade de vida. 
5. REFERÊNCIAS
ARAUJO, Kátia Soane Santos. O desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos com Síndrome de Down. Rede Saci. 2007 disponível em http://saci.org.br/index.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 1. ed., 1. reimp. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
CUNNINGHAM, Cliff. Síndrome de Down – Uma introdução para pais e Cuidadores. Ed. Artamed. São Paulo, 2013. 
GONZÁLEZ, E. Necessidades educacionais específicas: intervenção psicoeducacional. Porto Alegre: Artmed, 2007.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar- O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Editora Moderna, 2006.
STRAY-GUNDERSEN, K. Criança com Síndrome de Down: guia para pais e educadores. Porto Alegre: Artmed, 2007.
SCHWARTZMAN, J. S. et al. Síndrome de Down. São Paulo: Ed. Memnon,1999. 
TRONCOSO, Maria Victoria e Del Cerro, Maria Mercedes. Síndrome de Down: Leitura e Escrita - Cantabria, Espanha. Masson S.A. - 1998.
VOIVODIC, M. A. M. A. Inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down. 4. ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
VOIVODIC, Maria Antonieta. Inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down. 5° ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

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