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SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA

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SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA: DICAS E PRÁTICAS DE INCLUSÃO
	
Schara Haas Da Rocha[footnoteRef:2] [2: Graduação em Pedagogia. Especialização em Atendimento Educacional Especializado pela Faculdade São Luís. E-mail do autor: scharacomagil@hotmail.com.] 
RESUMO:O conhecimento produzido neste estudo tem a intenção de tornar o processo de inclusão da criança com Síndrome de Down, na rede regular de ensino, uma etapa a ser vivida por ela e sua família da melhor forma possível, sentindo-se preparadas e acolhidas. A Inclusão Escolar na rede regular de ensino, vem construindo uma série de debates pertinentes a esse novo olhar, em especial referente a crianças com a Síndrome de Down. Diante desta realidade, o referido artigo tem como objetivo principal analisaro processo educativo e a interação social no âmbito escolar, fatores estes, quando bem aplicados contribuem significativamente para o desenvolvimento cognitivo e a formação crítica/social destes cidadãos. A Síndrome de Down é um distúrbio genético que não tem cura, mas têm tratamento que contribui para o portador desta síndrome crescer com mais qualidade de vida. E também através da humanização da equipe multiprofissional, os pacientes com a Síndrome de Down podem ter um atendimento de uma forma integral, ou seja, cuidando do paciente como um todo.
PALAVRAS - CHAVE: Síndrome de Down – Interação Social - Crianças. 
1 INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down ou trissomiado 21 é uma deficiência caracterizada por um problema genético manifestado durante a formação da criançano ventre materno, sendo considerada a mais comum das anomaliasgenéticas e das deficiências mentais. 
E na tentativa de compreender melhor a criança com Síndrome de Down, sua inclusão e processo de ensino/aprendizagem, justificamos a temática e buscamos através da pesquisa teórica,a qual será embasada nos conceitos de renomados autoresrealizar apontamentos e análises sobre o tema. 
Nesse sentido, o trabalho tem a finalidade de esclarecer questões sobre a inserção da criança SD no contexto escolar, e os reflexos desta prática na construção da aprendizagem. Para tanto, utilizou-se uma pesquisa de natureza bibliográfica e elencou-se alguns conceitos pertinentes de diversos teóricos, com o objetivo de sanar dúvidas, colaborar com os educadores, e enfatizar o real papel da escola e da família no aprendizado e socialização dos portadores da Síndrome de Down.
2 DESENVOLVIMENTO
Uma das principais formas de investir nas possibilidades de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down é a compreensão de que a síndrome não é uma doença a qual pode ser prevenida, curada ou através de tratamentos diminuir o grau do comprometimento na base cognitiva. Existem sim, processos de intervenção que podem estimular as potencialidades, de modo que o cérebro possa dentro da sua plasticidade responder aos estímulos e as exigências externas que são feitas aos indivíduos. 
Pois a Síndrome de Down antes de mais nada é um acidente genético que ocorre no par do cromossomo 21, com a presença de um cromossomo extra, por isso, essa síndrome é também chamada de trissomia 21. Conceituada como alterações provocadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21 extra, as quais determinam as características típicas da síndrome de Down (SD) que são: comprometimento intelectual, aprendizagem lenta, hipotonia (diminuição do tônus muscular, responsável pela língua protrusa), dificuldades motoras, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, cardiopatias, olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores com dedos mais curtos, prega palmar única e orelhas pequenas.
Apresença extra desse cromossomo acarreta no desenvolvimento intelectual um retardo leve ou moderado, em virtude de alterações cerebrais. É oportuno destacar que esse atraso no desenvolvimento cognitivo não implica necessariamente em uma má qualidade de vida, ao contrário, é possível sim, se possibilitar uma vida com qualidade para essas pessoas, e para isso é de extrema importância que seus educadores estejam cientes da real situação a qual vivem.
Devido a isto quando se pensa em possibilidades de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down não se pode limitar ao conhecimento dos conceitos abstratos nas diversas disciplinas escolares, mas, sobretudo em ações que vislumbrem a autonomia do sujeito. Sendo de extrema importância que a escola tenha no seu planejamento diário atividades que exijam do sujeito trabalhos de: cooperação, organização, movimentos, compreensão, exploração de propostas lúdicas e materiais diversos para que a criança também possa realizar atividades motoras como: correr, pular, rolar, entre outras. Essas ações contribuirão para o desenvolvimento social, afetivo, motor e de linguagem. 
Quanto maior for a sua estimulação, mais internalizados serão os domínios. Nesta linha de pensamento Alves (2007, p. 39) diz que “cabe, portanto ao professor ser investigador, ou seja, aquele que ouve, vê e procura compreender o potencial de cada criança com quem trabalha.” Alves (2007) ainda ressalta:
[...] que não se pode limitar a possibilidade de desenvolvimento intelectual dos sujeitos. A educação da criança com a síndrome deve atender às suas necessidades especiais, sem se desviar dos princípios básicos da educação proposta às demais pessoas. Assim, as atividades desenvolvidas no contexto escolar não podem se limitar ao espaço da sala de aula, mas extrapolar os muros da escola possibilitando o contato com diversos lugares para conhecer o movimento das pessoas, dos animais e de tudo que está em sua volta. É preciso possibilitar um contato amplo com o meio, para que a criança possa visualizar o mundo por um ângulo bem maior.
Os dados atuais permitem afirmar que a maioria das pessoas com Síndrome de Down tem deficiência intelectual de intensidade leve ou moderada, diferentemente das descrições antigas, que falavam em um atraso severo. Esta mudança se deve tanto a programas específicos aplicados hoje em dia quanto à estimulação e intervenção precoce, como a abertura e o enriquecimento do ambiente em que a criança está inserida. 
O que dificulta ainda os avanços acerca da SD são algumas representações criadas por parte da sociedade, a qual não acredita no desenvolvimento potencial e cognitivo destas crianças. O estigma ainda está presente na imagem que alguns pais e professores constroem desses sujeitos, e consequentemente, influenciando em seus relacionamentos, passando a instituir comportamentos restritos e indiferentes com essas pessoas, levando-as à segregação pedagógica e social. 
A criança com Síndrome de Down têm idade cronológica diferente da idade funcional, desta forma, não devemos esperar uma resposta idêntica à resposta das “ditas normais”, que não apresentam alterações de aprendizagem. Crianças especiais como as portadoras de Síndrome de Down, não desenvolvem estratégias espontâneas e este, é um fato que deve ser considerado em seu processo de aquisição de aprendizagem, já que esta terá muitas dificuldades em resolver problemas e encontrar soluções sozinhas. 
Portanto é de suma importância que a escola esteja preparada para garantir a pessoa com Síndrome de Down condições de acesso a sua proposta curricular e, também, a adequação dessa proposta de forma, a atender às necessidades individuais dessa “nova” demanda de alunos. 
O currículo é o instrumento que a escola possui para adaptar-se às necessidades dos alunos e, por isso, necessita ser flexível e comprometido com a qualidade da educação,e oferecendo respostas à complexidade de interesses, problemas e necessidades que acontecem na realidade educacional. Isso significa que para atender à pessoa com Síndrome de Down na escola regular, o currículo precisa ser adaptado, isto é, adequado “às maneiras peculiares dos alunos aprenderem, considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe atender a diversificação de necessidades na escola.” (BRASIL, 1999, p. 15).
O atendimento aos portadores da Síndrome de Down deve ocorrer de forma gradual, pois estas crianças não conseguem absorvergrande número de informações. Também não devem ser apresentadas, a criança Down, informações isoladas ou mecânicas, de forma que a aprendizagem deve ocorrer de forma facilitada, através de momentos prazerosos.
É imprescindível que os alunos se sintam motivados, e que os mesmos tenham condições de buscar a informação, não apenas esperando recebê-las do professor, ou seja, a instituição de ensino terá que fazer projetos de trabalho de forma que se preparem para receber a criança Down (SASSAKI, 2003).
O aprendizado e o desenvolvimento da capacidade de se relacionar dependem, entre outras coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de idades diferentes em situações diversas. A contribuição da educação inclusiva será a de proporcionar por meio de transformações sociais, a construção de um novo tipo de sociedade, a qual seja capaz de rever conceitos pré-estabelecidos, desmistificando os existentes, e assim, trazendo conhecimento à sociedade atual, e para que as próximas gerações já nasçam com uma nova visão diante desta realidade. 
Atender pessoas com necessidades educacionais especiais na escola regular pressupõe uma grande reforma no sistema educacional. É um grande desafio, fazer com que a Inclusão ocorra, sem perdermos de vista que além das oportunidades, devemos garantir não só o desenvolvimento da aprendizagem, mas também o desenvolvimento integral do indivíduo. Sendo assim, a escola regular é um meio privilegiado para alcançar a inclusão, não só no campo educativo, mas também na esfera social. 
Mas para que isso aconteça é necessária uma mudança de paradigma, o queimplica no abandono da concepção de aluno “ideal”, e começo de um pensar na escola como um conjunto de ações e metas voltadas para atender a diversidade do meio social. E é exatamente nesse aspecto que está uma das maiores barreiras a ser enfrentada pelo portador de SD, pois enquanto mães e professoras estiverem presas às dificuldades decorrentes da síndrome deixarão de ofertar a essas crianças as diversas oportunidades de convivência e trocas sociais, as quais possibilitam avanços significativos no desenvolvimento da aprendizagem. 
Contudo, não se trata de negar a deficiência, mas é necessário que se reconheça os limites e possibilidades durante o processo de ensino e aprendizagem dos mesmos. No entanto, é fundamental entender que para além da deficiência existem pessoas humanas com sentimentos, e principalmente, com desejo de ter vez e voz na sociedade em que se encontram inseridos.
3 CONCLUSÃO
Este trabalho possibilitou entender que a educação inclusiva é um meio privilegiado para alcançar a inclusão social, algo que não deve ser alheio aos governos e estes devem dedicar os recursos econômicos necessários para estabelecê-la. A inclusão não se refere somente ao terreno educativo, mas ao verdadeiro significado de ser incluído. 
É de responsabilidade dos envolvidos no processo de aprendizagem de crianças com Síndrome de Down, elaborar estratégias que vão favorecer a trajetória do desenvolvimento de cada criança. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Fátima. Para entender Síndrome de Down. Rio de Janeiro: Wak, 2007.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: adaptações curriculares. Brasília, 1999.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A educação especial no Brasil: da exclusão à inclusão escolar. São Paulo: Faculdade de Educação: Universidade Estadual de Campinas, 2001.
InclusivoPesquisa efeito inclusão nos alunos sem deficiência.
SASSAKI, R.K. Inclusão : Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 2003.
SILVA, N. L. P.; DESSEN, M. A. Crianças com e sem Síndrome de Down: valores e crenças de pais e professores. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 13, n. 3, set./dez. 2007.
SCHWARTZMAN, José Salomão. Síndrome de Down. 2. ed. São Paulo: Memnon; Mackenzie, 2003.
TORRES GONZÁLEZ, José Antonio. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
VYGOSTSKY, L.S. (1996). A Formação social da mente. 5a Ed. São Paulo: Martins Fontes.

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