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ATENÇÃO INTEGRAL Á SAÚDE | PROFESSOR AVERLANDIO Atenção Integral á Saúde: organização e delineamento O QUE É A APS? o Conjunto de intervenções de saúde no âmbito individual e coletivo que envolve promoção, prevenção, diagnostico, tratamento e reabilitação o É desenvolvida por meio de exercício de praticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas às populações de territórios bem limitados, das quais equipes assumem responsabilidade. o Utiliza tecnologias de alta complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância. DEL INEAMENTO DA APS Internacionalmente tem se apresentado APS como uma estratégia de organização de atenção a saúde voltado para responder de forma regionalizada, continua e sistematizada à maior parte das necessidades da população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades. APS NO BRAS IL No brasil, a APS incorpora os princípios da reforma sanitária, levando o SUS a adotar a designação da ABS para enfatizar a reorientação do modelo assistencial, a partir de um sistema universal e integrado de AIS TRANSCORRER H ISTÓR ICO DA APS A ideia de atenção primária foi utilizada como forma de organização dos sistemas de saúde pela primeira vez no chamado relatório Dawnson, em 1920 § Esse documento do governo ingle ̂s procurou,de um lado,contrapor-se ao ao modelo flexineriano americano de cunho curativo, fundado no reducionismo biológico e na atenc ̧ão individual, e por outro, constituir- se numa refere ̂ncia para a organizac ̧ão do modelo de atenc ̧ão ingle ̂s, que comec ̧ava a preocupar as autoridades daquele país, devido ao elevado custo, à crescente complexidade da atenc ̧ão médica e à baixa resolutividade. A PROBLEMÁT ICA Os elevados custos dos sistemas de saúde e uso indiscriminado das tecnologias preocupavam a sustentação economica nos países desenvolvidos, fazendo os pesquisar novas formas de atenção com custos menores e maior eficiência Em contrapartida, os países pobres e em desenvolvimento sofriam com a iniquidade em seus sistemas de saúde, com a falta de acesso a cuidados básicos, com a mortalidade infantil e com as precárias condições sociais, econômicas e sanitárias. ATENÇÃO INTEGRAL Á SAÚDE | PROFESSOR AVERLANDIO DECLARAÇÃO DE ALMA MATA o Em 1978, a OMS e o Fundo das nações unidas para a infância (UNICEF) realizaram a I conferência internacional sobre cuidados primários de saúde em Alma-Mata, no Cazaquistão, antiga União Soviética, e propuseram um acordo e uma meta entre seus membros para atingir o maior nível de saúde no ano 2000, através da APS o A declaração representa uma proposta num contexto muito maior que um pacote seletivo de cuidados básicos em saúde. o Nesse sentido, aponta para a necessidade de sistemas de saúde universais, concebendo a saúde como um direito humano, a redução de gastos com armamentos e conflitos bélicos e o aumento de investimento em politicas sociais para o desenvolvimento das populações excluídas, fornecimento e ate mesmo a produção de acordo com suas necessidades, a compreensão de que a saúde é o resultado das condições humanas e sociais, e das desigualdades entre os diversos países, e também estipula que os governos nacionais devem protagonizar a gestão dos sistemas de saúde, estimulando o intercambio e o apoio tecnológico, econômico e politico internaciona NO BRAS IL o No Brasil, algumas experiências de APS foram instituídas de forma incipiente desde o início do século XX, como os centros de saúde em 1924 que, apesar de manterem a divisão entre ações curativas e preventivas, organizavam-se a partir de uma base populacional e trabalhavam com a educação sanitária. o Com o movimento sanitário, as concepções da APS foram incorporadas ao ideário reformista, compreendendo a necessidade de reorientação do modelo assistencial, rompendo com o modelo médico privatista vigente até os anos 80. PR INC ÍP IOS DA APS o ACESSIBILIDADE E PRIMEIRO CONTATO o INTEGRALIDADE DA ATENCAO o LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO o CENTRALIZAÇÃO NA FAMÍLIA o ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA o CORDENAÇÃO DO CUIDADO AVANCOS DA APS NO BRAS IL E MUNDO o Centralidade da APS nos sistemas de saúde o Melhoria dos indicadores de as;ude o Melhoria dos indicadores de qualidade de vida Organização, responsabilidade e resolução à defesa ético-politico-social o transformação do modelo assistência, lógica mais cuidativa e sujeito centrado CAMINHOS 1) Superar a fragmentac ̧ão do cuidado, construir uma outra racionalidade científica moderna ATENÇÃO INTEGRAL Á SAÚDE | PROFESSOR AVERLANDIO 2) Organizar sistemas menos hierarquizados e burocráticos – mecanismos formais de refere ̂ncia e contra-refere ̂ncia 3) Instituir a autoridade administrativa da APS- valor central da APS na “regulação” da oferta de ações 4) Formac ̧ão de NOVOS profissionais- compete ̂ncias e habilidades para a APS 5) Concepc ̧ão de redes de cuidados - cuidado como modo de viver POLÍT ICA NAC IONAL DE ATENÇÃO BÁS ICA No Brasil, há diversos programas governamentais relacionados à atenc ̧ão básica, sendo um deles a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva servic ̧os multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Como por exemplo: o Consultas/Exames o Radiografias e outros procedimentos o Vacinas ATENÇÃO PR IMÁR IA E OUTRAS IN IC IAT IVAS o Equipes de Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situac ̧ão de rua o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que busca alternativas para melhorar as condic ̧ões de saúde o de suas comunidades etc. o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar D IRETR IZES DA ATENC ̧ÃO BÁS ICA • Regionalizac ̧ão e hierarquizac ̧ão; • Territorializac ̧ão; • Populac ̧ão Adscrita; • Cuidado centrado na pessoa; • Resolutividade; • Longitudinalidade do cuidado; • Coordenac ̧ão do cuidado; • Ordenac ̧ão da rede; • Participac ̧ão da comunidade. O QUE S IGN IF ICA PNAB? A Política Nacional de Atenc ̧ão Básica (PNAB) é resultado da experie ̂ncia acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidac ̧ão do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das tre ̂s esferas de governo. • Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicac ̧ão com toda a Rede de Atenc ̧ão à Saúde. • • Portaria no 2.488, de 21 de outubro de 2011, aprova a Política Nacional de Atenc ̧ão Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organizac ̧ão da atenc ̧ão básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Portaria no 2.436, de 21 de setembro de 2017, estabelece a revisão de diretrizes para a organizac ̧ão da Atenc ̧ão Básica, no a ̂mbito do SUS ATENÇÃO INTEGRAL Á SAÚDE | PROFESSOR AVERLANDIO COBERTURA DA ATENC ̧ÃO BÁS ICA NO BRAS IL • 72% da populac ̧ão coberta pela atenc ̧ão básica, considerando-se, além das equipes de Saúde da Família, equipes equivalentes formadas por clínicos gerais, ginecologistas-obstetras e pediatras. •62% da populac ̧ão cobertapor Equipes de Saúde da Família; • Cerca de 39.000 equipes de Saúde da Família cuidam de mais de 120 milhões de cidadãos (representac ̧ão Mais Médicos*); • Cerca de 40.000 Unidades Básicas de Saúde (mais de 700 mil profissionais atuando na AB); AS AC ̧ÕES E SERV IC ̧OS DA ATENC ̧ÃO BÁS ICA , DEVERÃO SEGU IR PADRÕES ESSENCIAIS E AMPLIADOS: Padrões Essenciais: ac ̧ões e procedimentos básicos relacionados a condic ̧ões básicas/essenciais de acesso e qualidadena Atenc ̧ão Básica (Atenc ̧ão básica mínima). Padrões Ampliados: ac ̧ões e procedimentos considerados estratégicos para se avanc ̧ar e alcanc ̧ar padrões elevados de acesso e qualidade na Atenc ̧ão Básica, considerando especificidades locais, indicadores e para ̂metros estabelecidos nas Regiões de Saúde (Atenc ̧ão básica máxima).
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