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Emergência em Saúde do Trabalhador

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EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 1 
Apresentação ......................................................................................................................... 3 
Aula 1: Atendimento nas situações Clínicas emergenciais no ambiente de trabalho .......... 4 
Introdução .......................................................................................................................... 4 
Conteúdo ............................................................................................................................ 5 
A emergência ..................................................................................................................... 5 
Asma ................................................................................................................................... 12 
Suporte básico de vida.................................................................................................... 14 
O funcionamento do suporte básico de vida ............................................................ 15 
Hemorragias internas ..................................................................................................... 19 
Atividade proposta 02 ..................................................................................................... 20 
Referências ....................................................................................................................... 21 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 22 
Chaves de resposta .............................................................................................................. 26 
Aula 2: Atendimento nas situações traumáticas emergenciais no ambiente de trabalho . 28 
Introdução ........................................................................................................................ 28 
Conteúdo .......................................................................................................................... 28 
O trauma ........................................................................................................................... 28 
Diferentes tipos de trauma ............................................................................................ 30 
Atividade proposta 01 ..................................................................................................... 37 
Reposição volêmica ........................................................................................................ 37 
Atividade proposta 02 ..................................................................................................... 38 
Referências ....................................................................................................................... 39 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 40 
Chaves de resposta .............................................................................................................. 45 
Aula 5: Transporte de acidentados ..................................................................................... 47 
Introdução ........................................................................................................................ 47 
Conteúdo .......................................................................................................................... 47 
Os materiais usados em transporte ............................................................................. 47 
Colar cervical .................................................................................................................... 48 
A prancha longa ............................................................................................................... 48 
Colete de imobilização dorsal ....................................................................................... 49 
Ambulâncias terrestres ................................................................................................... 50 
Métodos e as técnicas utilizadas no transporte de acidentados ............................ 53 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 2 
Explicações referentes as ambulâncias ....................................................................... 54 
Atividade proposta .......................................................................................................... 56 
Referências ....................................................................................................................... 57 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 58 
Chaves de resposta .............................................................................................................. 62 
Aula 6: Queimaduras ........................................................................................................... 64 
Introdução ........................................................................................................................ 64 
Conteúdo .......................................................................................................................... 64 
Queimadura ...................................................................................................................... 64 
Os sinais e sintomas das vítimas de queimadura ...................................................... 65 
Atividade proposta .......................................................................................................... 70 
Referências ....................................................................................................................... 71 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 72 
Chaves de resposta .............................................................................................................. 76 
Conteudista ......................................................................................................................... 78 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 3 
A disciplina de emergência em Saúde do trabalhador aborda os temas que são 
frequentes nos cenários de trabalho em indústrias, fábricas e em diversos locais 
em que há riscos ocupacionais seja pela operação de máquinas ou por aspectos 
relacionados ao ambiente e a manipulação de produtos de diferentes naturezas. 
Nesta disciplina você verá como se deve atender às pessoas vítimas e 
acidentes, de infarto do coração, de queimaduras. Saberá ainda como se 
comportar quando estiver fazendo o socorro a estas vítimas e como proceder 
ao transporte delas para as unidades de atendimento de emergência. Seja na 
própria unidade ou em um hospitala propriamente dito. 
Estes temas vão ajudar você, não apenas a atender aos seus colegas durante o 
período de trabalho de maneira segura, mas também a reconhecer eventos de 
risco ao desenvolver sua atividade. 
Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 
1. Apresentar os sinais e sintomas de diferentes situações que podem 
ocorrer em ambientes de trabalho. 
2. Explicar as técnicas utilizadas para o atendimento de Emergência no 
ambiente de trabalho. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 4 
Introdução 
Nesta aula, vamos apresentar, de maneira abrangente, como é uma situação 
de emergência e de que maneira a pessoa que fará o socorro deve se 
comportar. 
Você verá como é feita a abordagem das diferentes e frequentes situações de 
emergência relacionadas ao ambiente de trabalho, tais como pressão arterial 
elevada, manifestada por sintomas de órgão-alvo, as crises asmáticas 
provocadas por poeira, mas, também, pela aspersão de produtos químicos em 
caso de vazamento. Veremos também como resolver inicialmente um 
envenenamento.Além disso, explicaremos quais os medicamentos utilizados para cada caso 
específico e que ações eles fazem no organismo para reverter o quadro 
apresentado. 
Também apresentaremos as ações que podem ser implementadas por uma 
pessoa que presencia uma parada cardíaca e o que deve ser feito até que o 
serviço especializado de saúde chegue ao local de atendimento. 
Aprenda quais procedimentos podem ser realizados em ambientes de trabalho 
antes do atendimento hospitalar. 
 
Objetivo: 
1. Apresentar os sinais e sintomas de diferentes situações que podem ocorrer 
em ambientes de trabalho; 
2. Explicar as técnicas utilizadas para o atendimento de emergência. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 5 
Conteúdo 
A emergência 
O termo emergência está diretamente relacionado a uma situação de risco 
iminente à vida; ou seja, se a situação em que o paciente se encontra não for 
rapidamente resolvida por meio de uma intervenção médica imediata, este 
pode vir a morrer em decorrência dos sintomas apresentados. 
O Conselho Federal de Medicina, em sua resolução CFM nº 1451, de 
10/03/1995, define emergência como “constatação de agravo à saúde que 
implique em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, 
tratamento imediato”. 
 
A emergência 
 
O termo emergência está diretamente relacionado a uma situação de risco 
iminente à vida; ou seja, se a situação em que o paciente se encontra não for 
rapidamente resolvida por meio de uma intervenção médica imediata, este 
pode vir a morrer em decorrência dos sintomas apresentados. 
O Conselho Federal de Medicina, em sua resolução CFM nº 1451, de 
10/03/1995, define emergência como “constatação de agravo à saúde que 
implique em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, 
tratamento imediato”. 
 
Urgência 
 
Vamos então fazer uma ligeira comparação entre urgências e emergências. 
Acompanhe: 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 6 
 
 
Pode-se ainda relacionar o termo emergência a situações que envolvam 
acidentes e violências. Estamos vivendo em cidades cada vez mais populosas, e 
a circulação de pessoas e de carros é um fator muito evidenciado no cotidiano 
destas metrópoles. 
 
Os acidentes com carros e motos são corriqueiros e envolvem situações de 
exposição do corpo ao risco de fraturas, entre outras lesões, que podem colocar 
as pessoas em risco à vida. Os acidentes de trânsito são a segunda maior causa 
de morte no Brasil, principalmente entre jovens. 
 
Nas emergências, os pacientes experimentam sintomas de início imediato 
(súbito), que não são percebidos por eles ao longo do tempo; além disso, os 
enfermos não sabem como descrevê-los por se tratar de algo que nunca 
sentiram antes. 
Alguns pacientes relatam que são coisas estranhas e que não entendem como 
acontecem. Eles só conseguem dizer que aconteceu de repente e que não têm 
explicação. Isso se dá pelo fato de os pacientes apresentarem sintomas que 
não são conhecidos por eles e, às vezes, envolver áreas do corpo que nunca 
foram afetadas antes por dores ou qualquer outro problema. 
 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 7 
Emergência 
 
Diante do que acabamos de ver, podemos afirmar que a emergência é uma 
situação em que os pacientes apresentam os sintomas de maneira rápida e 
intensa, e que o fator tempo deve ser levado a sério para que o paciente seja 
atendido com segurança, enquanto que, na urgência, a relação de tempo é 
maior e não há risco iminente à vida. 
As situações que envolvem emergências estão diretamente relacionadas aos 
órgãos do corpo que são importantes à vida, tais como o coração, os pulmões e 
o cérebro. 
 
São alguns exemplos de situações de emergência envolvendo esses órgãos: 
 
 Infarto (IAM): quando o paciente sente uma dor em pressão no centro 
do peito. 
 Dispneia: quando o paciente sente falta de ar e não consegue respirar 
satisfatoriamente. 
 Acidente Vascular Cerebral (AVC): quando o paciente não consegue 
controlar os músculos de braços, pernas e, às vezes, da face. 
 
Eventos cardiológicos 
 
Os eventos cardiológicos são frequentes em cenários de emergência, chegando 
a constituir a terceira causa mundial de mortes entre adultos. A seguir, 
elencamos alguns desses eventos. 
 
 As síndromes coronarianas são caracterizadas por algum grau de oclusão 
da artéria coronariana. O desenvolvimento começa com uma ruptura da 
erosão da placa. São fatores de doença cardíaca: histórico familiar, 
obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão, entre outros. 
A dor torácica decorre da oclusão da artéria coronária ou da progressão 
do trombo com consequente oclusão, obstruindo o fluxo sanguíneo. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 8 
Necessariamente, há um desequilíbrio no fluxo sanguíneo e, com isso, o 
suprimento do miocárdico fica comprometido em relação ao aporte de 
oxigênio oferecido a ele. 
 
 De acordo com o estado do vaso sanguíneo e do percentual de oclusão, 
o paciente pode experimentar sensações diferentes. No caso de uma 
obstrução parcial em vaso calibroso, por exemplo, o paciente 
experimenta a dor torácica anginosa, que pode cessar com o repouso 
(angina estável). Em casos de obstruções parciais em vasos de menor 
calibre, além da dor, o paciente apresenta alterações na estrutura 
miocárdica (infarto não Q). 
 
 Os sintomas clássicos no caso de dor torácica coronariana são a 
opressão torácica (angina pectoris), queimação e irradiação para 
membros superiores, mandíbula e pescoço. No entanto, nunca deixe de 
pesquisar a dor torácica em pacientes sabidamente diabéticos e, 
também, com queixas mal definidas. Nesses casos, os pacientes podem 
relatar sintomas inespecíficos, tais como fadiga, falta de ar, sudorese, 
ansiedade, náuseas, vômito, entre outros. 
 
 Caso a pessoa ao seu lado no trabalho apresente alguns desses 
sintomas, é importante mantê-la em repouso para que o trabalho 
cardíaco seja reduzido, e o sangue possa circular com maior facilidade; 
em seguida, chame o serviço de saúde especializado. No hospital, serão 
solicitados exames que permitirão avaliar o dano causado ao músculo do 
coração. 
 
Envenenamento 
 
A questão dos envenenamentos, que chamaremos de intoxicações, é sempre 
dúbia em ambientes de trabalho, pois, em termos gerais, pressupõe-se que não 
há por que haver uma ingestão acidental de produtos durante o trabalho. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 9 
Nesse sentido, ainda que elas ocorram, é preciso sempre identificar que tipo 
material foi ingerido ou, ainda, se entrou em contato com a pele da pessoa. 
 
As intoxicações exógenas acontecem pelos mais variados motivos e produzem 
efeitos diferentes conforme a substância que foi ingerida e pela via pela qual foi 
absorvida. 
 
Nesse sentido, é importante que o hospital para o qual o paciente foi 
encaminhado tenha o contato de algum centro de intoxicação da região para 
que eles informem o tratamento correto. Além disso, deve-se enviar, junto com 
o paciente, a embalagem do produto e, se for o caso, realizar a lavagem da 
área afetada com água em abundância, o que contribui para minimizar as 
lesões. Listamos as três intoxicações mais frequentes em ambientes de 
trabalho, que geram acidentes e situações de emergência: 
 
 
 
No caso da ingestão excessiva de álcool, o indivíduo experimenta a sensação de 
sonolência e agressividade, além de ter dificuldade de concentração e 
equilíbrio. Quanto à ingestão de cocaína, os efeitos são adversos aos do álcool, 
ou seja, a pessoa fica alerta, porém trêmula e com taquicardia. As pessoas que 
ingerem sedativos, assim como nos efeitos do álcool, ficam sonolentas, 
letárgicas e, até mesmo, desacordadas. 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 10 
Crise hipertensiva 
 
A crise hipertensiva é a condição clínica onde há aumento súbito da pressão 
arterial (PA), que é diagnosticada acima de 180 m.m.Hg depressão arterial 
sistólica (PAS), e de 120 m.m.Hg de pressão arterial diastólica (PAD), 
acompanhada de sintomas que poderão estar associados a um órgão-alvo e, 
por isso, serem de maior gravidade. Essa crise apresenta duas classificações 
gerais, que determinam a gravidade do evento e, portanto, a necessidade de 
intervenção prioritária. São elas: 
 
 A urgência hipertensiva, que, ao alcançar esses valores, faz com que o 
paciente manifeste sintomas de leves a moderados, tais como cefaleia, 
tontura e zumbido. 
 
 A emergência hipertensiva, que é expressa quando os sintomas, além de 
surgirem com maior intensidade, apresentam alterações na 
funcionalidade dos órgãos ditos alvos, tais com cérebro, coração e 
pulmão. Esses sintomas são considerados graves e estão relacionados à 
dispneia, dor precordial e coma. Em ambos os casos, os pacientes 
devem ser hospitalizados em unidade de tratamento intensivo e iniciar a 
terapia com o uso de anti-hipertensivos, betabloqueadores e 
anticoagulantes de ação imediata. Essas drogas deverão ser 
administradas sob rigoroso controle de infusão em bomba infusora, e a 
mensuração dos parâmetros pressóricos são importantes na avaliação do 
paciente. 
 
Os hipertensos sem adesão ao tratamento medicamentoso chegam a 40 % 
desses casos por diversas razões, como o custo da medicação, informação 
inadequada do paciente, uso de mais de uma droga, efeitos adversos, 
cronicidade da doença e ausência de sintomas específicos. As classes sociais 
menos favorecidas são responsáveis pela maior demanda de hipertensos nos 
serviços de urgência. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 11 
Hemorragias 
 
As hemorragias são condições de emergência em que há perda de sangue para 
o meio externo ao vaso sanguíneo. Ela pode ser interna ao corpo humano, 
quando fica restrita aos órgãos e aos vasos sanguíneos que o vascularizam. E 
poder ser uma hemorragia externa, quando o sangue é visualizado fora do 
corpo por meio de uma lesão cortante ou da comunicação de um órgão com o 
meio externo (ex.: estômago, traqueia). 
 
Além dessa classificação, as hemorragias são ainda diferenciadas conforme o 
tipo de vaso sanguíneo. Existem as hemorragias venosas, quando o 
sangramento é proveniente de veias, e hemorragia arterial, quando vazão de 
sangue é proveniente de artérias. 
 
A intensidade e as características dos sangramentos são também diferentes, 
conforme o seguinte quadro: 
 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 12 
Asma 
 
A asma é uma afecção respiratória permanente, que ataca as vias aéreas e é 
manifestada por uma reação exacerbada e edematosa das vias aéreas. Embora 
crônica, não é instalada, ou seja, manifesta-se de vez em quando por meio de 
crises asmáticas (conforme o ambiente e os fatores predisponentes) e atinge 
igualmente homens e mulheres. O tratamento da asma é muito demorado e, 
em geral, tem pouca adesão do doente. 
 
A pessoa apresenta edema de via aérea, produção excessiva de muco e 
deposição de colágeno (produto do metabolismo do sistema imunológico). No 
tecido respiratório, é pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células 
caliciformes, ou seja, o colágeno se deposita na membrana basal, dificultando a 
passagem do líquido intracelular, causando edema de via aérea. 
 
É preciso reduzir esse edema de alguma forma, pois, com o colágeno, a 
membrana fica mais rígida, causando maior dificuldade na transferência de 
líquido, o que diminui a osmolaridade (a permeabilidade da célula) e ocasiona 
coleção de líquido dentro da célula e, também, fora dela. Além disso, ocorre 
acúmulo de macrófagos e mastócitos para fazer fagocitose, e o produto da 
fagocitose eleva a infiltração de eosinófilos e neutrófilos. O brônquio, para 
compensar o edema, aumenta de tamanho e coloca a secreção para fora. Essa 
secreção, se estagnada, causa infecção. 
 
O início da crise asmática se dá por qualquer agente que produza irritação, 
como, por exemplo, a poeira, que, em cascata, produz irritação da mucosa e 
deposição de colágeno. Como uma resposta imunológica com células de defesa, 
o brônquio aumenta de tamanho e expele mais secreção para fora. O resultado 
do metabolismo da resposta inflamatória é a hipertrofia do brônquio, e o 
aumento da secreção é uma reação imunológica para expelir o organismo 
agressor ou a substância que desencadeou essa resposta. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 13 
Os sinais e sintomas apresentados pela pessoa, que podem ser observados em 
sua avaliação, são: dispneia, sibilos expiratórios (provocados pelo estreitamento 
do brônquio, obrigando a pessoa a fazer força para colocar o ar para fora), 
tosse, entre outros. 
 
Fatores desencadeantes da asma 
 
Além de saber quais sintomas as pessoas apresentam quando estão em crise, é 
preciso conhecer também o que os provoca. Diante disso, listamos alguns 
fatores desencadeantes da asma: 
 
• Refluxo gastroesofágico; 
• Doenças respiratórias infecciosas e inflamatórias; 
• Contato com fumantes (a fumaça é irritativa e diminui a competência dos 
pulmões); 
• Aumento de partículas de ozônio e óxidos sulfídrico e nítrico, causado pela 
poluição; 
• Exercício físico, devido ao ressecamento de via aérea. 
 
Assim como outras doenças, se a asma não for rapidamente tratada pode gerar 
complicações para todo o corpo, tais como a hipercapnia caracterizada pelo 
aumento da concentração de CO2, exaustão pelo esforço respiratório, Neste 
caso, pode ser necessária intubação para poupá-lo do esforço respiratório e 
evitar uma acidose respiratória pelo aumento de CO2. A pessoa nesta condição 
está em geral torporosa, muito cansado e o nível de consciência já está 
deprimindo. Em outras situações em que a pessoa tem dificuldade respiratória, 
porém não apresenta sinais de cansaço pode-se usar CPAP traduzido do inglês 
como pressão positiva contínua nas vias aéreas. A pessoa pode ainda ter 
agravada a concentração de oxigênio na corrente sanguínea e apresentar 
hipóxia por dificuldade de hematose. 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 14 
Asma tratamento 
 
O tratamento para a asma baseia-se em medicamentos que buscam atenuar os 
sintomas e corrigir as consequências da crise asmática. Abaixo, listamos 
algumas desses drogas que são comumente utilizadas em emergências. 
 
• Beta-adrenérgicos (ipratrópio e fenoterol): faz broncodilatação imediata; 
• Anticolinérgico (epinefrina): é a adrenalina subcutânea para broncodilatar e 
tirar da situação de hipoxemia; 
• Corticóide (hidrocortisona e metilpredinisolona): hormônio com ação 
broncodilatadora. São aplicados diretamente na corrente sanguínea e possuem 
dois tipos de ação: rápida com efeito curto, ou lenta com efeito prolongado. 
A escolha depende da condição da pessoa ao chegar à emergência e de quanto 
tempo a pessoa está em crise; 
• Metilxantinas (aminofilina): pouca ação durante a crise, mas com efeito 
duradouro na redução do broncoespasmo. 
Suporte básico de vida 
 
O suporte básico de vida é uma série de ações realizadas por uma pessoa que 
presencia um mal súbito em que a perda da consciência é o primeiro sinal de 
destaque. Essa sequência foi determinada há muito anos e passa por revisões 
periódicas em consenso com grandes estudos ao redor do mundo. O suporte 
básico de vida é representado pelas três primeiras letras do alfabeto, mas que 
tem um significado único no que diz respeito a atendimento de emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
Compressões Airway 
(via Aerea) 
Breathing 
(Ventilação) 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 15 
A letras, traduzidas do inglês, são: “A”, como vias aéreas; “B”, como ventilação; 
e “C”, como circulação. Aquele que socorre precisa saber que cada etapa é 
muito importante para a sobrevida da vítima de mal súbito. 
 
O funcionamento do suporte básico de vida 
 
A última atualização do protocolo de reanimação cardiopulmonar básica ocorreu 
em 2010e faz uma ressalva de que a compressão torácica deva ser iniciada 
mesmo que não se disponha de métodos adequados de ventilação. Nessa 
situação, as compressões, ao invés de obedecerem à relação de 30 
compressões para duas ventilações, deverão ocorrer em 2 minutos 
ininterruptamente, com frequência maior que 100 por minuto. 
 
Com a ajuda que foi solicitada anteriormente, espera-se que haja um 
desfibrilador automático ou semiautomático para que seja avaliado o ritmo, e o 
choque seja efetuado. O ritmo mais comum (85 % dos casos) é a fibrilação 
ventricular. Quanto antes for exercida a compressão torácica e o choque, 
menor o risco de lesão cerebral irreversível e de assistolia para o paciente. 
 
Fundamentalmente, o atendimento consiste no restabelecimento neurológico, 
cardiológico e pulmonar da pessoa que tem uma parada cardiorrespiratória. 
 
Para se iniciar o atendimento é preciso: 
1 – Determinar o nível de consciência da vítima e chamada por ajuda caso ela 
não responda. 
2 - Manter a permeabilidade das vias aéreas com a hiperextensão do pescoço e 
se não for presenciada a inconsciência com a proteção da coluna cervical 
elevando-se apenas a mandíbula e a observação da dinâmica torácica 
(respiração). 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 16 
3 - Ventilar artificialmente a pessoa com métodos de barreira caso a respiração 
espontânea não esteja presente ou a freqüência seja reduzida (respiração de 
resgate <8 irpm) com duas ventilações. 
4 - Avaliar se o paciente possui pulso carotídeo e não outro qualquer. Isto por 
que caso a pressão sistólica for baixa, a perfusão cerebral é mantida mesmo 
com um pulso fraco e lento nesta região. Se não for palpado qualquer pulso em 
10 segundos, iniciam-se as compressões torácicas com ritmo acelerado e com 5 
ciclos de compressões torácicas e ventilações (30:2). As compressões devem 
deprimir o tórax para que estes junto com a coluna possam exercer pressão 
sobre o coração e haja bombeamento do sangue. Interrupções nas 
compressões antes do término dos cinco ciclos são contraindicadas por 
reduzirem a pressão em válvula aórtica e consequentemente o débito cardíaco. 
A colocação do desfibrilador não deve interromper a compressão torácica e 
mesmo tendo sido deflagrado o choque, novo ciclo de compressões deve ser 
iniciado e completado para se checar o pulso e verificar se a pessoa retornou 
ao ritmo espontâneo. 
Com chegada da equipe de saúde especializada no atendimento às 
emergências serão instituídas medidas para a manutenção qualitativa da vida 
do paciente. A primeira delas é a intubação orotraqueal e concomitante acesso 
venoso. Neste acesso venoso serão infundidas drogas (adrenalina), além da 
reposição volêmica para o paciente. Uma vez feito isso novas avaliações são 
necessárias como exames de imagem para confirmar ou descartar hipóteses 
assim como, exames laboratoriais. 
 
Dor torácica 
 
Na admissão do paciente na sala de emergência, são solicitados exames para o 
rápido diagnóstico ou avaliação do dano já causado pelo sofrimento do 
miocárdico. Entre eles, está o eletrocardiograma, que não é definidor, 
isoladamente, para o diagnóstico de infarto. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 17 
Como dito anteriormente, esse exame deve ser realizado na admissão e, pelo 
menos, a cada quatro horas de intervalo em três séries. Isso porque o 
eletrocardiograma pode se manter inalterado nas primeiras 12 horas a partir da 
ocorrência da dor anginosa. 
 
Em relação a exames laboratoriais, como os marcadores de necrose miocárdica, 
que são importantes para a concreta definição do quadro de infarto do 
miocárdio. 
 
As creatinoquinases permitem a avaliação da injúria causada pela redução do 
fluxo sanguíneo (isquemia) ao músculo cardíaco. Assim como o 
eletrocardiograma, a alteração pode aparecer de imediato ou elevar-se com o 
tempo. 
 
A troponina deve ser colhida no caso de o paciente ter apresentado dor a 
quatro horas antes da admissão na emergência ou na segunda coleta da curva 
enzimática (marcadores cardíacos). É fundamental que se investigue o uso de 
medicamentos por via intramuscular e atividade física prévia. 
Outros exames diagnósticos podem ser efetuados em caráter de urgência se 
houver alteração eletrocardiográfica com menos de 12 horas do evento de dor. 
O cateterismo cardíaco avalia o estado das coronárias obstruídas quanto à 
percentual obstruído e ramo arterial afetado. 
Os medicamentos que serão utilizados no atendimento ao paciente com dor 
torácica visam o restabelecimento do fluxo sanguíneo à coronária e previnem 
os danos que podem ocorrer referente ao período em que o músculo ficou 
desprovido de oxigenação. São eles: 
 Nitratos – medicamento utilizado por via sublingual com o objetivo de 
dilatar as artérias coronárias. Pode ser utilizado até o máximo de 15 mg 
em três doses. 
 -bloqueadores – procura reduzir a carga de trabalho miocárdio e as 
demandas por oxigênio. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 18 
 Antiplaquetários - reduzem o risco da oclusão e da agregação de 
plaquetas ao trombo que obstrui a artéria. 
 Oxigênio – aumentar a oferta na corrente sanguínea 
 Nitroglicerina – quando administrada por via endovenosa, atua dilatando 
as artérias coronarianas e as veias (venodilatação). Com isso, além de 
aumentar o fluxo sanguíneo na artéria também reduz a pré-carga e, por 
conseguinte o trabalho cardíaco. Atenção aos valores sistólicos e a 
frequência cardíaca. 
 Morfina – alívio da dor, porém, com reflexos simpáticos. 
 Heparina – ativação do plasminogênio aumentando as chances de 
permeabilidade arterial. 
Após a realização de todos estes exames na sala de emergência é possível que 
a pessoa siga três caminhos diferentes. O primeiro é o tratamento clínico com a 
dosagem regular de marcadores cardíacos e o uso de medicamentos que 
melhoram a circulação sanguínea. O segundo caminho é a realização de 
cateterismo cardíaco em que por imagens radiológicas observa-se a localização 
da obstrução na artéria e se indicado faz-se uma intervenção para que seja 
desobstruída a artéria e a colocação de uma prótese (stent) e assim, manter as 
permeabilidade do fluxo sanguíneo. A terceira hipótese é a de que a pessoa 
precise fazer uma intervenção cirúrgica com a colocação de pontes desviando o 
fluxo sanguíneo na artéria comprometida pela obstrução. 
 
Crise hipertensiva 
Um dos motivos mais frequentes de admissão de pacientes hipertensos nos 
serviços de emergência é a elevação súbita da pressão arterial, e é, 
geralmente, quando a doença é descoberta. Durante a admissão do paciente na 
emergência ou na unidade de atendimento, deve-se: 
• Obter a história do paciente; 
• Realizar exame físico; 
• Aferir a pressão em ambos os braços; 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 19 
• Monitorar a pressão arterial, obtendo o controle de forma gradativa e segura; 
• Avaliar a intensidade e frequência de sinais e sintomas que caracterizem o 
quadro como emergência hipertensiva; 
• Administrar drogas por vias parenteral e oral; 
• Executar o tratamento. 
 
O tratamento para as crises hipertensivas é baseado na administração de 
medicamentos anti-hipertensivos, tais como os inibidores da E.C.A. por via oral, 
mas também pode ser feito com o uso de vasodilatadores potentes, como o 
nitroprussiato de sódio por via endovenosa e controle de infusão por 
bombeamento. 
 
Hemorragias internas 
 
Para o tratamento das hemorragias internas, o paciente deverá passar por 
procedimento cirúrgico para que os vasos lesionados sejam rafiados pelo 
cirurgião e, então, cesse o sangramento. Até que tal procedimento seja 
efetuado, o enfermeiro deverá avaliar e mensurar sinais vitais, principalmente 
aqueles relacionados à pressão arterial e à frequência cardíaca. 
 
A oxigenioterapia é indicada para suplementar a perda desse gás presente no 
sangue, que é perdido com o sangramento. Nos casosde hemorragias 
externas, o procedimento imediato deverá ser a contenção do sangramento 
com gazes e a realização de curativos compressivos até que a rafia da pele e, 
até mesmo, do vaso, se necessária, seja realizada pelo médico cirurgião. 
 
Atividade proposta 01 
 
Conforme estabelecido no atendimento à pessoa com dor torácica, o 
reconhecimento precoce dos sintomas aumentam as chances de sobrevida. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 20 
Chave de resposta: Como é possível reconhecer precocemente os sintomas 
da dor torácica coronariana, o aluno poderá responder que, a partir da 
definição clara dos sintomas apresentados pela pessoa, que caracterizam a dor 
torácica típica, é possível determinar o desenvolvimento do evento coronariano 
e a abordagem precisa ao caso. 
 
Atividade proposta 02 
 
Os envenenamentos são práticas comuns entre pessoas com distúrbios de 
ordem psíquica e emocional. Essas ações geram afastamentos do ambiente de 
trabalho e risco ao desenvolvimento das atividades laborais e do contato com 
outras pessoas. De que maneira o enfermeiro do trabalho deve conduzir esses 
casos de alteração psíquica no ambiente de trabalho? 
 
Chave de resposta: O aluno deverá expor que, ao atender ou identificar 
alguém com alteração de ordem psíquica, o enfermeiro deve encaminhar esta 
pessoa para tratamento adequado e afastá-la da atividade que exerce, 
principalmente se esta função causar risco direto ao trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 21 
Referências 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da unidade de 
emergência/Hospital São Rafael: Monte tabor. Ministério da Saúde. 10ª ed. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 
CALIL, A. M.; PARANHOS, W. Y. O. Enfermeiro e as situações de 
emergência. São Paulo: Atheneu, 2013. 
FORTES, J. I. Enfermagem em emergências. São Paulo: EPU, 2008. 
NASI, L. A. Rotinas em pronto-socorro. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 22 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Um dos sintomas clássicos que caracterizam a dor torácica de origem 
coronariana é: 
a) A dor em pontada no hemitórax direito. 
b) A dor em fisgada no hemitórax esquerdo. 
c) A dor opressiva em hemitórax direito. 
d) A dor opressiva em hemitórax esquerdo. 
e) A dor em fisgada em hemitórax esquerdo. 
Questão 2 
De que maneira os nitratos atuam no tratamento da dor torácica coronoariana? 
a) Dilatando as artérias. 
b) Reduzindo a carga de trabalho miocárdio e as demandas por oxigênio. 
c) Reduzindo o risco da oclusão e da agregação de plaquetas ao trombo 
que obstrui a artéria. 
d) Alíviando da dor, porém, com reflexos simpáticos. 
e) Dissolvendo os coágulos para restabelecer o fluxo sanguíneo. 
Questão 3 
Os sintomas que definem a crise hipertensiva como uma emergência 
hipertensiva são: 
a) Cefaleia e vômito. 
b) Cefaleia e tontura. 
c) Cefaleia e dor abdominal. 
d) Cefaleia e diarreia. 
e) Cefaleia e mioclonia. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 23 
Questão 4 
De que maneira reage o brônquio diante de uma condição de irritabilidade 
exógena inflamatória? 
a) Com tosse secretiva. 
b) Com a contração de seus músculos e tosse secretiva. 
c) Com o aumento da frequência cardíaca e tosse secretiva. 
d) Com a hiperinsuflação pulmonar e contração de seus músculos. 
e) Com a tosse secretiva e edema. 
Questão 5 
O suporte básico de vida é uma cadeia de atitudes tomadas pelos socorristas 
para que a pessoa com um mal súbito seja atendida de maneira rápida e 
eficiente. Com isso, ela é preconizada em uma sequência representada por qual 
conjunto de letras? 
a) ABC 
b) CAB 
c) BCA 
d) CBA 
e) BAC 
Questão 6 
O suporte básico de vida sofreu modificações no ano de 2010. Dentre elas, está 
a sequência de atendimento quanto às ventilações e compressões torácicas. 
Diante disso, assinale abaixo a alternativa que corresponde ao preconizado pela 
Associação Americana do Coração como a relação correta entre ventilações e 
compressões torácicas. 
a) 15:2 com dispositivo de barreira 
b) 2:15 com dispositivo de barreira 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 24 
c) 2:30 com dispositivo de barreira 
d) 30:2 com dispositivo de barreira 
e) 30:15 com dispositivo de barreira 
Questão 7 
Como deve ser posicionado no leito um paciente que apresenta ruídos 
respiratórios adventícios e que tem histórico recente de infecção pulmonar e 
asma? 
a) Em fowler 
b) Em posição supina 
c) Em posição sentada 
d) Em posição de ancoragem 
e) Em posição lateral sentado 
Questão 8 
As hemorragias podem ser classificadas quanto ao tipo de vaso comprometido. 
Nesse sentido, algumas diferenças são identificadas quanto a este 
sangramento. No caso de hemorragias arteriais, como o sangue é evidenciado? 
a) Em jato e escuro. 
b) Em jato e claro. 
c) Derramando sobre a pele e claro. 
d) Derramando sobre a pele e escuro. 
e) Enegrecido e com pontas escuras sobre a lesão. 
Questão 9 
Em pacientes que sofrem intoxicação ou envenenamento, a sondagem 
nasogástrica serve para que resíduos/substâncias do veneno fiquem em contato 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 25 
com a mucosa gástrica por um tempo menor. Sendo assim, a técnica de 
sondagem nasogástrica é contraindicada quando: 
a) O paciente está inconsciente para que não broncoaspire. 
b) Quando o paciente está acordado para que não retire. 
c) Quando a substância é alcalina. 
d) Quando a substância é cáustica. 
e) Quando a substância é desconhecida. 
Questão 10 
Na condução do paciente com dor torácica, o enfermeiro tem a autonomia para 
realizar um eletrocardiograma até que o médico trace uma conduta para o 
tratamento dele. Dessa forma, o que o enfermeiro deve fazer antes de iniciar os 
procedimentos de atendimento do paciente com vistas a trazer segurança e 
minimizar os efeitos da isquemia cardíaca? 
a) Colocá-lo em repouso e aguardar. 
b) Administrar medicamentos que são padronizados para esse tratamento. 
c) Realizar um exame de sangue antecipando o pedido médico, já que se 
trata de rotina. 
d) Posicionar o paciente confortavelmente com oxigênio sob máscara. 
e) Posicionar o paciente à frente da fila de atendimento, priorizando sua 
consulta m 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 26 
Questão 1 - D 
Justificativa: Dentre as queixas apresentadas pelos pacientes, a dor opressiva 
em hemitórax esquerdo é a caracterização definida pela Associação Americana 
do Coração como aquela que representa a isquemia do músculo cardíaco. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: Os nitratos são substâncias vasodilatadoras coronarianas, que, 
além de favorecerem a circulação sanguínea, também reduzem a pré-carga 
circulatória. No entanto, não podem ser administrados se a PAS estiver abaixo 
de 100 m.m.hg. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: Dentre todos esses sintomas, a associação da cefaleia com vômito 
refere-se ao aumento da pressão intracraniana, que sugere redução do fluxo 
sanguíneo para o cérebro e possibilidade de áreas isquêmicas. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: Ao ser invadido por algum tipo de alergênico, o trato respiratório 
procura expulsar aquilo que o está irritando e, com isso, contrai os músculos 
brônquicos, impedindo a progressão do invasor e forçando a tosse para que ele 
seja expelido. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: As compressões cardíacas não devem ser retardadas quando a 
pessoa não responde ao comando verbal ou quando não mexe o tórax. Assim a 
letra “C”, referente à compressão, seguida da letra “B”, de ventilação 
(breathing, em inglês), e a letra “A”, de via aérea, formam a sequência 
preconizada pela Associação Americana do Coração. 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 27 
Questão 6 - C 
Justificativa: Nesta questão, há um detalhe: ela propõe que as ventilações 
ocorram antes da compressão torácica; por isso, a relação inverte-se.Questão 7 - E 
Justificativa: A vantagem de posicionar o paciente sentado no leito em posição 
lateral permite aumentar não somente a ventilação pulmonar do paciente, 
como dá segurança a ele, minimizando o risco de quedas. Uma terceira 
vantagem é a redução do trabalho cardíaco em caso de congestão pulmonar. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Em virtude de ser um sangue oxigenado, a sua coloração 
apresenta-se vermelho-claro e, por estar em uma artéria em que este sangue 
circula sobre pressão, ele é evidenciado em jato. 
 
Questão 9 - D 
Justificativa: A sondagem nasogástrica é contraindicada quando a substância 
ingerida é cáustica, visto que pode agravar a lesão provocada pela ingestão e, 
também, pelo trauma da própria sonda introduzida no esôfago, ação que causa 
fístulas. 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: O posicionamento no leito, reduzindo o trabalho cardíaco, e a 
suplantação de oxigênio garantem um atendimento competente e adequado. 
No entanto, nada impede que o médico seja alertado sobre a urgência do 
atendimento caso o paciente apresente, além da dor, uma frequência cardíaca 
anormal. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 28 
Introdução 
Nesta aula vamos ver como deve ser feito o atendimento a uma pessoa que foi 
vítima de um acidente por queda, acidente de trânsito ou ainda pelo trauma de 
uma estrutura sobre o corpo. Discutiremos em breves palavras quais conceitos 
da física estão relacionadas a esses eventos. 
Apresentaremos ainda as regras internacionais utilizadas para o atendimento ao 
paciente politraumatizado de maneira segura para a pessoa acometida pelo 
trauma. 
Descreveremos as técnicas usadas na imobilização da região cervical, como se 
faz uma ventilação artificial utilizando equipamentos específicos para este fim e 
também como é feito o exame físico do politraumatizado. 
 
Objetivo: 
1. Apresentar os sinais e sintomas de diferentes situações que podem ocorrer 
em ambientes de trabalho com um politraumatizado; 
2. Explicar as técnicas utilizadas para o atendimento de emergência ao 
politraumatizado. 
Conteúdo 
O trauma 
O trauma pode ser entendido de diversas maneiras. Se formos procurar seu 
significado em um dicionário da língua portuguesa veremos que pode significar 
uma condição psicológica por uma experiência negativa, como a morte de um 
animal de estimação, ou também o choque entre duas estruturas, tais como a 
cabeça que bate contra a bola ou uma parede. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 29 
Nestes exemplos a palavra trauma está associada a uma circunstância em que 
a partir de um evento qualquer, seja ele emocional ou físico, ficou uma 
lembrança ou uma experiência negativa sobre algo. 
 
O trauma e as leis da física 
 
Quando falarmos em trauma nesta aula, estaremos nos referindo a uma 
situação em que houve a transferência de energia entre dois corpos ou dois 
sistemas, mesmo que eles não tenham entrado em contato um com o outro. O 
trauma é estudado a partir de leis da física que buscam explicar a dinâmica das 
lesões. A primeira lei que vamos estudar é lei da inércia. Essa lei é bastante 
interessante, pois todas as vezes em que estamos no ônibus, por exemplo, ela 
acontece sem que percebamos. 
 
Já percebeu que todas as vezes que o ônibus sai do ponto acelerando para 
frente, o seu corpo é projetado para trás? Já? 
Então você percebeu que está acontecendo uma transferência de energia entre 
o solo e você, ou seja, o ônibus e você, quando estão parados no ponto. 
Quando o ônibus começa a acelerar, o seu corpo ainda está parado e só depois 
de um tempo é que você começa a acelerar e ter a mesma velocidade do 
ônibus, do mesmo jeito que tinha quando o ônibus estava no ponto. 
 
Já a segunda lei que contribui para a ocorrência de lesões decorrente do 
trauma é a lei de aceleração das massas. 
Neste caso ela se aplica quando os objetos estão sofrendo aceleração. Essa 
aceleração faz o impacto de um objeto sobre o outro produzir lesões que serão 
proporcionais à velocidade desse objeto, ou seja, mesmo que um objeto seja 
leve, quando está acelerado o impacto dele sobre outra estrutura pode produzir 
grandes estragos. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 30 
A próxima lei que está envolvida nas lesões produzidas pelo trauma é a lei de 
ação e reação. Essa lei diz que quando uma força age sobre um corpo, esse 
corpo devolve a mesma força em intensidade e em sentido contrário. 
Essa lei é mais fácil de entender. Um carro colide contra um poste e carro fica 
amassado, significa dizer que a força devolvida pelo poste e fez o carro 
amassar é maior do que a intensidade que o ferro do carro pode resistir. 
 
E por fim, as duas outras leis que contribuem ocorrência de lesões traumáticas 
são a lei de conservação de energia, à qual diz que na natureza energia não 
se perde, não se cria, mas se transforma. 
E a energia cinética, que é a energia relacionada com o estado de movimento 
de um corpo. Portanto, todos os corpos em movimento geram energia entre si. 
 
 
Atenção 
 Sobre o que se pode aprender sobre o trauma, ainda, é que a 
repercussão que a ação dessas leis da física tem sobre a pessoa 
que sofre um acidente é sistêmica, ou seja, ocorre em todo o 
corpo e não apenas na região do corpo em que houve o choque. 
A energia é transferida por propagação. 
 
Diferentes tipos de trauma 
 
Embora tenhamos dito que o trauma tem uma repercussão sistêmica, para falar 
dos diferentes tipos de trauma precisaremos dividi-los conforme os sistemas. 
Mas, em hipótese nenhuma quer dizer que, uma vez ocorrido o trauma, 
diferentes regiões do corpo e diferentes órgãos não possam sofrer 
consequências. Veja a seguir: 
 
Trauma cranioencefálico: é a condição em que o cérebro colide contra o 
crânio e o paciente pode sofrer sérias consequências para sua condição de 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 31 
saúde. A primeira condição alterada é o nível de consciência, ou seja, o 
paciente pode ficar confuso, não falar corretamente, aparentar lentidão do 
pensamento, entre outros sintomas. Neste caso uma breve observação da 
pessoa que sofreu uma queda e bateu coma cabeça bastaria para que pudesse 
ser levada ao hospital com segurança e com calma. 
 
Já na situação de a cabeça bater com maior intensidade ou quando há um 
golpe muito severo como um chicote em que a cabeça é jogada para trás e 
para frente tal como na foto abaixo. A pessoa pode sofrer m séria lesão que 
provocará um sangramento interno na cabeça e assim agravar a condição da 
pessoa. 
Quanto ao nível de consciência este será sempre avaliado com uma escala 
chamada Escala de Coma de Glasgow que busca identificar três principais 
elementos desta avaliação do nível de consciência e da função do cérebro. São 
elas a abertura ocular, a resposta verbal do paciente e a resposta motora. 
 
É possível ainda que associado ao trauma crânio encefálico o paciente 
apresente um trauma na face. Esta situação traz à necessidade de se avaliar 
mais criteriosamente o uso de sonda nasogástricas ou de se fazer a aspiração 
da via aérea com sondas flexíveis. 
 
Isso por que há a possibilidade de que com o trauma da face, ossos 
importantes que dividem o crânio e a face sejam fraturados abrindo uma fenda 
e permitindo a passagem desta sonda para o cérebro no momento da 
introdução delas no nariz. A esta caso chamamos de encefalização e é uma 
condição grave e de risco para o paciente. 
Nos casos de suspeita de fratura ou de fratura de ossos da face confirmados 
não se deve introduzir nenhum tipo sonda através das narinas. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 32 
Trauma raquimedular: neste tipo de trauma a coluna vertebral é que é 
lesionada. Desta forma, o funcionamento de órgão e o movimento dos braços e 
pernas podem ficar comprometidos se a coluna, por qualquer razão, for 
lesionada. 
Dentro dos ossos que formam a coluna vertebral existe uma espécie de canal 
poronde passa a medula espinhal, e é ela que transmite ao corpo todo as 
informações mandadas pelo cérebro para executarmos os movimentos e o 
restante do funcionamento dos diferentes órgãos. Se não existir a transmissão 
dessa informação não realizamos nenhuma das tarefas do dia a dia, como 
andar, comer entre, outras atividades. 
 
 
Atenção 
 A lesão na medula decorrente do trauma pode ocorrer de duas 
maneiras: lesão medular incompleta ou lesão medular completa: 
• Lesão medular incompleta - nesta situação o trauma 
produziu uma lesão sobre a medula espinhal, porém, a pessoa 
ainda guarda algum movimento dos braços ou pernas. 
• Lesão medular completa - neste caso a lesão é completa, 
ou seja, a medula espinhal se rompeu e a pessoa não mais 
consegue realizar movimentos com os braços e pernas, além de 
outras funções dos órgãos ficarem comprometidas. 
 
Trauma torácico: é uma das consequências mais graves quando a pessoa 
sofre um trauma. No tórax estão localizados órgãos importantes como o 
pulmão, responsável pela respiração, e o coração responsável pelo 
bombeamento do sangue. Devido à importância destes dois órgãos o risco de 
morte é maior quando um deles ou ambos são atingidos. 
Dividiremos, conforme os órgãos, os tipos de lesões mais graves. No pulmão as 
lesões podem ser o pneumotórax, o hemotórax, a contusão torácica, e no 
coração pode ocorrer a contusão cardíaca. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 33 
 
Atenção 
 • Pneumotórax – por definição, significa o acúmulo de ar 
dentro do tórax. O ar deveria ficar apenas dentro dos pulmões, 
mas devido ao trauma tem a sua estrutura rompida e o ar acaba 
sendo coletado no tórax. 
• Hemotórax – significa que o trauma provocou uma lesão que 
sangrou e esse sangue ficou coletado também no tórax. 
• Contusão torácica – nesta situação o trauma sobre o tórax 
foi tão intenso que a parede do tórax pressionou o pulmão e fez 
uma lesão sobre o tecido deste. Com o tempo e a evolução do 
paciente essa lesão pode produzir redução da capacidade do 
pulmão de trocar o oxigênio (gás que respiramos) pelo gás 
carbônico (gás que colocamos para fora ao final da respiração), 
ou seja, fazer a hematose. 
• Contusão cardíaca - Essa situação é semelhante à contusão 
torácica, pois a intensidade do trauma faz com que a parede do 
tórax pressione o coração. Podem ocorrer dois problemas: o 
tamponamento cardíaco e a arritmia cardíaca. 
 
Trauma abdominal: assim como o trauma de tórax tem um risco de morte 
elevado e por isso merece bastante atenção quando na história do trauma 
houver indício de que ele sofre um trauma. 
Na avaliação inicial do paciente é importante levar em consideração os sinais e 
os sintomas que ele apresenta. Esses sinais e sintomas podem levar a suspeita 
de que haja uma hemorragia dentro do abdômen e isso significa uma condição 
de gravidade e risco de morte. 
O sinal, frequentemente identificado nos paciente que tem sangramento dentro 
do abdômen, é a rigidez da barriga ao toque e distensão abdominal e o sintoma 
é de dor quando o abdômen é palpado. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 34 
Traumas musculoesqueléticos: são aqueles que acometem a musculatura 
dos membros superiores e inferiores. Podem provocar desde fraturas nos ossos 
até a separação entre as partes do corpo. 
As lesões são classificadas em incompletas, quando não lesionam 
completamente o músculo ou o osso, e completas, quando os rompem 
totalmente. A segunda classificação das lesões músculoesqueléticas ocorre 
quando parte do osso fraturado é exteriorizado, sendo denominada de fratura 
exposta, ou seja, ele fica para fora do corpo da pessoa. Caso não haja a 
perfuração da pele pelo osso a fratura é considerada interna. 
Existe ainda possibilidade de amputação traumática quando o membro que 
sofre o trauma é separado do restante do corpo, quando a transferência de 
energia do trauma é muito intensa. 
 
Análise dos diferentes tipos de traumas 
 
Os diferentes tipos de trauma apresentam sintomas que são correlatos, pois a 
dinâmica do trauma não é localizada e sim, sistêmica. Portanto, mesmo que um 
paciente tenha o trauma localizado pode haver repercussões em outros 
sistemas e a avaliação precisar ser global independente do efeito observado de 
imediato. Veja: 
 
Trauma cranioencefálico 
No trauma cranioencefálico a Letra A é avaliada conforme o nível de 
consciência da vítima. Em geral a permeabilidade das vias aéreas em traumas 
cranioencefálicos importantes geram a queda da língua e por isso a obstrução 
das vias aéreas. 
A Letra B é tratada conforme o que há na permeabilidade das vias aéreas. Se o 
paciente estiver com uma respiração ruidosa ele será entubado para que a 
respiração artificial seja instituída. 
Na sequência, a Letra C se refere à circulação sanguínea, o sangramento 
precisará ser tratado, mas até lá o paciente precisará receber oxigênio em uma 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 35 
máscara e ter sua via aérea protegida para evitar ficar sem respirar 
adequadamente. 
 
 
Atenção 
 A cabeça deverá ser imobilizada com a prancha longa e o colar 
cervical e o contentor lateral de cabeça. Para atender a Letra D, 
o paciente que foi inicialmente avaliado primariamente com a 
regra AVDI (Alerta – responde a estímulo Verbal – responde a 
estímulo Doloroso e Irresponsivo) é agora avaliado com a escala 
de coma de Glasgow por completo. 
Já na letra E o politraumatizado terá o couro cabeludo 
tricotomizado ou exposto em caso de curativos compressivos 
para que se evidencie outras lesões existentes. O paciente 
poderá receber medicamentos que reduzem a pressão que o 
sangramento faz na cabeça, chamados diuréticos osmóticos. 
Além disso, precisará ser mantido em observação rigorosa de 
seus sinais vitais para assim ser conduzido com segurança. 
 
Trauma raquimedular 
No atendimento inicial e até se confirmar a existência ou inexistência de uma 
fratura na coluna vertebral ou na medula espinhal o paciente deverá ser 
mantido imobilizado com a prancha longa, o colar cervical e o contentor lateral 
de cabeça. 
O tratamento médico para os casos de trauma raquimedular, além da 
imobilização, inclui o uso de medicamentos que contribuem para a redução do 
inchaço (edema) do canal medular, chamados corticoides (dexametasona). 
Esses medicamentos são administrados no paciente pela veia e o volume da 
administração deverá ser controlado. 
Em alguns casos é necessário um procedimento cirúrgico para a fixação do 
pescoço da pessoa que sofre um trauma desse tipo e a recuperação é lenta e 
gradativa. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 36 
 
Trauma de tórax 
Nos casos de Pneumotórax e hemotórax é necessário a drenagem tanto do ar 
quanto do sangue que irão sair por esse dreno para que o pulmão volte a 
expandir e a respiração seja normalizada. Aqui o enfermeiro, além de separar o 
material estéril para ao procedimento, auxilia o médico durante a inserção do 
tubo no tórax e também mensurando o débito de líquido coletado no dreno de 
tórax em selo d’água. 
 
Trauma abdominal 
Quando existe a suspeita do sangramento pelo fato desses sintomas 
aparecerem o paciente precisa realizar uma tomografia abdominal que revelará 
ou não a presença de sangue. Outro exame que pode ser feito é a 
ultrassonografia, que também permite identificar líquidos anormais dentro do 
abdômen. 
Uma vez detectado o sangue, o paciente obrigatoriamente é submetido à 
procedimento cirúrgico para a contenção do sangramento ou em alguns casos a 
retirada de algum órgão abdominal muito danificado pela lesão traumática. 
 
Trauma músculo esquelético 
Os pacientes que sofrem fraturas nos ossos e articulações decorrentes da 
liberação de energia do trauma precisam ser imobilizados com talas específicas 
para essa ação, pois mantêm o alinhamento ósseo e preservam a circulação 
sanguínea e a função motora do segmento. 
Após a realização e uma radiografiao paciente pode ser submetido à 
imobilização plena com calha gessada ou outros dispositivos também feitos com 
gesso, mas em decorrência da lesão poderão, antes disso, serem submetidos à 
ato cirúrgico para fiação das partes fraturadas, principalmente se ocorrerem 
fraturas em diferentes pontos de um mesmo segmento ósseo, as fraturas 
múltiplas. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 37 
Atividade proposta 01 
 
Diante da repercussão que o trauma traz à sociedade, como essa doença pode 
interferir na dinâmica de trabalho de uma empresa de transporte? 
 
Chave de resposta: Você deverá apresentar as implicações do afastamento 
do profissional de transporte para a sustentabilidade do negócio. Precisará 
abordar aspectos econômicos, de reabilitação e de funcionalidade da empresa 
em virtude do afastamento por acidentes de trânsito. 
 
Reposição volêmica 
 
Esta é uma ação inerente a qualquer evento traumático. O paciente tem dois 
acessos venosos puncionados bilateralmente e com dispositivos calibrosos para 
que seja realizada a reposição volêmica, principalmente nos casos em que a 
perda de sangue é significativa. Para esses casos inicia-se a infusão de solução 
cristaloide obedecendo ao critério de determinar o volume correspondente à 
proporcionalidade de 20 ml para da cada kg da pessoa. 
 
Essa infusão é feita em duas etapas de igual volume, porém com velocidades 
de infusão relacionadas aos parâmetros fisiológicos de pressão arterial e 
saturação de oxigênio circulante. Concomitante a isso, pode-se infundir outra 
solução denominada coloide, que mantém o líquido dentro do vaso sanguíneo. 
Assim que possível a reposição de volume deve ser iniciada com concentrado 
de hemácias preferencialmente do tipo sanguíneo da vítima. 
 
 
 
A cada momento é importante a investigação de lesões adicionais para que se 
identifique sangramentos não observados na avaliação inicial. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 38 
Atividade proposta 02 
O traumatismo raquimedular pode deixar sequelas irreversíveis. Como isso 
afeta o profissional em início de carreira? 
 
Chave de resposta: Você deverá ter descrito de que forma o trauma afeta o 
profissional e entendido que é possível realocar esse profissional nas 
empresas. Deverá, ainda, ter citado exemplos de atividades relacionadas à 
formação da pessoa em que ele possa ser realocado e desenvolver sua 
cidadania e empregabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 39 
Referências 
CALIL, A.M.; PARANHOS, W.Y. O Enfermeiro e as situações de 
emergência. São Paulo: Atheneu, 2007. 
ESTRAN, N.V.B. (Coord.); MACHADO, C.S. (Org.) Sala de emergência: 
emergências clínicas e traumáticas. Porto Alegre: UFRGS, 2003. 
FERNANDES, Ronald T. P. Protocolo de cuidados contínuos de 
enfermagem a politraumatizados na sala de emergência: um 
instrumento para o cuidar/cuidados em enfermagem de emergência. Curitiba: 
Editora CRV, 2013. 97 p. 
FERNANDES, Ronald T.P.; FERNANDES, Vladimir C. In: SANTORO, D. C. et al. 
Cuidados de enfermagem em terapia intensiva – recomendações. Rio 
de Janeiro: Ed. Águia Dourada.2008. cap. 1. 
MORTON, Patrícia G.; FONTAINE, Dorrie K. Fundamentos dos cuidados 
críticos de enfermagem: uma abordagem holística. 1. ed. Rio de janeiro: 
GBK, 2014. 
OMAN, K. et al. Segredos em enfermagem de emergência. Porto Alegre: 
Artmed, 2003. 
TASHIRO, M.T.O. Assistência de enfermagem em ortopedia e 
traumatologia. São Paulo: Atheneu, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 40 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 
O atendimento ao politraumatizado está restrito àqueles casos em que: I. o 
indivíduo teve uma das partes do seu corpo em contato com um agente que 
causou o dano. II. a lesão é primária, secundária ou terciária ao evento causal. 
III. o evento causal em nada tem haver com as lesões apresentadas pelo 
paciente. Está correta a alternativa: 
a) I e II 
b) I e III 
c) Apenas a I 
d) Apenas a II 
e) Apenas a III 
Questão 2 
Nos traumas abdominais existe a possibilidade de sangramentos de grande 
vulto, e, por isso, é uma região muito importante de ser avaliada na abordagem 
inicial ao politraumatizado. Além da dor, que outros sintomas são indicativos de 
sangramento intra-abdominal? 
a) Rigidez abdominal e defesa à palpação 
b) Rigidez abdominal e equimose 
c) Rigidez abdominal e lesão abrasiva 
d) Rigidez abdominal e sinal de Murphy positivo 
e) Rigidez abdominal e Laseg positivo 
 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 41 
Questão 3 
Na escala de Coma de Glasgow são avaliados três parâmetros para que seja 
determinada a condição neurológica do paciente. Entre eles está a melhor 
resposta ocular apresentada pelo paciente, que quando estimulado ao comando 
verbal, recebe a seguinte quantidade de pontos: 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
Questão 4 
O Pneumotórax é uma condição em que o indivíduo tem ar coletado na 
cavidade torácica. Entre os sintomas referidos pelo paciente estão: 
a) Dor torácica e sudorese 
b) Dor torácica e dispneia 
c) Dor torácica e sialorreia 
d) Dor torácica e hiperventilação 
e) Dor torácica e cefaleia 
Questão 5 
A reposição volêmica serve para manter e corrigir a perfusão sanguínea nos 
órgãos, em caso de sangramentos de grande vulto. Essa reposição é feita a 
partir de uma fórmula em que são infundidos em duas etapas 20 ml solução 
cristaloide multiplicada pelo peso do paciente. Assim, um paciente que tem 100 
kg recebe cerca de 2000 ml de solução por via endovenosa. O que pode ocorrer 
com o paciente se a quantidade de volume for superior ao que foi calculado por 
negligência de um profissional que não controlou o que já foi infundido no 
paciente? 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 42 
a) Desmaiar devido ao volume excessivo. 
b) Infartar o coração devido ao volume excessivo. 
c) Hemoconcentrar o sangue devido ao volume excessivo. 
d) Hemodiluir o sangue devido ao volume excessivo. 
Questão 6 
Na abordagem ao politraumatizado, o paciente deve ser mobilizado de que 
maneira para reduzir as chances de uma segunda lesão ao evento causal? 
a) Pelas pernas 
b) Em decúbito 
c) Em bloco 
d) Em pronação 
e) Em elevação com os braços sob o paciente 
Questão 7 
Na metodologia do Colégio Americano de Cirurgiões, que preconiza um 
atendimento hierarquizado e organizado ao trauma, a sequência de letras 
traduz a facilidade com que se deve seguir esta metodologia. Portanto, o 
conhecimento de cada uma delas e seus respectivos significados faz diferença 
na eficiência e agilidade do atendimento. Assim, o significado e a sequência das 
letras que representam a metodologia tem a seguinte ordem: 
a) A: permeabilidade de vias aéreas, C: circulação, B: ventilação, D: 
avaliação neurológica e E: exposição da vítima. 
b) A: permeabilidade de vias aéreas, E: exposição da vítima, C: circulação, 
B: ventilação e D: avaliação neurológica. 
c) A: permeabilidade de vias aéreas, D: avaliação neurológica, E: exposição 
da vítima, B: ventilação e C: circulação. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 43 
d) A: permeabilidade de vias aéreas, C: circulação, D: avaliação 
neurológica, E: exposição da vítima e B: ventilação. 
e) A: permeabilidade de vias aéreas, B: ventilação, C: circulação, D: 
avaliação neurológica, E: exposição da vítima. 
Questão 8 
Os exames realizados no trauma abdominal servem para que a imagem mostre 
o local e a intensidade do sangramento, mas em situações em que a tomografia 
ou o ultrassom abdominal é impossível de se realizar, outro método 
investigativo serve como parâmetro para confirmar a presença de sangue na 
cavidade abdominal. Que método é este: 
a) Paracentese 
b) Toracocentese 
c) Aminiocentese 
d) Lavado peritoneal dialítico 
e) Broncoscopia 
Questão 9 
Os diagnósticos de Enfermagem relacionados a fraturas expostas que devem 
ser observadospela enfermagem durante o atendimento ao politraumatizado 
são: 
a) Dor e isolamento social temporário 
b) Dor e risco de infecção 
c) Dor e medo de perda do membro afetado 
d) Dor e luto antecipatório 
e) Dor e restrição do seu papel social 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 44 
Questão 10 
No caso de trauma raquimedular, o paciente experimenta a perda de 
movimento e da sensibilidade a partir das lesões do canal medular e das 
vértebras. Essas lesões também podem comprometer o correto funcionamento 
de outros sistemas pela interrupção da transmissão dos impulsos elétricos 
através da medula espinhal. Um desses sistemas é o cardiovascular em que 
podem ocorrer bradicardia sinusais súbitas. No trauma, se o paciente 
apresentar uma alteração no padrão pressórico, o enfermeiro deve 
imediatamente suspeitar que esse evento tem como causa: 
a) Arritmias 
b) Hipotensão 
c) Bradisfigmia 
d) Bloqueios atrioventriculares 
e) Hemorragias 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 45 
 
Questão 1 - D 
Justificativa: Nos eventos traumáticos, as lesões decorrentes da transferência 
de energia podem ocorrer no momento da transferência, após a transferência 
da energia pela lesão em vasos sanguíneos, por exemplo, e também após, em 
virtude das consequências destas lesões, tais como infecções e isquemias. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: A rigidez abdominal sugere a coleção de líquido na cavidade 
abdominal que em virtude do trauma pode ser um sinal de sangramento. A 
defesa é outra condição que sugere a irritação do peritônio. 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: Nessa avaliação o paciente recebe 4 pontos se tem a abertura 
ocular espontânea, 3 pontos se a resposta for ao comando verbal, 2 pontos se 
a abertura ocular ocorrer com estímulo de dor e 1 ponto quando não há 
resposta ocular alguma. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: A dor torácica é um sintoma referido pelo paciente que possui um 
pneumotórax, mesmo quando o pneumotórax não é causado por trauma. E a 
dispneia é um reflexo pela condição ventilatória do paciente que fica 
subitamente reduzida à metade. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: Infusões volumosas podem alterar a relação entre o volume 
sanguíneo e a quantidade de hemácias circulantes. É importante lembrar que 
as hemácias são os elementos sanguíneos que carregam a hemoglobina que se 
liga ao oxigênio para nutrir os tecidos. Se essa proporção estiver em desalinho 
os tecidos receberão oxigenação menor. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 46 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: A movimentação em bloco impede que as articulações trabalhem e 
sobrecarreguem partes lesionadas do corpo e mobilize os órgãos internamente. 
 
Questão 7 - E 
Justificativa: A sequência preconizada pelo Colégio Americano de Cirurgiões é a 
ABCDE, o que confere uma memorização e aplicação ordenada e hierarquizada 
em que uma etapa só pode ser avançado com o cumprimento e resolução da 
anterior. 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: Embora a paracentese e a aminiocentese sejam procedimentos 
com realizados com punção abdominal, é o lavado peritoneal dialítico que 
permite a infusão de certa quantidade de volume na cavidade abdominal para 
que seja investigado o quantitativo de hemácia no peritônio. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: Embora todos os diagnósticos apresentados possam estar 
relacionados à uma fratura exposta como evento, no caso do atendimento ao 
politraumatizado o enfermeiro precisa observar as condições evolutivas da dor 
do paciente e também os riscos para o desenvolvimento de infecções. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: Todas estas alterações circulatórias são relevantes para o paciente 
com trauma raquimedular. No entanto, na alteração no padrão pressórico deve 
ser primeiro investigado se há relação com sangramentos. 
 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 47 
Introdução 
Nesta aula você verá os critérios utilizados para o transporte de pacientes 
dentro e fora de uma unidade hospitalar. 
 Apresentaremos os materiais usados na imobilização e no transporte 
propriamente dito de pessoas que se acidentam ou que precisam ser 
deslocadas dentro do hospital para a realização de exames complementares. 
Conversaremos também sobre os equipamentos utilizados no transporte de 
pacientes por meio terrestre, aquático e aéreo e suas características 
específicas. Embarque neste aula para saber mais sobre o transporte de 
paciente com segurança. 
 
Objetivo: 
1. Conhecer os aspectos funcionais e de infraestrutura para o transporte de 
acidentados em ambientes de trabalho; 
2. Analisar os métodos e as técnicas utilizadas no transporte de acidentados. 
 
Conteúdo 
Os materiais usados em transporte 
Assim como não é possível atender aos pacientes sem profissionais de saúde 
qualificados e muito bem treinados, não será possível também que o 
atendimento de emergência seja eficiente e seguro, se não houver os materiais 
necessários para oferecer tanto ao profissional de saúde que atende quanto ao 
paciente que é atendido essa eficiência e segurança. 
 
Portanto, é preciso que as unidades de atendimento a urgências e emergências 
sejam equipadas com os materiais de atendimento de qualidade e em 
quantidade suficiente à demanda dos atendimentos. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 48 
Esses equipamentos são diversos em tamanho e em funcionalidade, por isso, 
separamos para mostrar a você aqueles que são utilizados com maior 
frequência em cenários de urgência e emergência e também outros que, 
embora não sejam tão comuns, são importantes serem conhecidos para 
aprofundar a sua formação. 
Colar cervical 
 
É um instrumento que deve ser utilizado sempre quando há a suspeita de 
algum problema na coluna,seja esse problema provocado por uma queda, 
acidentes de caro ou moto, ou ainda provocado por brigas entre duas ou mais 
pessoas. O colar cervical existe em 4 tamanhos. São eles: 
 
• O Infantil, identificado pela sigla “PP” e também por uma tarja de cor branca; 
• O pequeno(P), que tem uma tarja de cor azul; 
• O médio (M), que tem uma tarja laranja; 
• O grande (G), identificado por uma tarja de cor verde. 
 
Essas cores são uniformes no mundo inteiro, ou seja, onde quer que você 
venha a atender um paciente no mundo essas cores serão iguais em relação ao 
tamanho dos colares. 
A prancha longa 
 
O próximo equipamento usado em atendimentos é a prancha longa para 
imobilização. 
Ela é uma prancha feita em compensado naval, que é um tipo de madeira 
especial, mais resistente e que flutua por algum tempo mesmo com peso sobre 
ela. Possui orifícios por onde passam fitas para segurar o paciente sobre ela e 
trilhos para poder escorregar sobre o chão. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 49 
Algumas dessas pranchas não são feitas de madeira, mas de fibra de carbono, 
que são mais resistentes e duram mais tempo. Em sua maioria as pranchas 
longas de imobilização suportam um peso de 250 a 350 kg. 
 
As pranchas longas servem não só para a imobilização dos pacientes, mas 
também para que sejam transportados. Tem aproximadamente 1,80 m de 
comprimento e 0,45 m de largura por 0,10 m de altura. Na parte inferior 
existem trilhos que facilitam o deslizamento da prancha por superfícies e 
também impedem que as mãos sejam posicionadas incorretamente para o 
transporte. O paciente é colocado sobre ela com um movimento em bloco de 
modo a não instabilizar a coluna dorsal. 
 
Colete de imobilização dorsal 
 
O terceiro equipamento é o colete de imobilização dorsal. Esse equipamento 
é particularmente especial, pois, além de imobilizar o paciente, ele também 
permite que se retire a vítima de locais de difícil manejo, como por exemplo, 
carros, ônibus e outros lugares muito apertados. 
 
A técnica usada para retirar uma pessoa de dentro de um carro, por exemplo, 
chama-se extricação e compreende a imobilização de uma vítima para que ela 
seja retiradade um lugar do qual não pode ou não deve sair por meios 
próprios. 
É um equipamento que envolve o paciente e imobiliza tanto a parte do pescoço 
quanto das costas e da pelve. Além disso, se for usado ao contrário, de ponta-
cabeça, pode também imobilizar as pernas no caso de um osso da perna 
quebrado. 
 
Maca de transporte 
A maca de atendimento é um equipamento que serve tanto para transportar o 
paciente dentro de uma ambulância como para fora dela de maneira segura e 
rápida. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 50 
Possui quatro rodas é feita de alumínio, metal que dura bastante e muito 
resistente. 
É articulada, ou seja, pode ser abaixada no chão facilitando o posicionamento 
do paciente sobre ela. Colocada dentro da ambulância, as rodas ficam presas a 
ela para conduzir o paciente ao hospital. Pode ainda adquirir a posição em que 
o paciente fique sentado durante o transporte. Precisam de grades para a 
proteção do paciente contra quedas. 
 
 
Atenção 
 Diferentes tipos de transporte de pacientes 
O transporte dos pacientes é um momento de grande 
preocupação. Todo transporte, por mais rápido e planejado que 
seja, traz risco para o paciente e requer bastante atenção aos 
detalhes do profissional que o realiza. Os transportes de 
pacientes podem ser feitos de diversas maneiras. 
Primeiro vamos falar dos transportes terrestres feitos por 
ambulâncias, as quais são classificadas em diversos tipos. Você 
pode encontrar as diferentes classificações na Lei nº GM/MS 
2048/2002, assim como os demais tipos de ambulâncias, sejam 
marítimas ou aéreas. 
 
Ambulâncias terrestres 
 
As ambulâncias terrestres são equipamentos de transporte que levam os 
pacientes da cena em que ocorre o sinistro até a unidade hospitalar que fará o 
atendimento definitivo da vítima. 
 
1 - Em seu interior é preciso que haja um dispositivo, chamado inversor, que 
permite que as baterias dos equipamentos sejam mantidas com carga e possam 
funcionar durante a transferência no interior das unidades de saúde. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 51 
2 - Dentro delas existem os equipamentos necessários à manutenção da vida 
da pessoa que passa por uma situação de urgência e emergência. Entre os 
equipamentos estão a maca, que já mencionamos anteriormente, assim como a 
prancha longa, colares cervicais e o colete de imobilização dorsal. 
 
3 - Existem ainda dentro da ambulância equipamentos que permitem avaliar 
periodicamente os sinais vitais dos pacientes e poder observar se ele está 
mantendo esses sinais dentro dos padrões de normalidade. 
 
Ambulâncias marítimas 
 
O segundo tipo de transporte é o marítimo, feito por meio de lanchas de médio 
porte e que atuam principalmente em transportes para locais de onde os 
pacientes não podem sair por meio terrestre, tais como ilhas. Não haverá 
diferença entre as ambulâncias terrestres ou marítimas em virtude do tipo de 
equipamento que cada uma possui em seu interior. O tipo de ambulância é 
mantido conforme a necessidade do paciente. 
 
Ambulâncias aéreas 
 
A última maneira de se transportar os pacientes em situação de urgência e 
emergência em cenários pré-hospitalares é através de helicópteros ou aviões. 
Esses dois tipos de transportes são usados em situações de grandes distâncias 
ou quando o local em que o paciente se encontra tem o transporte facilitado 
com o uso de um desses meios, como por exemplo, os helicópteros em 
situações em que o paciente está no meio de uma floresta ou no alto de uma 
montanha. 
Para se transportar os pacientes em um desses dois tipos de ambulância é 
necessária a preparação prévia dos pacientes quanto à segurança, não só do 
próprio paciente, que pode ficar nervoso pelo fato de estar voando, como 
também da própria tripulação, que pode se colocar em perigo, pela ansiedade 
do paciente. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 52 
 
O transporte dentro do hospital 
 
No transporte intra-hospitalar o paciente precisa ser também preparado para 
que ele ocorra de maneira rápida e segura. Uma das ações importantes é 
certificar-se de que o local para onde vai o paciente está preparado para 
recebê-lo. 
Por exemplo, se o paciente estiver usando oxigênio e for para um setor de 
exames é importante saber se neste setor há saídas de oxigênio para continuar 
ofertando a ele durante o exame, caso contrário um cilindro de oxigênio para 
transporte deve ser providenciado. 
 
Uma maleta de transporte é também um instrumento útil de se utilizar durante 
a transferência intersetorial no interior do hospital. Nesta maleta devem conter 
medicamentos, tais como antiarrítmicos, sedativos, antieméticos e analgésicos. 
Os insumos para a administração destes medicamentos também devem compor 
a lista de materiais disponíveis. Sondas de aspiração de vias aéreas e demais 
materiais que conforme a gravidade do paciente ou peculiaridade possam 
compor esta maleta. Nunca se sabe que tipo de intercorrência ele pode 
apresentar. Pode ser um enjoo, uma obstrução do tubo orotraqueal por 
secreção, enfim, uma série de circunstâncias. 
 
Um segundo ponto que é considerado como importante é que o paciente seja a 
todo o momento acompanhado de uma profissional de enfermagem conforme a 
complexidade de seu caso. 
Quanto mais complexo o paciente em termos de gravidade da doença e de 
instabilidade hemodinâmica ou uso de drogas que interfiram na hemodinâmica, 
mais importante a presença do enfermeiro para avaliar a condição do paciente 
durante todo o transporte. Se possível a presença do médico é também 
importante, principalmente em casos de transferências entre setores e 
principalmente se estes setores forem terapias intensivas ou cardio-intensivas. 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 53 
 
Por fim, o setor para o qual o paciente está sendo levado precisa estar ciente 
de que irá recebê-lo. Não só para que esteja preparado para tal coisa, como 
também haja a disponibilidade de pessoas para admiti-lo corretamente e de 
forma segura. 
Métodos e as técnicas utilizadas no transporte de acidentados 
 
Vejamos algumas explicações quanto aos métodos e as técnicas utilizadas no 
transporte de acidentados: 
 
Colar cervical 
O colar cervical deve ser posicionado no pescoço do paciente sem que haja 
muito movimento dessa região para colocá-lo. Afinal, você não sabe se existe 
alguma fratura ou qualquer lesão no pescoço do paciente. Um dos profissionais 
estabiliza a cervical com as mãos e o outro posiciona o colar evitando a 
movimentação do pescoço. O colar tem aberturas que servem para que se 
mantenha a visualização de todo o pescoço, mesmo com ele imobilizado. 
 
Prancha longa 
A prancha longa deve ser utilizada para a imobilização, mas também para o 
transporte dos pacientes quando precisam ser retirados de locais difíceis de se 
alcançar. Eles podem então ser içados por cordas presas à prancha para que 
desçam em segurança. De maneira geral o paciente é preso à prancha longa 
com o corpo retificado ao longo dela e a cabeça é posicionada em alinhamento 
com a prancha assim, como o restante do corpo. O formato triangular da 
prancha favorece esse alinhamento em que a cabeça fica na parte mais larga e 
os pés na parte mais estreita. Caso não seja possível o posicionamento do 
paciente alinhado na prancha, ele poderá ser transportado, desde que contido 
adequadamente em qualquer posição que esteja. Isso serve para condições em 
que o alinhamento do paciente traz riscos ou provoca o aumento da dor. 
 
 
 EMERGÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 54 
Colete de imobilização dorsal 
Este é colete usado para a retirada de pessoas de locais de onde elas não 
podem ou não devem sair por meios próprios. Além disso, ele serve também 
para imobilizar outros segmentos do corpo, como por exemplo, as pernas. 
Ele deve ser colocado ao redor da região que será feita a imobilização e as tiras 
de fixação presas aos seus respectivos encaixes,

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