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REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

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Camila Shelly de V. Ramos 
 
REAÇÕES 
TRANSFUSIONAIS 
 
-Os riscos não infecciosos da transfusão são 100 a 
1000 vezes maiores que os riscos infecciosos 
-59% das transfusões de hemácias foram 
consideradas inapropriadas 
↳Em que muitas das transfusões nem eram 
necessárias 
-As reações transfusionais não estão 
determinadas a um determinado local ou serviço 
-Qual o hemocomponente mais correlacionada a 
aumento do risco de reações transfusionais? 
↳Plaquetas 
*menor período de conservação 
*guardado na temperatura ambiente -> mais 
possibilidade de contaminação bacteriana 
*maior capacidade de desenvolvimento de 
anticorpos e antígenos leucocitário -> devido a 
utilização em mais de um doador (doses 
múltiplas) #daí a importância da retirada de 
leucócitos na transfusão de plaquetas 
-Quanto a incompatibilidade sanguínea 
↳81,6% das vezes a reação transfusional poderia 
ter sido evitada 
-No Brasil 
↳Aumento da notificação de reações 
transfusionais -> mesmo assim o número ainda é 
inferior se comparado com o n° de transfusões 
realizadas 
↳São mais notificadas reações transfusionais 
relacionadas a hemácias -> subnotificação das 
reações transfusionais relacionadas a plaquetas 
↳1 a 5 reações por 1000 transfusões realizadas 
• O QUE É REAÇÃO 
TRANSFUSIONAL? 
-Efeito ou resposta não desejada associada com 
administração de sangue ou hemocomponente 
-Pode ser resultado de: 
↳Incidente do ciclo do sangue 
Ex: Assepsia inadequada da fossa cubital, 
conservação da bolsa em temperatura 
inadequada, triagem não coerente 
↳Interação entre o receptor e o 
hemocomponente transfundido 
Ex: Kell negativo recebendo de Kell positivo 
depois de sensibilizado 
OBS:A NOTIFICAÇÃO DA REAÇÃO 
TRANSFUSIONAL É OBRIGATÓRIA! 
 
-Quais reações devem ser notificadas? 
 
• CLASSIFICAÇÃO DAS 
REAÇÕESTRANSFUSIONAIS 
→QUANTO AO TEMPO 
✓ IMEDIATA 
-Quando a reação transfusional ocorre durante a 
transfusão ou até 24 horas após o início 
✓ TARDIA 
-Quando a reação transfusional ocorre após 24 
horas do início da transfusão 
 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
→QUANTO A GRAVIDADE 
 
✓ GRAU 1 – LEVE 
✓ GRAU 2 – MODERADO 
✓ GRAU 3 – GRAVE 
✓ GRAU 4 – ÓBITO 
-Se houver a notificação de uma RT grau 4 -> 
visita obrigatória da vigilância sanitária ao local 
de realização 
→QUANTO À CORRELAÇÃO COM A 
TRANSFUSÃO 
 
✓ CONFIRMADA 
✓ PROVÁVEL 
✓ IMPROVÁVEL 
✓ DESCARTADA 
✓ INCONCLUSIVA 
• SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS 
A REAÇÕES TRANSFUSIONAIS 
-Qualquer mudança clínica aguda no paciente 
que está sendo submetido a hemotransfusão 
pode ser considerada uma reação 
-Febre 
-Dispnéia 
-Hipotensão 
-Prurido 
• TIPOS DE REAÇÕES 
TRANSFUSIONAIS 
→REAÇÃO FEBRIL NÃO HEMOLÓTICA 
(RFNH) 
-Reação imediata mais comum 
-Incidência varia dependendo do 
hemocomponente da transfusão 
↳0,5% (concentrado de hemácias) 
↳30% (concentrado de plaquetas) 
-Mais comum em: 
↳Pacientes multíparas 
↳Paciente politransfundidos 
*devido ao anticorpo anti-HLA 
-Quando desconfiar de uma RFNH? 
↳Sinais e sintomas 
*temperatura >=38°C e elevação de >=1°C da 
temperatura corporal/basal 
#importante medir a temperatura do paciente 
antes da realização da transfusão -> detectar 
temperatura basal -> identificar variações após 
transfusão 
*tremores/calafrios 
*mal-estar 
-Fisiopatologia 
1)Paciente com anticorpo anti-HLA (antígeno 
leucocitário humano) 
-Mais comum em multíparas ou politransfundidos 
-> maior exposição a anticorpos de outras 
pessoas 
2)Ataque dos anticorpos do paciente aos 
antígenos do sangue (leucócitos do doador) 
recebido 
-Reação antígeno x anticorpo 
3)Estimulação de macrófagos -> liberação de 
interleucinas -> febre 
 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
OBS:CASO A DOAÇÃO FOR DE 
PLAQUETAS 
-Plaquetas são armazenadas em temperatura 
ambiente -> destruição de leucócitos ainda 
dentro da bolsa -> formação de interleucinas 
ainda dentro da bolsa -> reação transfusional 
pode ser independente da presença de 
anticorpos do receptor, pois já houve formação 
de interleucinas ainda dentro da bolsa 
OBS:QUAL A IMPORTÂNCIA DA 
DESLEUCOTIZAÇÃO DO SANGUE? 
-Diminui a reação a curto e a longo prazo 
-Diagnóstico clínico 
↳De exclusão 
*não faz descoberta de diagnóstico imediata -> 
necessita de investigação 
-Conduta 
↳Suspender a transfusão 
↳Não reinfundir o hemocomponente 
-Tratamento sintomático 
↳Antitérmico 
↳Meperidina 
-Prevenção 
↳Leucorredução dos hemocomponentes 
→CONTAMINAÇÃO BACTERIANA 
-Risco 50-250 vezes maior que a contaminação 
por vírus 
-Maior incidência na transfusão de plaquetas (3x 
maior do que a da transfusão de hemácias) 
↳Devido a temperatura de armazenamento em 
que a bolsa é mantida -> temperatura ambiente 
-Quais bactérias podem estar envolvidas? 
↳Predominância de gram-positivos -> bactéria da 
flora normal da pele do doador 
Ex: Staphylococcus aureus, Staphylococcus 
epidermidis, Micrococcus sp., Corynebacterium 
sp., and Bacillus sp 
#daí a importância da hemovigilância e correta 
assepsia da fossa cubital 
↳Menor associação com gram-negativos -> 
bacteremia transitória do doador 
Ex: Yersinia enterocolitica, Pseudomonas 
fluorescens, Escherichia coli, Enterobacter 
aerogenes, and Salmonella sp. 
#se o paciente for no dentista só pode doar com 
72h -> devido a possibilidade de presença de 
bactérias transitórias 
-Quando ocorre o aparecimento de sintomas? 
↳Ocorre durante a transfusão (82-31%) #maioria 
dos casos #RT imediata 
↳Até 3h após a transfusão (18-5%) #RT imediata 
↳1-15 dias após transfusão (0-11%) 
-Principais sintomas 
↳Hipotensão, febre (eleva até 2°C + 
acompanhada de mudança da PA + acontece no 
começo da infusão), calafrios, náuseas/vômitos, 
dispnéia, diarréia 
-Complicações possíveis 
↳Choque, oligúria, CIVD, morte durante a 
transfusão 
-Como evitar contaminação bacteriana? 
 
-Tratamento 
↳Antibioticoterapia agressiva de largo espectro 
↳Cristalóides e vasopressores (dopamina) para 
manter o volume -> tratamento do choque 
→REAÇÃO HEMOLÍTICA AGUDA 
-Está relacionada a erro 
↳Bolsa errada no paciente errado -> 
incompatibilidade imunológica -> hemólise 
intravascular 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
-A incompatibilidade pode ser: 
↳Sistema ABO -> anticorpos naturais (IgM) -> 
hemólise intra-vascular 
↳Sistema Rh -> anticorpos imunes (IgG) -> 
hemólise extra-vascular 
#dependendo do tipo de anticorpo envolvido -> 
hemólise maior ou menor 
-O que acontece na RHA? 
↳Febre alta/calafrios 
↳Dor no local da infusão 
↳Dor lombar/torácica 
↳Dor abdominal 
↳Hipotensão grave -> devido a vasodilatação 
(aumento da permeabilidade capilar) 
↳Destruição de hemácias -> hemoglobinúria + 
aumento da bilirrubina + coagulopatia de 
consumo (sangramento) 
↳Sensação de morte iminente 
↳Sangramento -> devido a ativação do fator X da 
coagulação (???) 
↳Insuficiência renal aguda -> vasodilatação -> 
diminuição do fluxo urinário 
#quanto mais sangue incompatível transfundido 
no paciente = maior RHA 
 
-Quais são as repercussões laboratoriais? 
↳TAD + = teste de coombs direto 
positivo 
 
 
 
-Qual a conduta a ser adotada? 
↳Interromper transfusão 
↳Manter acesso venoso 
↳Conferir dados da bolsa e do paciente 
↳Hidratação vigorosa -> 100mL/h (18 a 24h) -> 
evitar insuficiência renal 
*estimular diurese 
*manter PA 
↳Enviar bolsa e amostrar para agência 
transfusional -> repetir testes 
-Diagnóstico diferencial 
↳Contaminação bacteriana 
↳Hemólise não-imune/RFNHA 
-Prevenção 
↳Atenção e cuidado 
↳Monitorar sinais vitais/queixas 
↳Infusão lenta dos 50 mL iniciais #15 gotas/min 
-A maior incidência de RHA está relacionada com 
a coleta e administração inapropriada do sangue 
 
→REAÇÃO ALÉRGICA 
-Ocorre devido a reação de antígeno x anticorpo 
com proteínas plasmáticas 
-Variam em gravidade:Camila Shelly de V. Ramos 
 
✓ MANIFESTAÇÃO DE URTICÁRIA 
-A reação alérgica mais comum: 
manifestação de urticária (1/250 unidades 
transfundidas) 
*pode estar associada a transfusão de plaquetas, 
plasma, crioprecipitado (pode ocorrer na 
transfusão de hemácias = incomum) 
↳Pode chegar a 5-6% -> em crianças que recebem 
transfusões de plaquetas 
↳Gravidade de intensidade leve 
↳Etiologia 
*paciente possui uma IgE contra alguma proteína 
plasmática do doador 
*doador possui anticorpo contra antígeno do 
paciente -> transferência passiva de alérgenos 
↳Fisiopatologia 
*Reação do antígeno x anticorpo -> aumento de 
substâncias vasoativas -> aumento da 
permeabilidade vascular -> choque 
↳Sintomas cutâneos 
*prurido generalizado 
*urticária 
*ruborização 
*angioedema 
#pode ocorrer edema de glote 
↳Sintomas respiratórios 
*Vias aéreas superiores: rouquidão, estridor 
*Vias aéreas inferiores: sibilos, broncoespasmo 
*Dispnéia 
*Cianose 
*Ansiedade 
↳Conduta/tratamento 
*Interromper a transfusão 
a maioria das reações pode cessar após a 
interrupção da transfusão sem necessitar de 
tratamento 
*Anti-hitamínico e antitérmico 
#é possível continuar a infusão com o mesmo 
componente após avaliação médica -> única 
reação em que isso é possível***** 
↳Prevenção: 
*Após uma reação -> fazer anti-histamínico antes 
da próxima transfusão 
*Lavar componentes (hemácias, plaquetas) -> 
retirada de todo o plasma 
*Usar anti-histamínico e considerar corticóides se 
houver recorrência 
✓ REAÇÃO ANAFILÁTICA 
-1/20.000 a 1/47.000 unidades transfundidas 
-Paciente com deficiência de IgA 
↳Desenvolve anticorpo anti-IgA (pode ser IgG ou 
IgE) 
-Anticorpos contra haptoglobina ou C4 
-Início súbito após infusão de 10 a 15 ml 
-Sintomas 
↳Gastrointestinais = náuseas, vômitos, cólicas 
abdominais e diarreia 
↳Rubor, calafrios, edema de glote 
↳Hipertensão transitória seguida de hipotensão 
profunda -> perda de consciência, choque, óbito 
-Conduta 
↳Interromper transfusão 
↳Tratar a hipotensão e dispneia -> epinefrina, 
aminofilia e corticóides 
↳Manter o paciente na posição de trendelenburg 
 
↳Não reiniciar a transfusão -> nunca reinfundir o 
mesmo hemocomponente 
↳Pesquisar IgA e anti-IgA no paciente 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
↳Selecionar bolsas compatíveis entre doadores e 
familiares 
*na falta de bolsas com antígeno IgA negativo -> 
utilizar hemácias lavadas 
↳Pré-medicação: anti-histamínicos e/ou 
corticoides 
→REAÇÃO HIPOTENSIVA 
-Associada a 
↳Paciente em uso de inibidores da ECA 
↳Paciente com filtro de leucócitos durante a 
transfusão 
-Caracterizada por 
↳Queda de pelo menos 10mmHg na PA + quadro 
de ansiedade, mal estar, sudorese + sem febre 
↳Melhora do quadro após os primeiros cuidados 
-É necessário excluir outras causas de hipotensão 
relacionadas a contaminação bacteriana, TRALI e 
reação hemolítica 
-Conduta 
↳Interromper imediatamente a transfusão 
↳Manter na posição de trendelenburg 
↳Infundir solução fisiológica -> aumentar PA 
*se após 30min da ocorrência da reação e das 
condutar tomadas -> paciente não apresentar 
melhor -> investigar outras causas de hipotensão 
arterial 
↳Deve-se evitar filtros de remoção de leucócitos 
à beira do leito para pacientes com história de 
reação hipotensiva 
↳Investigar histórias de uso de medicamentos 
inibidores da ECA em pacientes transfundidos 
→TRALI (INJÚRIA PULMONAR 
AGUDA RELACIONADA A 
TRANSFUSÃO) 
-Associada na maioria dos casos (70%) a: 
↳Anticorpos anti-leucocitários no plasma do 
doador dirigidos contra antígenos do sistema HLA 
(classe I ou II) ou de granulócitos do receptor 
#mais comum 
*anticorpo (anti-HLA) na bolsa/doador contra o 
antígeno do receptor -> anticorpo ataca pulmão -
> causa multipermeabilidade capilar pulmonar -> 
pulmão do paciente enche de líquido -> síndrome 
de angústia respiratória (SARA) 
#doadores que tiverem anticorpo anti-HLA -> 
isolados -> não doar novamente 
↳Anticorpo do próprio paciente 
↳Não identificação de anticorpos nem do doador 
e nem do receptor 
-Principal sintomas 
↳Dispneia e cianose 
↳Febre 
↳Hipotensão moderada a severa 
#aproximadamente 80% dos pacientes 
apresentam melhora clínica e fisiológica em 48-
96h 
 
-Tratamento 
 
-Prevenção 
↳Leucorredução universal -> inibe a formação de 
anticorpos no sangue do doador 
↳Não usar plasma de mulheres (principalmente 
mulheres multíparas -> mais anticorpos) 
↳Diminuir n° de mulheres doando plaquetas por 
aférese 
Camila Shelly de V. Ramos 
 
→TACO (SOBRECARGA 
CIRCULATÓRIA ASSOCIADA A 
TRANSFUSÃO) 
#principal causa de morte em paciente associada 
a transfusões no mundo todo 
-Associada a 
↳Infusão rápida ou de grandes volumes 
-Maior vulnerabilidade de idosos e neonatos 
-Sinais de insuficiência cardíaca 
-Melhora do paciente com medidas de redução 
de volume 
↳Diuréticos, torniquetes, etc 
-Quadro clínico 
↳Edema pulmonar durante ou até 6h após 
transfusão + pelo menos 4 das características 
abaixo: 
 
→OUTRAS REAÇÕES IMEDIATAS 
-Hemólise não imune 
↳Transfusão de uma bolsa já hemolisada 
-Distúrbios metabólicos 
-Dor aguda relacionada a transfusão 
↳Dor torácica após a transfusão 
-Síndrome de hiperhemólise 
↳Pacientes com anemia falciforme 
 
 
 
 
 
OBS:SINAIS E SINTOMAS 
ASSOCIADOS À REAÇÃO 
TRANSFUSIONAL IMEDIATA******* 
 
OBS:O QUE FAZER NA SUSPEITA DE 
REAÇÃO TRANSFUSIONAL? ****** 
 
#não há realização de transfusão sem médico 
OBS:A RASTREABILIDADE DA 
TRANSFUSÃO É NECESSÁRIA E 
OBRIGATÓRIA

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