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Exame de Urina

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Exame de Urina 1
Exame de Urina
ANÁLISE FÍSICA DA URINA
Volume urinário: definir oligúria/poliúria, quantificar proteinúria, excreção de cálcio, sódio, ácido úrico, citrato, oxalato, creatinina e 
outros. 
A medida deve ser feita em um período de tempo definido, idealmente 24 horas. A variação do volume urinário deve ser entre 
0,46 e 2 mL/min ou 500-2.800 mL/dia. 
Alimentação, exercício físico, perspiração insensível, temperatura ambiente e quantidade de líquido ingerido interferem no volume 
urinário.
Cor e aspecto: normal é translúcido amarelo. Quando está muito concentrada ou possui pigmentos, fica mais alaranjada. Quando 
está mais avermelhada, hematúria. Superfície espumosa sugere proteinúria. 
- Alaranjada: urina concentrada, alimentos (cenoura), pigmentos biliares e fármacos (fenazopiridina, riboflavina) 
- Vermelha: hemácias, hemoglobina, mioglobina, porfirina, alimentos (beterraba) e fármacos (rifampicina) 
- Castanha: pigmentos biliares, hemoglobina, uroporfirina, mioglobina, fármacos (levodopa, metronidazol, nitrofurantoína) 
- Castanho-enegrecida: pigmentos biliares, melanina, porfirina, fármacos (metildopa) 
- Preta: alcaptonúria (doença hereditária, autossômica recessiva - deposição de ácido homogentísico) 
- Azul/verde: azul de metileno, infecção urinária por pseudomonas e drogas (cimetidina intravenosa) 
- Turva: piúria, fosfatúria, hiperoxalúria 
- Turva e leitosa: quilúria, piúria
pH 
- Alcalino: infecção urinária (estruvita), acidose tubular renal distal (tipo 1 - fosfato de cálcio) 
- Ácido: síndrome metabólica (ácido úrico)
Densidade e osmolalidade
ANÁLISE QUÍMICA DA URINA
Glicose: filtrada pelo glomérulo, reabsorvida nos tecidos contorcidos proximais (SGLY2 e SGLT1). Glicosúria ocorre quando a 
concentração sérica da glicose fica acima de 180 - 200 mg/dL. As glifozinas inibem o transportador SGLT2, causando glicosúria e 
tratanto indivíduos diabéticos.
Cetonas: geradas pelo metabolismo da gordura e não são encontradas na urina. Ceronúria está associada ao jejum prolongado, 
dietas pobres em carboidratos, cetoacidose diabética e pode ocorrer durante a gravidez.
Bilirrubina e urobilinogênio: bilirrubina conjugada é solúvel no soro e filtrada pelo glomérulo. Quando ocorre aumento sérico 
(icterícia obstrutiva ou lesão hepática parenquimatosa), passa a ser detectada na urina.
Nitritos: bactérias uropatogênicas Gram-negativas transformam nitratos em nitritos pela ação da enzima nitrato redutase. Teste 
positivo para nitrito indica a presença dessas bactérias na urina em mais de 10.000 mL.
Esterase leucocitária: liberada por neutrófilos e macrófagos na inflamação do epitélio vesical por bactérias. Teste de triagem para 
a presença de leucócitos na urina. 
A presença de nitritos e/ou esterase leucocitária têm uma boa especificidade para o diagnóstico de 
infecção bacteriana.
Hemepigmentos: detecta tanto hemoglobina quanto mioglobina e hemácias íntegras.
Proteinúria: fita reagente permite avaliação semiquantitativa da concentração de proteínas na urina e detecta preferencialmente 
albumina.
Ácido ascórbico: pode induzir falsos-negativos para hemepigmentos, glicose, nitritos e esterase leucocitária, e falsos-positivos 
para cetonas.
ANÁLISE MICROSCÓPICA DO SEDIMENTO URINÁRIO
Células epiteliais
Leucócitos: considerado patológico acima de 5-10 por compo ou 10.000 /mL de urina. Podem indicar ITU, glomerulonefrites, 
nefrites túbulo intersticiais, transplantado renal, processos inflamatórios pélvicos e outras situações patológicas. 
Exame de Urina 2
Hemácias: diâmetro varia entre 4-7µm e têm aspecto homogêneo e arredondado. Hemácias dismórficas têm morfologia 
heterogênea. Normal entre 2-5 hemácias por campo ou 5.000 hemácias/mL (3.000 - 12.000/mL)
Cilindros: análise deve ser feita o quanto antes, para evitar que eles se dissolvam. São fomrados a partir da precipitação de 
glicoproteína de Tamm-Horsfall (uromodulina), secretada pela porção ascendente espessa da alça de Henle e porções iniciais do 
TCD. Essa proteína agrega grandes polímeros na urina, formando um gel hidrofóbico ou, em casos extremos, moldes hialinos. 
Tem efeitos antibacterianos por ligação à fímbria da E. coli, o que evita sua adesão ao epitélio do trato urinário. 
- Hialinos: proteínas - síndrome nefrótica 
- Hemático: eritrócitos - glomerulonefrites agudas 
- Leucocitário: leucócitos - pielonefrite, glomerulonefrite, nefrite intersticial aguda 
- Celular: células epiteliais e tubulares renais - nefrite intersticial aguda, necrose tubular aguda 
- Granular: vários tipos de céluas - doença renal cronica 
- Gorduroso: lipídeos - síndrome nefrótica 
- Céreo: vários tipos de células - doença renal cronica
Cristais: presentes no sedimento urinário de indivíduos saudáveis (oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, fosfato triplo, ácido úrico e 
de fosfatos e uratos amorfos). 
Excreção aumentada com significado patológico: nefropatia aguda por ácido úrico, intoxicação por etilenoglicol com precipitação 
maciça de cristais de oxalato de cálcio. 
Produtos da eliminação de medicamentos: sulfadiazina, ciprofloxacina, amoxacilina, ceftriaquixona, alopurinol, aciclovir, indinavir, 
atazanavir, metroxato, triantereno.
Bactérias

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