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Resumo 1ª tutoria - MOD Perda de Sangue

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MODULO PERDA DE SANGUE: 1ª tutoria. 
Andressa Berton Bandeira. 
Objetivos: 
1) Descrever sobre o efeito depressor causado pelo álcool no sistema nervoso central. 
2) Explanar a etiologia e a fisiopatologia do choque hemorrágico. 
3) Elucidar a conduta do paciente com choque hemorrágico. 
4) Discorrer o diagnóstico sindrômico e as principais causas de hemorragia digestiva alta em 
pacientes hepatopatas. 
 
RESUMO SOBRE: Choque hemorrágico - exames complementares + monitorização de 
oxigênio. 
 
CHOQUE HEMORRÁGICO: 
EXAMES COMPLEMENTARES – 
- Queria falar sobre os exames complementares nos pacientes com um quadro de choque 
hemorrágico - 
Eles são divididos em dois grupos: 
* Os exames gerais, que são feitos independente do tipo de choque. 
* E os exames específicos – que são de acordo com a suspeita clínica do paciente. 
 
1) EM RELAÇÃO AOS EXAMES GERAIS: 
a) É fundamental solicitar - Hemograma, eletrólitos, glicemia, exame de urina, raio-x de tórax, 
ultrassom e ECG ainda na sala de emergência. 
 
b) E ainda dentro dos exames gerais os profissionais de saúde devem solicitar: 
* Ureia e creatinina, TP e TTPa 
* Fibrinogênio e D-dímeros. 
* AST e ALT, bilirrubina. 
* Gasometria arterial. 
* Lactato (arterial ou venoso central). 
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* Proteína C reativa e troponina. 
Para uma avaliação fisiológica, inflamatória e de lesão orgânica desse paciente. 
c) Para avaliação hemodinâmica desse paciente ainda nos exames gerais é importante solicitar: 
- De maneira não invasiva: 
Uma USG novamente e de maneira invasiva a saturação venosa central de oxigênio. 
 
2) EM RELAÇÃO AOS EXAMES ESPECÍFICOS: 
Ou seja, aqueles que vão ser solicitados de acordo com a suspeita clínica do paciente, pode ser 
solicitado por exemplo: 
* Hemocultura, urocultura e a cultura com foco suspeito. 
* Punção liquórica. 
* Teste de gravidez. 
* Ecocardiografia transesofágica. 
* Tomografia. 
E outros que o profissional de saúde julgue necessário. 
 
3) COMPLEMENTANDO SOBRE OS PRINCIPAIS EXAMES: 
a) O lactato: 
- Ele pode estar elevado por aumento de produção (como no metabolismo anaeróbio, por 
exemplo), por diminuição na captação (em casos de insuficiência renal ou hepática) ou por um 
fenômeno chamado de "lavagem" – Que é quando se restitui a volemia naqueles pacientes que 
estão previamente em estado de choque. 
 
- E falando de maneira geral no paciente com choque e baixo fluxo sanguíneo periférico – O 
aumento do lactato pode acontecer: 
* Por causa da baixa oferta de oxigênio que vai levar ao metabolismo anaeróbio e a um baixo 
clearance hepático de lactato. 
* Já no choque distributivo, a fisiopatologia é mais complexa e vai incluir tudo isso que eu citei 
de forma associada a um aumento da glicólise e a uma inibição da enzima piruvato 
desidrogenase. 
 
 
Vale ressaltar também que: 
- O lactato ele não é um bom indicador de perfusão regional e pode ocorrer uma hipoperfusão 
esplâncnica grave mesmo em pacientes com valores normais de lactato. 
- Mas ele é um bom indicador de gravidade e mortalidade principalmente nos pacientes graves. 
E se esse lactato cai indica ai pra esse paciente um melhor prognóstico. 
- E além disso, apenas valores arteriais ou venosos centrais eles devem ser usados para 
monitorização desse paciente. Ou seja, não se deve colher lactato de acesso venoso periférico. 
 
b) Em relação a glicemia: 
- É comum esses pacientes apresentarem uma hiperglicemia que normalmente reflete a ação 
de hormônios contrarreguladores como a epinefrina, o cortisol e o glucagon, por exemplo. 
- Além disso, a elevação das enzimas hepáticas, da bilirrubina, a elevação das escórias 
nitrogenadas, a hipoxemia e a hipocapnia na gasometria, e uma acidose metabólica são outros 
achados laboratoriais que também se relacionam com as disfunções orgânicas. 
 
c) Em relação ao Tempo de Protrombina – o TP: 
- Ele vai avaliar as vias extrínseca e comum da coagulação. 
- Ele é sensível às deficiências dos fatores 5, 7 e 10, menos sensível a deficiência de fator 2 e às 
formas leves de deficiência de fibrinogênio. 
 
d) O TTPA: 
- Ele vai avaliar os fatores das vias intrínseca e também da via comum da coagulação. 
Ele é sensível para detectar as deficiências dos fatores 8, 9, 11 e 12, a precalicreína e o 
cininogênio de alto peso molecular. 
- E também as deficiências moderadas e graves dos fatores 2, 5, 10 e fibrinogênio. 
 
d) E os exames de imagem: 
Eles são importantes no choque séptico principalmente para identificar o local de infecção, para 
monitorização do transporte de oxigênio. 
 
2) COMPLEMENTANDO SOBRE A MONITORIZAÇÃO DO TRANSPORTE DE OXIGÊNIO – 
- É utilizada pra avaliar a oferta e o consumo de oxigênio. 
a) A oferta de oxigênio indexada: 
Vai ser o produto do conteúdo de oxigênio no sangue arterial X o índice cardíaco X 10 (que é pra 
transformar o resultado em mL/minuto). 
 
b) Já o consumo de oxigênio indexado: 
Vai ser a diferença entre o conteúdo de oxigênio no sangue arterial e o conteúdo de oxigênio no 
sangue venoso X o índice cardíaco X 10. 
 
c) E o balanço no transporte de oxigênio: 
- Vai depender justamente da relação de oferta e de consumo do oxigênio. 
- Se a oferta ela não consegue atender ao consumo, o organismo ele vai ser obrigado a realizar 
o metabolismo anaeróbio – que tem como consequência uma acidose lática e até uma morte 
celular. 
- E justamente por isso é fundamental manter o balanço no transporte de oxigênio otimizado 
como uma estratégia comum principalmente em pacientes graves. 
- Um quadro de acidose, febre e hipercapnia - Vão deslocar para a direita a curva de dissociação 
da hemoglobina e vão aumentar consequentemente a oferta de oxigênio. 
 
- Além disso, a saturação venosa central de oxigênio (SvcO2): 
* Ela se correlaciona bem com o balanço entre oferta e o consumo de oxigênio global. 
* Mas uma saturação venosa central de oxigênio normal – não vai indicar uma oxigenação 
tecidual adequada, porque é uma medida global e não de cada região. 
* Já uma saturação abaixo de 70% - vai correlacionar com um balanço desfavorável entre a 
oferta e o consumo de oxigênio.

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