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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID CURSO DE ENFERMAGEM MARIA CARDOSO CASTRO Bases da biologia celular e genética TERESINA 2021 Lei de Mendel Se hoje se possui um grande avanço na genética, com certeza foi por causa de Gregor Johann Mendel, conhecido atualmente como o “pai da genética”. Por meio de seus experimentos e pesquisas é que foi possível compreender as características da hereditariedade e todos os assuntos complexos que a genética envolve. Mendel considerou estudar o mesmo enigma que os cientistas que o antecederam, no entanto seu primeiro cuidado foi selecionar o objeto de estudo mais adequado. Ele usou as ervilhas-de-cheiro (Pisum sativum), uma planta de simples cultivo, com ciclo de reprodução breve e que gera muitas sementes. A metodologia baseia-se no cruzamento de ervilhas de linhagem pura, isto é, aquelas plantas que depois de seis gerações mantinham suas características. Após a escolha dessas linhagens foi realizada a polinização cruzada, o pólen foi extraído de uma planta com sementes amarelas e colocado em planta com sementes verdes. Os primeiros descendentes foram nomeados de geração de filhos primária (F1), que em seguida foram autofecundadas originando a geração de filhos secundária (F2). Além de estudar separadamente cada característica da ervilha, Mendel estudou a herança combinada de mais de uma característica. Em um de seus experimentos usou plantas que se diferem, simultaneamente, quanto a cor da semente (amarela ou verde) e quanto a sua forma (lisa ou rugosa). Cruzou plantas puras de sementes amarelas e lisas com plantas de sementes verdes e rugosas, obtendo em F1, assim denominado, uma prole produtora de sementes amarelas e lisas. A F2, previamente da autofecundação da F1, produziu quatro tipos de ervilhas, em proporções de 9/16 de sementes amarelas e lisas, 3/16 de sementes amarelas e rugosas, 3/16 de sementes verdes e lisas e 1/16 de sementes verdes e rugosas. Com base nesse e em outros experimentos, Mendel concluiu a hipótese de que o par de alelos para a cor da semente segregam-se independentemente do par de alelos, o qual caracteriza sua forma, lisa ou rugosa. Contudo, Mendel, afirmou que a F2, originadas de plantas puras são plantas duplamente heterozigotas e, estas formaram quatro tipos de gametas. Mendel, também estudou três características diferentes e verificou que do mesmo modo como realizou os outros experimentos estas plantas segregam seus genes independentemente de concluir uma segunda lei geral de herança. Os fatores (genes) para duas ou mais características segregam-se (separam-se) no híbrido, distribuindo-se independentemente para os gametas, onde se combinam ao acaso. Diante das inúmeras descobertas de Mendel, é que foi possível o avanço da biologia e sobretudo da genética. É imprescindível o seu conhecimento no campo de atuação da enfermagem, uma vez que suas leis servem de fundamentação para todo o tipo de estudo sobre a herança genética. Através dos estudos de Gregor Mendel, os enfermeiros são capazes de fazerem um diagnóstico preciso de seus pacientes e prontamente olhar para a genealogia do mesmo e identificar condições familiares e assim, determinar o modo de herança mais provável para aquela condição. http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/qYG3dxvYmiF7rSK_2 013-6-24-17-32-26.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554762/pageid/0 Ligação Fatorial A ligação de fator refere-se à presença de dois ou mais genes localizados no mesmo cromossomo. Esse fenômeno foi descoberto por BATESON e PUNNETT em 1906, que confirmaram a falta de independência dos dois genes na ervilha. Quando os genes estão muito próximos, no mesmo cromossomo, dizemos que ocorre "ligação completa" e, quando eles estão distantes o suficiente, dizemos que ocorre "ligação parcial". Para entender a vinculação fatorial, é necessário primeiro introduzir os conceitos e tipos da fase de vinculação. Existem dois tipos de fases de conexão, que serão descritos a seguir: Fase de aproximação ou acoplamento, é a situação em que dois alelos dominantes (ou recessivos) têm maior probabilidade de entrar nos gametas ao mesmo tempo. Ou é o estágio em que os alelos dominantes (ou recessivos) de dois genes estão no mesmo cromossomo. A Fase repulsiva, nesse caso, é quando um alelo dominante de um gene e o alelo recessivo do outro gene têm maior probabilidade de entrar nos gametas ao mesmo tempo. Ou é o estágio em que o alelo dominante de um gene e o alelo recessivo de outro gene estão no mesmo cromossomo. Devido à orientação aleatória de pares de cromossomos homólogos durante a meiose, os genes em diferentes cromossomos se separam independentemente. Cromossomos homólogos são pares de cromossomos que carregam o mesmo gene, mas podem ter alelos diferentes do mesmo gene. Um membro de cada par de homólogos de um organismo vem de sua mãe e o outro vem de seu pai. Os homólogos de cada par se separam durante o primeiro estágio da meiose. Nesse processo, os cromossomos do pai ou da mãe de cada par homólogo são arranjados aleatoriamente. Quando rastreamos dois genes, isso faz com que quatro tipos de gametas sejam produzidos na mesma frequência. A ligação fatorial é de suma importância para a enfermagem, uma vez que está presente na sua prática. Permitindo calcular corretamente o risco genético, coletando o histórico familiar, pessoais suficientes em detalhes, para de tal forma tentar compreender os padrões genéticos. Identificar indivíduos em situação de risco. http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/qYG3dxvYmiF7rSK_2013-6-24-17-32-26.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/qYG3dxvYmiF7rSK_2013-6-24-17-32-26.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554762/pageid/0 Rastrear indivíduos que estão em risco dentro de sua área de cobertura, mesmo que encaminhados a um especialista, capaz de compreender os comportamentos utilizados na atenção secundária e / ou ensino superior. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026384/pageid/0 https://pt.khanacademy.org/science/biology/classical-genetics/chromosomal-basis-of -genetics/a/linkage-mapping Permutação Gênica A permutação cromossômica, ou evento crossing-over, representa uma troca espontânea e recíproca de fragmentos entre cromátides homólogas. Essas translocações ocorrem durante a meiose I da divisão celular, na fase de prófase I, mas exactamente na subfase paquíteno, instante de grande aproximação (quiasma) entre cromossomos homólogos pareados, em que os braços de ambos se cruzam havendo intercâmbio de segmentos alélicos. O evento em assunto viabiliza grande taxa de recombinação gênica, juntamente com o acréscimo da variabilidade genética nas células reprodutivas (gametas: óvulo e espermatozóide), provocando além da mistura dos cromossomos paternos e maternos herdados da geração parental (P), e a permuta de genes alelos sobre esses cromossomos herdados (Geração Filial 1), transmitidos aos seguintes descendentes (Geração Filial 2). Genotipicamente e fenotipicamente, a permutação colabora significativamente, proporcionando as diferenças de uma espécie. Caso contrário, por exemplo, o aparecimento da espécie humana, se não fosse esse processo, todos nós seríamos clones, organismos idênticos geneticamente. A permuta constitui mais uma fonte de variabilidade genética para as espécies, pois assegura que alelos de vários lócus gênicos no cromossomo não permaneçam sempre juntos como uma unidade, o que tem implicações evolutivas consideráveis. A frequência de recombinação é utilizada para localizar os genes nos cromossomos, permitindo a elaboração de mapas de ligação e consequentemente, o mapeamento gênico. A importância deste fenômeno é a possibilidade de surgimento de novas combinações gênicas a cada indivíduo que nasce, fazendo com que, apesar das diferenças, os indivíduos e seus familiares possuem algumas semelhanças. A genética na enfermagem é definida como a proteção, promoção e otimização da saúde; prevenção da doençae lesão; alívio do sofrimento por meio do diagnóstico das respostas humanas; e defesa, de forma pró-ativa, dos direitos individuais, da família e comunidades sob o cuidado genômico. A prática do enfermeiro na utilização das tecnologias genéticas é diversa, atuando principalmente na coleta de história familiar dos pacientes, aconselhamento genético, assistência aos portadores de doenças raras e suas famílias, na assistência pré-natal, dentre outras. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026384/pageid/0 https://pt.khanacademy.org/science/biology/classical-genetics/chromosomal-basis-of-genetics/a/linkage-mapping https://pt.khanacademy.org/science/biology/classical-genetics/chromosomal-basis-of-genetics/a/linkage-mapping Com vistas às evoluções científicas nas últimas décadas, a educação em enfermagem precisa integrar a ciência genômica de ponta, impulsionando a aplicação de resultados de pesquisa de bancada à prática clínica dos enfermeiros, elaborando um corpo próprio de conhecimento, o que pode constituir a produção de um saber que eleva a enfermagem. Para permitir essa integração, é importante que os profissionais reconheçam suas aplicações e relevância nas áreas clínicas de atuação do enfermeiro, compreendendo que diversas doenças possuem bases hereditárias. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-09112020-101836/publico/T ese_Joao_Paulo_Di_Monaco_Durbano.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565852906/pageid/191 Herança Sexual A herança ligada ao sexo é uma herança genética que tem relação com os genes que pertencem aos cromossomos sexuais e determinam algumas doenças que podem surgir em um indivíduo. Vale relembrar que um ser humano possui, na maioria das células, 46 cromossomos, 23 recebidos do pai e 23 da mãe. Desse total, 44 são não-sexuais, ou seja, não interferem na determinação do sexo e são denominados autossomos. Já os sexuais (X e Y) são chamados de alossomos. O cromossomo sexual masculino (Y) possui poucos genes, e por isso é menor, enquanto o feminino (X) possui uma grande quantidade de genes. Dessa forma, ambos possuem poucas partes homólogas e quase não ocorre recombinação entre os genes. O sexo de um indivíduo é determinado a partir dos cromossomos sexuais herdados dos pais. Para ser homem, o indivíduo precisa ter recebido um cromossomo X da mãe e um Y do pai. Para que seja do sexo feminino, é necessário que tenha recebido um cromossomo X da mãe e um X do pai. A partir daí, pode-se dividir a herança ligada ao sexo em três tipos: • Herança ligada ao cromossomo X; • Herança restrita ao sexo; • Herança influenciada pelo sexo. Uma questão bastante importante para a enfermagem, uma vez que, fornece informações sobre os custos e as possibilidades de tratamentos alternativos, ajuda a estabelecer relações efetivas de trabalho com a equipe multidisciplinar, de forma a dar um encaminhamento adequado e ajustado ao paciente e familiares, consoante as suas necessidades. Utiliza as competências adquiridas sobre aconselhamento genético para apoiar os pacientes na sua tomada de decisões, de forma ajustada e adequada a cada situação individualmente. https://core.ac.uk/download/pdf/147518346.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-09112020-101836/publico/Tese_Joao_Paulo_Di_Monaco_Durbano.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-09112020-101836/publico/Tese_Joao_Paulo_Di_Monaco_Durbano.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565852906/pageid/191 https://core.ac.uk/download/pdf/147518346.pdf
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