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AVALIAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO QUANTO AO PESO E IDADE GESTACIONAL

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Avaliação do Recém-Nascido Quanto ao Peso e IG 
• Considera-se como Crescimento Intrauterino Adequado (CIU) quando o peso para determinada IG situa-se entre o 
percentil 10 e 90 da curva. 
• A curva de crescimento não é uniforme durante toda a gestação, e a velocidade de ganho ponderal tem 4 períodos: 
o Fase inicial até 16ª semana → crescimento lento, com média de ganho ponderal de 10 g/semana 
o 17ª até a 27ª semana → crescimento acelerado, com média de ganho ponderal de 85 g/semana 
o 28ª até 37ª semana → crescimento máximo, alcançado média de 200 g/semana 
o A partir da 37ª semana → desaceleração, com ganho ponderal reduzido para 70 g/semana 
 
❖ O melhor método para avaliação da IG é a regra de Naegelle, que utiliza a DUM para o cálculo 
• A USG é muito útil para estimativa da IG e avaliação do peso fetal, bem como para quantificação do líquido 
amniótico, análise morfológica da placenta e detecção de malformações fetais 
o No 1º tri, o parâmetro que melhor se correlaciona com a IG é o comprimento cabeça-nádega. 
o No 2º tri, o diâmetro bi-parietal passa a ser o índice mais fidedigno para esta função 
▪ Quanto mais próximo do termo, menor é a acurácia destas medidas anatômicas 
• Uma terceira ferramenta para se avaliar a IG é o exame físico somático e neurológico do recém-nascido, cujos 
achados apresentam correspondência com seu grau de maturidade. 
 
❖ Curvas de crescimento foram desenvolvidas com dados antropométricos de populações de crianças nascidas com 
diferentes IG → verifica se o peso esta na faixa normal para determinada IG e estima se o crescimento IU foi normal 
• A faixa de normalidade é o peso entre os percentis 10 e 90 de determinada curva 
o RN com peso entre os percentis 10 e 90 são considerados Adequados para a Idade Gestacional (AIG) 
o Aqueles abaixo do percentil 10 são Pequenos para a Idade Gestacional (PIG) 
o Os acima do percentil 90 são grandes (GIG). 
• Adequação do peso p IG é indicador de morbidade neonatal, e FR para mortalidade e atrasos do desenvolvimento 
o Definimos crescimento intrauterino restrito quando a curva de peso fetal afasta-se do percentil 10 → 
decorrente de um PROCESSO PATOLOGICO INTRAUTERINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prematuridade 
• Prematuro é todo RN que nasce com menos de 37 semanas completas (< 259 dias ou 36 semanas e 6 dias) a partir 
do primeiro dia da última menstruação, considerando-se como limite inferior o tempo de 22 semanas 
• A etiologia da prematuridade pode ser desconhecida em até 50% dos casos 
 Fatores Sociodemográficos 
o Baixo nível socioeconômico → más condições de alimentação, gravidez indesejada, fumo, falta de pré-natal 
o Extremos de faixa etária. 
 Fatores Maternos 
o Múltiplas gestações, Uso de drogas ilícitas 
o Doença crônica materna, Infecção, DHEG 
 Fatores Obstétricos 
o Malformações uterinas, Incompetência istmocervical. 
o Placenta prévia, DPP, trauma 
 Fatores Fetais 
o Eritroblastose fetal, Hidropsia não imune 
 
Problemas Da Prematuridade 
ALIMENTAÇÃO E APORTE HÍDRICO 
• Prematuros perdem 15% do peso de nascimento na 1ª sem de vida e recuperam seu peso por volta do 14ª-21ª dia 
• A partir daí as taxas de crescimento são 10-20 g/kg/d de peso, 1 cm/sem de comprimento e 0,5-1 cm/sem de PC 
o Percebe-se que prematuros apresentam reservas nutricionais insuficientes, sistema digestivo imaturo e alta 
demanda metabólica de crescimento (120-130 Kcal/kg/dia) → desafio de estabelecer nutrição adequada 
 
❖ A forma de administrar o alimento depende da IG, peso ao nascimento e estado clínico do prematuro 
• Caso > 34 semanas e FR < 60 irpm, devemos alimentá-lo ao seio 
• Refeições por sucção contraindicadas caso < 1,5kg ao nascimento, IG < 34 ou evidências de doença grave → a 
coordenação sucção-deglutição-respiração é ineficaz e o risco de broncoaspiração aumenta. 
• Bebês com desconforto respiratório (taquipneia e dispneia) não devem ser levados ao seio materno → alimento 
pode ser fornecido por sonda orogástrica com fluxo por gavagem (descida do leite na seringa por gravidade) 
o Ou através de bombas de infusão que controlam a velocidade de fluxo (ex.: 20 ml em 1h = 6,6 gotas/min) 
• A mudança para a alimentação ao seio deverá ser gradativa, até que o bebê possua condições de alimentar-se sem 
evidências de fadiga 
• O preparo do trato intestinal para a alimentação é determinado pela presença de peristalse, eliminação de mecônio, 
ausência de distensão abdominal ou sinais de peritonite e resíduos gástricos não biliosos ou amarelados. 
• Início da dieta parenteral é outra forma de se oferecer aporte calórico e é reservada para bebês com < 1,5kg (em 
associação a dieta trófica enteral mínima) 
o Ou possuem alguma condição gastrointestinal que contraindique dieta enteral → enterocolite necrosante, 
íleo paralítico, sinais de qualquer doença intestinal, uso de indometacina p tto de canal arterial 
 
❖ Dieta Enteral 
• O volume inicial para RN prematuros é 10-20 ml/kg/dia, com aumentos progressivos de acordo com a tolerância 
(não > 20) → dieta poderá ser fracionada a cada 3 (8x/dia) ou 4 horas (6x/dia). 
• Sempre evitar a adm de volume hídrico excessivo aos prematuros → excesso de leite pode provocar vômitos, 
distensão abdominal, pneumonia por aspiração, acidose e desidratação hipertônica. 
o À medida que o volume da dieta aumenta ao longo dos dias, reduz-se o volume de líquido que se oferece 
pela hidratação venosa. 
• O volume inicial, bem como a taxa de aumento diário, é dependente do peso de nascimento do bebê 
• O tipo de leite para os prematuros considerado mais adequado nutricionalmente é o leite humano fortificado 
• O leite de mães de prematuros possui maior teor de proteínas, sódio, cloreto e magnésio que o leite a termo → 
porem as requisições nutricionais são ainda maiores, sendo necessária a “fortificação” 
o Os fortificantes contêm proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais e devem ser adicionados 
somente quando o bebê tolerar volume de dieta > 100 ml/kg de leite materno 
• Acrescentam-se diariamente como suplemento dietético, a partir da 2ª semana de vida, as vitaminas: 
o A (5.000 UI), D (2.000 UI) e C (50 mg). 
o Acido fólico tem níveis diminuídos nas primeiras semanas nos prematuros, permanecendo por 2-3 meses. 
o Prescrição de sulfato ferroso feita somente após a 3ª semana 
o Vitamina E → suplementação vinculada à dosagem do nível sérico, pois uso excessivo aumenta o risco de 
sepse e enterocolite necrosante 
o Eritropoietina vem sendo utilizada em alguns serviços, em RN < 1.250 g, para diminuir a necessidade de 
transfusões decorrentes da anemia da prematuridade. 
 
❖ Dieta parenteral 
• As indicações de nutrição parenteral são → prematuros com < 1.500 g em associação a dieta enteral mínima 
o Prematuros com > 1.500 g para os quais uma dieta enteral adequada não esteja estabelecida até o 3º dia 
• O aporte de carboidratos é conseguido através de infusão de glicose na taxa de 4-8 mg/kg/minuto, feita com soro 
glicosado a 5% ou a 10%, até um máximo de 11-12 mg/kg/minuto 
o Nas primeiras 24h recomenda-se infusão de aminoácidos de 1,5-2 g/kg/d, chegando a 3-3,5 depois 
o Os lipídios são infundidos a taxa de 0,5-1 g/kg/dia nas primeiras 24-48h até 3 g/kg/dia 
o Sais minerais, eletrólitos e vitaminas são também adicionados à NPT 
• Os principais efeitos adversos da nutrição parenteral prolongada são → colestase, doença metabólica óssea, 
hiperlipidemia/hipertrigliceridemia e sepse 
 
❖ Aporte hidroeletrolítico 
• Quanto menor a IG, maior será a perda insensível de água pela pele e maior deverá ser o volume hídrico oferecido 
• Os RN prematuros extremos geralmente permanecem em incubadoras umidificadas, o que acaba diminuindo a 
perda insensível, permitindo a oferta de líquidos de forma mais restrita 
• As taxas hídricas (em ml/kg/dia) são sugeridas por faixas, considerando-se o peso de nascimento 
o A faixa mais baixa sugerida (menor volume) é preferívelse o RN for PIG, se estiver em incubadora 
umidificada, se apresentar sinais de asfixia ou doença respiratória 
o Se o RN for AIG ou permanecer em unidade de calor radiante, utiliza-se a faixa mais alta (maior volume) 
• Na e K só devem ser repostos a partir do 2º dia, começando com 1 mEq/kg/24h, chegando a 2-3 a partir do 4º dia 
• Calcio iniciado no 1º dia, p prevenir hipocalcemia neonatal → mantido 300-500mg/kg/24h de gluconato de Ca 10%. 
• Todo RN < 1kg deve ter artéria e veia umbilicais cateterizadas, podendo ser mantidas por 7-10d e 7-14d 
 
METABOLISMO DAS DROGAS 
• Algumas vezes é aconselhável aumentar o intervalo entre a administração das drogas, especialmente as excretadas 
pelos rins, pois o clearance de creatinina encontra-se diminuído nos RN, especialmente nos prematuros 
 
CONTROLE RESPIRATÓRIO 
• O padrão respiratório normal do prematuro é a respiração irregular ou periódica, caracterizada por pausas de 5-10 
segundos, não acompanhadas de mudanças patológicas na cor, saturação ou frequência cardíaca 
o Algumas pausas são intercaladas por hiperpneia 
• A grande maioria dos RN de extremo baixo peso (< 1.000 g) necessitará de suporte ventilatório (intubação 
orotraqueal) logo após o nascimento devido à imaturidade alveolar e limitação da força muscular 
o O modo ventilatório inicial é o SIMV (Ventilação mandatória intermitente limitada por pressão), objetivando 
uma saturação de oxigênio entre 85- 93% 
• A terapia com surfactante pulmonar deve ser iniciada dentro da 1ª hora após o nascimento → prematuros que não 
respondem adequadamente à terapia com surfactante poderão ser ventilados do modo de alta frequência 
• Suplementação com vitamina A (5.000 UI IM 3x/semana nas primeiras quatro semanas) e cafeína (nos dez dias 
após o nascimento) reduz a incidência de doença pulmonar crônica 
 
CONTROLE CARDIOVASCULAR 
 Pressão Arterial 
• Geralmente PAM de 26 a 28 mmHg para prematuros de 24-26 semanas é o suficiente para garantir boa perfusão 
o Tto inicial da hipotensão é feito com infusão de salina fisiológica 10-20 ml/kg/dia, seguido da administração 
de aminas (dopamina, norepinefrina) e hidrocortisona (1 mg/kg EV 12/12h) para casos refratários 
 Persistência do canal arterial 
• O ducto arterial costuma ter fluxo reduzido nas primeiras 10h, fechando-se entre o 3º e o 10º dia 
• Nos prematuros, especialmente com < 30 semanas ou disfunção respiratória, o ducto tende a permanecer aberto 
por mais de 4d → se calibroso, gera shunt esquerda-direita, provocando hiperfluxo pulmonar e ICC 
o PCA em prematuro aumenta risco de hemorragia pulmonar, displasia broncopulmonar, hemorragia 
intraventricular e enterocolite necrosante → diagnóstico é confirmado pelo ecocardiograma 
• O tratamento é feito com restrição hídrica, furosemida, indometacina ou fechamento cirúrgico 
 
CONTROLE INFECCIOSO 
• Prematuros com < 1.000 g têm risco muito aumentado para sepse com estreptococos do grupo B e GN entéricos. 
• Recomenda-se o uso de antibióticos profiláticos → geralmente associação de ampicilina e gentamicina 
 
CONTROLE DA HIPERBILIRRUBINEMIA 
• Fototerapia profilática iniciada para todos com < 1kg nas primeiras 24h, independente dos níveis de bilirrubina 
 
Pós-Maturidade 
• RN pós-termo é aquele que nasceu após 42 semanas (> 294 dias) de gestação, independente do peso 
• Ao exame físico, notam-se ausência de lanugem, redução ou ausência do verniz caseoso, unhas longas, pelos 
abundantes no couro cabeludo, pele descamativa e maior vivacidade. 
• A placenta alcança sua superfície máxima por volta da 37ª semana → como o feto costuma crescer após, existe 
redução gradativa da relação placenta-feto 
o Se essa redução começa a comprometer o suprimento fetal de substratos, o feto pode entrar em sofrimento 
→ com eliminação de mecônio e líquido amniótico, tornando-o escuro assim como as unhas e a pele 
• Observamos em alguns casos batimentos cardíacos fetais anormais → diminuição da variabilidade na FC fetal é o 
melhor fator preditivo do sofrimento fetal intraparto e acidose em gestações pós-termo 
• A evolução de um parto pós-termo é influenciada pelo tamanho fetal → na gestação prolongada, o feto pode 
continuar crescendo in útero e se tornar GIG 
o Mas pode também ter seu desenvolvimento comprometido, com retardo do crescimento e perda de peso 
ao nascer, à custa de perda de tecido subcutâneo e massa muscular 
• Os pós-maturos têm morbidade neonatal aumentada devido à asfixia, Síndrome de Aspiração do Mecônio (SAM), 
hipertensão pulmonar persistente, hipoglicemia, hipocalcemia e policitemia e hipoglicemia 
 
 A causa da pós-maturidade é desconhecida na maioria, mas existe uma associação com algumas condições, como: 
o Anencefalia → integridade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal do feto é fundamental para desencadear TP 
o Trissomias do 16 e 18 o Síndrome de Seckel. 
 
Classificação 
 Estágio I (43 semanas) → pele seca, apergaminhada e descamando, palidez discreta, cabelos abundantes, aspecto 
desnutrido, olhos abertos e olhar alerta, unhas longas, turgor diminuído. 
 Estágio II (44 sem) → semelhante ao I + sinais de sofrimento (coloração meconial e desnutrição mais acentuada) 
 Estágio III (45 sem) → sinais I e II + impregnação meconial do umbigo e unhas, descamação intensa da pele 
o Pele escura, sinais de sofrimento encefálico difuso, redução da quantidade de LA 
o Tendência à pneumonia por aspiração e perda ponderal mais acentuada 
• Observamos aumento significativo da mortalidade quando o parto demora 3 ou mais semanas após o termo 
o Para prevenir a pós maturidade, deve-se sempre avaliar a indução do parto após 42 semanas de gestação 
e sempre indicá-lo após 43 semanas 
 
LITERATURA: 
- Nelson Tratado de Pediatria 20ª Ed. 
- Tratado de Pediatria SBP 
- Overview of the routine management of the healthy newborn infant – UpToDate 
- Assessment of the newborn infant – UpToDate 
- MEDCURSO – Neonatologia 2019

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