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Faculdade de Ciências Agrárias Licenciatura em Engenharia Florestal 3º Ano/1º Semestre Caminhos florestais PERFIL DE UM CAMINHOS FLORESTAIS Discente: Ana Bela Marina Dias Sandoca Docente: Eng. Valério Pedro Unango, Setembro de 2021 2 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 1.1. Objetivos ............................................................................................................ 3 1.1.1. Geral ........................................................................................................... 3 1.1.2. Específicos .................................................................................................. 3 II. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................. 4 2.1. Perfil de um caminho florestal ........................................................................... 4 2.2. Desenvolvimento horizontal de um caminho florestal ...................................... 4 2.3. Perfil longitudinal e transversal ......................................................................... 4 2.3.1. Perfil longitudinal ....................................................................................... 4 2.3.2. Perfil transversal ......................................................................................... 5 2.4. Estruturas especiais do desenvolvimento de um caminho florestal ................... 6 2.4.1. Superlargura nas curvas .............................................................................. 6 2.4.2. Lugares de passagem .................................................................................. 6 III. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES ......................................................................... 7 IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 8 3 I. INTRODUÇÃO A rede viária é um tipo de empreendimento que deve atender de forma abrangente aos aspetos sociais, apresentando exequibilidade técnica, definidas através do melhor traçado com o menor custo de implantação e manutenção, com vistas a reduzir os efeitos danosos ao ambiente. As áreas de reflorestamento deverão apresentar uma rede viária básica com boas condições de trafegabilidade, de forma a permitir a implantação e manutenção do povoamento. A disposição desse traçado deverá admitir a inserção da rede viária complementar, pela ocasião da colheita de madeira. Assim sendo, o planejamento deverá assegurar as atividades produtivas, reduzindo os impactos ambientais decorrentes. 1.1. Objetivos 1.1.1. Geral Abordar em torno do perfil de caminhos florestais. 1.1.2. Específicos Descrever os perfis longitudinais e transversais de um caminho florestal; Caracterizar as estruturas especiais de desenvolvimento de um caminho florestal. 4 II. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Perfil de um caminho florestal Trata-se de um perfil que exibe o alinhamento do caminho florestal, sendo considerado também como a sequência de rectas e curvas que formam a linha mestra do caminho florestal. O desenvolvimento horizontal de um caminho é formado pelos trajetos retos e curvas que servem para suavizar o eixo inicial a fim de evitar mudanças bruscas no trajeto. Desta forma pode-se observar como as curvas para a esquerda e a direita se desenrolam ao longo do trajeto (Fath et al, 2000). 2.2. Desenvolvimento horizontal de um caminho florestal Observando o trafego é pretendido um desenvolvimento suave do perfil, tendo em conta que entre curvas opostas é necessário um trajeto reto de 20m, já entre curvas no mesmo sentido é necessário fazer uma só curva caso o comprimento reto seja menor que 100m (Fath et al, 2000). Razões de visibilidade e manobrabilidade definem os raios mínimos a serem usados nos projetos de construção de curvas. 2.3. Perfil longitudinal e transversal 2.3.1. Perfil longitudinal Refere-se ao alinhamento espacial do eixo, inscrito em uma superfície cilíndrica vertical e aberta rebatida em um plano vertical; sua diretriz é o traçado em planta e suas geratrizes são as linhas verticais; podem ser gráficos onde no eixo das ordenadas são apresentadas as cotas altimétricas e no eixo das abscissas são representadas as estacas ou distâncias horizontais correspondentes. Quando se escolhe o traçado vertical de uma rodovia, deve-se utilizar como premissas a uniformidade operacional e menor custo de implantação quanto à movimentação de terras, atendendo as exigências técnicas e os pontos obrigados. Rampas rodoviárias Define-se como rampa rodoviária a extensão de trecho de rodovia onde os veículos pesados perdem sensivelmente a velocidade. A relação entre o peso do veículo e a potência instalada no motor é um dos fatores que interferem no comportamento dos veículos em rampas; veículos leves sofrem mínima redução de velocidade em rampas de até 3%, enquanto que os veículos comerciais pesados apresentam significativa perda de 5 velocidade em rampas isto dependendo da declividade e extensão da rampa, da velocidade de entrada, da carga, do perfil do motorista. Veículos de mesma relação peso/potência tendem-se a comportar de maneira parecida nas rampas. De maneira geral, pode-se dizer que caminhões pesados e reboques apresentam velocidade inferior a 20 km/h após 500m de rampa forte (6%). O comprimento das rampas é aquele onde não se estabeleça traçado montanha-russa, que reduzem a capacidade de ultrapassagem e, por sua vez, a segurança operacional. Por outro lado, rampas longas devem ser estudadas de modo a verificar-se a necessidade de instalação de faixas suplementares. 2.3.2. Perfil transversal Refere-se ao traçado dos elementos físicos da plataforma, do terreno natural e dos taludes, perpendiculares ao eixo da rodovia (Becker, 1994); é estabelecida em função do tipo de estrada e de sua classe, suas dimensões deverão estar de acordo com as exigências do tráfego para o qual a estrada está sendo projetada podendo apresentar pistas simples, duplas ou múltiplas em função do volume de tráfego, sendo que cada elemento dessa seção deverá ter dimensões que abriguem com segurança o tipo de veículo usado. Taludes Refere-se ao barranco resultante nos lados da base de estrada quando se faz cortes ou aterros. A inclinação ideal do talude é calculada em função do material básico que é constituído (Becker, 1994). Tipos de taludes a) Talude de escavação – quando há necessidade de retirar material dos lados na construção da estrada com intuito de formar o leito da estrada. b) Talude de aterro - quando há necessidade de acrescentar material na construção da estrada a fim de completar a base da estrada. A inclinação de talude é determinada como a razão entre a distância vertical e a distância horizontal. Quanto maior for o raio maior será a inclinação. 6 Sistemas de conexões em cruzamentos Referem-se a sistemas que incluem elementos viários que exigem cuidados quanto ao projeto até para estudos de capacidade e segurança viária. Para reduzir o nível de acidentes e melhorar a capacidade do cruzamento, podem-se proibir voltas e instalar equipamentos de controlo como semáforos (Becker, 1994). 2.4. Estruturas especiais do desenvolvimento de um caminho florestal As estruturas especiais do desenvolvimento de um caminho incluem a superlargura nas curvas, lugares de viragem, lugares de passagem, entroncamentos e cotovelos (Fath et al, 2000). 2.4.1. Superlargura nas curvas As rodas traseiras de um camião têm um percurso menor que as rodas da frente quando se passa numa curva, isto faz com que haja uma necessidade de alargar as curvas; verifica- se que em curvas de raio menorou igual 50m não é aconselhável a adoção de uma inclinação longitudinal máxima de caminho de 8% para facilitar a passagem de camiões compridos e pesados já em curvas com um raio maior não é necessário a construção de superlargura. 2.4.2. Lugares de passagem Estes lugares facilitam o cruzamento de camiões em caminhos de faixa única de maneira segura; o veículo menos pesado deixa passar o mais pesado a fim de possibilitar a passagem de veículos e diminuir os lugares de passagem. 7 III. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES O perfil de um caminho florestal refere-se a um perfil que exibe o alinhamento do caminho florestal, sendo considerado também como a sequência de retas e curvas que formam a linha mestra do caminho florestal, já o perfil longitudinal é considerado como o alinhamento espacial do eixo inscrito em uma superfície cilíndrica vertical e aberta rebatida em um plano vertical enquanto que o perfil transversal refere-se ao traçado dos elementos físicos da plataforma, do terreno natural e dos taludes, perpendiculares ao eixo da rodovia e dentro do mesmo abordou-se sobre os taludes e o sistemas de conexões em cruzamentos. 8 IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECKER, G. Optimisation of road network and transport system. In: SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO SOBRE SISTEMAS DE COLHEITA DE MADEIRA E TRANSPORTE FLORESTAL (8. : 1994 : Curitiba). Anais... Curitiba : UFPR/FUPEF, 1994. Fath, H.; Viegas, F. & Nhamucho, L. Manual para estudantes da disciplina Caminhos Florestais, Departamento de Engenharia Florestal, FAEF-UEM, Maputo-2000.
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