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ELIAS MUNIZ GUIMARÃES HUGO FERNANDO TEODORO SILVA PROJETO GEOMETRICO E TERRAPLENAGEM PARA IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DE RODOVIA RURAL UNIFEV-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA NOVEMBRO/2017 ELIAS MUNIZ GUIMARÃES HUGO FERNANDO TEODORO SILVA PROJETO GEOMETRICO E TERRAPLENAGEM PARA IMPLANTAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DE RODOVIA RURAL Monografia apresentada à Unifev – Centro Universitário de Votuporanga – para a obtenção do grau de bacharel em Engenharia Civil sob a orientação do Prof.º Me. Edson Geraldo Casarotti. UNIFEV-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA NOVEMBRO/2017 RESUMO O presente estudo apresenta o projeto geométrico e de terraplenagem para implantação e pavimentação de rodovia rural, desenvolvido para rodovia de classe III, localizada em região de relevo ondulado. O projeto foi elaborado para atender as normatizações vigentes. A base para o desenvolvimento utilizado neste projeto foi embasada no Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais DNER. Edição 1999 (atual DNIT). Foram adotados, sempre que possíveis, parâmetros indicativos para rampa máxima, raio mínimo de curvas, largura de pista e acostamento, distância de visibilidade, superelevação e superlargura. O projeto visa apresentar a melhor geometria para rodovia de classe III, em região de relevo ondulado atendendo a viabilidade econômica, segurança dos usuários e conforto. O projeto em estudo está localizado em uma rodovia rural não pavimentada que faz ligação entre a rodovia SP-320 (Euclides da Cunha - Km 512) e a rodovia vicinal Adriano Pedro Assi - Km 4, ligando estas duas rodovias próximas ao município de Votuporanga no Estado de São Paulo. Em razão da situação atual da estrada rural, objeto de estudo desse trabalho, serão apresentadas melhorias significativas para todos aqueles que utilizam a estrada, diária ou esporadicamente. Por se tratar de uma rodovia rural não pavimentada, todas às vezes que há chuva de média a longa duração, transforma a estrada de terra batida em lama, provocando atoleiros e tornando seu tráfego inviável. O levantamento topográfico foi feito através do levantamento in loco do eixo e bordas da estrada, totalizando 296 pontos distribuídos entre os 2.658,60 metros da estrada. Foram criados mais 59 pontos utilizando o aplicativo Google Earth, que é um software de representação Tridimensional do Globo Terrestre, para criar uma superfície onde fosse possível deslocar o eixo da estrada na hora da criação do alinhamento horizontal. Também foi utilizado o software AutoCAD Civil 3D, para criar o alinhamento horizontal, alinhamento vertical, sessão transversal, corredor, cálculo dos volumes de corte e aterro e construção do diagrama de massas da rodovia projetada. Palavras-chaves: Projeto Geométrico e Terraplenagem, Levantamento Topográfico, AutoCAD Civil 3D. ABSTRACT The present study presents the geometric and earthmoving design for implantation and pavement of rural highway, developed for class III highway, located in region of corrugated relief. The project was designed to comply with current regulations. The basis for the development used in this project was based on the Rural Roadway Geometric Project Manual DNER. 1999 edition (current DNIT). Indicative parameters for maximum ramp, minimum radius of curves, track width and shoulder, visibility distance, superelevation and superlarge were adopted whenever possible. The project aims to present the best geometry for class III highway, in a region of corrugated relief, attending economic viability, user safety and comfort. The project under study is located on an unpaved rural highway linking the SP-320 (Euclides da Cunha - Km 512) highway and the Adriano Pedro Assi-Km 4 vicinal highway, connecting these two highways near the municipality of Votuporanga State of São Paulo. Due to the current situation of the rural road, object of study of this work, significant improvements will be presented for all those who use the road, daily or sporadically. Because it is an unpaved rural highway, all times there is medium to long-term rainfall, it turns the dirt road into mud, causing bogs and making its traffic unfeasible. The topographic survey was done by the in loco survey of the axis and edges of the road, totaling 296 points distributed among the 2.658,60 meters of the road. A further 59 points were created using the Google Earth application, which is a Terrestrial 3D rendering software, to create a surface where the axis of the road could be moved when creating the horizontal alignment. AutoCAD Civil 3D software was also used to create the horizontal alignment, vertical alignment, cross section, corridor, calculation of cut and fill volumes and construction of the mass diagram of the projected highway Key words: Geometric Design and Earthworks, Topographic Survey, AutoCAD Civil 3D. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Foto do segmento em estudo ............................................................................... 08 Figura 2 - Força centrífuga ................................................................................................... 16 Figura 3 – Superelevação ..................................................................................................... 18 Figura 4 – Superlargura ........................................................................................................ 19 Figura 5 - Largura da Faixa de Rolamento ........................................................................... 20 Figura 6 - Distância Mínima de Visibilidade de Parada ........................................................ 22 Figura 7 - Perspectiva de Curva Horizontal .......................................................................... 24 Figura 8 - Curva com Transição ........................................................................................... 26 Figura 9 - Tipo de Curvas Verticais ...................................................................................... 27 Figura 10 - Parábola Empregada na Concordância Vertical .................................................. 27 Figura 11 - Inicio do levantamento em campo ..................................................................... 28 Figura 12 - Alça de acesso .................................................................................................. 28 Figura 13 - Alça de acesso (vista contrária) .......................................................................... 28 Figura 14 - Levantamento da borda da estrada...................................................................... 28 Figura 15 - Pontos levantados/ Pontos criados/ Superfície gerada ......................................... 29 Figura 16 - Pontos levantados no campo .............................................................................. 30 Figura 17 - Criação do alinhamento...................................................................................... 30 Figura 18 - Criação do perfil longitudinal ............................................................................. 31 Figura 19 - Seção Transversal .............................................................................................. 32 Figura 20 - 1ª curva (superelevação mínima) ........................................................................ 32 Figura 21 - 4ª curva (superelevação máxima) ....................................................................... 32 Figura 22 - 1ª curva (superlargura máxima) .......................................................................... 33 Figura 23 - 4ª curva (superlargura mínima) .......................................................................... 33 Figura 24 - Criação do corredor............................................................................................34 Figura 25 - Linhas de Seções................................................................................................ 34 Figura 26 - Múltiplas Seções Transversais ........................................................................... 35 Figura 27 - Diagrama de Massas .......................................................................................... 36 Figura 28 - Divisão e modelo de prancha ............................................................................. 37 Figura 29 - Relatórios .......................................................................................................... 37 Figura 30 - Passeio Virtual ................................................................................................... 38 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Velocidade de projeto ou diretriz...................................... .....................................14 Quadro 2 – Raio mínimo de Rodovia (m) .......................................... .....................................15 Quadro 3 – Inclinação Máxima das Rampas....................................... ....................................17 Quadro 4 - Largura da Faixa de Rolamento......................................... ....................................20 Quadro 5 - Largura do Acostamento.................................................... ....................................21 Quadro 6 - Coeficiente de Atrito longitudinal pneu/pavimento........... ...................................23 Quadro 7 - Distância Mínima de Visibilidade de Ultrapassagem......... ...................................23 Quadro 8 - Comprimento Mínimo de Transição.................................... ...................................25 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 8 1.1 Pesquisa ............................................................................................................................. 9 1.2 Objetivo Geral .................................................................................................................... 9 1.3 Objetivo Específico ............................................................................................................ 9 1.4 Justificativa ........................................................................................................................ 9 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................................11 2.1 Estudo deTraçado ..............................................................................................................11 2.2.1 Classificação Funcional ..............................................................................................12 2.2.1.1 Sistema Arterial ..................................................................................................... 12 2.2.1.2 Sistema Coletor ..................................................................................................... 12 2.2.1.3 Sistema Local ........................................................................................................ 13 2.4.2.4 Classificação Técnica ............................................................................................ 13 2.3 Velocidade de Projeto ou Diretriz....................................................................................... 14 2.4. Curva de Concordância Horizontal ..................................................................................... 14 2.5 Raio Mínimo .....................................................................................................................15 2.6 Rampa Máxima .................................................................................................................. 16 2.7 Superelevação .................................................................................................................... 17 2.8 Superlargura....................................................................................................................... 18 2.9 Largura da Faixa de Rolamento .......................................................................................... 19 2.10 Largura do Acostamento .................................................................................................... 20 2.11 Distância de Visibilida ....................................................................................................... 21 2.12 Distância Mínima de Visibilidade de Parada........................................................................21 2.13 Distância de Visibilidade de Ultrapassagem..........................................................................23 2.14 Curva de Concordância Horizontal.........................................................................................23 2.15 Curva de Transição Horizontal...............................................................................................25 2.16 Curva Vertical de Concordância.............................................................................................26 3 METODOLOGIA........................................................................................................................28 3.1 Levantamento topográfico de campo ..................................................................................28 3.2 Representação do levantamento topográfico .......................................................................29 3.3 Elaboração do projeto no software AutoCAD Civil 3D ......................................................30 3.3.1 Criação do Alinhamento .............................................................................................30 3.3.2 Criação do Perfil Longitudinal ................................................................................... 31 3.3.3 Seção Transversal.........................................................................................................31 3.3.4 Superelevação .............................................................................................................32 3.3.5 Superlarga ..................................................................................................................33 3.3.6 Corredor .................................................................................................................... 33 3.3.7 Linhas de Seções ........................................................................................................ 34 3.3.8 Múltiplas Seções Transversais ....................................................................................35 3.3.9 Diagrama de Massas .................................................................................................. 35 3.3.10 Pranchas para Plotagem ..............................................................................................36 3.3.11 Relatórios ...................................................................................................................37 3.3.12 Passeio Virtual ........................................................................................................... 38 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................................39 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................40 6 ANEXO ......................................................................................................................................418 1 INTRODUÇÃO Esse projeto geométrico e terraplenagem foram elaborados a partir de uma estrada rural existente que será projetado atendendo as normatizações vigentes para projeto. O presente estudo busca apresentar estudos geométricos baseados em princípios de geometria e física. Incluindo cálculos teóricos, como também característica da estrada juntamente com volume de tráfego e relevo. Para determinar a velocidade diretriz ou de projeto, é necessário fazer um estudo sobre o relevo e o volume de tráfego da estrada em questão. O segmento de rodovia em estudo foi indicado a partir das coordenadas UTM que liga a Rodovia SP-320 (Euclides da Cunha - Km 512) e a Rodovia Vicinal Adriano Pedro Assi - Km 4, próximo ao município de Votuporanga no Estado de São Paulo. - Início do segmento: 613250,60E, -7739214,07N - Final do segmento: 611410,56E, -7737759,78N - Extensão do segmento de rodovia igual a 2.658,60 Km Figura 1 - Foto do segmento em estudo Fonte: Google Earth Pro 9 1.1 Pesquisa Para o desenvolvimento do projeto geométrico segmento rodovia classe III, foi necessário que a rodovia apresentasse planície levemente ondulada, que atenda as diretrizes solicitadas, observando as seguintes considerações: frenagem, aceleração, visibilidade, segurança, conforto, estética, viabilidade de implantação. As normatizações do trabalho apresentado como acadêmico apresenta normatizações observadas no Manual de projetos Geométrico de Rodovias Rurais de 1999 elaborado pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER (atual DNIT), e demais bibliografias pertinentes para o desenvolvimento do projeto geométrico e de terraplanagem. 1.2 Objetivo Geral O projeto em estudo busca apresentar melhorias em rodovia rural de ligação entre Rodovia SP-320 (Euclides da Cunha - Km 512) e a Rodovia Vicinal Adriano Pedro Assi - Km 4, próximo ao município de Votuporanga no Estado de São Paulo, adotando as normatizações vigentes tendo como objetivo o desenvolvimento das melhorias do sistema viário existente, estabelecendo prioridades com vistas às demandas de tráfego e apresenta desenvolvimento para a topografia e terraplenagem, viabilizando economicamente as melhorias da rodovia em estudo. 1.3 Objetivo Específico Desenvolver projeto para implantação de melhorias na rodovia já existente, utilizando as normatizações em vigor, buscando: - reduzir o tempo de viagem, - aumentar segurança dos usuários, - conforto de trafegabilidade, - implantar a rodovia atendendo as normatizações atuais. 1.4 Justificativa Em razão da situação atual da estrada rural, objeto de estudo desse trabalho, serão apresentadas melhorias significativas para todos aqueles que utilizam a estrada, diária 10 ou esporadicamente. Por se tratar de uma rodovia rural não pavimentada, todas às vezes que há chuva de média a longa duração, transforma a estrada de terra batida em lama, provocando atoleiros e tornando seu tráfego inviável. 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O propósito deste estudo seguiu a teórica do Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais de 2012 (volumes I, II, III) DER/SP - a consulta e a adoção da normatização do Manual de projetos Geométrico de Rodovias Rurais de 1999 elaborado pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER (atual DNIT), esses estudos têm por objetivo verificar o comportamento do sistema viário existente para, posteriormente, estabelecer prioridades de ligação com vistas às demandas de tráfego detectadas e projetadas, de acordo com os dados socioeconômicos da região em estudo. Necessitamos cada vez mais projetar rodovias atendendo normas com valores ideais pela implantação da boa técnica e minimizando custo. As diretrizes iniciais para projetos de geometria e terraplenagem indicam que, segundo o Manual de Geometria e Terraplenagem do DNER, as duas principais consultas para elaboração de projetos são: Volume de tráfego e o relevo da rodovia. Volume de tráfego é o número de veículos que passa por uma determinada seção de uma estrada, num determinado intervalo de tempo. Relevo da rodovia são as declividades do terreno existente e das condições topográficas necessárias para o projeto. 2.1 Estudo de traçado Em função da situação geométrica atual da rodovia, serão desenvolvidos os projetos Geométricos e de Terraplanagem através dos conhecimentos adquiridos no curso de graduação de Engenharia Civil da UNIFEV. Este projeto busca a melhoria de um trecho rodoviário localizado numa região de relevo plano à levemente ondulado com classificação de classe III. Para o desenvolvimento do projeto em estudo, será utilizado softwares da Autodesk, Infraworks 360 para o projeto preliminar, e o AutoCAD civil 3D para o projeto definitivo. Em busca de melhores soluções técnicas, procedimentos e cálculos que, harmonicamente, proponham as melhores soluções: O traçado necessita, tanto quando possível, amoldar-se geometricamente aos acidentes topográficos, atendendo a determinados requisitos estipulados em função do padrão definidos para a via em consequência dos estudos operacionais, nos quais 12 se determina a velocidade diretriz. De início esse traçado é posicionado em uma representação gráfica do terreno; faz – se uma associação do traçado com a topografia. Submete-se o traçado a uma análise dos outros setores participantes do projeto para verificação dos possíveis problemas que poderão advir. Uma particular preocupação pode ocorrer é quando à geologia da região atravessada, que pode significar a necessidade de obras especiais e elevação dos custos. A análise de cada setor será encaminhada à coordenação do projeto, à qual sabem as providencias para os possíveis ajustes que forem considerados. (ANTAS et al., 2010) O DNER (1999) agrupa as rodovias rurais brasileiras em três sistemas funcionais: Sistema Arterial, Sistema Coletor, Sistema Local. 2.2.1 Classificação Funcional As rodovias são agrupadas em Sistemas e Classes de acordo com o tipo de serviço que proporcionam e as funções que exercem. O serviço é avaliado pelas possibilidades operacionais, levando-se em consideração a mobilidade de tráfego e de acesso disponível e também outras funções de caráter político-administrativo. As rodovias brasileiras são classificadas em três grandes sistemas funcionais. (ANTAS et al, 2010). 2.2.1.1 Sistema Arterial Caracteriza-se por proporcionar alto nível de mobilidade para grandes volumes de tráfego. A principal função é atender o tráfego de longa distância interestadual ou internacional, podendo ocasionalmente servir ao tráfego local. (ANTAS et al, 2010). Subdivide em Sistema Arterial Principal, Primário e Secundário, de acordo com os tráfegos de longa distância. 2.2.1.2 Sistema Coletor Destina-se a atender núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego de menor vulto, não servidos pelo sistema arterial. Subdivide em Sistema Coletor primário, quando as rodovias atendem o tráfego intermunicipal fazendo ligação de sistemas arteriais, e o secundário que priorizam o acesso a áreas menores, de baixa densidade populacional. (ANTAS et al, 2010). 13 2.2.1.3 Sistema Local Esse sistema é constituído por rodovias de pequena extensão, destinada essencialmente a proporcionar acesso ao tráfego intramunicipal de áreas rurais e de pequenas localidades às rodovias de nível mais importante. (ANTAS et al, 2010). 2.2.1.4 Classificação TécnicaNo âmbito rodoviário, as estradas de mesma característica técnicas são reunidas em classes definida pelos mesmos elementos de projeto. Todas as características são necessárias para garantir mobilidade, o conforto e a segurança aos usuários. (ANTAS et al, 2010). Classe 0: Via expressa com pista dupla, controle de acessos e bloqueio de pedestres. Classe I-A: Rodovia de pista dupla com controle parcial de acesso. Atende grandes volumes de tráfego que são interceptados pelos acessos, diminuindo o nível de serviço. Classe I-B: Rodovia de pista simples de elevado padrão, que suportam tráfegos para 10 anos após a liberação do trecho. Volumes inferiores à classe I-A, mas superiores um volume médio diário de 1400 veículos mistos e com volume horário de projeto superior a 200 veículos. Classe II: Rodovia de pista simples prevista para atender volume médio diário bidirecional de 700 a 1400 veículos. Classe III: Rodovia de pista simples prevista para atender volume médio diário bidirecional de 300 a 700 veículos. Classe IV: Rodovia de pista simples, com apenas revestimento primário, compreende as estradas locais e as vicinais. Subdivide em classe IV-A, para volume médio diário entre 50 e 200 veículos, e a classe IV-B, para volume médio diário inferior a 50 veículos. (ANTAS et al, 2010). 14 2.3 Velocidade de Projeto A velocidade de projeto constitui-se a principal parâmetro para dimensionamento dos elementos do projeto geométrico. Deve ser definida no projeto de acordo com a classificação da via e a irregularidade do terreno onde se desenvolve o traçado. (ANTAS et al, 2010). A velocidade de diretriz é a selecionada para fins de projeto da via e que condiciona a principal característica da mesma, tais como curvatura, superelevação e distância de visibilidade, das quais depende a operação segura e confortável dos veículos. Representa a maior velocidade com que pode ser percorrido um trecho viário cuja superfície de rolamento apresenta características normais de rugosidade e ondulações, com segurança e em condições aceitáveis de conforto, mesmo com o pavimento molhado, quando o veículo estiver submetido apenas às limitações impostas pelas características geométricas, sem influencia do tráfego. (ANTAS et al, 2010). Um dos principais fatores que governam a adoção de valores para a velocidade diretriz e o custo de construção resultante. Velocidades diretrizes elevadas requerem características geométricas mais amplas, principalmente no que se referem a curvas verticais e horizontais, acostamentos e larguras, que geralmente elevam consideravelmente o custo de construção. A velocidade de projeto de um determinado trecho de estrada deve ser coerente com a topografia da região e a classe da rodovia. (ANTAS et al, 2010). Quadro 1: Velocidade de projeto ou diretriz CLASSES DE PROJETO REGIÃO PLANA ONDULADA MONTANHOSA 0 100 100 80 I A 100 80 60 B 100 80 60 II 80 70 50 III 70 60 40 IV A 60 40 30 B 60 40 30 Fonte: Adaptado do DNER 2.4 Curva de Concordância Horizontal A geometria de uma estrada é definida pelo traçado do seu eixo em planta e pelo perfiz longitudinal e transversal. De maneira simplificada, o traçado em planta é 15 composto de trechos retos concordados por curvas horizontais que são usadas, em geral, para desviar de obstáculos que possam ser vencidos economicamente. (ANTAS et al, 2010). De acordo com (DNER, 1999) para os projetos rodoviários existem três tipos de concordância entre as tangentes: Curva Circular Simples, Curva Circular Composta e Curva Circular com Transição em Espiral. Curva Circular Simples: quando dois trechos em tangentes são ligados por um arco de círculo. Curva Circular Composta: quando a concordância é feita por dois ou mais arcos de círculos sucessivos, girando no mesmo sentido. Curva Circular com Transição em Espiral: quando a concordância com a tangente é feita com uma curva circular por meio de uma curva de raio variável, chamada de curva de transição. Em seguida utiliza-se uma curva semelhante de raio decrescente para passar de a curva circular para a tangente. 2.5 Raio Mínimo Partindo-se da interdependência entre a velocidade, raio das curvas e a taxa de superelevação, uma vez sejam estabelecidos velocidade diretriz em um projeto e fixada a máxima taxa de superelevação, ter-se-á definido o menor raio de curva a ser adotado, isto é, o raio mínimo das curvas de concordância horizontal. (ANTAS et al, 2010, p. 50) 𝑅 = 𝑉2 127,138 𝑥 (𝑒𝑚𝑎𝑥+𝑓𝑚𝑎𝑥) (Equação 1) Quadro 2: Raio mínimo de Rodovia (m) Fonte: Fonte: (ANTAS, 2010) 16 No que se refere às curvas horizontais, o primeiro elemento fixado é o raio mínimo, pois a força centrífuga que age na curva – já fixada à velocidade – passa a ser função desse raio. A força centrífuga, que age nas curvas, tende a deslocar o veículo para o lado externo dessa curva. Para se equilibrar essa força e mantiver o veículo circulando em uma curva, com as mesmas condições de tangente, é necessário contar-se com o atrito lateral entre o pneu e o pavimento e com mais uma força, que é função da inclinação para dentro que se dá à pista. Essa força é a componente do peso, na direção e em sentido contrário à força centrífuga. (DE SENÇO, 2008) Figura 2: Força centrífuga Fonte: DE SENSO, 1980. 2.6 Rampa máxima De acordo com SENÇO (2008, p. 154), as definições de rampas máximas podem ser utilizadas com valores constantes dentro das normas técnicas de projeto, atendendo ao funcionamento, tanto por condições de trafegabilidade das estradas que serão percorridas, como pela eficiência mecânica dos motores veiculares. Segundo (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004): Veículos de passageiros: Conseguem vencer rampas de 4 a 5% com perda de velocidade muito pequena. Em rampas de até 3%, o comportamento desses veículos é praticamente o mesmo que nos trechos em nível. Caminhões: A perda de velocidade em rampa é bem maior do que a dos veículos de passageiros. Para determinarmos as inclinações máximas admissíveis, devemos levar em conta fatores de desempenho de veículos leves e pesados, pois eles têm comportamentos diferentes diante das rampas. Estradas com altas velocidades de projeto, até 3% de rampas, não afetam veículos leves a médio e afetam muito poucos caminhões leves a médios. Rampas 17 com até 6%, tem pouca influência ao movimento de veículos leves, mas caminhões pesados são bastante afetados por essas rampas, sendo recomendado a estradas de baixa velocidade de projeto. Rampas superiores a 7%, só é recomendado à estradas secundárias, com baixo volume de tráfego, onde a perda de velocidade de veículos pesados não provoque congestionamento, ou em estradas destinadas ao fluxo exclusivo de passageiros. Nesse tipo de estrada, em regiões montanhosas, podem ser utilizadas rampas de até 12 %. Em estradas de regiões montanhosas e de topografia desfavorável, poderão ser adotados valores superiores às rampas máximas, dando mais liberdade aos projetistas que não terão que fazer pesados movimentos de terra, aterros e cortes altos, construção de túneis e viadutos elevando o custo final da obra. (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004). A seguir demonstraremos as inclinações máximas das rampas, como mostra a quadro a seguir: Quadro 3: Inclinação Máxima das Rampas Fonte: DNER (1999) 2.7 Superelevação A superelevação é a inclinação transversal necessária nas curvas a fim de combater a força centrífuga desenvolvida nos veículos e dificultar a derrapagem. Ela é em função do raio de curvatura e da velocidade do veículo. (PONTES, 1998, p.17). 18 Figura 3: Superelevação Fonte: (PontesFilho, 1998) 2.8 Superlargura A pista de uma estrada muitas vezes é alargada nas curvas, a fim de dar ao motorista as mesmas condições de operação do veículo encontradas nos trechos em tangente. O alargamento da pista em certas curvas é necessário porque: Quando o veículo percorre uma curva circular, o ângulo que suas rodas dianteiras formam com o eixo longitudinal do veículo é constante e a trajetória de cada ponto do veículo é circular. O anel circular formado pela trajetória de seus pontos externos é mais largo que o gabarito transversal do veículo em linha reta. O motorista tem maior dificuldade em manter o veículo sobre o eixo faixa de tráfego. Num trecho em curva, observações feitas indicam que o veículo mantém o eixo traseiro, e chega ao limite (eixo) da faixa de tráfego. (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004) 19 Figura 4: Superlargura Fonte: (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004) Devido a isso, estradas com pistas estreitas ou com curvas fechadas necessitam de um alargamento nos trechos em curva, mesmo que a velocidade seja baixa. A superlargura 𝑆 pode ser calculada com a seguinte equação: 𝑆 = 2. [𝐿 + 𝑏2 2.𝑅 + 𝐺𝐿] + √𝑅2 + 𝐹. (𝐹 + 2. 𝑏) − 𝑅 + 𝑉 10.√𝑅 − 𝐿𝐵 (Equação 2) 𝑆 - superlargura, em metros; 𝐿- largura física do veículo, em metros; 𝑏- distância entre eixos, em metros; 𝐹- balanço direito do veículo, em metros; 𝑅- raio da curva, em metros; 2.9 Largura da Faixa de Rolamento A largura da faixa de rolamento será função do veículo de projeto, escolhido na análise da composição de tráfego, das velocidades de diretriz. Como os veículos se deslocam em fila, com movimentos contínuos em sentidos opostos, a pista de rolamento contém, no mínimo, duas faixas de trafego ou de rolamento. Nesse caso tem-se uma faixa para cada sentido, característica da pista simples. (ANTAS et al, 2010). Evidente que a faixa de rolamento deverá conter a largura do veículo acrescida de folgas laterais para permitir a circulação segura dos mesmos. A observação continuada do procedimento dos usuários em uma rodovia permitiu estabelecer as dimensões da folga lateral, em função da velocidade. (ANTAS et al, 2010). 20 Figura 5: Largura de Faixa de Rolamento Fonte: ANTAS, 2010. Os valores básicos recomendados para a largura de uma faixa de rolamento pavimentada em tangente se apresentam no quadro abaixo: (ANTAS et al, 2010). Quadro 4: Largura de Faixa de Rolamento CLASSES DE PROJETO RELEVO PLANO ONDULADO MONTANHOSO 0 3,60 3,60 3,60 I 3,60 3,60 3,50 II 3,60 3,50 3,30 III 3,50 3,30 3,30 IV-A 3,00 3,00 3,00 IV-B 2,50 2,50 2,50 Fonte: (Adaptado) Manual Projeto Geométrico de Rodovias Rurais / DNER, 1999. (atual DNIT) 2.10 Larguras do Acostamento Os acostamentos são faixas que ladeiam as pistas de rolamento com várias finalidades, entre elas (ANTAS et al, p. 30): Proporcionar estacionamento para veículos acidentados ou com defeito; Proporcionar estacionamento para veículos cujos motoristas queiram fazer um pequeno repouso ou se sintam incapacitados de continuar dirigindo; Proporcionar parada de ônibus para decida e subida de passageiro; Proporcionar espaço para que qualquer veículo possa recuperar a faixa de rolamento respectiva em caso de rápido desgoverno; Proporcionar suporte lateral o pavimento; 21 Nas ocasiões de conservação da pista, proporcionar local de depósito materiais e de eventual estacionamento de equipamentos; Tráfego de pedestres, bicicletas ou mesmo veículos de tração animal; Estimular ao motorista a usar integramente a faixa de rolamento; Quadro 5: Largura do Acostamento FONTE: Manual Projeto Geométrico de Rodovias Rurais / DNER, 1999. (atual DNIT) 2.11 Distancia de Visibilidade O projeto de uma estrada deve sempre ser definido de forma que o motorista tenha a melhor visibilidade possível de toda estrada. As distâncias de visibilidade básicas para o projeto geométrico rodoviário são as distâncias de visibilidade de parada e as de ultrapassagem. Segundo DNER, as distancias de visibilidade traduzem os padrões a serem proporcionais ao motorista, de modo que esse não sofra limitações visuais diretamente vinculadas às características geométricas da rodovia e possa controlar o veículo a tempo, seja para imobilizá-lo, seja para interromper ou concluir uma ultrapassagem, em condições aceitáveis de conforto e segurança. (PONTES, 1998) 2.12 Distância Mínima de Visibilidade de Parada É a distância mínima necessária para que um veículo que percorre uma estrada possa parar antes de atingir um obstáculo na sua trajetória. A soma de duas parcelas, 𝐷1 e 𝐷2, obtém-se a distância de visibilidade parada. A primeira parcela, 𝐷1, é relativa à distância percorrida pelo veículo no intervalo de tempo entre o instante em que o motorista vê o obstáculo e o instante em que inicia a frenagem (tempo de percepção). A segunda parcela, 22 𝐷2, é relativa à distancia percorrida pelo veículo durante a frenagem. (PONTES FILHO, 1998). Figura 6: Distância mínima de visibilidade de parada Fonte: PONTES, 1998. A AASHTO, baseada em várias experiências, aconselha o uso de 1,5 segundos para esse tempo de percepção do obstáculo. Adicionando-se a esse valor o tempo necessário à reação de frenagem (1,0 seg.), teremos o tempo total de percepção e reação de 𝑡 = 2,5 segundos. (PONTES FILHO, 1998). 𝐷1 = 2,5. v(𝑚/𝑠) = 2,5. 𝑉(𝑘𝑚/ℎ) 3,6 = 0,7. 𝑉 (Equação 3) Em unidades usuais, e sendo g =9,8 m/s a equação 4 fica: 𝐷2 = (𝑉/3,6)² 2.9,8.𝑓 = 𝑉² 255.𝑓 (Equação 4) Assim, teremos para distancia de visibilidade de parada: 𝐷𝑃 = 𝐷1 + 𝐷2 (Equação 5) 𝐷_𝑃 = 0,7. 𝑉 + 𝑉²/(255. (𝑓 + 𝑖)) (Equação 6) Onde: 𝐷𝑃 = distância de visibilidade de parada, em metros. 𝑖 = greide, em m/m (+, se ascendente; -, se descendente) 𝑉 = velocidade de projeto ou de operação, em km/h. 𝑓 = coeficiente de atrito longitudinal pneu/pavimento 23 Quadro 6: Coeficiente de atrito longitudinal pneu/pavimento Vdiretriz (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 120 𝑓 = 𝑓𝐿 0,40 0,37 0,35 0,33 0,31 0,30 0,29 0,28 0,25 Fonte: DNER 2.13 Distância de Visibilidade de Ultrapassagem É a distância que deve ser proporcional ao veículo, numa pista simples de mão dupla para que, quando estiver trafegando atrás de um veículo mais lento, possa efetuar uma manobra de ultrapassagem em condições aceitáveis de segurança e conforto. (Pontes Filho, 1998, p.67). Quadro 7: Distância de mínima visibilidade de ultrapassagem Fonte: DNER Segundo Pontes, 1998, em rodovias de pista simples e mão dupla, torna-se necessário proporcionar, a intervalo tão frequentes quanto possível, trechos com distância de visibilidade de ultrapassagem. A frequência dos trechos que proporcionam visibilidade de ultrapassagem, bem como sua extensão, é restringida pelos custos de construção decorrentes. Porém, quanto mais elevados forem os volumes de tráfego, mais longos e frequentes deverão ser os trechos com essa característica, sob pena do nível de serviço da rodovia cair sensivelmente, em consequência da redução da capacidade. É importante que devam existir trechos com visibilidade de ultrapassagem a cada 1,5 a 3,0 Km e tão extenso quanto possível. É sempre desejável que sejam proporcionadas distancias superiores, aumentando as oportunidades de ultrapassagem e o número de veículos que realizam a cadavez. (PONTES, 1998) 2.14 Curva de concordância horizontal Traçar uma estrada com linhas retas, concordando diretamente com curvas circulares, criam-se problemas nos pontos de concordância. A passagem da tangente para a circular (PC) e da circular para a tangente (PT) não pode ser aceita racionalmente. Surge a 24 necessidade a necessidade de uma curvatura para cumprir uma progressividade com as seguintes funções de acordo com Pimenta e Oliveira: Permitir uma variação contínua da superelevação. Criar uma variação contínua de aceleração centrípeta na passagem do trecho reto para o trecho circular. Gerar um traçado que possibilite ao veículo manter-se no centro de sua faixa de rolamento. Proporcionar um trecho fluente, sem descontinuidade da curvatura e esteticamente agradável. (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004 De acordo com PIMENTA & OLIVEIRA (2004), para evitar essa espécie de choque dinâmico propiciado pela passagem instantânea de traçado em tangente (com raio infinito e força centrífuga nula) para traçado em curva circular (com raio limitado e força centrífuga constante), são introduzidas curvas especiais entre a tangente e a curva circular, denominadas curvas de transição. Estas curvas são projetadas de forma a permitir uma passagem suave entre a condição de trecho em tangente e a de trecho em curva circular. Como mostrado na figura a seguir: Figura 7: Perspectiva de Curva Horizontal Fonte: PIMENTA & OLIVEIRA (2004 , pg 37) As instruções do DNIT consideram que o comprimento de transição tem que proporcionar ao motorista perceber a inflexão do traçado da pista e permitir gerar o volante com segurança, considerando-se 2 segundos como tempo mínimo de percepção e reação, 25 como demonstrado no quadro 8, observando que o quadro em questão define o comprimento mínimo levando em consideração somente a velocidade diretriz. Quadro 8: Comprimento mínimo de transição Fonte: DNER (1999) 2.15 Curvas de Transição Horizontal Segundo (ANTAS et al, 2010), para curvas com raios muito grandes não há necessidade do uso de uma curva de transição especial. Só justifica a espiral de transição quando usar curvas com comprimento expressivo. Usualmente pode dispensar curva de transição com aceleração centrífuga inferior a 0,4 m/s², sendo R≥0,193*V². Pimenta define curva de transição, qualquer curva cujo raio varie de infinito até o valor de raio circular, em uma extensão conveniente, pode ser usada como curva de transição, entretanto, algumas curvas, caracterizadas do ponto de vista técnico, são melhores paras essas funções. (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004). Sendo uma espiral uma curva de equação R*L=K, o valor adotado da constante K está relacionado ao comprimento e ao raio trecho escolhido. Chamando de Ls o comprimento da curva de transição, o raio instantâneo da espiral será Rc, e o cumprimento da transição será Ls, definindo o valor de K na fórmula: K+Ls*Rc. O valor de Ts localiza os pontos TS e ST, em relação ao PI, o valor de p serve como valor da abscissa de centro, e como valor de afastamento da curva circular em relação as tangentes 26 Figura 8: Curva com Transição Fonte: PIMENTA & OLIVEIRA (2004) 2.16 Curvas Verticais de Concordância A curva vertical tem por objetivo atender as condições de segurança, visibilidade e aparência, permitindo drenagem adequada, e facilitando o planejamento e projeção entre as rampas moduladas. (PIMENTA & OLIVEIRA, 2004). Deve-se optar por curvas verticais de aplicação simples e que proporcione segurança, suavidade de deslocamento de veículos, drenagem adequada e aspectos agradáveis. Existem vários tipos de curvas geométricas, pelas virtudes de suas propriedades favoráveis, a maior parte dos órgãos viários recomenda a parábola do 2° grau. Quando ocorre a particularidade em que é importante a visibilidade, a parábola do 2° grau oferece uma variação constante da tangente, algo que outras curvas não oferecem. Porem, quando a diferença de declividade for pequena, torna-se indiferente o tipo de curva adotado. (ANTAS et al, 2010, p. 139). 27 Figura 9: Tipo de Curvas Verticais Fonte: www.google.com.br/search O DNER recomenda o uso de parábolas de 2o grau no cálculo de curvas verticais, de preferência simétricas em relação ao PIV, ou seja, a projeção horizontal das distâncias do PIV ao PCV e do PIV ao PTV são iguais a L/2, como mostrado na Figura a seguir: Figura 10: Parábola Emprega na Concordância Vertical Fonte: DNER 28 3 METODOLOGIA 3.1 Levantamento topográfico de campo A primeira etapa de um projeto geométrico é o levantamento topográfico. O levantamento significa descrição exata e detalhada do terreno. Para o procedimento em campo, utilizamos o levantamento planialtimétrico por caminhamento, o mais utilizado na prática, principalmente nas áreas grandes e acidentadas. Neste levantamento, as divisas são formadas por cercas ou matas. Figura 11: Inicio do levantamento em campo Figura 12: Alça de acesso Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal O método usado para realização deste levantamento foi por caminhamento, pelo qual o topógrafo caminha próximo à divisa amarrando os detalhes, como cercas, bordas e eixo. Figura 13: Alça de acesso (vista contrária) Figura 14: Levantamento da borda da estrada Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal Por ser uma estrada, optamos por uma poligonal de base aberta. É quando parte de um ponto escolhido e conhecido como origem, percorre-se a poligonal de base próximo ao perímetro, amarrando os detalhes e chegamos a um ponto desconhecido. Para 29 desenvolver este tipo de levantamento são necessárias quatro pessoas. Um topógrafo, um auxiliar para ré, um auxiliar para vante e um marreteiro para os piquetes e estacas. Neste levantamento usaram-se equipamentos topográficos como estação total, dois bastões com os prismas, piquetes e estacas. A estação total possui rotação horizontal e vertical, mede distâncias relativas entre pontos determinados. Para fazer medição é necessário posicionar o instrumento em local livre de obstáculos e mirar até o prisma. O prisma fica sobre uma vara metálica e deve ser colocado sobre o local onde se quer medir. A estação total emite um feixe de laser que reflete no prisma e retorna ao equipamento. Pelo tempo de resposta e o ângulo de rotação da luneta da estação, o computador interno calcula os ângulos e distancias armazenando os pontos em sua memória interna. O instrumento deve ser instalado com os serviços de nivelamento, vante (visada sentido do caminhamento) e ré (sentido contrário do caminhamento), zera o instrumento de acordo com o norte verdadeiro. A etapa seguinte será levantar os detalhes com o auxílio do prisma. 3.2 Representação do levantamento topográfico Depois de levantados todos os pontos necessários para medição, à etapa seguinte será baixar os dados em um computador e gerar uma planilha contendo azimutes, distâncias verticais e horizontais. Calcula-se a planilha e elaboração da planta topográfica, a qual pode ser realizada através do software TopoEVN ou AutoCAD. Foram levantados 296 pontos distribuídosentre os 2.658,60m e mais 59 pontos utilizando o Google Earth. Cada ponto contém três referências espaciais (leste, norte e elevação), dando uma média de 26m lineares entra cada conjunto de seção levantada. Com estes pontos mapeados, conseguimos uma representação gráfica através do software AutoCAD Civil 3D por meio de uma interpolação gráfica. Figura 15: Pontos levantados Pontos criados Superfície gerada Fonte: AutoCAD Civil 3D 30 3.3 Elaboração do projeto no software AutoCAD Civil 3D O AutoCAD Civil 3D é um software desenvolvido pela Autodesk, que variado possui uma variedade de ferramentas que facilitam na análise e desenvolvimento de projetos na área de transporte, análise de bacias hidrográficas, estudos hidráulicos e hidrológicos, como diversas aplicações envolvendo áreas ligadas ao meio ambiente. Ele utiliza a tecnologia BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção), onde toda inserção que provoque modificação é atualizada automaticamente em todas as fases do projeto, desde parâmetros básicos até a geração de relatórios finais de execução de projetos. Veremos agora o passo a passo da elaboração do nosso projeto no AutoCAD Civil 3D. 3.3.1 Criação do Alinhamento Para criarmos o alinhamento, nós utilizamos um eixo que fosse deslocado o mínimo possível do alinhamento natural da estrada, sempre respeitando os parâmetros exigidos em norma. Durante o processo de criação, as curvas entre tangentes foram criadas automaticamente, utilizando este recurso disponível no AutoCAD Civil 3D. É possível aplicar critérios de projeto em um alinhamento antes ou depois dele ser criado. As figuras 16 e 17 mostram como esse alinhamento foi criado: Figura 16: Pontos levantados no campo Figura 17: Criação do alinhamento Fonte: AutoCAD Civil 3D Fonte: AutoCAD Civil 3D 31 3.3.2 Criação do Perfil Longitudinal O perfil foi criado através do software AutoCAD Civil 3D, que vem mostrando as declividades e as elevações propostas a serem construídas. Tivemos o tirocínio de equilibrarmos as proporções de corte a aterro, de maneira tal que é possível utilizar todo material que será escavado nas seções de aterro. O perfil foi exibido em uma malha com anotações denominada Gráfico do perfil longitudinal. O perfil está sendo ilustrado na figura 18. Figura 18: Criação do perfil longitudinal Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.3 Seção Transversal A nossa seção transversal ou seção tipo foi criado com parâmetros definidos em Norma. A largura da faixa de rolamento para uma rodovia de classe III, de relevo ondulado, é de 3,30 metros de largura, mas a norma prevê uma adequação para estradas com alta taxa de porcentagem de veículos comerciais, que é ocaso dessa estrada que estamos projetando, sendo utilizada uma Largura mínima de 3,50 metros. O acostamento previsto por norma para a classe e relevo dessa rodovia seria 2,00 metros de largura. Mas, devido ao tráfego intenso de caminhões e carretas que utilizam essa estrada como alça de acesso até a usina COFCO Agri, adotamos 2,60 metros de largura para o acostamento. Também colocamos uma sarjeta com o meio-fio para escoamento da 32 água pluvial. E para finalizar a construção da nossa seção tipo colocamos os taludes de corte e aterro. Detalhes da seção transversal na figura 19. Figura 19: Seção Transversal Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.4 Superelevação Foi escolhida a superelevação máxima de 8% como prevista em Norma para os parâmetros da nossa estrada. A curva que teve a mínima superelevação foi a 1ª com 4%, e tivemos também três curvas com a máxima superelevação de 8%. Nas figuras 20 e 21 exemplos de superelevação máxima e mínima. Figura 20: 1ª curva (superelevação mínima) Figura 21: 4ª curva (superelevação máxima) Fonte: AutoCAD Civil 3D Fonte: AutoCAD Civil 3D 33 3.3.5 Superlargura A nossa superlargura foi calculada usando parâmetros de Norma com os seguintes critérios: Utilizamos veículo de projeto SR (veículos comerciais articulados, compostos, em geral, de unidade tratoras simples e semirreboque), largura longitudinal da distância entre eixo de 12 metros, em vista do alto volume de tráfego de carretas utilizada pela usina COFCO Agri, adotamos a superelevação máxima de 8%, com alargamento em ambos os lados, tendo a máxima superlargura na 1ª curva de 70 cm e a mínima superlargura na 4ª curva de 30 cm, como demonstrado nas figuras 22 e 23: Figura 22: 1ª curva (superlargura máxima) Figura 23: 4ª curva (superlargura mínima) Fonte: AutoCAD Civil 3D Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.6 Corredor Um corredor pode ser usado para modelar uma variedade de recursos, como rodovias, canais e pistas. Um modelo do corredor é criado usando submontagens, montagens, alinhamentos, superfícies e perfis. Objetos de corredor são criados ao longo de uma ou vários alinhamentos de linha de eixo colocando uma seção 2D (montagem) em locais incrementais e criando inclinações de correspondência que atingem um modelo de superfície em cada localização incremental. Em nosso projeto, o corredor foi criado a partir do início do segmento criando os taludes de aterro e corte até o final do segmento, como demonstrado na figura 24: 34 Figura 24: Criação do corredor Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.7 Linhas de Seções Este comando cria linhas de amostra ao longo de um alinhamento horizontal existente. As seções são cortadas ao longo de cada uma das linhas de amostra para um determinado conjunto de superfícies. Seções de corredor são criadas ao fazer a amostragem de um corredor. Neste projeto, nós criamos 1 linha de amostra a cada 20 metros em tangente, e nas curvas, como é necessária maior precisão, foi criado 1 a cada 10 metros, como demonstrado na figura 25: Figura 25: Linhas de Seções Fonte: AutoCAD Civil 3D 35 3.3.8 Múltiplas Seções Transversais Gráficos de seções transversais são criados a partir de linhas e seções. Um gráfico de seção é composto de uma malha na qual uma ou mais seções são exibidas como representado em linhas de gráfico. Um gráfico de seção é muito similar a um gráfico do perfil longitudinal. Ele consiste em uma malha ou gráfico com características específicas que são controladas por estilos de gráfico de seção. As faixas também podem ser exibidas abaixo ou acima do gráfico da seção. Neste projeto, foram criadas 189 seções transversais, abrangendo todo o alinhamento dessa estrada, ao lado das seções transversais tem uma tabela com os volumes das movimentações de corte a aterro, com as somatórias dos volumes acumulados, como demonstrado na figura 26: Figura 26: Múltiplas Seções Transversais Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.9 Diagrama de Massas A remoção em massa é definida como o volume de material multiplicado pela distância da movimentação durante a construção. Um diagrama de massa consiste em dois objetos: uma linha da remoção em massa e uma vista da remoção em massa. A linha de remoção em massa representa os volumes da distância de transportesem custo e de sobre- remoção nas condições de corte e aterro ao longo de um alinhamento. A vista da remoção em massa é a malha na qual a linha da remoção em massa é desenhada. 36 Toda vez que a linha do diagrama desce representa aterro, quando ela sobe representa corte. Na imagem a seguir, as áreas cinzas são de volumes de distância de transporte sem custo, e as áreas incolores são de volume de sobre-remoção como demonstrado na figura 27: Figura 27: Diagrama de Massas Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.10 Pranchas para Plotagem As molduras de vista que são criadas representam áreas retangulares ao longo do alinhamento que será exibido em planta/perfil ou somente plantas de folhas. Você pode criar planta/perfil, somente planta, somente perfil, e folha de seção. O fluxo de trabalho é diferente para cada uma. O desenho deve conter determinados dados antes de poder utilizar as ferramentas de produção de desenho. Além disso, você deve utilizar um modelo que está configurado para o tipo de folha que está criando, como demonstrado na figura 28: 37 Figura 28: Divisão e modelo de prancha Fonte: AutoCAD Civil 3D 3.3.11 Relatórios Utilizando o gerenciador de relatórios para acessar todos os tipos de relatório que estão disponíveis no AutoCAD Civil 3D. Podemos adicionar relatórios personalizados ao gerenciador de relatórios, de modo que a geração de relatórios personalizada possa ser feita através da mesma interface. Os relatórios podem ser salvos em diversos formatos, inclusive em HTML, em Adobe® PDF, em documento Microsoft® Word, em pasta de trabalho Microsoft® Excel e em documento de texto. Se o Microsoft® Office não estiver instalado, as opções para um documento do Word, pasta de trabalho do Excel e documento de texto não estarão disponíveis. O relatório será, então, exibido e salvo na localização especificada, como exemplo na figura a seguir: Figura 29: Relatórios Fonte: AutoCAD Civil 3D 38 3.3.12 Passeio Virtual Você pode simular a direção através de um modelo em 3D usando o comando conduzir. Um caminho de direção pode ser uma polilinha 3D, alinhamento e perfil, linhas de recurso de corredor e linhas de recurso de nivelamento ou imagem de levantamento topográfico. A guia Direção fornece comandos que permitem executar, pausar ou inverter a exibição de mover através do modelo. Você pode alterar a velocidade de unidade na simulação, bem como a localização do olho, estilo visual e objeto de destino. Durante o caminho, é construído um modelo virtual de como ficará o projeto finalizado da rodovia projetada, com toda a movimentação de corte e aterro com seus taludes construídos, como demonstrado na figura 30: Figura 30: Passeio Virtual Fonte: AutoCAD Civil 3D 39 4 CONCLUSÃO O projeto desenvolvido pelo estudo dessa estrada, onde foi projetada a geometria e a terraplanagem por meio de conhecimentos adquiridos neste curso de engenharia civil, e por parâmetros vigentes em normas, levou em consideração as premissas para uma via de classe III e relevo ondulado com velocidade diretriz de 60 km/h. Esse projeto foi elaborado tentando aproveitar ao máximo o traçado original da estrada existente, viabilizando a sua implantação, trazendo segurança e conforto aos usuários, e dessa forma melhorando sua trafegabilidade. Depois do projeto geométrico terminado, a segunda etapa será a elaboração do projeto de um trevo no encontro da rodovia projetada com a rodovia vicinal Adriano Pedro Assi, juntamente com a pavimentação asfáltica dessa estrada, sendo objeto de estudo futuro. 40 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AASHTO, American Association of State Highway and Transportation Officials – “A Policy on Geometric Design of Highways and Streets”, Washington, D.C., 2001. ANTAS, P. M. et. al.; Estradas: projeto geométrico e de terraplenagem. Rio de Janeiro: Interciência, 2010. 282p. DNER – “Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais”, Rio de Janeiro, 1999 (atual DNIT). GUEDES, A.E.L. Projeto geométrico e terraplenagem para implantação e pavimentação de rodovia. 2015.57 f. trabalho de conclusão de curso (Pós-Graduação em Geometria e terraplenagem de Rodovias) - Fundação Mineira de Educação e Cultura, Belo Horizonte, 2015. PIMENTA, C.R.T; O LIVEIRA, M.P. Projeto Geométrico de Rodovias. 2ª Edição: Rima, 2004. PONTES FILHO, Glauco. Estradas de rodagem projeto geométrico. São Carlos: G. Pontes Filho,1998. SENÇO, W. Manual de técnicas de projetos rodoviários. PINI, 2008. 760p. 41 6 ANEXO A - RELATOÓRIO DE VOLUME (CORTE/ATERRO) Relatório da área/volume (corte/aterro) Estaca inicial: 0+000.000 Estaca final: 2+658.60 Estaca 20 metros Área de corte (m²) Volume de corte (m³) Volume reutilizáv. (m³) Área de aterro (m²) Volume de aterro (m³) Vol. corte acumul. (m³) Vol. Reutilizáv. acumul. (m³) Vol. aterro acumul. (m³) Vol. líquido acumul. (m³) 0 10.50 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1 0.00 105.01 105.01 8.40 84.00 105.01 105.01 84.00 21.01 2 0.00 0.00 0.00 28.13 365.30 105.01 105.01 449.30 -344.29 3 0.00 0.00 0.00 49.02 771.48 105.01 105.01 1220.78 -1115.77 4 0.00 0.00 0.00 59.73 1087.51 105.01 105.01 2308.29 -2203.28 5 0.00 0.00 0.00 70.22 1299.51 105.01 105.01 3607.80 -3502.79 6 0.00 0.00 0.00 84.81 1550.27 105.01 105.01 5158.07 -5053.05 6+10 0.00 0.00 0.00 89.53 871.72 105.01 105.01 6029.78 -5924.77 7 0.00 0.00 0.00 95.37 924.54 105.01 105.01 6954.33 -6849.31 7+10 0.00 0.00 0.00 98.19 967.81 105.01 105.01 7922.14 -7817.13 8 0.00 0.00 0.00 102.69 1004.40 105.01 105.01 8926.54 -8821.53 8+10 0.00 0.00 0.00 109.13 1059.12 105.01 105.01 9985.66 -9880.65 9 0.00 0.00 0.00 114.69 1119.09 105.01 105.01 11104.76 -10999.74 9+10 0.00 0.00 0.00 121.99 1183.40 105.01 105.01 12288.15 -12183.14 10 0.00 0.00 0.00 128.77 1253.79 105.01 105.01 13541.94 -13436.93 10+10 0.00 0.00 0.00 130.58 1296.75 105.01 105.01 14838.70 -14733.68 11 0.00 0.00 0.00 124.68 1276.33 105.01 105.01 16115.03 -16010.01 11+10 0.00 0.00 0.00 118.18 1214.29 105.01 105.01 17329.31 -17224.30 12 0.00 0.00 0.00 112.76 1154.69 105.01 105.01 18484.01 -18378.99 12+10 0.00 0.00 0.00 108.36 1105.61 105.01 105.01 19589.62 -19484.61 13 0.00 0.00 0.00 101.82 1050.90 105.01 105.01 20640.53 -20535.51 13+10 0.00 0.00 0.00 91.41 966.16 105.01 105.01 21606.68 -21501.67 14 0.00 0.00 0.00 81.54 864.75 105.01 105.01 22471.43 -22366.42 14+10 0.00 0.00 0.00 72.00 767.69 105.01 105.01 23239.12 -23134.11 15 0.00 0.00 0.00 61.43 667.15 105.01 105.01 23906.27 -23801.25 15+10 0.00 0.00 0.00 50.04 557.33 105.01 105.01 24463.60 -24358.59 16 0.00 0.00 0.00 41.21 456.24 105.01 105.01 24919.84 -24814.83 17 0.00 0.00 0.00 26.76 679.75 105.01 105.01 25599.59 -25494.58 18 0.00 0.00 0.00 14.33 410.89 105.01 105.01 26010.49 -25905.47 19 2.24 22.36 22.36 0.21 145.34 127.37 127.37 26155.82 -26028.45 20 12.06 142.95 142.95 0.00 2.07 270.32 270.32 26157.89 -25887.57 21 20.29 323.47 323.47 0.00 0.00 593.79 593.79 26157.89 -25564.10 22 29.34 496.32 496.32 0.00 0.00 1090.11 1090.11 26157.89 -25067.78 22+10 33.96 316.53 316.53 0.00 0.00 1406.64 1406.64 26157.89 -24751.26 42 Estaca 20 metros Área de corte (m²) Volume de corte (m³) Volume reutilizáv. (m³) Área de aterro (m²) Volume de aterro (m³) Vol. corte acumul. (m³) Vol. Reutilizáv. acumul. (m³) Vol. aterro acumul. (m³) Vol. líquido acumul. (m³) 23 37.51 357.36 357.36 0.00 0.00 1763.99 1763.99 26157.89 -24393.90 23+10 42.14 398.25 398.25 0.000.00 2162.24 2162.24 26157.89 -23995.65 24 44.95 435.45 435.45 0.00 0.00 2597.70 2597.70 26157.89 -23560.20 24+10 45.18 450.67 450.67 0.00 0.00 3048.37 3048.37 26157.89 -23109.53 25 44.76 449.71 449.71 0.00 0.00 3498.08 3498.08 26157.89 -22659.81 25+10 45.26 450.11 450.11 0.00 0.00 3948.20 3948.20 26157.89 -22209.70 26 44.19 447.26 447.26 0.00 0.00 4395.46 4395.46 26157.89 -21762.44 26+10 42.95 435.67 435.67 0.00 0.00 4831.12 4831.12 26157.89 -21326.77 27 41.57 422.58 422.58 0.00 0.00 5253.71 5253.71 26157.89 -20904.19 27+10 40.47 410.22 410.22 0.00 0.00 5663.93 5663.93 26157.89 -20493.97 28 38.48 394.77 394.77 0.00 0.00 6058.69 6058.69 26157.89 -20099.20 28+10 35.50 369.90 369.90 0.00 0.00 6428.59 6428.59 26157.89 -19729.30 29 34.10 347.99 347.99 0.00 0.00 6776.59 6776.59 26157.89 -19381.31 30 31.19 652.92 652.92 0.00 0.00 7429.50 7429.50 26157.89 -18728.39 31 28.18 593.74 593.74 0.00 0.00 8023.24 8023.24 26157.89 -18134.65 32 24.78 529.57 529.57 0.00 0.00 8552.82 8552.82 26157.89 -17605.08 33 22.67 474.44 474.44 0.00 0.00 9027.26 9027.26 26157.89 -17130.64 34 16.02 386.82 386.82 0.00 0.00 9414.08 9414.08 26157.89 -16743.81 35 6.38 223.91 223.91 0.19 1.90 9637.99 9637.99 26159.79 -16521.80 36 1.35 77.31 77.31 3.24 34.28 9715.30 9715.30 26194.08 -16478.78 37 0.00 13.64 13.64 8.63 118.66 9728.94 9728.94 26312.73 -16583.79 38 0.00 0.09 0.09 17.54 261.67 9729.04 9729.04 26574.40 -16845.37 39 0.00 0.00 0.00 33.91 514.53 9729.04 9729.04 27088.94 -17359.90 39+10 0.00 0.00 0.00 45.19 395.54 9729.04 9729.04 27484.47 -17755.43 40 0.00 0.00 0.00 57.28 512.36 9729.04 9729.04 27996.83 -18267.79 40+10 0.00 0.00 0.00 66.14 617.10 9729.04 9729.04 28613.93 -18884.89 41 0.00 0.00 0.00 68.74 674.41 9729.04 9729.04 29288.35 -19559.31 41+10 0.00 0.00 0.00 71.79 702.64 9729.04 9729.04 29990.99 -20261.95 42 0.00 0.00 0.00 75.21 734.97 9729.04 9729.04 30725.96 -20996.93 42+10 0.00 0.00 0.00 79.33 772.67 9729.04 9729.04 31498.63 -21769.59 43 0.00 0.00 0.00 82.00 806.65 9729.04 9729.04 32305.28 -22576.24 43+10 0.00 0.00 0.00 81.28 816.42 9729.04 9729.04 33121.70 -23392.66 44 0.00 0.00 0.00 79.30 802.92 9729.04 9729.04 33924.61 -24195.57 45 0.00 0.00 0.00 72.98 1522.86 9729.04 9729.04 35447.48 -25718.44 46 0.00 0.00 0.00 70.93 1439.10 9729.04 9729.04 36886.58 -27157.54 47 0.00 0.00 0.00 69.68 1406.02 9729.04 9729.04 38292.60 -28563.56 48 0.00 0.00 0.00 68.59 1382.69 9729.04 9729.04 39675.29 -29946.25 49 0.00 0.00 0.00 67.95 1365.44 9729.04 9729.04 41040.73 -31311.69 50 0.00 0.00 0.00 65.32 1332.74 9729.04 9729.04 42373.46 -32644.42 51 0.00 0.00 0.00 71.87 1371.91 9729.04 9729.04 43745.37 -34016.33 52 0.00 0.00 0.00 82.74 1546.09 9729.04 9729.04 45291.46 -35562.42 43 Estaca 20 metros Área de corte (m²) Volume de corte (m³) Volume reutilizáv. (m³) Área de aterro (m²) Volume de aterro (m³) Vol. corte acumul. (m³) Vol. Reutilizáv. acumul. (m³) Vol. aterro acumul. (m³) Vol. líquido acumul. (m³) 52+10 0.00 0.00 0.00 86.59 846.64 9729.04 9729.04 46138.10 -36409.06 53 0.00 0.00 0.00 87.87 872.26 9729.04 9729.04 47010.36 -37281.32 53+10 0.00 0.00 0.00 89.40 886.35 9729.04 9729.04 47896.71 -38167.67 54 0.00 0.00 0.00 89.08 892.44 9729.04 9729.04 48789.15 -39060.11 54+10 0.00 0.00 0.00 92.37 907.27 9729.04 9729.04 49696.42 -39967.38 55 0.00 0.00 0.00 92.67 925.21 9729.04 9729.04 50621.63 -40892.59 55+10 0.00 0.00 0.00 93.13 928.99 9729.04 9729.04 51550.61 -41821.57 56 0.00 0.00 0.00 90.92 920.22 9729.04 9729.04 52470.83 -42741.79 56+10 0.00 0.00 0.00 85.88 883.98 9729.04 9729.04 53354.81 -43625.77 57 0.00 0.00 0.00 79.91 828.94 9729.04 9729.04 54183.76 -44454.72 58 0.00 0.00 0.00 72.11 1520.23 9729.04 9729.04 55703.99 -45974.95 59 0.00 0.00 0.00 65.17 1372.86 9729.04 9729.04 57076.86 -47347.82 60 0.00 0.00 0.00 58.69 1238.66 9729.04 9729.04 58315.52 -48586.48 61 0.00 0.00 0.00 58.34 1170.35 9729.04 9729.04 59485.87 -49756.83 62 0.00 0.00 0.00 59.82 1181.62 9729.04 9729.04 60667.49 -50938.45 63 0.00 0.00 0.00 59.42 1192.44 9729.04 9729.04 61859.93 -52130.89 64 0.00 0.00 0.00 59.40 1188.22 9729.04 9729.04 63048.15 -53319.11 65 0.00 0.00 0.00 60.61 1200.11 9729.04 9729.04 64248.27 -54519.23 66 0.00 0.00 0.00 57.77 1183.81 9729.04 9729.04 65432.07 -55703.04 67 0.00 0.00 0.00 54.43 1121.95 9729.04 9729.04 66554.02 -56824.99 67+10 0.00 0.00 0.00 53.23 538.28 9729.04 9729.04 67092.31 -57363.27 68 0.00 0.00 0.00 53.23 532.31 9729.04 9729.04 67624.62 -57895.58 68+10 0.00 0.00 0.00 52.00 526.18 9729.04 9729.04 68150.80 -58421.76 69 0.00 0.00 0.00 48.46 502.31 9729.04 9729.04 68653.12 -58924.08 69+10 0.00 0.00 0.00 44.04 462.52 9729.04 9729.04 69115.63 -59386.59 70 0.00 0.00 0.00 37.50 407.74 9729.04 9729.04 69523.37 -59794.33 70+10 0.00 0.00 0.00 32.27 348.89 9729.04 9729.04 69872.26 -60143.22 71 0.00 0.00 0.00 27.02 296.48 9729.04 9729.04 70168.74 -60439.70 71+10 0.00 0.00 0.00 20.25 236.34 9729.04 9729.04 70405.08 -60676.04 72 0.00 0.00 0.00 13.65 169.50 9729.04 9729.04 70574.58 -60845.54 73 0.61 6.07 6.07 2.86 165.11 9735.11 9735.11 70739.69 -61004.58 74 4.59 51.93 51.93 0.02 28.78 9787.04 9787.04 70768.48 -60981.44 75 8.36 129.46 129.46 0.00 0.21 9916.49 9916.49 70768.69 -60852.20 76 11.54 199.02 199.02 0.00 0.00 10115.51 10115.51 70768.69 -60653.18 77 6.75 182.94 182.94 0.00 0.00 10298.45 10298.45 70768.69 -60470.24 78 3.49 102.47 102.47 0.05 0.45 10400.93 10400.93 70769.14 -60368.22 78+10 2.15 28.20 28.20 0.98 5.13 10429.12 10429.12 70774.27 -60345.14 79 2.08 21.14 21.14 1.43 12.06 10450.26 10450.26 70786.33 -60336.07 79+10 1.95 20.16 20.16 1.62 15.26 10470.42 10470.42 70801.59 -60331.17 80 1.91 19.32 19.32 1.81 17.14 10489.74 10489.74 70818.73 -60328.99 80+10 1.84 18.79 18.79 1.89 18.51 10508.54 10508.54 70837.24 -60328.70 44 Estaca 20 metros Área de corte (m²) Volume de corte (m³) Volume reutilizáv. (m³) Área de aterro (m²) Volume de aterro (m³) Vol. corte acumul. (m³) Vol. Reutilizáv. acumul. (m³) Vol. aterro acumul. (m³) Vol. líquido acumul. (m³) 81 1.40 16.22 16.22 23.08 10524.76 10524.76 70860.31 -60335.56 81+10 0.78 10.92 10.92 2.45 25.84 10535.68 10535.68 70886.16 -60350.48 82 1.36 10.74 10.74 2.78 26.15 10546.41 10546.41 70912.30 -60365.89 82+10 1.40 13.79 13.79 2.43 26.04 10560.21 10560.21 70938.35 -60378.14 83 1.29 13.44 13.44 3.24 28.35 10573.64 10573.64 70966.69 -60393.05 83+10 0.82 10.56 10.56 4.72 39.83 10584.20 10584.20 71006.52 -60422.32 84 0.10 4.60 4.60 4.65 46.84 10588.80 10588.80 71053.36 -60464.56 84+10 0.06 0.82 0.82 5.38 50.11 10589.61 10589.61 71103.47 -60513.86 85 0.04 0.53 0.53 5.52 54.47 10590.15 10590.15 71157.94 -60567.80 85+10 0.03 0.35 0.35 5.07 52.91 10590.50 10590.50 71210.85 -60620.36 86 0.07 0.49 0.49 5.80 54.31 10590.99 10590.99 71265.16 -60674.17 87 0.00 0.72 0.72 7.99 137.84 10591.70 10591.70 71403.00 -60811.30 88 0.00 0.00 0.00 11.83 198.18 10591.70 10591.70 71601.18 -61009.48 89 0.00 0.00 0.00 15.69 275.21 10591.70 10591.70 71876.39 -61284.69 90 0.00 0.00 0.00 17.22 329.11 10591.70 10591.70 72205.51 -61613.80 91 0.00 0.00 0.00 16.72 339.40 10591.70 10591.70 72544.91 -61953.20 92 0.00 0.00 0.00 21.40 381.19 10591.70 10591.70 72926.10 -62334.40 93 0.00 0.00 0.00 19.57 409.65 10591.70 10591.70 73335.75 -62744.04 94 0.00 0.00 0.00 15.81 353.80 10591.70 10591.70 73689.54 -63097.84 95 0.00 0.00 0.00 11.19 270.08 10591.70 10591.70 73959.63 -63367.92 96 0.15 1.55 1.55 6.24 174.33 10593.25 10593.25 74133.96 -63540.71 97 0.27 4.25 4.25 2.65 88.93 10597.51 10597.51 74222.89 -63625.38 98 4.01 42.82 42.82 0.01 26.68 10640.33 10640.33 74249.56 -63609.24 99 8.52 125.32 125.32 0.00 0.14 10765.65 10765.65 74249.70 -63484.05 100 11.12 196.37 196.37 0.00 0.00 10962.02 10962.02 74249.70 -63287.68 100+10 12.11 116.11 116.11 0.00 0.00 11078.13 11078.13 74249.70-63171.56 101 17.86 149.84 149.84 0.00 0.00 11227.97 11227.97 74249.70 -63021.72 101+10 24.66 212.63 212.63 0.00 0.00 11440.61 11440.61 74249.70 -62809.09 102 32.20 284.31 284.31 0.00 0.00 11724.91 11724.91 74249.70 -62524.78 102+10 39.56 358.76 358.76 0.00 0.00 12083.68 12083.68 74249.70 -62166.02 103 48.26 439.08 439.08 0.00 0.00 12522.76 12522.76 74249.70 -61726.94 103+10 55.88 520.68 520.68 0.00 0.00 13043.44 13043.44 74249.70 -61206.25 104 65.65 607.64 607.64 0.00 0.00 13651.08 13651.08 74249.70 -60598.62 104+10 78.89 722.71 722.71 0.00 0.00 14373.79 14373.79 74249.70 -59875.90 105 92.83 858.59 858.59 0.00 0.00 15232.38 15232.38 74249.70 -59017.31 105+10 104.78 988.05 988.05 0.00 0.00 16220.44 16220.44 74249.70 -58029.26 106 115.25 1100.16 1100.16 0.00 0.00 17320.60 17320.60 74249.70 -56929.10 106+10 122.08 1186.63 1186.63 0.00 0.00 18507.23 18507.23 74249.70 -55742.47 107 127.84 1249.60 1249.60 0.00 0.00 19756.83 19756.83 74249.70 -54492.86 108 136.44 2642.79 2642.79 0.00 0.00 22399.63 22399.63 74249.70 -51850.07 109 137.21 2736.47 2736.47 0.00 0.00 25136.10 25136.10 74249.70 -49113.60 45 Estaca 20 metros Área de corte (m²) Volume de corte (m³) Volume reutilizáv. (m³) Área de aterro (m²) Volume de aterro (m³) Vol. corte acumul. (m³) Vol. Reutilizáv. acumul. (m³) Vol. aterro acumul. (m³) Vol. líquido acumul. (m³) 110 138.22 2754.27 2754.27 0.00 0.00 27890.38 27890.38 74249.70 -46359.32 111 135.05 2732.60 2732.60 0.00 0.00 30622.98 30622.98 74249.70 -43626.72 112 132.11 2671.60 2671.60 0.00 0.00 33294.58 33294.58 74249.70 -40955.12 113 124.62 2567.33 2567.33 0.00 0.00 35861.91 35861.91 74249.70 -38387.79 114 127.84 2524.59 2524.59 0.00 0.00 38386.50 38386.50 74249.70 -35863.20 114+10 128.17 1280.04 1280.04 0.00 0.00 39666.53 39666.53 74249.70 -34583.16 115 128.10 1281.34 1281.34 0.00 0.00 40947.88 40947.88 74249.70 -33301.82 115+10 127.95 1280.27 1280.27 0.00 0.00 42228.15 42228.15 74249.70 -32021.55 116 128.50 1282.25 1282.25 0.00 0.00 43510.40 43510.40 74249.70 -30739.30 116+10 128.31 1284.06 1284.06 0.00 0.00 44794.46 44794.46 74249.70 -29455.24 117 128.83 1285.71 1285.71 0.00 0.00 46080.17 46080.17 74249.70 -28169.53 117+10 130.20 1295.15 1295.15 0.00 0.00 47375.31 47375.31 74249.70 -26874.39 118 129.52 1298.60 1298.60 0.00 0.00 48673.91 48673.91 74249.70 -25575.79 118+10 129.00 1292.60 1292.60 0.00 0.00 49966.51 49966.51 74249.70 -24283.19 119 129.83 1294.16 1294.16 0.00 0.00 51260.68 51260.68 74249.70 -22989.02 119+10 129.12 1294.76 1294.76 0.00 0.00 52555.44 52555.44 74249.70 -21694.26 120 128.08 1285.99 1285.99 0.00 0.00 53841.43 53841.43 74249.70 -20408.27 120+10 122.21 1251.45 1251.45 0.00 0.00 55092.88 55092.88 74249.70 -19156.82 121 116.77 1194.94 1194.94 0.00 0.00 56287.82 56287.82 74249.70 -17961.88 121+10 109.77 1132.73 1132.73 0.00 0.00 57420.55 57420.55 74249.70 -16829.15 122 110.13 1099.49 1099.49 0.00 0.00 58520.04 58520.04 74249.70 -15729.66 123 121.57 2316.97 2316.97 0.00 0.00 60837.01 60837.01 74249.70 -13412.69 124 118.85 2404.18 2404.18 0.00 0.00 63241.19 63241.19 74249.70 -11008.51 125 107.23 2260.81 2260.81 0.00 0.00 65501.99 65501.99 74249.70 -8747.70 126 96.70 2039.37 2039.37 0.00 0.00 67541.37 67541.37 74249.70 -6708.33 127 90.17 1868.68 1868.68 0.00 0.00 69410.05 69410.05 74249.70 -4839.65 128 78.86 1690.23 1690.23 0.00 0.00 71100.28 71100.28 74249.70 -3149.42 129 67.89 1467.43 1467.43 0.00 0.00 72567.71 72567.71 74249.70 -1681.99 130 52.36 1202.49 1202.49 0.00 0.00 73770.20 73770.20 74249.70 -479.50 131 38.21 905.76 905.76 0.00 0.00 74675.96 74675.96 74249.70 426.26 132 23.25 614.66 614.66 0.00 0.00 75290.62 75290.62 74249.70 1040.93 132+18.6 11.28 321.07 321.07 0.00 0.00 75611.69 75611.69 74249.70 1361.99 46 6 ANEXO B – PROJETO GEOMÉTRICO PLANIALTIMÉTRICO PERFIL LONGITUDINAL 530 535 540 545 550 525 530 535 540 545 550 ESTAQUEAMENTO COTAS TERRENO/PROJETO 0. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 57. 5 3 4 , 6 8 5 3 4 , 6 8 3 5 3 4 , 5 0 5 3 3 , 4 3 6 5 3 4 , 3 2 5 3 2 , 4 8 0 5 3 4 , 1 4 5 3 1 , 3 1 9 5 3 3 , 9 6 5 3 0 , 8 2 6 5 3 3 , 7 8 5 3 0 , 2 5 8 5 3 3 , 6 0 5 2 9 , 7 5 8 5 3 3 , 4 2 5 2 9 , 5 4 6 5 3 3 , 2 4 5 2 9 , 1 0 4 5 3 3 , 0 6 5 2 8 , 6 3 4 5 3 2 , 8 8 5 2 8 , 1 3 8 5 3 2 , 7 0 5 2 8 , 1 4 4 5 3 2 , 5 2 5 2 8 , 2 7 5 5 3 2 , 3 4 5 2 8 , 4 6 1 5 3 2 , 1 6 5 2 8 , 8 0 6 5 3 1 , 9 8 5 2 9 , 1 2 8 5 3 1 , 8 0 5 2 9 , 4 7 3 5 3 1 , 6 2 5 2 9 , 7 7 0 5 3 1 , 4 4 5 3 0 , 1 5 4 5 3 1 , 2 5 5 3 0 , 8 5 4 5 3 1 , 0 7 5 3 1 , 3 0 0 5 3 0 , 9 1 5 3 1 , 5 8 7 5 3 0 , 8 0 5 3 1 , 8 7 4 5 3 0 , 7 6 5 3 2 , 1 6 4 5 3 0 , 7 3 5 3 2 , 4 0 7 5 3 0 , 7 1 5 3 2 , 3 4 7 5 3 0 , 6 8 5 3 2 , 3 1 5 5 3 0 , 6 5 5 3 2 , 2 3 2 5 3 0 , 6 2 5 3 2 , 1 1 7 5 3 0 , 5 9 5 3 1 , 9 5 8 5 3 0 , 5 6 5 3 1 , 8 0 7 5 3 0 , 5 3 5 3 1 , 6 7 0 5 3 0 , 5 0 5 3 1 , 5 0 3 5 3 0 , 4 7 5 3 1 , 3 1 9 5 3 0 , 4 4 5 3 0 , 9 3 3 5 3 0 , 4 1 5 3 0 , 3 8 3 5 3 0 , 3 8 5 2 9 , 8 5 3 5 3 0 , 3 5 5 2 9 , 4 6 4 5 3 0 , 3 3 5 2 9 , 0 7 5 5 3 0 , 3 0 5 2 8 , 4 5 9 5 3 0 , 2 7 5 2 7 , 8 0 5 5 3 0 , 2 4 5 2 7 , 3 0 1 5 3 0 , 2 1 5 2 7 , 0 0 8 5 3 0 , 1 8 5 2 6 , 7 8 6 5 3 0 , 1 5 5 2 6 , 6 4 3 5 3 0 , 1 2 5 2 6 , 6 3 8 5 3 0 , 0 9 5 2 6 , 6 1 7 5 3 0 , 0 6 5 2 6 , 6 0 1 5 3 0 , 0 3 5 2 6 , 5 9 3 5 3 0 , 0 0 5 2 6 , 5 8 6 5 2 9 , 9 7 5 2 6 , 6 4 1 5 2 9 , 9 5 5 2 6 , 4 8 3 5 2 9 , 9 2 5 2 6 , 3 2 5 5 2 9 , 8 9 5 2 6 , 3 5 1 5 2 9 , 8 6 5 2 6 , 0 6 8 5 2 9 , 8 3 5 2 5 , 7 2 1 5 2 9 , 8 0 5 2 5 , 7 8 8 5 2 9 , 7 7 5 2 6 , 0 4 9 5 2 9 , 7 5 5 2 6 , 1 6 0 i=-0,90% d=407.852m i=-0,15% d=1064.212m I N Í C I O : 0 + 0 0 . 0 0 P C : 1 + 2 9 . 5 4 C M P : 2 + 2 0 . 3 5 P T : 3 + 1 1 . 1 5 P C : 4 + 4 4 . 8 3 C M P : 5 + 1 6 . 9 3 P T : 5 + 8 9 . 0 3 P C : 7 + 8 2 . 0 0 C M P : 8 + 3 2 . 2 5 P T : 8 + 8 2 . 5 1 P C : 1 0 + 4 0 . 0 0 C M P : 1 0 + 8 7 . 4 0 P T : 1 1 + 3 4 . 7 9 PVI STA:0+429.51 PVI ELEV:530.81 K:57.29 LVC:43.31 P C V = E S T . 0 + 4 0 7 . 8 5 C O T A : 5 3 1 . 0 0 P T V = E S T . 0 + 4 5 1 . 1 6 C O T A : 5 3 0 . 7 8 0 5 1 0 15 20 2 5 3 0 3 5 4 0 45 50 5 5 6 0 6 5 I N Í C I O = E S T . 0 + 0 , 0 0 0 P C = E S T . 6 + 9 , 5 4 0 P T = E S T . 1 5 + 1 1 , 1 5 5 P C = E S T . 2 2 + 4 , 8 2 8 P T = E S T . 2 9 + 9 , 0 3 4 P C = E S T . 3 9 + 1 , 9 9 5 P T = E S T . 4 4 + 2 , 5 1 1 P C = E S T . 5 1 + 2 0 , 0 0 0 P T = E S T . 5 6 + 1 4 , 7 9 1 - 2 . 0 0 % -2.0 0% -2.0 0% - 4 . 0 0 % -4.00% - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % -2.0 0% - 2 . 0 0 % -2.0 0% - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % -4 .4 0% - 4 . 4 0 % -2.0 0% -2.0 0%-2 .00 % - 2 . 0 0 % -2.0 0% - 2 . 0 0 % -2.00% -2.00% 5 . 0 0 % 5 .0 0 % - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % 0 . 0 0 % 0.00% 2 . 0 0 % 2.00% - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % 8 . 0 0 % 8 . 0 0 % -2.00% -2.00%0.00 % 0 . 0 0 % 5 .0 0 % 5 . 0 0 % 2.00% 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % -2.0 0% -2.0 0% 4 . 0 0 % 4.00% - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % 0 . 0 0 % 0.0 0% 2 . 0 0 % 2.00 % - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % 4 .4 0 % 4 . 4 0 % -2.0 0% -2.0 0%0 .00 % 0 . 0 0 % 2.0 0% 2 . 0 0 % -2.00% -2.00% - 5 . 0 0 % -5 .0 0 % - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % -2.00% - 2 . 0 0 % -2.00% - 2 . 0 0 % - 2 . 0 0 % - 8 . 0 0 % - 8 . 0 0 % -2.00% -2.00%-2.00 % - 2
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