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A estabilização segmentar vertebral através do método Pilates na dor lombar André Luis Maciel Carvalho1 andrelmc.am.@gmail.com Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia – FASAM RESUMO Esse artigo buscou evidenciar que a lombalgia é uma patologia que acomete não somente a população idosa, mas os adultos jovens. E que a partir da estabilização central pélvica pelo método pilates os músculos estabilizadores são estimulados a voltar ao seu funcionamento normal, entre outros benefícios. Teve como objetivo geral mostrar a eficácia do tratamento da lombalgia com o uso do método Pilates para estabilização da coluna lombar. E como objetivos específicos: Explicar a Anatomia da coluna vertebral e suas características, analisar a musculatura da coluna lombar, investigar a estabilidade da coluna lombar e a instabilidade segmentar, evidenciar a lombalgia, discorrer sobre a estabilização central pélvica, e apresentar o método pilates como modalidade terapêutica, entre outros assuntos relevantes e pertinentes a formação do arcabouço teórico. Utilizando a pesquisa bibliográfica descritiva com abordagem qualitativa. Os resultados apontam que os exercícios de estabilização segmentar pelo método pilates mostraram-se uma ferramenta terapêutica eficaz na estabilização da coluna lombar. Tornando-se, dessa maneira, uma opção para prevenção e na recuperação de lesões desencadeadas pela alteração da estabilidade da coluna vertebral. Palavras-chave: Dor lombar. Lombalgia. Estabilização. Pilates. 1. Introdução Miranda, Santos, Oliveira e Estrázulas (2013) esclarecem que a dor lombar ou lombalgia, atualmente vem sendo uma patologia que acomete não somente a população idosa, mas os adultos jovens. É caracterizada por uma sensação de dor na região da coluna lombar, na qual causa disfunções ao indivíduo, tornando-se uma das patologias que mais causa custos ao indivíduo e ainda faz com que o trabalhador se afaste por tempo indeterminado ou definitivamente do trabalho por invalidez e incapacidade. Uma das queixas mais comuns da população é a lombalgia, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS (2010) cerca de 80% dos adultos terão pelo menos uma crise de dor lombar durante a sua vida, e 90% destes apresentarão mais de um episódio (GOUVÊIA e GOUVÊIA, 2008 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Conforme Souza e Mejia (2011) citando Teixeira (2004), atualmente tem-se realizado estudos da coluna lombar devido à alta incidência de disfunções que acometem esta região e aos prejuízos sócioeconômicos que estas disfunções podem acarretar. O pilates é um método que 1 Graduado em Fisioterapia pela Universidade Nilton Lins. Pós-graduando em Traumato-ortopedia pelo Biocursos Manaus. 2 Mestranda em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde, na Universidade do Museu Social Argentino, Buenos Aires. Especialista em Metodologia do Ensino Superior, pela Universidade Federal do Amazonas. Possui graduação em Fisioterapia pela Fundação Nilton Lins (2005). Docente em Pós Graduação nas Disciplinas Metodologia da Pesquisa Científica e Orientação de TCC, Metodologia do Ensino Superior e Didática, Docente em Graduação, nas disciplinas de Anatomia, Atendimento Pré-hospitalar, Gestão de Serviços de Saúde, Políticas Públicas de Saúde e Fisioterapia em Pneumologia. Tem experiência na área de Fisioterapia, Metodologia, Bioética, Direito em Saúde, Gestão em Saúde, Políticas Públicas da Saúde, Saúde Pública, Primeiros Socorros e Pneumologia. 2 fortalece e alonga o músculo sem causar lesão à pessoa que pratica. Sendo que a cada aula, o corpo como um todo é trabalhado (BECKER, 2003, op. cit). Para Conceição e Mergener (2012) a dor lombar é comum nas sociedades industrializadas, incapacitando as pessoas temporária ou definitivamente para as atividades profissionais e diárias, sendo a causa mais frequente de limitação física em indivíduos com menos de 45 anos. De acordo com os autores acima citados o método Pilates surgiu durante a 1ª Guerra Mundial, para reabilitar os lesionados da guerra. Recentemente, o método passou a ser usado por profissionais de saúde, com o objetivo de integrar corpo e mente, pois proporciona melhora do condicionamento físico, flexibilidade, força, equilíbrio e a consciência corporal. No entanto, ainda há carência de maiores evidências científicas sobre as proposições do método Pilates. Dessa forma, para Conceição e Mergener (2012) o método Pilates preconiza a melhoria das relações musculares agonista e antagonista, favorecendo o trabalho dos músculos estabilizadores, sendo necessário avaliar a sua efetividade no tratamento da lombalgia crônica. Assim, devido ao emprego cada vez mais comum do método pilates com enfoque terapêutico, mostra-se importante analisar os benefícios da estabilização da coluna lombar. Para McGill citado por Cunha (2009 apud Souza e Mejia, 2011), estabilidade é caracterizada como a habilidade de manter o estado original durante posturas e movimentos através de uma rigidez adequada. Nesse contexto, rigidez pode ser entendida como a resistência apresentada por uma estrutura ou tecido a sua deformação . Nesse sentido, Miranda, Santos, Oliveira e Estrázulas (2013) compartilham da mesma idéia de que a estabilização central é uma forma de restabelecer a função da musculatura transversa do abdômen (TA) e conseqüentemente os multífidos (MT) que segundo estudos, são as musculaturas que deveriam ser contraídas antes de qualquer movimento, e em um indivíduo com disfunção das mesmas, contraem-se atrasadas causando problemas como a lombalgia. A estabilização central pélvica se dá pelo controle mecânico articular, através da contração muscular isométrica considerando com o um centro de força que estabiliza a coluna e conseqüentemente aliviando a dor. Estes músculos são responsáveis pela estabilização da coluna lombar, havendo, portanto, a estabilidade do corpo todo. A partir desse momento, em que há uma harmonia nessas musculaturas, o corpo começa a ter maior fluidez em seus movimentos. (BEZERRA e GOMES, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Os autores citados asseguram que existem vários estágios de exercícios de estabilização, sendo que cada um conta com 3 níveis de dificuldade, cada um destes deve ser realizados por 6, 10 ou 20 segundos estes exercícios são realizados com a ajuda de um instrumento chamado Stabilizer®, que auxilia os pacientes visualmente se estão realizando os exercícios corretamente, ou seja, se estão contraindo a musculatura correta. Após a estabilização central deve-se entrar com exercícios para fortalecimento e alongamento das musculaturas adjacentes, e o Pilates é um dos tratamentos cinesiológicos que ajudam a manter a contração dos estabilizadores, ao mesmo tempo em que realiza movimentos. O Pilates exige que a musculatura do abdômen seja contraída para que os exercícios sejam realizados sem causar nenhum dano ao paciente. Este grupo muscular é chamado de centro ou power house. (MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA E ESTRÁZULAS, 2013) 2. Anatomia da Coluna Vertebral Souza e Mejia (2011) utilizando os ensinamentos de Lippert (2008) argumentam que a coluna vertebral constitui e mantém o eixo longitudinal do corpo. Como é uma haste multiarticulada, os movimentos da coluna vertebral acontecem como resultado de movimentos combinados 3 das vértebras individuais. E complementam afirmando que segundo Dângelo e Fattini (2002), a coluna vertebral forma o eixo ósseo do corpo e é um pilar de sustentação, promove a flexibilidade necessária à movimentação do tronco e está constituída de 33 vértebras, organizadas num eixo longitudinal, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Segundo Lippert (2008 apud Souza e Mejia, 2011), a coluna vertebral fornece um ponto de articulação para o movimento e sustentação da cabeça na região cervical. Esta haste multiarticuladanão apenas proporciona movimento, mas o arranjo desses segmentos também fornece eficientemente absorção e transmissão de choques. Todavia, ratificam que as vértebras são diferentes no tamanho e no formato, porém comumente tem o mesmo desenho. As partes de uma vértebra são:corpo, arco vertebral, forame, pedículo, lâmina do arco vertebral, processo transverso, incisuras vertebrais, forame intervertebrais, processos articulares, processo espinhoso. Entre cada vértebra encontra-se um disco intervertebral que se articular com os corpos adjacentes. Existem 23 discos e sua função principal é absorver e transmitir o choque, mantendo a flexibilidade da coluna vertebral. A coluna vertebral como um todo é considerado triaxial e possui movimento nos três planos. Flexão, extensão e hiperextensão ocorrem no plano sagital em torno de um eixo frontal. A inclinação lateral, também chamada flexão lateral, ocorre no plano frontal em torno do eixo sagital. A rotação ocorre no plano transverso em torno de um eixo vertical. Resumo da ação muscular dos agonistas do tronco (LIPPERT, 2008 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Conforme Hall (2000 citado por Souza e Mejia, 2011) vários ligamentos apóiam a coluna, colaborando para a estabilidade desses segmentos móveis. O ligamento longitudinal anterior e o ligamento longitudinal posterior, mais fraco, ligam os corpos vertebrais nas regiões cervical, torácica e lombar. O ligamento supra-espinhoso se insere nos processos espinhosos em toda a extensão da coluna. As vértebras adjacentes possuem conexões adicionais entre os processos espinhosos, os processos transversos e as lâminas, reforçadas respectivamente pelos ligamentos interespinhosos, ligamentos intertransversais e ligamentos amarelos. A coluna vertebral pode ser conferida à coluna de blocos. Não é totalmente reta,mas tem uma série de curvas antero-posterior contrabalançadas. Essas curvaturas, que devem ser sustentadas durante o repouso e a atividade, agem como absorventes de choques e reduzem a quantidade de lesões. As curvaturas torácicas e sacral são contrárias às curvas cervical e lombar. As curvaturas torácicas e sacral são côncavas anteriormente e convexas posteriormente,ao passo que as curvas lombar e cervical são convexas anteriormente e côncavas posteriormente (LIPPERT, 2008 apud SOUZA e MEJIA, 2011). 2.1. Características da coluna lombar Conforme afirma Di Dio (1998 citado por Souza e Mejia, 2011), as vértebras lombares possuem corpos volumosos, o arco vertebral, as lâminas e o processo espinhal são grossos, os processos articulares são verticais. As vértebras lombares são facilmente identificáveis, graças a seus caracteres morfológicos diferenciais. As cinco vértebras lombares são grandes unidades isoladas que não possuem forames transversários nem fóveas costais. Hall (2000 citado por Souza e Mejia, 2011) afirma que existe um aumento progressivo no tamanho das vértebras da região cervical até a região lombar. Em particular, as vértebras lombares são maiores e mais espessas que as vértebras nas regiões superiores da coluna. Essa característica desempenha uma finalidade funcional porque, quando o corpo fica na posição ereta,cada vértebra terá que sustentar o peso não apenas dos braços e da cabeça, mas também de todo o tronco posicionado acima dela. As articulações facetárias ou zigoapofisárias orientam e limitam os movimentos vertebrais de flexão, extensão, flexão lateral e rotação. Essas são articulações diartrodiais completas, com 4 membrana sinovial e cápsula articular, e altamente inervada. Especificamente a coluna lombar proporciona apoio para a parte superior do corpo. Como as facetas lombares estão localizadas em um plano sagital, a coluna lombar de L1 a L4 favorece a flexão e a extensão e limita a flexão lateral e a rotação (ANDREWS, 2000 apud SOUZA e MEJIA, 2011). As articulações, pela direção de orientações dos processos articulares, determinam,em grande parte, o tipo e amplitude de movimento possíveis,naquela parte da coluna vertebral. Na área lombar,os processos estão localizados no plano sagital. Portanto,a maior parte de flexão e extensão da coluna vertebral ocorre na parte lombar da coluna vertebral (LIPPERT, 2008 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Na coluna lombar, os movimentos de rotação são impossibilitados pela posição praticamente vertical das superfícies articulares, de modo que os processos articulares inferiores se engrenam com os processos superiores da vértebra seguinte. No que se refere à inclinação lateral, a mobilidade é muito reduzida. Esta limitação dos movimentos favorece a manutenção da postura e a marcha (BAÚ, 2002 apud SOUZA e MEJIA, 2011).) Lippert (2008 citado por Souza e Mejia, 2011), afirma que as articulações entre cervical (C2) e sacral (S1) são todas basicamente as mesmas. As fortes articulações que sustentam peso ocorrem anteriormente na vértebra entre os corpos vertebrais. A parte posterior das vértebras tem duas articulações (uma de cada lado), chamadas articulações dos processos articulares (também articulações zigoapofisárias ou apofisárias). As articulações dos processos articulares são formadas pela articulação entre o processo articular inferior da vértebra acima. Cada uma é uma articulação sinovial, abrigando uma membrana sinovial e envolvida por um ligamento da cápsula articular. As forças que atuam sobre a coluna incluem peso corporal, tensão nos ligamentos vertebrais, tensão nos músculos circundantes, pressão intra-abdominal e quaisquer cargas externas aplicadas. Quando o corpo encontra-se na postura ereta, a principal forma de carga que age sobre a coluna é axial.É importante distinguir hiperflexibilidade de instabilidade. A primeira é o excessivo alongamento dos tecidos, que pode vir acompanhada de lassidão ligamentar, ou não; e a segunda pode ser um encurtamento muscular comprometendo o controle postural do indivíduo. A instabilidade de manifesta quando há excessiva amplitude de movimento com capacidade insuficiente de força de sustentação. Lesões e desalinhamento músculo articular ocorridos no passados no passado podem causar dor e redução da habilidade para realizar movimentos cotidianos na idade madura (HALL, 2000 apud SOUZA e MEJIA, 2011).). Desvios indesejáveis das curvaturas normais da coluna vertebral ocorrem devido a diversos fatores. O aumento da concavidade posterior das curvas lombar e cervical é conhecido como hiperlordose, ao passo que o aumento da concavidade anterior da curva torácica normal é conhecido como hipercifose. A coluna lombar pode sofrer redução em sua curvatura lordótica normal, resultando numa aparência achatada (THOMPSON, 2002 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Vários estudos têm demonstrado padrões de recrutamento neuromuscular alterados, ou atrasados nos músculos estabilizadores profundos da coluna,durante o movimento ativo em indivíduos com dor lombar e melhora da habilidade para recrutá-los com treinamento específico. Portanto, uma das primeiras áreas enfatizadas na reabilitação dos problemas vertebrais é o recrutamento dos músculos posturais para estabilização e seu treinamento para que respondam e se adaptem às várias forças e demandas impostas sobre a coluna para melhorar sua função estabilizadora (BRODY et al, 2007 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Os músculos da parede abdominal,assim como os superficiais e os profundos da região vertebral,estabilizam a coluna em condições variadas. Os músculos mais superficiais, o eretor da espinha, o reto do abdome, atuam como movimentadores primários, tendo função secundária de estabilização. Os músculos mais profundos (centrais), os multífidos, os rotadores, o transverso do abdome, o oblíquo interno do abdome e o quadrado do lombo,estão 5 mais perto do eixo e agindo primariamente na estabilização. O uso dos músculos estabilizadores centrais é fundamental ao desenvolver percepção de posição e movimento e executar exercícios de estabilização e atividades funcionais básicas (KISNER, 2005 apud SOUZAe MEJIA, 2011). De acordo com Tortora (2003 citado por Souza e Mejia, 2011), os músculos abdominais são de origem esquelética e consistem de fibras musculares estriadas não-ramificadas, as quais são unidas por um tecido areolar frouxo. São músculos do tipo achatado, semelhantes a lâminas conhecidos como fusiformes. Exercícios com as extremidades fixas (cadeia fechada), têm sido recomendados para casos de instabilidade. A razão para tais recomendações é oriunda da co-contração e do aumento da compressão articular. Isto também pode ser obtido pelas extremidades livres (cadeia aberta), com o método de flexibilidade facilitação neuromuscular proprioceptiva. Exercícios de alongamento anatomia e fisiologia (ACHOUR, 2006 apud SOUZA e MEJIA, 2011). 2.2. Musculatura da coluna lombar A coluna lombar é formada por cinco vértebras que têm por função a sustentação. As vértebras lombares são as maiores e mais fortes vértebras da coluna vertebral, porque a quantidade de peso corporal que tem que ser suportado, pelas vértebras vai aumentando conforme descemos para as extremidades distais da coluna vertebral (TORTORA e GRABOWSKI, 2002 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). As concavidades da coluna vertebral têm a função de sustentar grandes cargas compressivas. As vértebras, os discos intervertebrais, ligamentos, articulações e músculos interagem formando uma estrutura dinâmica promovendo ao corpo humano movimento em diversas dimensões (BEZERRA e GOMES, 2009 MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A partir desse ponto, em que as vértebras lombares sustentam maior peso, pode-se citar então os músculos que são responsáveis por esta sustentação. O transverso do abdome (TA) e o oblíquo interno (OI) do abdome são os que formam uma cinta, dando suporte ao redor do abdome e das vértebras lombares. Apenas o TA fica ativo tanto na flexão quanto na extensão isométrica do tronco, enquanto os outros músculos abdominais têm sua atividade diminuída com a extensão resistida. Isso pode estar relacionado à função estabilizadora do TA (KISNER e COLBY, 2005 MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). O músculo TA é um músculo profundo e tem sua origem na crista ilíaca, ligamento inguinal, fáscia lombar e cartilagens costais das últimas seis costelas, sua inserção está localizada no processo xifoide, linha alba e púbis e tem por ação comprimir o abdome (TORTORA e GRABOWSKI, 2002 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). As suas fibras horizontais se dirigem para fora e diretamente para frente e rodeiam a massa visceral (KAPANDJI, 2000 citado por MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). O músculo transverso do abdômen tem por função estabilizar a coluna lombar e que é importante o treinamento específico deste músculo. Sendo este um o músculo alvo do tratamento com estabilização segmentar e que se faz necessário que este esteja com seu funcionamento normal para que estabilize a coluna lombar e seus segmentos (GOUVÊIA e GOUVÊIA, 2008 MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A identificação do desequilíbrio da musculatura da parede abdominal pode permitir sua correção, podendo evitar ou minimizar modificações posturais (GOUVÊIA e GOUVÊIA, 2008). As musculaturas estabilizadoras têm como características: inserções segmentares, são monoarticuladas, respondem com baixa intensidade, entre outras (SANTOS e FREITAS, 2010 MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). 6 Em indivíduos sãos, o TA, para proteger a coluna, contrai-se antes dos movimentos das extremidades. Nos lombálgicos esta contração falha antes do movimento, demonstrando uma alteração na coordenação desse músculo (GOUVÊIA e GOUVÊIA, 2008 MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). 2.3. Estabilidade da Coluna Lombar A análise da função visa à medição e a classificação das habilidades funcionais, e a identificação das limitações funcionais. Os testes podem enfocar qualquer uma das quatro dimensões da função: física, mental e a social. As medidas baseadas no desempenho da função física fornecem informações importantes sobre o controle motor. O controle pode ser avaliado em várias posturas,deve-se realizar a avaliação qualitativa dos padrões funcionais. Esses padrões podem ser normais,anormais,porém compensatórios (tarefa realizada), anormais/não compensatórios ou ausentes. A avaliação e documentação devem considerar quatro requisitos básicos: mobilidade, estabilidade, mobilidade controlada e a destreza (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2006 apud SOUZA e MEJIA, 2011). De acordo com Panjabi, Bermak apud Pereira et al., (2010 e citados por Souza e Mejia, 2011), a estabilidade da coluna incide na influência de três subsistemas: passivo (articulações, ligamentos e vértebras), ativo (músculos e tendões) e controle neural (nervos e sistema nervoso central). Ressaltam ainda que os papéis desses três subsistemas estão interligados, e a diminuída função de um subsistema pode pôr exigências crescentes sobre os outros. Afirmam ainda, que há dois sistemas musculares agindo sobre a estabilidade espinhal: o sistema global, que contém: o reto abdominal, oblíquo abdominal externo e a parte torácica lombar do iliocostal e proporciona a estabilização geral do tronco; e o sistema local, que é composto pelo multífido lombar, transverso, diafragma, fibras posteriores do oblíquo interno e quadrado lombar, responsáveis por fornecer estabilidade segmentar e controlar diretamente os segmentos lombares. 2.4. Instabilidade Segmentar Conforme Fritz, Panjabi apud Pereira et al., (2011 e citados por Souza e Mejia, 2011), a instabilidade segmentar sucede no momento em que há redução na capacidade do sistema estabilizador da coluna vertebral em sustentar a zona neutra dentro de limites fisiológicos. Ainda afirmam que a zona neutra é uma região de movimentos intervertebrais onde pouca resistência é oferecida pela coluna vertebral passiva; a perda de controle da zona neutra no segmento vertebral está associada à lesão, doença degenerativa do disco e fraqueza muscular. Assim, Nachemson (1992 apud Kolyniak, 2004 também citados por Souza e Mejia, 2011), afirmam que a inabilidade de estabilização da coluna vertebral ocasionada pelo desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco são um forte indicativo para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. 3. Lombalgia A lombalgia ou dor lombar é um desconforto causado pelo encurtamento adaptativo dos tecidos moles e fraqueza muscular. A procura por um tratamento de dores lombares aumenta a cada dia ocasionando muitas despesas com a saúde (SILVA, FASSA e VALE, 2004 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A lombalgia crônica é um problema de saúde pública, pois, além da alta prevalência, gera custos sociais altos quando comparados com outras patologias como depressão diabetes, doenças do coração ou dor de cabeça (RIBEIRO e MOREIRA, 2010 apud MIRANDA, 7 SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Na sociedade industrializada a dor lombar incapacita as pessoas, limitando fisicamente e retirando temporariamente ou definitivamente essas pessoas do mercado de trabalho (CONCEIÇÃO e MERGENER, 2012 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A dor lombar é uma resposta adaptativa e protetora ao estresse imposto a coluna vertebral e que se reflete através de resposta irritável dos músculos quando realizam movimentos rápidos de torção ou de levantamento causando déficits funcionais (BEZERRA e GOMES, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A lombalgia pode ser classificada como primária ou secundária, com ou sem comprometimento neurológico; mecânico-degenerativa; não mecânica; inflamatória, infecciosa, metabólica, neoplásica ou secundária a repercussão de doenças sistêmicas (JUNIOR, GOLDENFUM e SIENA, 2010 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A lombalgia pode ser causada pela fadiga da musculatura que pode ser provocado pela obesidade,alterações ortopédicas e acidentes que causam alterações na atividade desses músculos e a má postura também interfere para que esta ocorra (SANTOS et al, 2011 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A lombalgia mecânica pode ser causada por espondilolistese, Doença de Paget, tumores na coluna, estenose no canal vertebral, espondilite infecciosa, hérnia discal e síndrome facetaria (LIMA e QUINTILIANO, 2005 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). 4. Estabilização Central Pélvica A estabilização central pélvica também denominada estabilização segmentar e exercícios de controle motor pode ser caracterizada por exercícios de isometria através de co-contrações. A partir desse momento é feita uma aprendizagem motora através do feedback que foi desenvolvido por Adams, no qual o sistema nervoso central detecta e corrige o erro (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A estabilização ocorre por três sistemas: sistema passivo, ativo e neural que devem manter-se em equilíbrio e interligado trabalhando a conscientização corporal para que as estruturas forneçam estabilizações necessárias para a movimentação (BEZERRA e GOMES, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Exercícios para estabilização segmentar da coluna ou para controle motor são aqueles elaborados para ativar os músculos profundos do tronco com o uso de abordagem de aprendizado motor para que essa ativação ocorra primeiro na posição estática depois na dinâmica, e por fim durante a execução de tarefas do dia a dia (RIBEIRO e MOREIRA, 2010 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Portanto, o objetivo desta técnica é fortalecer os músculos que formam o centro de força. O qual promove um regime preventivo e terapêutico, desenvolvendo o controle muscular necessário para manter uma estabilidade funcional e diminuir a incidência de lesões e desconfortos no complexo lombo-pélvico, incluindo a região lombar (REINEHR, CARPES e MOTA, 2008 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A ativação da musculatura central é a técnica fundamental para todos os pacientes antes de qualquer exercício ou atividade, para desenvolver a ativação inicial (KISNER e COLBY, 2005 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). As contrações isométricas devem ser aplicadas na primeira fase do tratamento de instabilidade lombar para que possa haver um treinamento de estabilização (BISSCHOP, 2003 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). 8 Na presença de dor lombar recorrente e crônica, músculos específicos como o multífido e transverso abdominal apresentam redução da área de secção transversa e atraso do tempo de ativação (FERREIRA et al, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A unidade de biofeedback pressórico (UBP), conhecido como Stabilizer®, é um aparelho de baixo custo, apresenta a vantagem de ser uma técnica não invasiva, de difícil utilização, é uma forma de avaliar o treino do músculo transverso abdominal (SANTOS et al, 2011 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Dessa forma, existem cinco estágios na estabilização pélvica, cada estágio contém três níveis que gradualmente dificulta o estágio. As contrações devem ser realizadas e mantidas em determinado tempo, sendo estes, 6, 10 e 20 segundos para que seja aumentado para o próximo estágio (BEZERRA e GOMES, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). A técnica de estabilização segmentar lombar contém seis níveis de tratamento e cada nível inclui mais três níveis nos quais dificultam a estabilização, recrutando assim o transverso do abdômen (MENDES et al, 2011 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Os exercícios de estabilização lombar são de baixo custo, eliminam as dores lombares, reduzem a dor, melhoram o condicionamento por causa do aumento da força muscular, conduzem a melhor postura corporal e aumentam a resistência à fadiga, fazendo com que o indivíduo permaneça por longos períodos de tempo na mesma posição nas quais causavam desconforto antes do tratamento (REINEHR, CARPES e MOTA, 2008 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Já Souza e Mejia (2011) ratificam os estudos de Lemos (2009) quando afirmam que a estabilização segmentar terapêutica se compõe de exercícios específicos destinados a devolver a estabilidade ou a reduzir a instabilidade articular, normalmente comprometida com as disfunções, lesões ou dores de origem neuromusculoesquelética. Souza e Mejia (2011) compartilham ainda os ensinamentos de Brody et al (2007), quando asseguram que a importância de exercícios de estabilização vertebral obteve popularidade no tratamento das afecções da coluna vertebral. Os exercícios de estabilização são atividades dinâmicas que tentam limitar e controlar os movimentos excessivos. Esses exercícios não sugerem uma posição estática,mas e pelo contrário,apresentam uma amplitude de movimento na qual a hipermobilidade é controlada. As atividades de estabilização contêm exercícios de mobilidade para os segmentos rígidos ou hipomóveis, exercícios de fortalecimento na amplitude encurtada dos segmentos hipermóveis, treinamento postural para permitir o movimento através de uma amplitude controlada e educação do paciente. O foco da estabilização segmentar é possibilitar a coluna vertebral uma estabilização dinâmica segura com o objetivo de prevenir, restabelecer e reprogramar o controle motor dos músculos profundos. Por meio dos exercícios o paciente aprenderá que com o controle motor ele terá um controle da dor. Os pontos importantes sobre o método consistem em reprogramar o aprendizado motor para utilizar as estratégias motoras estabilizadoras da musculatura profunda, treinar a musculatura profunda, treinar a musculatura gerar contrações contínuas, com pequena força e por longos períodos. Também deve-se pensar na reversão da atrofia muscular gerada nestes músculos (LEMOS, 2009 apud SOUZA e MEJIA, 2011). A orientação postural envolve o controle de posições relativas das partes do corpo, por meio dos músculoesqueléticos, com respeito a gravidade e um em relação ao outro. A estabilidade postural equilíbrio é definida como a condição na qual todas as forças agindo sobre o corpo são equilibradas de tal modo que o centro da massa fique dentro dos limites da estabilidade. Para isso, foram definidos os seguintes conceitos: a estabilidade (controle postural estático) é a habilidade para manter uma posição estável em uma postura de apoio de peso contra a 9 gravidade. Enquanto a mobilidade controlada (controle postural dinâmico) é a habilidade para alterar uma posição ou mudar de posição e ao mesmo tempo manter a estabilidade (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2006 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Kisner (2005 citado por Souza e Mejia, 2011), apresenta as técnicas fundamentais para coluna lombar. Essas técnicas são adaptadas ou modificadas com base nas habilidades e respostas do paciente. Ainda acrescenta que , os objetivos do treinamento são percepção e controle de movimentos seguros para a coluna e percepção dos efeitos das atividades de vida diária e dos movimentos dos membros na coluna (relacionado à biomecânica corporal). A combinação da função dos músculos mobilizadores e estabilizadores se caracterizam por movimentos suaves e coordenados com estabilização sinérgica apropriada. Os movimentos podem ser revertidos facilmente,demonstrando um bom inter-relacionamento entre os músculos agonistas (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2006 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Os exercícios de estabilização para coluna vertebral são difíceis de classificar, pois com frequência a coluna apresenta-se fixa em uma extremidade e aberta na outra. Ela não constitui um sistema aberto ou fechado verdadeiro (BRODY et al 2007 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Segundo Kisner (2005 citado por Souza e Mejia, 2011), o aprendizado da ativação consciente dos músculos estabilizadores é o primeiro passopara desenvolver a ativação e o controle espinhal habitual. Na literatura estão descritos três métodos para ativar a musculatura estabilizadora da coluna lombar. A) a manobra de encolher o abdome em que o paciente deprime a região abdominal e há um leve movimento de inclinação pélvica posterior; B) a imobilização abdominal em que a contração isométrica dos músculos abdominais resulta em um alargamento lateral em torno da cintura; C) e a inclinação pélvica posterior, em que a pelve é ativamente inclinada posteriormente e a coluna lombar se retifica. Conforme, Brody et al (2007 apud Souza e Mejia, 2011), os exercícios de estabilização para a coluna são iniciados, com frequência, na posição supina com exercícios de reforço abdominal e progridem para as posições sentadas e eretas. Vários exercícios de estabilização podem ser realizados sobre superfícies instáveis, como bolas para ginásticas, a fim de aprimorar a estabilidade dentro de uma amplitude confortável. As atividades na posição sentada, de decúbito ventral e de decúbito dorsal, combinada com extensão dos braços e levantamento das pernas,podem ser usadas dos estágios iniciais para os estágios mais avançados do treinamento de estabilização. O fisioterapeuta pode optar pela utilização de qualquer uma das várias técnicas de facilitação que aumentam a co-contração dos músculos e a estabilidade, resistência, contatos manuais ou comandos verbais dinâmicos. Outra estratégia para melhorar a estabilidade compreende o uso de tiras elásticas ou pesos como resistência para proporcionar e melhorar a contração dos músculos estabilizadores (O’SULLIVAN e SCHMITZ , 2006 apud SOUZA e MEJIA, 2011). De acordo com Kisner (2005 citado por Souza e Mejia, 2011), para o treinamento fundamental dos músculos estabilizadores, assim que o paciente aprender a ativar os músculos estabilizadores centrais na região lombar, o fisioterapeuta deve ensiná-lo a ativar os músculos na posição neutra da coluna e manter o controle enquanto sobrepõe movimentos simples de perna e braço. Isso é, para treinar a capacidade de sustentação dos músculos estabilizadores profundos. Assim que o paciente tenha aprendido a ativação dos estabilizadores e possa demonstrar controle da coluna, os exercícios de estabilização são progredidos para o seu nível de habilidade. Ferreira, Van, Kasai apud Pereira et.al (2010 e citados por Souza e Mejia, 2011)., relatam que os estudos de revisões sistemáticas recomendam que exercícios de estabilização segmentar que requerem co-contracão dos músculos transverso do abdômen e multífido são eficazes para diminuir a dor e a incapacidade em lombalgias crônicas e para aumentar o retorno às atividades de vida diária. Ainda acrescentam que os exercícios de estabilização parecem 10 também ser mais eficaz que o exercício de fortalecimento clássico em algias lombares crônicas. 5. O Método Pilates® O Método Pilates surgiu durante a 1ª guerra mundial, para reabilitar os lesionados da guerra (CONCEIÇÃO e MERGENER, 2012). Este método foi desenvolvido por Joseph Hubertus Pilates no início da década de 1920 e tem como base, um conceito denominado contrologia ou arte do controle, que é a capacidade que o ser humano tem de se mover com o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo (ROSA e LIMA, 2009; MARÉS et al, 2012; RODRÍGUEZ, 2006 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). O método Pilates é um sistema de treinamento corporal muito completo, que trabalha o corpo como um todo, desde a musculatura mais profunda até a mais periférica, onde intervém tanto na mente como no corpo e na respiração (RODRÍGUEZ, 2006 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Tal método preconiza a melhoria das relações musculares agonista e antagonista, favorecendo o trabalho dos músculos estabilizadores, sendo necessário avaliar sua efetividade no tratamento da lombalgia crônica (CONCEIÇÃO e MERGENER, 2012 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Os exercícios de Pilates como os de estabilização segmentar iniciam-se na posição deitada para que não haja alteração do centro de gravidade na coluna vertebral. O primeiro aparelho de Joseph Pilates foi o Cadillac, inventado no hospital onde ele esteve (RODRÍGUEZ, 2006 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). É imprescindível que o fisioterapeuta saiba sobre suas indicações e contra indicações, formas de utilização, objetivos, entre outras, pois esta técnica é utilizada para o tratamento de disfunções e devem ser analisados os exercícios apropriados para cada pessoa (SILVA & MANNIRICH, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Os exercícios são adaptados às características pessoais; por esse motivo, é uma ginástica muito eficaz, porque evita os erros que se cometem em outras disciplinas esportivas, em que o exercício não é adequado às limitações físicas da pessoa (RODRÍGUEZ, 2006 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Entre as possíveis indicações do método Pilates, o tratamento da lombalgia tem sido motivo de especial estudo, provavelmente devido a sua alta incidência e alto custo com seu tratamento (SILVA e MANNIRICH, 2009 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Também é indicado e recomendado para todas as pessoas que padeçam, habitualmente, de problemas nas costas ou de alguma outra lesão muscular, e busquem uma atividade que ao mesmo tempo, sirva como atividade de prevenção e reabilitação (RODRÍGUEZ, 2006 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Os princípios do método pilates são nove, dentre estes estão a concentração, respiração diafragmática, leveza e precisão, entre outros. A respiração diafragmática torna-se um componente importante para o envolvimento de atletas num programa de condicionamento. A partir dai os exercícios são hoje, utilizados em atletas, bailarinos, entre outros, para tratamentos de diversas patologias. (GRAIG, 2005 apud MIRANDA, SANTOS, OLIVEIRA e ESTRÁZULAS, 2013). Souza e Mejia (2011) corroboram da mesma idéia citando Chang (2000 apud Bertolla, 2011), quando afirmam que a técnica do Pilates possui esse nome por fazer referência a seu criador, Joseph Pilates (1880-1967). Na história do pilates, relata-se que os primeiros praticantes da 11 técnica foram quase exclusivamente dançarinos e atletas. Por isso, nos últimos anos, o Pilates, tornou-se um método popular na reabilitação e no fitness. Segundo Dillman (2004 apud Carvalho, 2006 e citados por Souza e Mejia, 2011), a principal finalidade do Pilates é restabelecer o funcionamento ideal do corpo. E assim, pode ser realizado como um exercício de condicionamento e como parte de um programa fisioterápico de reabilitação. Praticado regularmente, e da forma correta, o pilates pode auxiliar o cliente a alcançar muitos benefícios físicos e emocionais. Pilates é um método eficiente para fortalecer a musculatura extensora do tronco, agindo no desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão de tronco, que é um forte indicativo para desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar (KOLYNIAK, et. al, 2004 apud SOUZA e MEJIA, 2011). O maior objetivo do método é ensinar os seres humanos a entenderem os seus corpos e usá- los de forma correta, sentindo-se em forma para as atividades diárias e profissionais, fazendo com que a pessoa s descubra para a vida, mudando gradativamente seus maus hábitos. O praticante do método aprende a realizar os movimentos de forma prazerosa,no seu ritmo e na sua intensidade, sem que haja o excesso,ou seja,sempre respeitando o senso de moderação (PATROCÍNIO, 2009 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Segundo Santiago (2006, Jago, 2006 apud Bertolla, 2011 citados por Souza e Mejia, 2011), o exercício de Pilates busca melhorar a flexibilidade geral do corpo e busca a saúde através do fortalecimento do "centro de força", melhora da postura e coordenação da respiração com os movimentos realizados. Com isso, visa o movimentoconsciente sem fadiga e dor. O método se baseia em seis princípios: a respiração, o controle, a concentração, a organização articular, o fluxo de movimento e a precisão. Esse método trabalha com exercícios musculares de baixo impacto contracional, fortalecendo intensamente a musculatura abdominal. Ferreira (2007 apud Souza e Mejia, 2011) afirma que o Método Pilates surge como forma de condicionamento físico com o objetivo de oferecer bem-estar geral ao indivíduo, e capaz de proporcionar força, flexibilidade, boa postura, controle motor, consciência e percepção corporal melhorada. Há muitas variações de exercícios na técnica pilates. Essa técnica pode ser realizada por pessoas que buscam alguma atividade física, por indivíduos que apresentam alguma patologia ou cirurgia músculo-esquelética onde a reabilitação é necessária, e também por esportistas (SACCO et al., 2005 apud SOUZA e MEJIA, 2011). 6. Resultados e Discussão Os autores Vad, Mackenzie e Root (2003 citados por Souza e Mejia, 2011), em um estudo experimental analisaram os resultados do método Pilates para o alívio de dor lombar em pacientes com protusão discal. Participaram 50 indivíduos divididos em dois grupos: um realizou os exercícios do método Pilates e Yoga medicinal fazendo uso de medicamentos analgésicos e o outro somente realizou tratamento medicamentoso. Nesse estudo, pode-se observar que um programa de exercícios, bem elaborado, para pacientes com problemas em discos intervertebrais pode diminuir a protusão no disco, enquanto restaura a flexibilidade, força, endurance, estabilidade e postura, com resultados superiores ao tratamento medicamentoso e com menor recorrência da dor lombar. Assim, esclarecem que neste grupo de pacientes houve significativa melhora da dor lombar e da qualidade de vida. Comparado com outros estudos, o Pilates é um método que trabalha com exercícios musculares de baixo impacto contracional, fortalecendo intensamente a musculatura abdominal, o que corrobora com os dados encontrados neste estudo, já que se sabe que o fortalecimento da musculatura abdominal e extensores do tronco, proporciona maior estabilidade para o tronco, prevenindo e tratando quadros álgicos lombares. 12 Para Conceição e Mergener (2012) a incapacidade de estabilização da coluna vertebral causada pelo desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco é um importante fator para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. Silva e Mannrich (2009 citados por Souza e Mejia, 2011), em seus estudos, demonstram que o método Pilates pode ser uma ferramenta eficiente para o fisioterapeuta na reabilitação, obtendo benefícios diversos e poucas contra-indicações. Até quando essas existem, como é o caso da posição supino em gestantes, os exercícios podem ser realizados em outras posturas. Os diversos estudos mostraram apenas contraindicações relativas, ou seja, que não proíbem a aplicação do método, somente exigem algumas alterações e cuidados. Na concepção de Souza e Mejia (2011) o método pilates pode ser uma ferramenta eficaz para o fisioterapeuta na estabilização segmentar da coluna lombar. Esse método apresenta diversos benefícios, quando aplicado de acordo com seus princípios. Esse é um método de baixo impacto articular e muscular, sendo assim pode ser utilizado em diversas áreas da fisioterapia, como tratamento, prevenção e promoção da saúde. Sabe-se que a estabilidade da coluna lombar depende do “centro do corpo”, fortes e trabalhados trazendo flexibilidade e força em conjunto para transformar o abdome e a coluna resistente, o que é essencial para a vida diária e a prática de atividades esportivas. De acordo com Patrocínio (2009 apud Souza e Mejia, 2011), nos cuidados para o movimento no Pilates estão envolvidas as seguintes contra-indicações para posição supina: gestações médias e avançada, herniação discal aguda; as contra-indicações para movimentos em extensão são estenose, espondilolistese nos seguimentos afetados; e as contra-indicações para flexão lateral são: síndrome da articulação facetária para o lado afetado; na osteoporose deve- se evitar flexão e/ou rotações da coluna que causa pressão nos corpos vertebrais anteriores podendo causar fraturas de compressão na coluna. Devem-se ter precauções com instabilidade pélvica, disfunção da articulação sacroilíaca, separação da sínfise púbica, prótese de quadril, bursite trocantérica, síndrome do desfiladeiro torácico, ombro doloroso, síndrome do túneo do carpo, osteoartrite, artrite reumatóide, tensão neural adversa, hipertensão, glaucoma, refluxo gástrico, fibromilagia, entre outros. Os exercícios do método Pilates são, na sua maioria, executados na posição deitada, com diminuição do impacto nas articulações de sustentação do corpo na posição ortostática e, principalmente, na coluna vertebral. Dentre as formas de treinamento contra resistência, o método Pilates surge como forma de condicionamento físico para proporcionar bem estar ao indivíduo, proporcionando força, flexibilidade, boa postura, controle, consciência e percepção do movimento. Nos últimos anos, uma série de estudos tem mostrado o crescente interesse de pesquisadores na busca de evidências do método Pilates na reabilitação ortopédica; na dor lombar, a comparação entre seus efeitos sobre a força, flexibilidade e composição corporal em relação a um programa de treinamento contra resistência convencional, entre outros. (CONCEIÇÃO e MERGENER, 2012). Como a região lombar apresenta riscos importantes, uma vez que é permanentemente solicitado nos movimentos de tronco, este estudo sugere que este método de treinamento pode ser utilizado como estratégia para o fortalecimento dessa musculatura, atenuando o desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão do tronco. (CONCEIÇÃO e MERGENER, 2012). No método de estabilização segmentar atua-se nos músculos da região lombar. A falta dos músculos estabilizadores provoca, perpetua ou agrava a disfunção e a dor devido a uma fisiologia articular deficiente (PANJABI,1992 apud LEMOS,2009 citados por SOUZA e MEJIA, 2011). Segundo o estudo realizado por Kolyniak (2004 apud Souza e Mejia, 2011), existem destaques que a realização de um programa de exercícios com ênfase no fortalecimento da musculatura extensora do tronco que restaura a função da coluna lombar e pode prevenir o 13 surgimento da lombalgia. No estudo dessa autora, o método Pilates®, o nível intermediário- avançado, mostrou-se eficiente para gerar aumento do pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total dos músculos relacionados à extensão do tronco. Esses resultados apontam que esse método de treinamento pode ser utilizado como estratégia para o fortalecimento dessa musculatura, diminuindo o desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão do tronco. O método de estabilização segmentar pode ser empregado em conjugado com as outras metodologias que o fisioterapeuta dispõe para tratar das discinesias funcionais. A abordagem vem respeitar, com embasamento científico, a hierarquia do retreinamento e reeducação muscular. “Se tem um músculo que é responsável pela sustentação e pela estabilização articular, que demonstrou uma contratilidade em relação aos músculos ao lado, não deve-se pensar o movimento antes de adquirir a estabilização pela ação desses grupos musculares”(SILVA, 2011 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Observa-se que há muito tempo o profissional fisioterapeuta tem utilizado os exercícios com o objetivo de amenizar e tratar dores lombares, ocasionadas por instabilidade na coluna lombar. Diversos autores em suas pesquisas evidenciam que alguns músculos necessitam ser ativados e fortalecidos antes que qualquer exercício seja feito. No presente estudo, pode-se observar que se os músculos estabilizadores intrínsecos da coluna, estiverem funcionando normalmente, protegem a coluna lombar, prevenindo as afecções dessa região.Um trabalho realizado por Schossler et al., (2009 apud Souza e Mejia, 2011), afirma que o programa de exercícios do método pilates garante melhora importante na variável dor, flexibilidade e capacidade funcional nas participantes da pesquisa sobre os efeitos dos exercícios do método pilates em pacientes com dor lombar crônica. Ao consultar as referências existentes sobre o método pilates, observa-se a constatação de que o número de praticantes de pilates tem aumentado muito nas últimas décadas só vem incentivar e respaldar a necessidade do embasamento científico aos profissionais que atuam nessa área (ROSA e LIMA, 2009 apud SOUZA e MEJIA, 2011). E ainda de acordo com Souza e Mejia (2011) há controvérsias quanto ao tempo necessário de prática do método Pilates para promover relação equilibrada dos agonistas e antagonistas da coluna lombar. O tratamento do paciente com lombalgia crônica deve incluir equipe multidisciplinar que proporcione manutenção de estilo de vida ativo e independente, adicionando sistematicamente atividades específicas ao plano diário ou semanal. Os resultados são importantes para o desenvolvimento de um plano de intervenção e tratamento de pacientes com lombalgia, sugerindo ser o método Pilates uma boa opção para tratamento da dor lombar crônica. As indicações são muitas e variadas, podendo ser aplicada em populações como gestantes idosos e atletas, em vários problemas ortopédicos. No entanto,o Pilates ganha espaço no tratamento da lombalgia, uma vez que sua incidência tem aumentado, e influencia desde as atividades profissionais até as de lazer. Em relação ao tempo de cada sessão deve ser de uma hora, e que todos os princípios do método devem ser seguidos quando o mesmo é aplicado como uma forma de reabilitação. Mas, no momento não há uma definição do tempo necessário para alcançar os objetivos propostos pelo tratamento, nem tão pouco, qual deve ser a frequência de aplicação, sendo que a maioria dos estudos recomenda que o método seja aplicado três vezes por semana. As diferenças apresentadas devem estar relacionadas às características de cada população e as diferentes indicações. Até porque a resposta ao exercício se altera em relação à faixa etária e com a condição de saúde, além do mais, cada disfunção exige um tempo e intensidades diferentes para ser tratada (SILVA e MANNRICH, 2009 apud SOUZA e MEJIA, 2011). Dessa forma, pode-se comprovar que há evidências sobre a eficácia dos exercícios de estabilização segmentar na melhora da dor lombar crônica e que não foram encontrados 14 estudos que justificassem a questão da não utilização deste tratamento em dores lombares agudas e que apesar de haver controvérsias sobre os exercícios de estabilização e que estes não devem ser somente o tratamento para a dor lombar e sim deve estar complementado o tratamento do indivíduo, pois ainda que o músculo se estabilize, precisa-se que esta cadeia muscular esteja em harmonia, sendo fortalecida e alongada através de outras técnicas fisioterapêuticas. 7. Conclusão Essa pesquisa mostrou o uso do método Pilates na estabilização da coluna lombar, verificando, de acordo com os dados levantados que a estabilidade da coluna depende de elementos estáticos e dinâmicos. Portanto, deve haver uma contração independente da musculatura profunda, vários autores afirmam que a chave para o sucesso é realizar os exercícios com uma facilitação individualizada e treinamento cognitivo. Observa-se ainda na revisão da literatura que o protocolo de treinamento com o método pilates empregado para a estabilização da coluna lombar possui resultados eficientes e satisfatórios. Logo, corrobora-se com a opinião dos diversos autores quando afirmam que os exercícios de estabilização segmentar no método pilates mostraram-se uma ferramenta terapêutica eficaz na estabilização segmentar da coluna lombar. Tornando-se, dessa maneira, uma opção na prevenção e na recuperação de lesões desencadeadas pela alteração da estabilidade da coluna vertebral. Assim, por meio da busca de artigos, pode-se comprovar nesta revisão que a estabilização lombar e o Pilates são eficazes no tratamento da lombalgia. Sugere-se, portanto, que mais estudos sejam realizados com o método Pilates, com o objetivo de esclarecer e ampliar o leque das possibilidades de aplicação desta modalidade terapêutica, objetivando o equilíbrio e uma melhor qualidade de vida aos portadores dessas patologias. Referências Bibliográficas ACHOUR Jr, A. Exercícios de alongamento, anatomia e fisiologia. 2.ed. barueri, sp: manole, 2006. BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do trabalho: ergonomia, legislação, reabilitação. 2.ed. Paraná: Clãdosilva, 2002. BECKER, A. Uma revolução do fittnes que começou há 80 anos. http://www.physiopilates.com/modules.php?name=Conteudo&pa=showpage&pid=4. 2003. Acesso em: 24.08.2014. BERTOLLA, F. et al . Effects of a training program using the Pilates method in flexibility of sub-20 indoor soccer athletes. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 13, n. 4, Aug. 2011. <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000400002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24.08.2014. BEZERRA, J. P.; GOMES, T. 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