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estado de sítio e de defesa

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Q U A R T O S E M E S T R E P á g i n a | 11 
 
estado de defesa 
introdução 
instrumentos normativos colocados à disposição do 
Estado para a superação das situações de crise; 
atribuição de poderes excepcionais ao Poder Executivo 
Federal; devem ser temporárias, apenas quando 
necessário 
estado de defesa 
1. defere ao Poder Executivo poderes mais 
restritos; pode ser decretado para preservar, 
ou, restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas 
2. devem ser ouvidos o Conselho da República e 
o Conselho da Defesa Nacional 
 
possibilidades de ameaça 
1. grave e iminente instabilidade institucional 
2. calamidades de grandes proporções na 
natureza 
 
prazos e procedimento 
a) prazo máximo de 30 dias – prorrogável 1 única 
vez por igual período, desde que a situação 
alegada persista. 
b) competência do Presidente da República, que 
aciona mediante Decreto Presidencial 
 
i. deve prever 
a) prazo de duração (garantindo sua 
temporariedade) 
b) área abrangida (obrigatoriamente um 
local restrito e determinado) 
c) medidas coercitivas adotadas 
sequência 
i. uma vez emitido o Decreto Presidencial, envio 
do mesmo, juntamente com as justificativas, ao 
Congresso Nacional, no prazo de 24 horas. 
ii. caso Congresso esteja em recesso, será 
convocado em um prazo de 5 dias, tendo um 
prazo de 10 dias para a análise da decisão 
presidencial 
iii. caso rejeitar a decisão – estado de defesa 
interrompido; caso aprovado, por maioria 
absoluta, deverá permanecer em 
funcionamento. 
 
medidas coercitivas 
devem servir para resolver a situação específica 
a) restrições aos direitos de reunião, mesmo que 
ocorridas no seio de associações legítimas; 
b) restrições ao sigilo de correspondência; 
c) restrições ao sigilo de comunicação telegráfica 
e telefônica; 
d) ocupação e uso temporário de bens e serviços 
públicos, na hipótese de calamidade pública 
(nesse caso, a união deverá responder pelos 
danos e custos decorrentes). 
 
art. 136 CF 
§ 1º , I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese 
de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos 
decorrentes. 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da 
República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a 
respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria 
absoluta. 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, 
extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias 
contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto 
vigorar o estado de defesa. 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
 
 
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estado de sítio 
estado de sítio 
 medida mais enérgica; exige situações mais 
graves para que seja decretado 
 
hipóteses 
1. comoção grave de repercussão nacional 
ex: ataque terrorista; tentativa golpe militar 
2. fatos que comprovem a ineficácia do estado de 
defesa 
3. declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira 
 
características 
i. decretado pelo Presidente da República, após 
ouvir os Conselhos da República e da Defesa 
ii. deve incidir por maioria absoluta 
iii. o Congresso precisa autorizar o decreto – 
possibilidade de impedimento do estado de sítio 
 
prazos e procedimentos 
a. nos casos de comoção grave de repercussão 
nacional ou a existência de fatos que 
comprovem a ineficácia da medida tomada 
durante o estado de defesa, o prazo é de até 
30 dias., prorrogado por igual prazo. (NOVA 
SOLITAÇÃO AO CONGRESSO) 
b. no caso de estado de guerra ou resposta 
armada estrangeira, o estado de sítio poderá 
durar enquanto ocorrer a guerra ou agressão. 
c. caso Congresso esteja em recesso, será 
convocado no prazo de 5 dias – rejeitar (não 
entra em vigor o estado de sítio); ou, aprovar 
por maioria absoluta (durar até final do período 
descrito) 
 
garantias constitucionais suspensas 
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com 
fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas 
contra as pessoas as seguintes medidas: 
I - obrigação de permanência em localidade 
determinada; 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou 
condenados por crimes comuns; 
III - restrições relativas à inviolabilidade da 
correspondência, ao sigilo das comunicações, à 
prestação de informações e à liberdade de imprensa, 
radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII - requisição de bens.

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