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Características Morfológicas_

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Características 
Morfológicas
Principais características morfológicas do solo: 
1) Perfil do Solo → Caracterizado pela sequência de horizontes.
a) Descrição morfológica de perfis de solos e sua importância: 
→ Os diferentes tipos de solos são o resultado das diferentes combinações de fatores responsáveis pela sua formação e vão possuir perfis próprios que são caracterizados pelas propriedades físicas, químicas, mineralógicas e morfológicas de seus horizontes. 
→ Dessas propriedades, a que é mais facilmente acessível e perceptível é a propriedade morfológica. A sua descrição de um solo é por meio da expressão de sua aparência. Morfologia = anatomia do solo.
→ As características morfológicas constituem a base para definir o solo no campo e se complementará junto as demais determinações em laboratório.
→ Morfologia do solo: propriedades observadas diretamente, aspecto ou forma do solo, sua cor, estrutura, consistência. Ou seja, permite identificar solos pela aparência de seu perfil sem a necessidade de dados de laboratório.
b) Seleção do local para descrição do perfil: 
→ Cortes de estrada durante a fase inicial do mapeamento (não serve para exames detalhados, descrições rápidas).
→ Perfil sujo: camadas de poeira e material escorregado da superfície que podem se acumular nos cortes.
→ Influências na estrutura do solo: modificação de umidade, alívio de tensões, umedecimento e secagem.
→ Nas áreas de mata, devido à maior luminosidade, tem-se vegetação graminóide e herbácea, que modifica as características dos horizontes superficiais. 
→ Poeira do material empregado na pavimentação pode modificar as características químicas dos solos, como o pH.
→ Abertura de trincheiras: para descrição e coleta de amostras, essas trincheiras apresentam dimensões adequadas e profundidade suficiente tentando atingir sempre o material originário. 
→ Ter uma face vertical lisa e bem iluminada a fim de exibir claramente o perfil.
c) Sequência para exame morfológico do perfil: 
→ Corte de estrada: limpar o perfil com pá reta
→ Separar os diferentes horizontes usando o martelo ou uma espátula (ou canivete) que permite sentir os contrastes de estrutura, consistência, porosidade.
→ Abrir uma trincheira, limpar bem suas paredes e deixar pelo menos uma face exposta ao solo.
→ Separar os horizontes pelas suas características morfológicas que são acrescidas posteriormente de dados químicos, físicos e mineralógicos. 
c) Horizontes do solo: espessura e arranjamento dos horizontes: 
→ Medir a profundidade e a espessura de cada horizonte colocando uma fita métrica ou trena na vertical, fazendo o zero da fita coincidir com a parte superior do horizonte (medidas em cm).
→ Uma vez determinada a profundidade e a espessura, estuda-se a transição entre os horizontes, esta refere-se à nitidez ou contraste de separação entre eles, sendo o grau de distinção:
❀ transição abrupta: quando a faixa de separação é menor do que 2,5 cm.
❀ transição clara: quando a faixa varia entre 2,5 a 7,5 cm. 
❀ transição gradual: entre 7,5 e 12,5 cm.
❀ transição difusa: faixa > 12,5 cm.
2) Características morfológicas dos horizontes → Ao se examinar o perfil é necessário descrever as características morfológicas de todos os horizontes que compõem o perfil
a) Cor
→ Sistema de Munsell: usado para descrever a cor dos solos, baseado em três variáveis: matiz, valor e croma.
❀ matiz: espectro de cores, ou seja, as cores do arco-íris. Os matizes variam do amarelo (Y) ao vermelho (r), passando pelo alaranjado (YR). Cada página da carta de cores corresponde a determinado matiz.
❀ valor ou tonalidade: intensidade de luz da cor, varia de zero (preto absoluto) a 10 (branco).
❀ croma ou saturação: pureza da cor, aumentando ou diminuindo de acordo com a maior ou menor presença de determinado valor. 
→ As diversas cores do solo são o resultado da gênese e/ou pedogênese do solo e as várias tonalidades de coloração existentes no perfil permitem a delimitação dos horizontes.
→ 3 fatores na determinação da cor: a matéria orgânica (cores escuras), o conteúdo de quartzo e os componentes de ferro. As cores vermelhas, por exemplo, dependem principalmente do conteúdo de sesquióxidos e óxidos de ferro não hidratados (hematita), enquanto os amarelados dependem do teor de óxidos hidratados (limonita).
→ Quanto menos hidratados forem os compostos de ferro, mais um solo será vermelho.
Exemplo: Terra roxa → a intensidade da cor é devido ao teor muito elevado de sesquióxidos de ferro pouco hidratado.
→ As cores apresentadas pelos compostos de ferro podem também dar seguras indicações sobre o grau de drenagem. Cores vermelhas = boa oxidação e boa drenagem, cores cinzentas ou cinza-azulado = condições redutoras e drenagem imperfeita. 
→ Perfis que ficam o dia todo expostos ao sol = cores vermelhas; perfis que ficam uma parte do dia expostos ao sol = cores brancas. 
→ Além da anotação de Munsell, deve-se anotar o nome da cor e o estado de umidade da amostra.
Exemplo: Vermelho-amarelado 5YR ⅚, úmido.
→ 1° matiz (cor), 2° tonalidade ou valor e em 3° croma.
→ A cor é determinada em amostra úmida e seca (varia com a umidade).
b) Textura
→ Refere-se às proporções dos vários grupos de grãos individuais que formam o solo. A textura no campo é avaliada através do tato, pela sensação ao esfregar um pouco do solo úmido entre os dedos. 
→ Adotam-se as classes de textura americana ou triângulo americano de acordo com o Soil Survey.
→ A areia dá a sensação de atrito, o silte de sedosidade e a argila de plasticidade e pegajosidade. 
c) Estrutura
→ Arranjo das partículas primárias do solo e agregados, nos quais as forças que ligam tais partículas entre si são mais intensas do que entre os agregados adjacentes. 
→ Ou seja, é o modo de arranjamento das partículas primárias do solo, formando ou não agregados, separados por superfícies de fraqueza. A unidade individual da estrutura é denominada de PED. 
→ Gênese da estrutura: há dois mecanismos de formação:
❀ agregação das partículas unitárias a partir da floculação dos colóides do solo devido a MO e cátions Ca, Mg, Al.
❀ quebramento gradual do material maciço por contração ou rachaduras provocadas pela secagem.
→ A estrutura pode ser subdividida quanto ao tamanho:
❀ microestrutura: inferior a 1 mm, pode ter sua formação devido ao processo de agregação de partículas coloidais do solo.
❀ macroestrutura: superior a 1 mm, pode ser formada pelo quebramento gradual do material maciço do solo.
→ A estabilidade do agregado é aumentada com a presença de agentes cimentantes, tais como: colóides orgânicos, colóides minerais (argilominerais e hidróxidos de ferro).
→ Fatores que favorecem o desenvolvimento da estrutura:
❀ colóides orgânicos: envolvem as partículas unitárias unindo-as e cimentando-as, isto ocorre principalmente nos horizontes A.
❀ colóides minerais: importantes para a estabilidade dos agregados.
❀ argila iluvial do horizonte B: recobre os agregados, formando uma película denominada de cerosidade (exemplo: argissolos).
❀ raízes: a sua ação mecânica pode favorecer o desenvolvimento da estrutura.
❀ microrganismos: ação biológica, principalmente por minhocas que agregam os materiais do solo após a sua ingestão e excreção.
❀ alternância do congelamento e degelo do solo nas regiões frias.
→ Tipos de estrutura quanto a forma:
❀ granular: pode ser granular ou grumosa
❀ prismática: que se desfaz em blocos angulares
❀ colunar
❀ blocos angulares: têm as faces planas, formando arestas
❀ blocos subangulares: ocorre mistura de faces planas e poucas arestas e ângulos suavizados 
❀ laminar
d) Porosidade
→ É o volume do solo ocupado pela água e pelo ar ou parcialmente água e ar. Quanto ao tamanho, deverá ser usada a seguinte classificação:
❀ sem poros visíveis: quando não apresentar poros visíveis.
❀ muito pequenos: inferiores a 1 mm de diâmetro.
❀ pequenos: de 1 mm a 2 mm de diâmetro
❀ médios: de 2 mm a 5 mm de diâmetro.
❀ grandes: de 5 mm a 10 mm de diâmetro.
❀ muito grandes: superiores a 10 mm de diâmetro.→ Quanto à quantidade de poros:
❀ poucos poros: exemplo - horizonte B dos hidromórficos cinzentos, B gleizado
❀ poros comuns: exemplo - horizonte B de argissolos (podzólico), com estrutura em blocos moderada a bem desenvolvida.
❀ muitos poros: exemplo - horizonte B dos latossolos, areias quartzosas. 
e) Cerosidade
→ Dá-se esse nome ao aspecto brilhante e ceroso que ocorre nas superfícies das unidades estruturais. Também é conhecida como "filme de argila" e de cutans.
→ É descrita quanto ao grau de desenvolvimento (fraca, moderada e forte) e quantidade (pouco, comum e abundante).
f) Consistência
→ Termo usado para designar as manifestações das forças físicas de coesão e adesão que verificam no solo, conforme variação dos teores de umidade.
→ Consistência varia com a umidade, MO, quantidade e natureza do material coloidal, estrutura, tipo de cátion absorvido.
→ Terminologia: seco, úmido e molhado. A consistência do solo seco e úmido deve ser avaliada em material não desagregado.
→ Consistência de um solo quando seco: é caracterizada pela dureza ou tenacidade.
❀ solta
❀ macia
❀ ligeiramente dura
❀ dura
❀ muito dura
❀ extremamente dura
→ Consistência do solo quando úmido: caracterizada pela friabilidade e determinada num estado de umidade intermediário entre seco ao ar e capacidade de campo.
❀ solta
❀ muito friável
❀ friável
❀ firme
g) Cimentação
h) Nódulos e concreções minerais
i) Eflorescências

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