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Resumo finalizado MANUAL DE DESCRIÇÃO E COLETA DE SOLO NO CAMPO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS 
CCA 281 – Fundamentos de Solos 
 
 
1 
 
 
MANUAL DE DESCRIÇÃO E COLETA DE SOLO NO CAMPO 
Resumo 
Claudinea Santos de Oliveira 
Solo, perfil e horizontes: são de conhecimento de todos a importância do solo para 
a humanidade, e defini-lo não é algo tão simples, entretanto com uma variação de 
interesse e a ampla possibilidade de uso do mesmo não existe uma definição universal 
aceita. 
O solo possui um corpo tridimensional chamado de pedon (1) que vai da superfície 
ao material de origem sendo usada para exame, descrição e coleta de solo a qual é 
chamado de perfil. Para a observação das propriedades do pedon tem sido usado uma 
profundidade de 2 metros, sendo usada também a mesma profundidade para classificação 
de Solos, vale ressaltar que dependendo da classe essa profundidade pode chegar a 4m. 
O perfil é construído por seções mais ou menos paralela à superfície que são 
denominados horizontes e, ou, camadas. As camadas são pouco ou nada afetadas pelo 
processo pedológicos como exemplo temos as camadas de deposição recente, como nos 
sedimentos aluviais, eólicos e da atividade vulcânica. O aglomerado de horizontes do solo 
associado entre si pela ação dos agentes e processos pedogenéticos dá-se o nome de 
solum (2) ao qual são somente considerados os horizontes genéticos. 
Descrição Morfológica de Perfis de Solos: se trata das características visíveis ao 
olho nu ou perceptíveis com o tato. O solo apresenta características externas próprias que 
precisam ser estudadas e descritas com critérios, algumas dessas características permitem 
inferência importantes sobre sua formação e seu comportamento em relação ao uso 
agrícola. Os principais atributos do solo observados na descrição morfológica são: cor, 
textura, estrutura, porosidade, consistência, transição entre horizontes e, ou, camadas. 
Para a descrição da morfologia de um solo, utiliza-se abertura de uma trincheira de 
tamanho suficiente para que possa avaliar as características morfológicas, fazer fotografia 
e coletar material. 
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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS 
CCA 281 – Fundamentos de Solos 
 
 
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Apesar de não existir uma regra para estabelecer o tamanho ideal de uma 
trincheira, em razão das variações horizontas e verticais dos solos, é recomendado, 
sempre que possível, atinja 2,0 m de profundidade para descrição de perfil de solos 
profundos. As dimensões de trincheiras de 1,5 m de comprimento por 1,2 m de largura e 
2,0 m de profundidade são muito utilizadas nos trabalhos de levantamento de solos. É 
interessante obter, pelo menos, uma face vertical que seja lisa e esteja iluminada, a fim de 
exibir claramente o perfil, é importante salientar que o material retirado da trincheira não 
deve ser depositado sobre a face de observação visto que é imprescindível que em um dos 
lados da trincheira sejam construídos degraus, para facilitar o acesso e manuseio do 
material coletado. 
Os exames preliminares de perfis de solos podem ser feitos nos cortes de estradas 
e voçorocas de sulcos de erosão. Quando há situação que exige rapidez como por exemplo 
na execução de um estudo preliminar, o perfil pode ser descrito e amostrado em corte de 
estrada. Entre tanto tem vários fatores negativos em tal recomendação pois esses locais 
têm uma exposição demasiada do solo a insolação, chuva, alternância de ciclos de 
umedecimento e secagem por período longo, ação de máquinas, compactação e 
espelhamento dos horizontes, contaminação por poeira de materiais empregados na 
pavimentação e por metais pesados provenientes da descarga dos automóveis, entre 
outros fatores. 
Logo pode observar que o exame de campo revela muitas feições que permite 
inferência que nem sempre podem ser obtidas a partir de análises de laboratório, visto que 
o solo possui características que variam com o tempo, às vezes curto período, essas 
características não são preservadas na amostra, entretanto, isso não significa que as alises 
laboratorial não sejam importantes. Pelo contrário muitas conclusões, inferências e 
transferência de conhecimento a respeito de várias tecnologias são baseadas no acúmulo 
de informações de campo ancoradas pelos resultados analíticos, uma complementa a 
outra. 
A Seleção do Local para Descrição do Perfil: varia com as finalidades, podendo 
ser a identificação e caracterização de unidades de mapeamento, estudo de unidades 
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taxonômicas, estudo de gênese do solo ou de problemas específicos em determinadas 
áreas. A seleção do local só deve ser feita após o reconhecimento da área, o que só se 
verifica com a intensidade do trabalho de campo. 
Assim, não se recomendam descrições de perfis e amostragem de solos em locais 
de transição entre unidade de mapeamento, locais muito revolvidos, margem de estrada 
(exceto em caso de situações que exige rapidez na execução, como citado anteriormente) 
de ferrovias e de rios. Sempre que possível devem-se descrever perfis, com a respectiva 
coleta dos materiais dos horizontes, ainda sob vegetação natural. 
A Sequência para Exame Morfológico do Perfil: inicia-se pela separação dos 
horizontes, sub-horizontes e/ou camadas, que são diferenciados basicamente pela 
variação perceptível das características morfológicas citadas anteriormente e analisadas 
em conjuntos. 
A observação visual permite a diferenciação da cor, a transição entre horizontes, 
além de presença de minerais primários facilmente intemperizáveis, fragmentos de 
rochas, entre outros. O uso de materiais como faca e/ou martelo pedológico permite a 
caracterização da consistência, o grau de desenvolvimento da estrutura e sua estrutura e 
textura. 
No exame do perfil do solo, toda as camadas e/ou horizontes são separados e 
descritos. Descrições objetivas são a base da classificação de solo e caso contrário os 
dados de laboratórios não podem ser devidamente interpretados. 
Para algumas classes de solos, recomenda-se a observação de certas características 
morfológicas com diferentes teores de umidade do perfil. 
A Espessura e Arranjamento dos Horizontes: é realizada após ser feita a separação 
dos horizontes ou camadas, medindo a profundidade e a espessura dos mesmos. 
No caso de horizontes com transição onduladas, irregulares, descontinuas ou 
quebradas, deve-se considerar a profundidade predominante, sendo necessário anotar 
entre parentes as variações máximas e mínimas. No caso da medida referir-se ao horizonte 
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completo, a notação compreende o limite superior e o inferior acompanhados da unidade 
de medida. 
A Transição Entre os Horizontes: referem-se á maneira com que os horizontes, 
sub-horizontes e camadas, se diferenciam entre si quanto as variações de cor, textura e 
estrutura. 
A caracterização de transição entre os horizontes é importante tanto em relação à 
gênese dos solos quanto a fatores de utilidade prática relacionados ao seu uso e manejo, 
com destaque para: susceptibilidade à erosão, continuidade do sistema poroso, 
desenvolvimento do sistema radicular, prática de controle da erosão, entre outros. 
Estudo das Características Morfológicas dos Horizontes: no exame de um perfil 
de solo, devem-se descrever minuciosamente as características morfológicas de todos os 
horizontes ou camadas que compõem o perfil, sendo elas: cor, textura, estrutura, 
porosidade, cerosidade, consistência, cimentação, nódulos e congregações de minerais, 
presença de carbono, presença de manganês, presença de sulfeto, eflorescências e coesão. 
A cor é uma das características morfológicasde mais fácil visualização 
identificação nos solos, sendo possível fazer inferências quanto ao conteúdo de matéria 
orgânica, tipificação de óxidos de ferro, formas reduzidas de ferro, entre outros. Daí a 
importância de sua caracterização de forma padronizada. 
A caracterização dá cor de um solo, ou dos seus horizontes, segue uma 
padronização mundial. Que contempla o grau de intensidade de 3 componentes da cor: 
matriz, valor e croma isso é conforme especificações constantes na carta de cores Munsell 
para solos. 
A matriz refere-se ao aspecto dominante da cor (vermelho, amarelo, azul, verde e 
por pura) e é representado por uma ou 2 letras maiúscula referente às iniciais das cores 
que foram citadas acima (em inglês) precedida de números que variam intervalo definidos 
de zero a 10. 
O valor refere-se a tonalidade da cor, 0 se refere ao preto absoluto e 10 ao branco 
absoluto. 
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Já o croma está relacionada a pureza relativa ou saturação da cor varia de zero e 
aumenta gradativamente até 10, sendo zero cores neutras e acinzentada. 
Na tomada da cor é conveniente quebrar os agrega ou torrões para determinar se 
a cor é a mesma por fora e por dentro dos elementos de estrutura. Sua caracteriza ação é 
feita em amostras seca, seca triturada, úmida e úmida amassada. A maioria dos critérios 
em que a cor decisória classificação de um solo onde ou determinado Horizonte, o 
diagnóstico refere-se a amostra ligeiramente umedecido, reafirmando quando o crómio e 
valor está próxima 3 (cor úmida) e valor aproximadamente 5 (seco) pode separar um 
Horizonte A chernozêmico de um A moderado. 
Em alguns sons, observa se também a cor em amostras secas e seca triturada, como 
nos latossolos, argissolos e nitossolo, onde a cor seca triturada permite inferência a 
respeito do domingo de hematita e/ou goethita. 
Um detalhe importante na determinação da cor é a presença de uma boa 
iluminação e ângulo incidência dos raios Solares ao analisar uma amostro de solos, e 
assim deve proceder sucessivamente com as demais amostras, anotando-se a cor mais 
aproximada dos padrões de referência. 
Alguns horizontes onde está mesclados com mais de uma cor. Esse padrão receba 
o nome te mosqueado ou variegado. 
Os mosqueados ocorrem em muitos Horizonte qual camada de solos 
principalmente pela presença de partes do material de origem do solo, não ou pouco 
inteperizado, também pode ocorrer devido a drenagem imperfeita do perfil de solo ou da 
presença já cumulação materiais orgânicos ou minerais. 
Depois de determinar as cores que constituem o mosqueado, deve-se proceder a 
descrição do arranjo do mosqueado: quantidade (pouco, comum e abundante); tamanho 
das manchas (pequeno, médio e grande); contraste de cores tais manchas em relação ao 
fundo (difuso, distinto e proeminente. 
Quando o Horizonte tiver várias cores, mas não houver predominância perceptível 
de determinada cor, ele será descrito como apresentando coloração variegada, em casos 
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de coloração variegada muito complexa, deve-se registrar estimativamente o nome das 
cores, mas perceptíveis. 
Textura, refere-se á proporção relativa das frações granulométricas que compõem 
o solo, sendo área a mais grosseira, silte e argila a mais fina. 
Os grãos de areia são facilmente observados a olho nu e pode ser percebida a 
textura também pelo som, quando esfregado o material entre os dedos. Os teores de siltes, 
só são facilmente percebidos quando muito elevados no solo, conferindo ao material uma 
sensação de sedosidade e é possível observar as partículas a olho nu. Já fração argila 
confere ao material de solo maior plasticidade e pegajosidade que as frações de areia e 
silte. 
Quando se avalia textura, deve-se tomar cuidado em homogeneizar a massa do 
solo, de forma que posso quebrar pequenos agregados, que podem ser interpretados como 
areia. 
A estrutura, refere-se a padrão de arranjamento das partículas primarias do solo, 
sendo areia, silte e argila, em unidade estruturais compostas chamado de agregados. Esses 
agregados são, por tanto, unidade naturais secundarias compostas das partículas 
anteriormente mencionadas que são ligadas entre si. 
A descrição da estrutura no campo é feita pela avaliação visual das unidades 
estruturais com vistas desarmada, ou com lupa de 10 aumento. 
Reconhecer a estrutura de um solo é de fundamental importância, em razão 
de sua influência no desenvolvimento e crescimento das plantas, em especial do 
sistema radicular, na retenção e suprimento de nutrientes, água e ar, na atividade 
microbiana, na resistência à erosão, entre outros fatores. 
Os tipos de estrutura normalmente encontrados nos solos são: Laminar, onde as 
partículas do solo estão arranjadas em agregados cujas 
dimensões horizontais são mais desenvolvidas que a vertical; Prismática, em que as 
partículas do solo estão arranjadas em agregados; Blocos ou Poliédrica, o qual é aquela 
em que as três dimensões da unidade 
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estrutural são aproximadamente iguais e são divididos em bloco angular e bloco 
subangulares; Granular ou esferoidal o qual as unidades estruturais, arredondadas, não 
apresentam faces de contato e são divididos em estrutura granular propriamente dita e 
estrutura em grumos. Outro aspecto que é usado na caracterização da estrutura é p 
tamanho das unidades estruturais, a quais são definidas como: muito pequena; pequena; 
média; grande; muito grande. A terceira característica usada é o grau de desenvolvimento 
da estrutura que é a manifestação das condições de coesão dentro e fora dos agregados. 
A porosidade nada mais é do que o volume o solo ocupado por água e pelo ar, será 
descrito quanto ao tamanho e á quantidade dos poros o qual tem classificação de 1mm á 
10mm. 
A cerosidade deixa no solo um aspecto brilhante e ceroso de superfícies naturais 
que revestem as diferenças de unidades estruturais, a cerosidade pode ser observada nas 
faces dos agregados e podendo ser classificada quando ao grau de desenvolvimento e à 
quantidade de ocorrência, quanto ao grau de desenvolvimento, serão usados os termos: 
fraca, moderada e forte, quanto a quantidade, serão usados os termos: pouco, comum e 
abundante. 
 Além da cerosidade, deve-se descrever: Superfícies Foscas ou "coatings" que são 
superfícies ou revestimentos muito tênues e pouco nítidos, que não podem ser 
identificados positivamente como cerosidade, apresentando normalmente pouco 
contraste entre a parte externa revestida e aquele sob esse revestimento, tendo aspecto 
embaçado ou fosco. Superfícies de fricção ou "slickensides" - Superfícies alisadas e 
lustrosas, exibindo estriamentos causados pelo deslizamento e atrito da massa do solo. 
São superfícies tipicamente inclinadas, em relação ao prumo dos perfis, por fim e não 
menos importante tem a Superfícies de Compressão ou "pressure surface" que são 
Superfície alisadas, na massa do solo em decorrência de 
expansão do material, podendo apresentar certo brilho quando úmidas ou molhadas. 
A consistência é o termo usado para designar as manifestações das forças físicas 
de coesão entre partículas do solo e de adesão entre as partículas e outros materiais, 
conforme variação dos graus de umidade. A consistência varia primordialmente com o 
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conteúdo de umidade, bem como com a textura, a matéria orgânica, a quantidade e 
natureza do material coloidal e o tipo de cátion adsorvido.A terminologia para a consistência inclui termos distintos para a descrição 
em três estados de umidade padronizados: seco, úmido e molhado, sem o que a 
descrição do solo não será considerada completa. Quando o solo está seco é caracterizado 
pela dureza ou tenacidade, tendo os seguintes tipos de consistência: Solta, macia, 
ligeiramente dura, dura, muito dura, extremamente dura. Já o solo quando úmido é 
caracterizado pela friabilidade e determinada num estado de umidade intermediário entre 
seco ao ar e a capacidade de campo, tendo os seguintes tipos de consistência: Solto, muito 
friável, friável, firme, muito firme, extremamente firme 
 Quando o solo molhado é caracterizado pela plasticidade e pela pegajosidade, 
sendo a plasticidade a propriedade que pode apresentar o material do solo de 
mudar continuamente de forma, pela ação da força aplicada, expressa os seguintes tipos: 
Não plástica; ligeiramente plástica; plástica; muito plástica. A pegajosidade é a 
propriedade que pode apresentar a massa do solo de aderir a outros objetos, os graus de 
pegajosidade são descritos da seguinte forma: Não pegajoso; ligeiramente pegajoso, 
pegajoso, muito pegajoso. 
A Cimentação diz respeito à consistência quebradiça e dura do material do solo, 
determinada por qualquer agente cimentante, que não seja argilomineral, como: 
carbonato de cálcio, sílica, óxidos de ferro e, ou, de alumínio. Tipicamente, o material de 
solo cimentado não se altera com o umedecimento, persistindo a sua dureza quando 
molhado. A cimentação pode ser tanto contínua como descontínua dentro de um dado 
horizonte, sendo classificada do seguinte modo: Francamente cimentada; fortemente 
cimentada; extremamente cimentada. 
Nódulos e concreções minerais, são corpos cimentados que podem ser removidos 
intactos da matriz do solo. Concreções distinguem-se dos nódulos pela organização 
interna: elas têm a simetria interna disposta em torno de um ponto, de uma linha ou de 
um plano, enquanto os nódulos carecem de uma organização interna ordenada. A 
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descrição deve incluir informações sobre quantidade, tamanho, dureza, 
cor e natureza dos nódulos e concreções. 
Em termo quantitativo é usados os seguintes termos: Muito pouco; pouco; 
frequente; muito frequente; dominante. Em termo de tamanho é classificado por: Pequeno 
e grande. Tratando da dureza usa-se os termos: Macio e duro. 
No campo também é verificado em campo a presença de carbonatos, manganês e 
sulfetos. 
Eflorescências são ocorrências de sais cristalinos sob forma de revestimentos, 
crostas e bolsas, destacando-se, após período seco, nas superfícies dos elementos 
estruturais, nas fendas e nas superfícies, podendo ter aspecto pulverulento, como pó de 
giz. O aparecimento desses sais decorre da evaporação e concentração local 
nos períodos secos. 
A coesão é avaliada no perfil de solo, em condições de umidade inferiores à 
capacidade de campo, ao separar os horizontes ou retirar as amostras. Apenas dois graus 
das características são considerados, sendo eles moderadamente seco e fortemente seco. 
Identificação e nomenclatura dos horizontes, os horizontes formados a partir da 
ação de processos pedogenéticos, são denominados horizontes genéticos (O, H, A, E, B, 
C, F). As designações e símbolos expressam um julgamento qualitativo do avaliador sobre 
as mudanças que se acredita - ocorreram na formação do solo. Os horizontes diagnósticos, 
por sua vez, são definidos qualitativamente e quantitativa mente a partir de critérios 
diagnósticos estabelecidos para diferenciar taxa. São utilizados números arábicos como 
prefixos que servem na designação dos horizontes ou camadas principais (O, H, A, E, B 
e C) e indicam descontinuidade litológica, dentro ou abaixo do solum. Os horizontes 
situados acima da primeira descontinuidade, ou, seja, 
desenvolvidos no primeiro estrato, não recebem numeração, pressupondo-se 
corresponder ao número 1. O horizonte seguinte, abaixo da primeira 
descontinuidade, recebe o número 2 e assim por diante. Caso não seja possível identificar 
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a base do perfil de um determinado solo os horizontes podem ser simplesmente 
numerados (1, 2, 3 etc.) da superfície para baixo. 
Os horizontes principais são O,H,A,E,B,C,G,F, R: horizonte O é um horizonte ou 
camada superficial de cobertura, de constituição orgânica, sobreposto a alguns solos 
minerais ou à rocha, podendo estar ocasionalmente saturado por água por curto período 
de tempo. 
Horizonte H é uma constituição orgânica, superficial ou não, 
composto de resíduos acumulados ou em acumulação sob condições de 
prolongada estagnação de água, salvo se artificialmente drenado. 
Consiste em camadas ou horizontes de material orgânico, em vários 
estádios de decomposição, podendo incluir material pouco ou não 
decomposto, correspondendo à manta morta acrescida à superfície, 
material fibroso ("peat") localizado mais profundamente ou material bem 
decomposto, superficial ou não. 
 O horizonte A é um horizonte mineral, superficial ou em sequência a horizonte 
ou camada O ou H, diferenciando-se do horizonte ou camada subseqüente pela maior 
concentração de matéria orgânica ou pela perda ou translocação de componentes 
minerais. O horizonte E é um horizonte mineral cuja característica principal é a 
translocação de argila, ferro, alumínio ou matéria orgânica, com resultante concentração 
residual das frações areia e silte ou de minerais resistentes ao intemperismo. 
O horizonte B é mineral formado sob um E, A ou O, onde ocorre a maior 
expressão dos processos pedogenéticos. Já o horizonte C são identificados como camadas 
de sedimentos, saprólito, material de rocha não consolidado e outros materiais de rocha 
não cimentados que não apresentam resistência forte quando escavados ou cortados com 
uma pá. O horizonte F é material mineral consolidado contínuo ou 
praticamente contínuo sob A, E, B ou C rico em ferro e, ou, alumínio e pobre em matéria 
orgânica, proveniente do endurecimento irreversível da plintita, ou originado por 
translocação lateral de ferro e, ou, alumínio e precipitação formando bancadas 
cimentadas. 
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O horizonte R é uma amada mineral de material consolidado, que não pode ser 
cortado com uma pá mesmo quando úmido, e constituindo substrato rochoso contínuo 
ou praticamente contínuo. 
Os horizontes transicionais são horizontes m que propriedades de um horizonte 
principal subjugam propriedades de outro horizonte principal e se combinam. Já os 
horizontes intermediários são mesclados que podem ser transicionais ou não, nos quais 
porções de um horizonte principal são envolvidas por material de outro horizonte 
principal, sendo as distintas partes identificáveis como pertencentes aos respectivos 
horizontes em causa. 
Para designação e características dos horizontes e camadas subordinadas, sendo 
características decorrentes de processos pedogenéticos ou ações antrópicas de horizontes 
e camadas principais (O, H, A, E, B e C), excluindo horizontes transicionais e 
intermediários, usam-se como sufixos letras minúsculas, como: 
Acentuada decomposição de material orgânico: É usado com O e H para designar 
muito intensa ou avançada decomposição do material orgânico, onde pouco ou nada resta 
de reconhecível da estrutura dos tecidos vegetais, acumulados conforme descrito nos 
horizontes O e H. 
 Escurecimento da parte externa dos agregados por matéria orgânica não associada 
e sesquióxidos empregado com B e parte inferior de horizontes A espessos para designar 
horizontes mais escurosque os contíguos. 
Material político e/ou, bauxítico brando é utilizado com A, B e C para designar 
concentração localizada de constituintes secundários minerais ricos em ferro e, ou, 
alumínio, em qualquer caso pobre em matéria orgânica e em mistura com argila e quartzo. 
Glei, é usado com A, E, B e C para designar desenvolvimento de cores cinzentas, 
azuladas, esverdeadas ou mosqueamento bem expresso dessas cores. 
 Icipiente desenvolvimento de horizonte B é empregado exclusivamente com B 
para designar transformações pedogenéticas. Presença de carbonatos é utilizado com A, 
B e C para designar presença de carbonatos alcalino terrosos, remanescentes do material 
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originário, comumente, de carbonato de cálcio. Extremamente Cimentado é usado B e C 
para designar cimentação pedogenética extraordinária e irreversível. 
Acumulação de sílica é empregado com B ou C para designar acumulação de sílica 
secundária. Acumulação de argila é empregado exclusivamente com B para designar 
relevante acumulação ou concentração de argila. Acumulação de sulfato de cálcio é 
utilizado com B e C. 
No capítulo III é abordado a forma de registro e redação das descrições, sendo que 
o modo de registrar as descrições dos perfis varia bastante, indo de acordo com modelos 
organizados pelas diferentes instituições, entretanto na maioria das vezes é comporta 
pelos seguintes itens, seguindo uma ordem, perfil, data, classificação, localização, 
município, estado e coordenadas, situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil, 
altitude, litologia, formação geológica, período, material originário, pedregosidade, 
rochosidade, relevo local, relevo regional, erosão, drenagem, vegetação primaria, uso 
atual, clima e informando por quem esta sendo descrito e coletado. 
A descrição morfológica dos perfis do solo é fundamental para o planejamento de 
atividades agrícolas, florestais e de conservação do solo. A identificação individualizada 
dos horizontes e camadas do perfil é um dos elementos mais importantes dessa descrição 
e deve obedecer a uma ordem específica. Essa ordem inclui a designação do horizonte, 
profundidade, cor, textura, estrutura, cerosidade, superfície de fricção, consistência seca 
e úmida, transição e pH de campo. 
A pedregosidade é definida pela proporção relativa de calhaus e matacões sobre a 
superfície e/ou massa do solo, sendo classificada em diferentes categorias de acordo com 
a sua ocorrência e interferência nas atividades agrícolas. A classificação inclui desde solos 
não pedregosos até extremamente pedregosos, que inviabilizam o uso de maquinaria 
agrícola. A descrição da pedregosidade é importante para o planejamento das atividades 
agrícolas, florestais e de conservação do solo em áreas com diferentes níveis de 
pedregosidade. 
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Classificação das classes de rochosidade em relação à proporção relativa de 
exposições de rochas do embasamento na superfície do solo. Sendo cinco classes: Não 
rochosa, ligeiramente rochosa, Moderadamente rochosa, Rochosa, Muito rochosa e 
Extremamente rochosa. Cada classe apresenta uma descrição das características dos 
afloramentos rochosos e matacões, assim como a porcentagem da superfície do terreno 
que eles ocupam. Deve ser considerado a influência da pedregosidade no uso do solo, 
podendo resultar na classificação de um solo como tipo de terreno. 
O relevo do solo é classificado em cinco categorias principais de acordo com suas 
características: plano, suave ondulado, ondulado, forte ondulado, montanhoso e 
escarpado. 
A erosão, que se refere à remoção da parte superficial e subsuperficial do solo, 
principalmente pela ação da água e do vento. Existem duas formas principais de erosão: 
a erosão eólica, que ocorre em regiões semiáridas ou com solos fracamente agregados e 
não depende da declividade do terreno, e a erosão hídrica, que resulta da remoção de 
material sólido pelo fluxo de água no solo. A erosão hídrica pode ser laminar, que é a 
remoção uniforme de camadas do solo sem o aparecimento de sulcos, e em sulcos, que é 
a remoção do solo através de sulcos e canais. Os sulcos podem ser ocasionais, frequentes 
ou muito frequentes, e superficiais, rasos ou profundos. A voçoroca é considerada um 
caso extremo da erosão em sulcos, caracterizada pela formação de cortes profundos e 
muito profundos, e não pode ser resolvida por práticas simples de cultivo. Outras formas 
de erosão incluem desbarrancamentos, desmoronamentos e deslizamentos. 
Existem diferentes classes de drenagem do perfil do solo, desde excessivamente 
drenado até muito mal drenado, com exemplos de solos que se enquadram em cada classe. 
A capacidade de drenagem do solo é influenciada por fatores como porosidade, 
permeabilidade e textura, e pode afetar a retenção de umidade e a presença de lençóis 
freáticos. Alguns solos podem apresentar características de gleização e mosqueados de 
redução, indicando má drenagem. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS 
CCA 281 – Fundamentos de Solos 
 
 
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É de insuma importância a descrição e coleta adequada de um solo para o 
atendimento de susas propriedades física, química e biológicas. Tendo uma grande 
importância para o manejo sustentável de áreas agrícolas e pecuária.

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