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A Consulta de Puericultura-ROTEIRO

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Atenção Básica à Saúde
PUERICULTURA
Acompanhamento de crianças e adolescentes
Introdução:
A etimologia da palavra Puericultura, oriunda do latim, já nos aponta a sua significação ampla, dado que, “puer significa criança e “cultus cultura” significa criação ou cuidados dispensados a alguém. Devemos entender a Puericultura essencialmente como o conhecimento e a prática visando a prevenção de doenças e a promoção da saúde humana, da concepção ao final da adolescência.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento desde o nascimento até a adolescência visa os aspectos de prevenção e de promoção da saúde, no sentido de mantê-los saudáveis para garantir seu pleno desenvolvimento, de modo que atinja a vida adulta sem influências desfavoráveis e problemas trazidos da infância. É priorizado a promoção da saúde infantil, prevenção de doenças e educação da criança e de seus familiares, por meio de orientações que antecipam os riscos de agravos à saúde, podendo oferecer medidas preventivas mais eficazes.
A consulta de puericultura apresenta características próprias que a diferencia da consulta de pacientes adultos. Dependendo da idade do paciente pediátrico (recém-nascidos a pré-escolares) a história deve ser obtida através das informações do acompanhante – pais, familiares, vizinhos ou cuidadores. Nos pacientes escolares e adolescentes as informações dos acompanhantes podem ser complementadas com informações do próprio paciente, e na faixa etária de adolescentes maiores de 16 anos eles próprios podem fornecer as informações. 
A consulta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes representa um ato de confiança na qual o profissional deve estabelecer com o paciente/família um vínculo especial que é a empatia.
A empatia começa com um acolhimento personalizado que implica em respeito e valorização do paciente/família. Empatia significa sintonia. Significa “sentir o que o outro está sentindo” e até “se sentir no lugar do outro”. 
O médico deve saber escutar o paciente e compreender o que o outro está falando, é a valorização do discurso do paciente e se completa pela manutenção de um diálogo (no sentido real do termo). Isso permite compreender a dinâmica da mãe em relação à criança/adolescente e fazer a leitura de suas necessidades, inseguranças, medos, fantasias, culpa e expectativas além de detectar situações estressantes pelas quais a família pode estar passando.
Cabe ao puericultor dirigir o diálogo para obter dados objetivos e atuar na prevenção, controlando os fatores de risco mais do que propriamente as doenças. A meta é fazer o diagnóstico e listar os problemas detectados, em relação à alimentação, estado nutricional (desnutrição, anemia, obesidade), imunização, crescimento, desenvolvimento neuropsicomotor, puberdade e comportamento. Para isso contamos com os dados de anamnese e exame físico. Impressos padronizados e prontuários informatizados são úteis, mas não substituem uma entrevista com empatia sobre as condições de vida das crianças e adolescentes e das condições familiares e ambientais.
Seguir as etapas clássicas da anamnese (identificação, queixa principal, história da doença atual, antecedentes gestacional, do parto e neonatais, antecedentes alimentares, história do desenvolvimento, imunizações, história patológica pregressa, história familiar, social e revisão de sistemas) são importantes para o acompanhamento e identificação de problemas.
A observação clínica tem como fundamento a obtenção de subsídios para alcançar os diagnósticos e implantação da terapêutica adequada, seguimento do paciente e, se presente, de sua doença com as intercorrências. 
Outra característica da observação clínica pediátrica é a chamada consulta de rotina, quando a cada consulta, mesmo que não haja queixas, a assistência global à criança deve ser feita de maneira evolutiva, para acompanhar o seu crescimento, desenvolvimento, alimentação, vacinação, comportamento social e escolar, possíveis queixas ou dificuldades, e o exame físico deve comprovar os progressos do desenvolvimento e registrar os parâmetros de crescimento. 
O Ministério da Saúde recomenda que a mãe leve a criança para fazer as consultas de rotina nas seguintes idades: 3º a 5º dia, 1 mês, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses, 12 meses, 18 meses, 24 meses e 36 meses. A partir desta idade, as consultas de rotina devem ser feitas uma vez ao ano, de acordo com sua necessidade de cuidados. 
Recomenda-se a seguinte periodicidade das consultas de acompanhamento do RN pré-termo: Primeira consulta: 3º ao 5º dia após a alta; consulta mensal até 6 meses; bimestral ou trimestral dos 6 aos 12 meses; a cada 3 a 4 meses até 2 anos; semestral até 4 anos e anual após 4 anos de idade até a puberdade.
Quanto ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento puberal, sugere-se realizar consultas a intervalos conforme a fase em que se encontra o/a paciente, como descritos no Quadro 1. No caso de alterações (baixa ou elevada estatura, maturação tardia ou antecipada), os intervalos de retorno serão definidos pelo profissional, conforme a necessidade do caso.
Quadro 1. Intervalos das consultas para acompanhamento do crescimento desenvolvimento puberal, conforme a fase em que paciente se encontra.
	FASE DO CRESCIMENTO
	INTERVALO DA CONSULTA
	No início da puberdade
	De 3 em 3 meses
	Aceleração
	De 4 em 4 meses
	Desaceleração
	Uma vez ao ano até finalizar o crescimento
A observação clínica da criança e do adolescente deve ser realizada considerando-se a fase do desenvolvimento físico e neuro-psico-motor peculiar de cada faixa etária. Considera-se recém-nascida, a criança no primeiro mês de vida; lactente, de1 mês a 2 anos de idade; pré-escolar, de 2 a 5 anos; escolar, de 6 a 10 anos e adolescente, de 11 a 19 anos. Os objetivos deste capítulo são descrever as técnicas de obtenção da história e do exame físico, assim como os achados normais e alterações mais comuns da criança e do adolescente, nos diversos períodos da vida.
ANAMNESE
Informação geral e Identificação: Data do exame, nome do paciente, idade, data de nascimento, sexo, raça, nomes dos pais, procedência e naturalidade. Nome do acompanhante no momento da consulta (pais ou outra pessoa), relação da criança com o acompanhante. Referência quanto à qualidade das informações prestadas.
Queixa principal: Porque o paciente foi trazido ao médico? Usar as palavras do informante sobre a queixa e a duração. 
História da moléstia atual: Detalhes sobre todos os sintomas, sinais e tratamentos aplicados em ordem cronológica. Para as crianças doentes é importante perguntar até quando estava sadia. Se a criança está fazendo uso de medicamentos, deve-se anotar a causa, a duração, a posologia e a resposta. Qualquer informação do passado importante para a doença atual deve ser anotada. Para a criança sadia pode-se colocar “sem queixas”; deve-se perguntar sobre a frequência escolar.
História pré-natal: Perguntar idade materna e paterna, sobre saúde dos pais antes e durante a gestação, questionar sobre sangramentos, infecções, outras doenças, uso de medicamentos e/ou substância psicoativas, álcool, fumo, exposição a animais, resultados de exames e sorologias, tipo sanguíneo dos pais e outras intercorrências. Saber o número de consultas durante o pré-natal, se houve ganho excessivo ou insuficiente de peso durante a gravidez. Número de gestações prévias, abortos, natimortos. Caso tenha ocorrido abortos ou natimortos questionar o motivo.
História do nascimento: Duração da gestação (idade gestacional), tipo e duração do parto, apresentação do recém-nascido, utilização de anestesia ou analgesia, intercorrências no parto.
História neonatal: Perguntar se mamou em sala de parto ou na primeira hora de vida, se houve cianose ou desconforto respiratório ao nascer ou nas primeiras horas de vida, manobras de ressuscitação ou outras intervenções. Anotar os escores do Apgar, peso, estatura, perímetro cefálico, idade gestacional ao nascimento, que poderão ser pesquisados na Caderneta de Saúde da Criança. Questionarsobre icterícia, risco infeccioso, anomalias congênitas, convulsão ou qualquer anormalidade nas primeiras horas pós-parto. Inquerir sobre intercorrências até o momento da alta hospitalar. Verificar as triagens neonatais realizadas (testes do pezinho, da orelhinha, do olhinho, do coraçãozinho, da linguinha), além da Manobra de Ortolani.
História alimentar: Perguntar e anotar sobre a rotina alimentar da criança. Se está em aleitamento materno exclusivo, se usa fórmula láctea ou outro tipo de alimentação; como é oferecido o outro alimento? Se em mamadeira, copo ou colher; se suga de modo adequado, qual o tipo de fórmula e como é preparada (proporção agua/fórmula) se usa algum tipo de farináceo; perguntar sobre o diário alimentar anotando os horários e tipo de alimentos ofertados à criança. Ter especial atenção quanto a época de introdução, frequência e quantidade da ingesta de alimentos ultra processados. Caso a criança seja maior de 6 meses questionar sobre a alimentação complementar. Inquerir sobre sintomas associados à alimentação como: presença de vômitos, regurgitação, desconforto respiratório, evacuação, dor abdominal ou outros. Anotar a época e evolução da introdução da alimentação complementar. Questionar sobre o uso de vitamínicos (Prematuro), suplemento de ferro, suplemento de vitamina A para crianças de 6 meses aos 4 anos e 11 meses que residem em áreas de risco para a deficiência de vitamina A. Em todas as faixas etárias detalhar se há problemas alimentares, o local onde a criança realiza as refeições, se participa das refeições com a família, se fica em frente à TV.
História do crescimento-desenvolvimento: Deve-se ter o peso e a altura ao nascer, aos 6 meses, 1 ano, 2 anos, 5 anos e 10 anos pelo menos. Qualquer perda ou ganho deve ser anotado para avaliar a relação com doença orgânica ou psicossocial. Deve-se comparar com os dados dos pais e irmãos. Devem ser anotadas na caderneta da criança os dados do desenvolvimento observando as idades em que o paciente começou a fixar o olhar, seguir as pessoas com o olhar, sustentou o pescoço, sorriu em resposta, iniciou o rolar e o rastejar, sentou com e sem apoio, segurou e transferiu objetos das mãos, começou a andar com e sem apoio. Questionar sobre a evolução da linguagem (ver anexo sobre linguagem abaixo). A evolução da erupção dentária deve ser perguntada e anotada na Caderneta de Saúde da Criança. Assim como questionar a idade em que começou a se vestir, tomar banho só, andar de bicicleta e como é o desempenho escolar. Devem ser perguntados quando foram adquiridos os controles de diurese e dejeção e como foi realizado o desfralde.
Marcar na Caderneta da Criança os marcos do desenvolvimento e encorajar a família a ler e acompanhar.
História de doenças pregressas: Questionar sobre a saúde prévia, doenças, exames, traumas, cirurgias, tratamentos específicos, hospitalizações e intoxicações; perguntar se há alergia respiratória, a medicamentos, alimentos, dermatite atópica etc.
História do comportamento: Perguntar ao informante e/ou ao próprio paciente se é feliz, sociável, se tem problemas de comportamento e relacionamento familiar, com vizinhos ou na escola. Questionar e descrever como é o padrão de sono e se há alterações. No caso de adolescentes perguntar se tem namorado (a), se já teve intercurso sexual, avaliando se é necessário sigilo sobre estas questões. Realizar as orientações necessárias. Inquerir sobre exposição a substâncias psicoativas e fumo.
História de imunização: Verificar na caderneta o registro das vacinas para a idade e questionar sobre reações apresentadas. No caso de constatação de atraso vacinal encaminhar a sala de vacina para atualização do calendário vacinal. Verificar no anverso da folha das vacinas as doses semestrais da vitamina A.
Hábitos de vida;
Sono: que horas vai dormir à noite, que horas acorda, se tem cochilos diurnos, dificuldade para conciliar o sono, ronco, pausas respiratórias, parassonias, co-leito.
Saúde bucal: higiene oral, quantas vezes ao dia, se os pais verificam a higiene, quantidade e tipo de pasta dental, se usa fio dental, se frequenta dentista, desde que idade. Verificar se os pais frequentam dentista e se apresentam cáries.
Atividade física: lúdica, ao ar livre, quantas horas ao dia, se realiza atividades físicas orientadas, qual a frequência e tipo.
Exposição a telas: qual o tipo (celular, tablet, TV, computador), quantas horas por dia; se a exposição dificulta a realização das tarefas escolares, higiene, alimentação e sono. Tipos de jogos, se os familiares acompanham as atividades da criança nestes instrumentos.
História familiar: Os dados aqui coletados podem ser importantes para várias patologias. Deve-se fazer um heredograma, incluindo pais, irmãos, avós, com idades, estado de saúde, histórico de patologias existentes ao nascimento e/ou que possam ser hereditárias, alergias, neoplasias e em caso de falecimento a causa da morte.
História social: Detalhes sobre as condições de moradia, número e grau de parentesco das pessoas que habitam na mesma casa; número de cômodos, saneamento básico (esgoto, agua encanada etc.), estado civil dos pais, escolaridade dos pais, atividade profissional dos pais, renda da família, participação de programas de benefício do governo, presença de violência doméstica e se frequenta a escola.
Uma particularidade: no primeiro encontro com o adolescente, deve-se pontuar que a pessoa central da consulta é ele (a), deixando claro seus direitos ao sigilo, privacidade, confiabilidade, porém alertando quanto aos limites das questões éticas, tanto para o cliente quanto seus responsáveis. O início da anamnese deve ocorrer na presença dos pais/responsáveis, posteriormente ouvir o paciente sozinho e na existência de conflitos evidentes, ou de violência familiar, torna-se necessário mais uma etapa, desta vez para uma conversa a sós com os responsáveis. Assim como, para orientá-los sobre as hipóteses diagnósticas percebidas e as explicações sobre as condutas terapêuticas a serem tomadas.
É preciso que fique claro ao jovem que nada será tratado com seus pais/responsáveis sem que ele seja informado previamente, mesmo quando é preciso romper o sigilo, conscientizando-o da importância de informar determinadas situações (Quadro 2).
Quadro 2.
	Quebra do sigilo
	Manutenção do sigilo
	Presença de qualquer tipo de violência: emocional, maus tratos, sexual, bullying, interpessoal no namoro etc.
	Ficar, namoro, iniciação sexual (excluída violência por sedução ou imposição explícita).
	Uso escalonado (cada vez maior) de álcool e outras drogas; sinais de dependência química.
	Experimentação de psicoativos (sem sinais de dependência).
	Autoagressão, ideações suicidas ou de fuga de casa; tendência homicida.
	Orientação sexual, conflitos com identidade de gênero.
	Gravidez; abortamento.
	Prescrição de contraceptivos (para
adolescente com maturidade para adesão).
	Sorologia positiva de HIV (comunicar aos familiares e à parceria sexual).
	IST (afastada violência sexual e desde que adolescente tenha maturidade para adesão ao tratamento).
	Não adesão a tratamentos, deixando o adolescente ou terceiros em risco.
	
	Diagnóstico de doenças graves, quadros depressivos e outros transtornos do campo mental.
	
Com o intuito de obter o conhecimento da história psicossocial mais completo possível, o Dr. Henry S. Berman de Nova York (EUA) organizou em 1971 um sistema de avaliação contemplando diferentes aspectos de vida dos adolescentes. Esse autor elaborou um método de questões, estruturadas e abertas, maximizando a comunicação e diminuindo o estresse durante a consulta médica.
Tal método, inicialmente conhecido pela sigla HEADSS (significando cabeça em inglês), posteriormente foi refinado pelos Drs. Eric Cohen e John Goldenring em 1988. Cada letra da sigla corresponde a uma área a ser avaliada: H (home) lar, E (education/employment) educação, A (activities) atividade com pares, D (drugs) drogas, S (sexuality) sexualidade e S (suicide/depression) suicídio e depressão.
Uma nova atualização da metodologiafoi realizada em 2004, acrescentando-se duas áreas representadas pelas letras E (eating disorders) para distúrbios alimentares e S (safe) representando segurança e violência, passando a ser reconhecida por HEEADSSS.
	Sigla e significado
	Indagações sugeridas
	H (Home) Casa 
	Onde você mora? Quem reside na casa com você?
O ambiente é calmo ou “agitado”? Quem briga mais na tua casa?
	E (Education/Employment)
Educação / emprego
	Sabe ler e escrever? Atualmente estuda? Em que ano?
Você trabalha? Em quê? Horário – carteira assinada – interfere
nos estudos?
	E (Eating Disorders)
Distúrbios alimentares
	Já fez dieta? Gosta de seu corpo?
Está contente com seu peso e altura?
	A (Activities) Atividades
	O que você faz além da escola? Pratica esporte? Qual? Quantas vezes por semana? Utiliza celular?
Você joga videogame? Quanto tempo passa entre celular, games, TV, computador, telinhas em geral?
	D (Drugs) Drogas lícitas / ilícitas
	Você bebe? Com que frequência? Quando foi seu último porre?
Onde costuma beber: em casa/bar/festas? Já experimentou kit
(vodka + energético)? Já ficou de porre? Quando foi a última vez?
Fuma tabaco? Início, quantidade de cigarros/maços fuma?
Usou/usa outra droga?
Qual, início, frequência, intoxicações / “overdose”?
	S (Sexuality) Sexualidade
	Já ficou? Está apaixonado/a? Divide sua intimidade corporal com alguém? Já teve relações sexuais?
Com pessoas de sexo oposto, mesmo sexo, ou tanto faz?
	S (Security) Segurança
	Já sofreu algum tipo de violência? Onde? Por quem? Assalto? Bullying? Já causou violência em alguém?
Consequências?
	S (Suicide) Suicídio
	O que você faz quando se sente triste: fica quieto? Chora? Já pensou em desaparecer / se machucar? Já tentou?
Interrogatório sistemático: Neste tópico inquirimos as questões ainda não abordadas. Desta forma é aqui que colocamos as queixas do paciente que ainda não especificamos. Esta revisão funciona como uma checagem de informações de todos os sistemas que possam ter sido omitidas ou esquecidas previamente. É interessante seguir uma ordem sistemática para evitar esquecimentos.
Geral: mudanças recentes de peso (quando o paciente referir emagrecimento, pergunte a ele o quanto emagreceu e em quanto tempo), alteração de apetite, fraqueza, fadiga, febre, alteração de memória, variações do humor (tristeza frequente, ansiedade, etc.)
Cabeça: cefaleia, tonturas, trauma, conformação craniana. 
Olhos: visão, secreção, estrabismo.
Ouvidos: audição, infecções, secreções.
Nariz: coriza, obstrução, sangramentos.
Boca e orofaringe: dor, problemas dentários.
Pescoço: presença de tumorações, ingurgitação de vasos, malformações.
Pele: erupções, prurido, alterações de coloração;
Tórax: massas, assimetria, dor.
Respiratório: tosse, dispneia, chiado no peito, secreção.
Cardiovascular: palpitações, cianose, cansaço aos esforços, dor precordial, síncope, sudorese, cansaço e interrupção frequente das atividades. Gastrointestinal: hábito intestinal, presença de regurgitação, vômitos, dor abdominal, diarréia, tumorações.
Geniturinário: dor, frequência urinária, urgência urinária, coloração da urina, presença de testículos na bolsa escrotal, corrimento vaginal, dor lombar, edema. Nos adolescentes: menarca, ciclo menstrual (intervalo, duração, quantidade, dismenorréia e sua graduação: ausente, fraca, moderada, forte, mas não atrapalha atividades habituais, forte e atrapalha atividades habituais e/ou acompanhada de sintomas como vômitos, desmaios, etc.), crescimento mamas, presença de pelos pubianos, sexualidade.
Musculoesquelético: fraqueza ou atrofia muscular, paresias, paralisias, dor em membros, alterações de marcha, escoliose etc. 
Extremidades / Vascular: presença de malformações; varizes
Sistema nervoso: convulsões, tiques, tremores, coordenação.
EXAME FÍSICO:
Observar cuidadosamente o paciente antes de examinar. A observação da criança inicia-se com sua entrada no consultório, momento em que se observam alguns dados: quem traz a criança, a maneira como é carregada e manipulada, seu comportamento, atitude, atividade, etc. 
Faz-se necessário não assustar a criança: tom de voz elevado, gestos bruscos, retirá-la do colo do acompanhante para colocá-la subitamente na mesa ou balança, retirar a rouba rapidamente, tocá-la com as mãos frias, etc., com certeza provocarão uma reação negativa. Um bom exame físico necessita de confiança mútua, de preferência as manipulações (retirar a roupa, deitar, trocar, segurar, etc.) devem ser realizados pelo acompanhante.
O exame pode ser iniciado no colo do acompanhante e quando a criança estiver acostumada, pede-se para que seja colocada deitada. Sempre que possível evite qualquer tipo de contenção. Para diminuir a apreensão da criança deve-se, na medida do possível e de sua compreensão, informar-lhe sobre todas as fases do exame, sem enganá-la. Isso fará com que se perca totalmente e definitivamente a confiança da criança no médico. 
Os procedimentos de exame que utilizam instrumentos devem ser deixados para realização posterior, principalmente os exames que provocam sensações desagradáveis: exame da boca e orofaringe, otoscopia, medida de temperatura, exame de regiões dolorosas.
Em geral os recém-nascidos e lactentes no primeiro semestre de vida, se não assustados ou incomodados, reagem bem ao contato com estranhos. Os pacientes a partir do segundo semestre de vida até a idade escolar reagem a estranhos, sendo necessário a utilização de algum método que a acalme ou desvie sua atenção (fala da mãe, músicas, brinquedos, etc. Pacientes maiores possibilitam um exame adequado, porém principalmente na idade escolar e adolescente deve-se respeitar o pudor dos pacientes, optando-se por não os deixar completamente despidos, sendo nessa faixa etária possível o exame físico nos moldes do paciente adulto. 
Sempre que possível o exame físico deve ser realizado seguindo-se uma sequência ordenada (ver abaixo) para que não se esqueça nenhum ponto essencial. Mas esta ordem pode ser modificada e adaptada conforme as circunstâncias de cada caso. A semiologia pediátrica não comporta regras rígidas. 
Para a realização do exame físico é necessária sala com porta fechada e uma boa iluminação do ambiente.
Inicia-se com a impressão geral do paciente: estado geral, se está alerta, irritabilidade, apreensão ou cooperação, postura, proporcionalidade, presença de malformações congênitas, atividade, posição antálgica, etc.
Antropometria: pode ser realizada antes, durante ou após o exame físico a depender da atitude da criança.
Peso
Comprimento/Estatura
Perímetro cefálico
Temperatura
Frequências cardíaca e respiratória
Pressão arterial
Circunferência abdominal em pacientes com sobrepeso, obesidade, com ascite ou tumoração abdominal
Nos recém-nascidos avalie o comprimento e o perímetro cefálico da criança. Avalie o peso em relação ao peso ideal ao nascer (peso para idade gestacional). Considera-se normal uma perda de peso de até 10% ao nascer e a sua recuperação até o 15º dia de vida. O perímetro cefálico com medidas acima ou abaixo de dois desvios-padrão (< -2 ou > +2 escores “z”) pode estar relacionado a doenças neurológicas, como microcefalia (de causa genética ou ambiental) e hidrocefalia, o que exige, portanto, melhor avaliação e encaminhamento.
Pele e anexos: cor, textura, turgor. Presença de rash, lesões, marcas de nascença, edema (se for generalizado, pense em doença hemolítica perinatal, iatrogenia por uso de coloides ou cristaloides em excesso, insuficiência cardíaca, sepse; se for localizado, isso sugere trauma de parto), palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim – palidez em um hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e sem repercussão clínica), cianose (se for generalizada, pense em doenças cardiorrespiratórias graves; se for localizada nas extremidades ou na região perioral, pense em hipotermia), icterícia. Pesquise a possível presença de assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Esclareça a família quanto à benignidade do eritema tóxico. Anormalidadesdas unhas, quantidade, textura e distribuição do cabelo. Presença de tatuagens, piercings e em que condições foram realizados.
Mucosas: coloração, aspecto, presença de secreções, saliva.
Tecido celular subcutâneo: presença, espessura, turgor.
Gânglios: presença de adenomegalias, localização, consistência, tamanho, dor, coalescência, aderência. 
Cabeça: 
Crânio: conformação, simetria e forma, abaulamentos (bossa serossanguínea e
 cefalohematoma, este último mais delimitado do que a bossa, desaparecem espontaneamente), tamanho, aspecto e tensão das fontanelas (a fontanela anterior mede de 1cm a 4cm, tem forma losangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no momento do nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de 0,5cm e fecha-se até o segundo mês, Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas), tumorações, crepitações. Observar a distribuição do cabelo.
Face: expressão, simetria, malformação, deformidades. Se apresenta aparência sindrômica.
Olhos: formato, simetria, mobilidade, distância. Coloração da esclera, conjuntiva, íris e presença de secreções. Tamanho das pupilas, reação à luz. Avaliar estrabismo, movimentos oculares, ptose, epicanto. Na Conjuntivite as pálpebras podem estar edemaciadas (pela reação ao nitrato de prata a 1%) e a regressão é espontânea em 24h a 48h. A presença de secreção purulenta evidencia uma conjuntivite e, principalmente no RN, é importante descartar a infecção por gonococo, clamídia e herpesvírus. O Estrabismo (ou esotropia) e nistagmo lateral são comuns no recém-nascido, devendo ser reavaliados posteriormente. Nesta faixa etária pode-se observar eventualmente algum tipo de desvio ocular, pois a visão binocular só estará bem desenvolvida entre 3 e 7 meses. 
Orelhas: posição e deformidades do ouvido externo, implantação, forma, secreção, dor. OTOSCOPIA – canal, membrana timpânica, sangramento ou secreção presentes, movimentação.
Nariz: tamanho, formato. RINOSCOPIA ANTERIOR (realizada com lanterna – mucosa nasal, cornetos, desvios, secreções, tumorações, lesões, sangramento.
Boca: pela resistência da criança, pode-se postergar este exame para o final. Observar simetria, lesões labiais, língua, gengivas e dentes (higiene, cáries, oclusão, perda de dentes), palatos, trêmulos labiais. OROFARINGE – observar úvula, região posterior da orofaringe, presença de secreção em parede posterior, amigdalas – aspecto, tamanho, presença de exsudato. Pescoço: abaulamentos, mobilidade, tumorações, cadeias ganglionares. Palpação da tireoide (tamanho, consistência e presença de nódulos).
Pescoço: observar a conformação do pescoço, vasos, presença de abaulamentos. Examinar linfonodos e descrevê-los (tamanho, presença de sinais inflamatórios, dor). Não esquecer de também avaliar os linfonodos supraclaviculares, axilares, occipitais posteriores, epitrocleares e inguinais). Palpar traqueia, tireoide, e avaliar a presença de outras massas. Observar tiragem de fúrcula e presença de estridor. Flexão e extensão do pescoço. O torcicolo congênito tem resolução espontânea em 90% dos casos.
Tórax: forma, simetria, retrações intercostais, abaulamentos, assimetria na expansão torácica. Mamas: hipertrofiadas ao nascimento regredindo até 6 meses de vida; telarca em geral assimétrica. Palpação para identificar nódulos, calor, rubor e dor. Sexo feminino – estadiar o desenvolvimento mamário.
Aparelho respiratório: frequência respiratória, ritmo respiratório, identificando taquipnéia, bradipnéia ou dispneia ins ou expiratória. Presença de abaulamentos ou retrações durante movimentos respiratórios. Palpação do frêmito tóraco-vocal. Percussão torácica completa para identificar consolidação ou ressonância. Ausculta pulmonar – murmúrio vesicular, presença de ruídos adventícios, diminuição ou ausência de murmúrio – o ideal é utilizar o diafragama corretamente dependendo da idade da criança.
Aparelho cardiovascular: precórdio – ictus cordis (localização, extensão e intensidade), presença de frêmitos, impulsão paraesternal ou precordial. Ausculta cardíaca – auscultar o paciente na posição sentado e na posição supina, seguindo a seguinte ordem: área mitral, área tricúspide, área pulmonar e área aórtica; em seguida na axila, resto do precórdio, nas costas e no pescoço. Observar o ritmo, intensidade das bulhas cardíacas, presença de sopros sistólicos e diastólicos, caracterizando-os, desdobramentos e extra-sístoles. Palpar os pulsos centrais e periféricos e aferir a Pressão Arterial. 
Abdome: observar a forma (plano ou distendido), simetria, aspecto, movimentos peristálticos, abaulamentos difusos e localizados, depressões difusas ou localizadas, diástases, presença de circulação venosa anômala, cicatriz umbilical (aspecto, tumoração, secreção). Ausculta: timbre e presença dos ruídos hidroaéreos (deve-se auscultar antes de percutir e palpar; os ruídos hidroaéreos devem ser ouvidos a cada 10 ou 30 segundos). Palpação superficial e profunda: a apalpação deve ser gentil, iniciando pelo quadrante inferior esquerdo, seguindo-se o quadrante superior esquerdo, o quadrante superior direito, o quadrante inferior direito e as áreas medianas. Observar sensibilidade, tensão, tumorações, visceromegalias. Fígado: tamanho, consistência, bordas, presença de dor. Baço: tamanho, consistência e sensibilidade. No caso de presença de massas verificar tamanho consistência, limites. Percussão: timbre, delimitação das vísceras, sensibilidade localizada. Ascite. 
Genitais: palpação de região inguinal – gânglios, tumorações e pulso femoral. Averiguar a higiene.
Meninos – forma do pênis, exposição da glande, localização da uretra, presença dos testículos, forma da bolsa escrotal (presença de hidrocele, hérnias, varicocele), reflexo cremasteriano. Estadiar o desenvolvimento dos caracteres sexuais (Critérios de Tanner). 
Meninas – tamanho do clitóris, lábios maiores e menores, orifício uretral e hímen, presença de secreção, sangramento. Estadiar o desenvolvimento dos caracteres sexuais (Critérios deTanner). 
Critérios de Tanner
Região anal e sacrococcígea: localização, fissuras, fístulas, perda de tônus. Averiguar a higiene. Presença de lesões e indícios que indiquem violência sexual. O toque retal de rotina deve ser feito nas crianças com obstipação e sangramento retal.
Extremidades e dorso: avaliar simetria, mobilidade, desvios, crepitação, dor, calor, edema. Verificar alterações inflamatórias das articulações além de limitação de movimentos. Observar a marcha. Recém-nascido: manobra de Ortolani e Barlow. Crianças maiores – avaliar a coluna na posição ereta. A coluna deve ser observada para identificar lordose, cifose, escoliose, massas, limitação de movimentos, espinha bífida oculta (mancha na pele da região; presença de tufo de cabelo no local, depressão ou ligeiro volume devido ao acúmulo de gordura), cisto pilonidal, más formações, infecções ou tumores. Deve-se anotar se há fraqueza, paresia ou alterações musculares outras.
Neurológico: consciência, orientação, contato, atitude, marcha, motilidade, equilíbrio, tônus, força muscular, coordenação, sensibilidade e integridade dos pares cranianos. Glasgow. 
No recém-nascido observe a postura de flexão generalizada e a lateralização da cabeça até o final do primeiro mês. Observe a presença de movimentos normais e espontâneos de flexão/extensão dos membros. O tônus normal evolui de semiflexão generalizada ao nascimento para hipotonia fisiológica distal com eutonia axial no 2º semestre.
Reflexos tendinosos: patelar, aquileu, triciptal, biciptal. 
Reflexos cutâneos ou superficiais: sinal de Babinski
Reflexos arcaicos: Moro, sucção, procura, expulsão, tônico do pescoço, preensão palmar e plantar, marcha, Landau, paraquedista. 
Sinais de irritação meníngea: rigidez de nuca, sinal do tripé, Kernig, Brudzinski.
Movimentos anormais: tremores, movimentos coréicos, movimentos mioclônicos ou tônicos. Tiques.
Primeira possibilidade: Método tradicional:
1. FORMULAÇÃO DIAGNÓSTICA
2. DIAGNÓSTICOS SINDRÔMICOS E SUSPEITAS DIAGNÓSTICAS (diagnóstico diferencial)
3. PLANODIAGNÓSTICO (solicitação racional de exames complementares)
4. PLANO TERAPÊUTICO
Segunda possibilidade: Prontuário baseado em problema:
1. DADOS (HISTÓRIA + EXAME FÍSICO + LABORATÓRIO)
2. LISTA DE PROBLEMAS
3. PLANO INICIAL
4. NOTAS DE EVOLUÇÃO
5. SUMÁRIO DE ALTA
SEMPRE REALIZAR:
1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
2. AVALIAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO
3. AVALIAÇÃO DA IMUNIIZAÇÃO
4. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR E DO COMPORTAMENTO
5. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PUBERAL
Sites sugeridos:
Acesso as cadernetas da criança.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/menina_final.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/menino_final.pdf
Acesso as cadernetas do adolescente.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_feminina.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_masculino.pdf
Política Estadual de Atenção Integral: SES/DAS/SSCA Política Estadual de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes: 
http://www1.saude.rs.gov.br/dados/1295447802765Relat%F3rio%20 2010.pdf
Atendimento a adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis. Norma técnica Ministério da Saúde 2017: 
https://drive.google.com/file/d/0Bz2nqZyNOjs_em9kbkNHUWRza-Wc/view
Proteger e Cuidar da Saúde do Adolescente na Atenção Básica MS 2016: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_
atencao_basica.pdf
Cuidando de adolescentes: orientações básicas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidando_adolescentes_saude_sexual_reprodutiva.pdf
Família e Adolescentes – Ministério da Saúde 2016:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/familia_adolescentes.pdf
Aspectos jurídicos do atendimento às vítimas de violência sexual aspectos jurídicos do atendimento às vítimas de violência sexual MS 2011: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/aspectos_juridicos_atendimento_vitimas_violencia_2ed.pdf
Constituição Federal de 1988: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
Estatuto da Criança e do Adolescente Lei Federal 8.069/90: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
Portaria MS nº 3.147, de 17 de dezembro de 2009: 
http://www1.saude.rs.gov.br/dados/1295448672460Portaria%203147%20de%2017.12.2009.pdf
Defesa Profissional - consulta: 
http://www.smp.org.br/arquivos/site/pediatras/comunicados/defesa_profissional/consulta-de-puericulturaagora-esta-no-rol-da-ans.pdf
Caderneta do Adolescente:
Meninas:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_menina.pdf
Meninos:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_menino.pdf
Calendário de Vacinação: Programa Nacional de Imunizações: 
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/
Sociedade Brasileira de Imunizações:
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim--adolescente.pdf
Society for Adolescent Health & Medicine, SAHM: 
www.adolescenthealth.org
International Association for Adolescent Health, IAAH: www.iaah.org
Rede ADOLEC: http://www.adolec.uerj.br/
Revista Adolescência e Saúde. Revista Oficial do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente / UERJ. NESA Publicação oficial ISSN: 2177- 5281 (Online): http://www.adolescenciaesaude.com
Confederación de Adolescencia y Juventude de Iberoamérica y el Caribe - CODAJIC: www.codajic.org
IAAH - International Association for Adolescent Health: http://www.iaah.org/
Todos os documentos científicos de orientação e manuais do Departamento Científico de Adolescência publicados no portal da SBP.
Material consultado:
1. Temas de Pediatria Número 80 – 2005.
2. Documento Científico - Sociedade Brasileira de Pediatria - Pediatria Ambulatorial.
3. Caderneta de Saúde da Criança 2020.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: Guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 4 v.: il.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 272 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, nº 33)
6. Consulta do Adolescente: Abordagem Clínica, Orientações éticas e legais como instrumentos ao pediatra. Manual de Orientação Departamento Científico de Adolescência – SBP Rio De Janeiro, V. 15, Supl. 1, P. 73-85, dezembro 2018.
7. Particularidades da Observação Clínica de Crianças e Adolescentes. Ana Paula de Carvalho Panzeri Carlotti, Francisco Eulógio Martinez, Salim Moysés Jorge, Luiz Antônio Del Ciampo, Carla Andréa Tanuri Caldas, Inez Tomita, Luis Eduardo Arantes de Almeida, Heloisa Bettiol, Marco Antonio Barbieri.
8. Roteiro para o atendimento pediátrico da disciplina Pediatria Preventiva e Social a nível ambulatorial. UFBA.
9. Avaliação neurológica infantil nas ações primárias de saúde. 1a ed. São Paulo: Editora Atheneu, 1999; 44-117.
10. Maturação psicomotora no primeiro ano de vida da criança. 1a ed. São Paulo: Editora Moraes, 1991; 171-82.
11. Neurologia infantil, 2a ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1989; 1-142.
12. Neurologia pediátrica: sinais e sintomas. 2a ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995; 131-64.
Recomendação de leitura:
Coates V, Beznos GW, Françoso LA, Sant’Anna MJC. Medicina do Adolescente. 2ª ed. São Paulo: Sarvier, 2003.
Costa COM, Souza RP. Adolescência: aspectos clínicos e psicossociais. Rio Grande do Sul: ARTMED, 2002.
Coutinho MFG, Barros RR. Adolescência: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: Atheneu, 2001.
Crespin J, Reato LFN. Hebiatria: Medicina da Adolescência. São Paulo: Roca, 2007.
Françoso LA, Gejer D, Reato FFN. Sexualidade e Saúde Reprodutiva na Adolescência. Atualizações Pediátricas: SPSP. São Paulo: Atheneu, 2001.
Lourenço B, Queiroz LB, Silva LESE, Leal MM. Medicina de Adolescentes. FMUSP. São Paulo. Atheneu, 2015.
Nogueira K. Adolescência. 1ª ed, Rio de Janeiro, Guanabara, 2012.
Saito MI, Silva LEV, Leal MM. Adolescência e Risco. 3ª ed, São Paulo, Atheneu, 2014.
Silva L. Tratado de Pediatria – Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª ed, Manole, São Paulo, 2017.
Vitalle MS. Adolescência - Uma abordagem ambulatorial, Guia da Unifesp - São Paulo, Manole, São Paulo, 2008.
	 Frequência respiratória normal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
	De 0 a 2 meses
	Até 60 mrm
	De 2 a 11 meses
	Até 50 mrm
	De 12 meses a 5 anos
	Até 40 mrm
	De 6 a 8 anos
	Até 30 mrm
	Acima de 8 anos
	Até 20 mrm
	Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2007.
	Legenda: *mrm = movimentos respiratórios por minuto.
Freqüência cardíaca normal
	Idade
	Variação
	Média normal
	Recém-nascido prematuro
	100 a 180 bpm
	130 bpm
	Recém-nascido 
	70 a 170 bpm
	120 bpm
	1 a 11 meses:
	80 a 160 bpm
	120 bpm
	1 a 2 anos:
	80 a 130 bpm
	110 bpm
	2 a 4 anos:
	80 a 120 bpm
	100 bpm
	4 a 6 anos:
	75 a 115 bpm
	100 bpm
	6 a 8 anos:
	70 a 110 bpm
	90 bpm
	8 a 12 anos:
	70 a 110 bpm
	90 bpm
	12 a 17 anos:
	60 a 110 bpm
	85 bpm
	*bpm: batimentos por minuto.
Aquisições da linguagem da criança esperadas de 0 a 6 anos de idade.
	Fases do desenvolvimento da linguagem da criança
	Idade
	Linguagem
	Do nascimento ao 1 mês
	Ao nascer o bebê possui vocalizações diferentes do choro para "fome", "dor". É chorando que o bebê se comunica, especialmente com a mãe. E é incrível como ela consegue entender cada tipo de choro.
	1 a 3 meses
	O bebê presta atenção aos sons e se acalma com a voz da mãe. Ele chora, faz alguns sons, dá gargalhadas. Além disso, observa o rosto e sorri quando alguém fala com ele. Aos 3 meses faz ruídos com a garganta e estala o céu da boca.
	4 a 6 meses
	O bebê procura de onde vem o som. Ele grita, faz alguns sons como se estivesse conversando e imita sua voz. Aos 6 meses balbucia(repete uma série de sons: ”papa” "mama", "dada") e reserva cada som para um objeto específico. Brinca com as suas próprias vocalizações.
	7 a 11 meses
	Ele encontra de qual lado vem o som. Faz alguns sons. Repete palavras. Bate palmas, aponta o que quer e dá tchau. A média de idade para a 1ª palavra é 11 meses.
	12 meses
	Começa a falar as primeiras palavras. Imita a ação de outra pessoa.
	18 meses
	O bebê pede as coisas usando uma palavra. Já sabe falar umas 20 palavras.
	2 anos
	Ele consegue dizer frases curtas com duas palavras. Já sabe falar umas 200 palavras.
	3 anos
	É possível entender quase tudo o que a criança fala. Ela, às vezes, conjuga os verbos errado. Com essa idade, ela já conhece as cores.
	4 anos
	A criança inventa histórias e compreende regras de jogos simples.
	5 anos
	Ela forma frases completas e fala corretamente.
	6 anos
	Aprende a ler e a escrever.
Sinais de alerta de que há algo errado no desenvolvimento da linguagem:
	Sinais de alerta para o atraso na fala
	Idade
	Sinais de alerta
	6 meses
	O bebê não sorri em resposta a um estímulo e não vocaliza sons.
	9 meses
	O bebê não olha nos olhos, nem demonstra felicidade. Ele também não balbucia.
	12 meses
	Ele não responde a palavras familiares nem olha quando é chamado pelo nome.
	18 meses
	Não fala pelo menos seis palavras, não consegue entender comandos simples e não aponta.
	2 anos
	Os pais não conseguem compreender o que a criança diz e ela não combina palavras como, por exemplo, “quer água”.
	3 anos
	A criança não forma frases curtas; estranhos não conseguem compreender o que a criança diz.
	4 anos
	Ela não faz perguntas e não obedece a comandos de três partes.
	5 anos
	Ela não consegue manter uma conversa simples, nem contar uma pequena história e ainda fala com muitas trocas de fonemas.
	Em qualquer idade
	Se a criança regrediu, ou seja, deixou de fazer alguma habilidade já adquirida, ou estagnou no desenvolvimento, é importante procurar ajuda de um profissional da saúde.
	A percepção dos pais é essencial para identificar possível atraso na fala da criança.
Atitudes dos pais para contribuir com a aquisição da linguagem.
 
	Como estimular a fala de seu filho
	Converse com o bebê
	Quanto maior o número de palavras que um bebê ou uma criança forem expostos, melhor será o seu vocabulário no futuro.
Isso não significa que basta você deixar a televisão ligada no ambiente que o bebê estiver para ele escutar as palavras. Uso de telas, inclusive, causa atraso na fala. Abordaremos isso adiante.
O importante da conversa é a interação com seu filho. Então, diga oi, dê bom dia, boa noite e tchau. Cante músicas ao cuidar do pequeno. Aproveite a hora do banho, por exemplo, para estimular a linguagem ao nomear as partes do corpo e descrever suas ações.
	Nomeie tudo
	Diga sempre o que está fazendo com o bebê. “Estou trocando a sua fralda, pois você fez xixi”. “Hoje, você vai almoçar arroz, feijão, brócolis e tomate”. Ao passear com o bebê, aponte e diga o nome dos objetos, das ações e das cores.
	Evite falar palavras erradas
	É quase instintivo. Você vê uma criança e já começa a conversar como um bebê, trocando até letras, não é mesmo? Contudo, para estimular a aquisição da linguagem é importante falar corretamente com a criança. Use palavras simples e completas.
	Limite o uso de eletrônicos
	Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sociedades de pediatria e pesquisas científicas, até os 2 anos de idade o contato com telas deve ser zero.
Um estudo canadense realizado com bebês de 18 meses de idade chegou à conclusão de que apenas 30 minutos diários em frente a celular, tablet ou televisão aumentam em até três vezes o risco de atraso na fala. Diversas outras pesquisas chegaram a resultados semelhantes.
Acima dos 2 anos, os pais devem limitar o uso de telas o máximo possível e incentivar as crianças a brincar. É importante também ser exemplo e não usar dispositivos eletrônicos em excesso na frente dos filhos.
	Leia histórias para ele
	Além de estimular a fala, ao contar histórias para os filhos, os pais incentivam a concentração e memória dos pequenos, além de trabalhar a cognição e as competências socioemocionais.
	Não compare seu filho a outras crianças
	Muitos pais demoram a procurar ajuda quando percebem um atraso na fala do filho, pois escutam comentários como “meu filho não falou nada até os 2 anos, depois virou um tagarela”. Realmente, algumas crianças podem demorar mais do que o esperado para falar e a partir de certa idade se desenvolvem normalmente. Mas, isso não significa que o mesmo acontecerá com seu filho.
	Atraso na fala não se espera, se estimula.
Em todas as consultas, na unidade ou domiciliar, é fundamental que o profissional de saúde saiba identificar sinais de perigo à saúde da criança. As crianças menores de 2 meses podem adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves. São sinais que indicam a necessidade de encaminhamento da criança ao serviço de referência com urgência:
• Recusa alimentar (a criança não consegue mamar e sucção débil);
• Vômitos importantes (ela vomita tudo o que ingere);
• Convulsões ou apneia (a criança fica em torno de 20 segundos sem respirar);
• Freqüência cardíaca abaixo de 100bpm;
• Letargia ou inconsciência;
• Respiração rápida (acima de 60mrm);
• Atividade reduzida (a criança movimenta-se menos do que o habitual);
• Febre (37,8ºC ou mais);
• Hipotermia (menos do que 35,5ºC);
• Tiragem subcostal;
• Batimentos de asas do nariz;
• Cianose generalizada ou palidez importante;
• Icterícia visível abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida;
• Gemidos;
• Fontanela (moleira) abaulada;
• Secreção purulenta do ouvido;
• Umbigo hiperemiado (hiperemia estendida à pele da parede abdominal) e/ou com secreção purulenta (indicando onfalite);
• Pústulas na pele (grande quantidade e extensas);
• Irritabilidade ou dor à manipulação.
Para as crianças maiores de 2 meses, é importante observar se a criança não consegue beber ou mamar no peito, se vomita tudo o que ingere e recusa os alimentos oferecidos, se apresenta convulsões ou se está letárgica ou inconsciente.
Classificação da pressão arterial em menores de 18 anos
	Média das 2 últimas de 3 aferições da pressão arterial na consulta
	Definição
	PA sistólica e diastólica < percentil 90
	Normal
	PA sistólica média e/ou diastólica média entre o percentil 90 e 95
	Normal alta
	PA sistólica média e/ou diastólica média > percentil 95
	Alta ou Hipertensão arterial
Triagem neonatal Universal
De acordo com o Ministério da Saúde todo bebê que nasce no Brasil tem direito a realizar gratuitamente cinco exames muito importantes para a sua saúde que são os exames da triagem neonatal:
Teste do pezinho: O Programa Nacional de Triagem Neonatal - PNTN foi criado através da Portaria GM/MS n. º 822, de 06 de junho de 2001 e é considerado um importante programa nacional no Sistema Único de Saúde por contemplar os princípios e diretrizes fundamentais do SUS. No estado da Bahia ele teve início em 1992 e atualmente se encontra na fase IV. O teste do pezinho é coletado nas Unidades Básicas de Saúde sendo considerado o período ideal do 3º ao 5º dia de vida. Os recém-nascidos que estiverem internados neste período devem coletar o exame na unidade hospitalar/maternidade e encaminhado o material para APAE. As doenças investigadas no programa são: Fenilcetonúria, Hipotiroidismo Congênito, Doença Falciforme, Hiperplasia Congênita de Suprarrenal, Fibrose Cística e Deficiência de Biotinidases. O PNTN através da APAE faz a triagem, o diagnóstico e trata a doença. 
Triagem Auditiva Neonatal (TAN): A LEI Nº 12.303, de 02 de agosto de 2010 diz que é obrigatória a realização gratuita do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), em todos os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências. A TAN deve ser realizada, preferencialmente, nos primeiros dias de vida (24h a 48h) na maternidade, e, no máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a saúdeda criança não permita a realização dos exames – Portaria nº 2.068, de 21 de outubro de 2016 – Ministério da Saúde. A TAN tem por finalidade a identificação o mais precocemente possível da deficiência auditiva nos neonatos e lactentes. Consiste na realização das EOAE, com o objetivo identificar alterações para o diagnóstico precoce dessa deficiência, e intervenções adequadas à criança e sua família. No caso de deficiência auditiva permanente, o diagnóstico funcional e a intervenção iniciada antes dos seis meses de vida da criança possibilitam, em geral, melhores resultados para o desenvolvimento da função auditiva, da linguagem, da fala, do processo de aprendizagem e, consequentemente, a inclusão no mercado de trabalho e melhor qualidade de vida.
Teste da Linguinha – LEI Nº 13.002, de 20 de junho de 2014 torna-se obrigatório a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo Lingual em Bebês, em todos os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências. Em 10 de março 2016 foi publicada a Nota técnica nº 09/2016 pelo DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS COORDENAÇÃO GERAL DE SAÚDE DA CRIANÇA E ALEITAMENTO MATERNO que visa orientar os profissionais e estabelecimentos de saúde sobre a identificação precoce da anquiloglossia em recém-nascidos, bem como estabelecer o fluxo de atendimento dessa população na rede de atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Através desta nota técnica sugere-se utilizar o protocolo Bristol (Bristol Tongue Assessment Tool – BTAT) por profissional capacitado da equipe de saúde que atenda o binômio mãe e recém-nascido na maternidade. Em 26 de novembro de 2018 a NOTA TÉCNICA Nº 35/2018 foi publicada reforçando a anterior e chamando à atenção para a interferência da anquiloglossia sobre a amamentação. O Fluxo para avaliação e acompanhamento de lactentes com anquiloglossia na Rede de Atenção à Saúde (RAS) deve considerar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Portaria nº 1.130/2015, de 5 de agosto de 2015), a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Portaria nº 1.153, de 22 de maio de 2014), a Rede Cegonha (Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011); a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e Atenção Básica no âmbito do SUS (nº 793, de 24 de abril de 2012), foi proposto um fluxograma para avaliação e seguimento dos lactentes com anquiloglossia na RAS. Sugere-se que a avaliação do frênulo lingual seja realizada utilizando Protocolo Bristol antes da alta hospitalar (entre 24h-48h de vida do recém-nascido) por profissional de saúde habilitado para tal e amparado segundo o exercício legal de sua profissão e que realiza assistência ao binômio mãe e recém-nascido.
Teste de triagem neonatal para Cardiopatia Congênita Crítica (Teste do coraçãozinho) - Portaria SCTIE/MS nº 20, de 10 de junho de 2014, que tornou pública a decisão de incorporar a oximetria de pulso– Teste do Coraçãozinho de forma universal como parte da Triagem Neonatal. A NOTA TÉCNICA Nº 7/2018-CGSCAM/DAPES/SAS/MS de 23/04/2018 visa orientar profissionais de saúde quanto à sistematização e padronização do teste de triagem neonatal para Cardiopatia Congênita Crítica (Teste do coraçãozinho) em recém-nascidos (RN) na Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS. A triagem pela aferição da oximetria de pulso, “Teste do Coraçãozinho”, deve ser realizada antes da alta hospitalar (entre 24-28h) de vida do RN, por profissional de saúde integrante da equipe neonatal. Sugere-se que esse profissional seja preferencialmente, médico, pediatra, neonatologista ou profissional de enfermagem habilitado na técnica de aferição com oxímetro de pulso. A triagem das Cardiopatias Congênitas Críticas (CCC) por meio da oximetria de pulso visa à identificação antecipada das Cardiopatias antes da alta hospitalar minimizando assim a morbidade e mortalidade associadas ao diagnóstico tardio.
Teste do Olhinho – Implantado através do projeto de lei N.º 4.090, de 16 de dezembro de 2015 pela Portaria nº 2.068, de 21 de outubro de 2016 do Ministério da Saúde quando tornou obrigatória a realização do “Teste do Olhinho” ou Teste do Reflexo Vermelho nos recém-nascidos em maternidades e serviços hospitalares da rede pública ou conveniados com o SUS (Sistema Único de Saúde), até a alta hospitalar, para o diagnóstico de doenças oculares, como catarata, glaucoma congênito e outras patologias que causam obstrução do eixo visual, inclusive o retinoblastoma (câncer). O "Teste do Olhinho" ou Teste do Reflexo Vermelho é realizado sob responsabilidade técnica do neonatologista/pediatra ou do oftalmologista da unidade usando um aparelho chamado oftalmoscópio e quando alterado favorece o acompanhamento adequado, tratamento no tempo oportuno e pode possibilitar um desenvolvimento normal da visão.
Diante do exposto esclarecemos que depois de realizadas as Triagens no Recém-nascido e detectado alterações essas crianças são encaminhadas para atendimento e acompanhamento especializados.
As crianças que realizaram triagem neonatal na APAE e apresentam alterações são reconvocadas através do serviço de Busca Ativa da APAE, que realiza contato telefônico com as Unidades de Saúde onde o paciente coletou ou com os responsáveis pela criança, e solicita a convocação do responsável e do recém-nascido (RN) com suspeita das doenças específicas: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Doença Falciforme, Fibrose Cística, Aminoacidopatias, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase, para comparecimento com o RN ao Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN) da APAE Salvador para coletar a 2ª amostra do exame e, dependendo da gravidade da alteração, agenda-se também a consulta para atendimento imediato e início de tratamento.
Os recém-nascidos que apresentam alteração no Teste da Orelhinha são orientados a refazer o teste no período de 15 a 30 dias e, em se confirmando a alteração, são encaminhados para serviços especializados com fonoaudiólogo para ampliação da investigação através da realização do Potencial Evocado de Tronco Encefálico (PEATE). Este último exame também se faz necessário em recém-nascidos com fatores de risco: permanência em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal - UTIN por mais de cinco dias, ventilação extracorpórea; ventilação assistida; exposição a drogas ototóxicas como antibióticos aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça; hiperbilirrubinemia; anóxia perinatal grave; Apgar Neonatal de 0 a 4 no primeiro minuto, ou 0 a 6 no quinto minuto; peso ao nascer inferior a 1.500 gramas; Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV); Anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal; Síndromes genéticas que usualmente expressam deficiência auditiva (como Waardenburg, Alport, Pendred, entre outras); Distúrbios neurodegenerativos (ataxia de Friedreich, síndrome de Charcot-Marie-Tooth); Infecções bacterianas ou virais pós-natais como citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela e meningite. O teste da Orelhinha é oferecido nas universidades que que dispões de Curso de Fonoaudiologia, no Centro de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência - CEPRED, na Associação Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, no Instituto Bahiano de Reabilitação - IBR, nas Obras Assistenciais Irmã Dulce – OSID, no Centro Docente Assistencial de Fonoaudiologia da UFBA - CEDAF e na Fundação Lar Harmonia. O Multicentro Carlos Gomes dispões de Fonoaudiologia e realiza audiometria. O exame PEATE é realizado na APAE, CEPRED e OSID.
No caso de alterações no Teste da Linguinha realizado na maternidade preconiza-se que seja realizada, na consulta da primeira semana de vida do RN na Atenção Básica, uma avaliação minuciosa da dinâmica da amamentação. Mediante a confirmação de que a alteração da função da língua está interferindo na amamentação, o lactente deverá ser encaminhado para a rede de serviços disponível em sua região, preferencialmente com equipes multidisciplinares com experiência em amamentação, como por exemplo, nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, Bancos de LeiteHumano, nos ambulatórios dos Hospitais credenciados como “Amigo da Criança”, nos Hospitais de referência para Método Canguru ou nos Centros Especializados em Reabilitação (CER). A criança será acompanhada e caso seja confirmada a interferência nas mesmas ela deverá ser encaminhada para especialista em cirurgia pediátrica ou cirurgião dentista que realizará a frenectomia. 
Diante de alterações no Teste de triagem neonatal para Cardiopatia Congênita Crítica (Teste do coraçãozinho) o Recém-nascido, sem indicação cirúrgica, ou após correção cirúrgica da cardiopatia, deverá ser encaminhado para o cardiologista pediátrico para acompanhamento. Em nossa rede dispomos da especialidade no Multicentro Adriano Pondé.
Todos os Recém-nascidos com alterações no Teste do Olhinho devem ser encaminhados para avaliação com Oftalmologista para realização de fundoscopia e/ou mapeamento de retina e acompanhamento oftalmológico. Dispomos da especialidade no Multicentro Carlos Gomes.

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