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N1 HAM IV 2023.1

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CURSO DE MEDICINA - AFYA 
NOTA FINAL 
Aluno: 
Componente Curricular: Habilidades e Atitudes Médicas IV 
Professor (es): 
Período: 202301 Turma: Data: 
 
N1_ESPECIFICA_HAM 4_25ABRIL2023 
 
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA 
PROVA 07199 - CADERNO 001 
 
1ª QUESTÃO 
Enunciado: 
Lactente com 1 mês e 15 dias de vida apresentando icterícia, associada a acolia e colúria. Sem 
edemas, diarreia, vômito ou sangramentos cutâneo-mucosos. Em aleitamento materno 
complementado com fórmula. Gestação sem intercorrências com sorologias negativas. Nasceu 
de parto cesário, 38 semanas, com 3270 g, 49,5 cm, apgar 09/10. Sem consaguinidade. 
Desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade. No exames físico apresentava P: 
5350 g C: 62cm, bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, ictérica 3+/4+ (pele, 
esclera). Sem outras alterações. 
Considerando o caso clínico apresentado, analise as assertivas a seguir: 
I – Espera-se encontrar nos exames laboratoriais aumento de bilirrubinas totais, fosfatase 
alcalina, gama GT e transaminases. Bilirrunina direta superior a 1 mg/dL. 
I – A síndrome ictérica do paciente é sugestiva de icterícia do leite materno, sendo esta 
fisiológica, não sendo necessário investigação por exames, devendo-se suspender o leite 
materno. 
I – A icterícia associada a acolia fecal e a colúria indicam que o paciente tem uma colestase, 
podendo ser investigado com exame de imagem, como ultrassonografia de abdome. 
É correto o que se afirma em: 
Alternativas: 
 
(alternativa B) (CORRETA) 
I e I I I. 
 
 
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Resposta comentada: 
I – Considerando que o paciente apresenta uma icterícia colestatica, espera-se encontrar nos 
exames laboratoriais aumento de bilirrubinas totais, fosfatase alcalina e gamaGT, 
transaminases, com bilirrunina direta maior que 1 mg/dl. Portanto essa assertiva está correta. 
I – O quadro do paciente é sugestivo de icterícia de causa colestática, sendo, portanto, 
patológica (assertiva errada). 
I - O paciente apresenta icterícia iniciada após a 2 semana de vida, persistente, associado a 
acolia e colúria, sugerindo um quadro de icterícia colestatica, sendo inicialmente solicitados 
exames laboratoriais (Bilirrubinas totais e frações, TGO, TGO, Fosfatase Alcalina) e 
Ultrassonografia de abdome. Assertiva está correta. 
Bibliografia de referência: 
Júnior, Dioclécio, C. et al. Tratado de pediatria. v.1. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). 
Editora Manole, 2022. 
 
2ª QUESTÃO 
Enunciado: 
Paciente feminina, 78 anos, moradora de uma casa térrea com jardim e acesso fácil. Foi 
encaminhada para avaliação geriátrica ampla por estar com dificuldades em realizar atividades 
da vida diária, como tomar banho e vestir-se sozinha. Tem apresentado quedas frequentes nos 
últimos seis meses. Após a visita domiciliar do médico da família, constatou-se déficit na 
mobilidade e equilíbrio, com alto risco de quedas. A paciente também apresenta sinais de 
depressão, queixas de perda de audição e incontinência urinária. 
A) Descreva 03 dimensões da conduta semiólogica na avaliação geriátrica ampla a ser 
realizada com o paciente do caso. 
B) Elabore um plano de cuidado a partir da avaliação do paciente. 
Alternativas: 
-- 
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Resposta comentada: 
Segundo McGee (2018), a conduta semiológica na avaliaçãp geriátrica ampla deve ser realizada 
de forma sistemática e abrangente. 
a) (valor 1,25) O estudante deve citar as dimensões abaixo. 
A avaliação funcional, incluindo o equilíbrio, mobilidade e risco de quedas, é uma das 
dimensões mais importantes na avaliação geriátrica. Nessa avaliação, deve-se examinar a 
marcha e a capacidade de equilíbrio do paciente, além de realizar testes específicos de 
mobilidade e risco de quedas, como o Timed Up and Go e o Berg Balance Scale. 
A avaliação cognitiva é outra dimensão importante na avaliação geriátrica. Deve-se utilizar 
instrumentos padronizados, como o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), para avaliar 
a função cognitiva do paciente. O exame oftalmológico e auditivo também são importantes 
para avaliar possíveis deficiências sensoriais que possam afetar a qualidade de vida do paciente. 
A avaliação da incontinência urinária deve ser realizada por meio da história clínica e do 
exame físico, além de exames laboratoriais e de imagem, se necessário. A polifarmácia 
também deve ser avaliada, considerando todas as medicações utilizadas pelo paciente, 
possíveis interações medicamentosas e ajustes que possam ser necessários. 
b) (valor 1,25) O Plano de cuidado deve-se levar em conta a individualidade do paciente, seus 
interesses, motivações e habilidades, para criar uma estratégia que permita a independência e 
o bem-estar do paciente idoso. Promover a prevenção e o tratamento precoce de 
doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, 
desenvolver a atividade física regular para melhorar o condicionamento físico e a saúde 
mental. A polifarmácia pode ser abordada através de revisões regulares de medicamentos 
com o objetivo de reduzir o número de medicamentos prescritos e evitar interações 
medicamentosas potencialmente perigosas. Oferecer ideias para prevenir a queda e 
promover a habilidade funcional garantindo assim a segurança do paciente. A educação 
para ajudar o paciente a compreender a importância e a disponibilidade de serviços de saúde. 
Atenção professor, em negrito encontra-se palavras chaves a serem observadas na resposta 
do estudante. 
Referencial: 
MCGEE, Steven R. Evidence-based physical diagnosis. 4th ed. Philadelphia, PA: Elsevier, 2018 
 
3ª QUESTÃO 
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Enunciado: 
Mãe informa, em consulta pediátrica, que o filho de 8 anos de idade realizou treinamento fecal 
com 2 anos de idade, mas, desde os 6 anos, apresenta perda de fezes nas roupas. O menino 
evacua 2 vezes por semana, porém, perde fezes nas roupas íntimas mais que 6 vezes por 
semana. Relata alimentação rica em carboidratos e açúcares e pobre em fibras. O filho não 
percebe quando as perdas fecais ocorrem. Já tratou constipação, porém de forma irregular e 
por curto período. Durante a consulta, o paciente permanece retraído e nega qualquer 
problema, mas a mãe diz que ele sofre bullying na escola. Ao exame físico, apresenta massa 
abdominal palpável na fossa ilíaca esquerda e o toque retal mostra grande quantidade de fezes 
na ampola retal. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. 
I - O paciente do caso clínico apresenta quadro de constipação intestinal funcional com 
incontinência fecal por retenção. 
PORQUE 
I – Apresenta perda de parcela de conteúdo fecal secundária à retenção crônica de fezes e 
detecção de impactação fecal ao exame físico (palpação abdominal ou toque retal). 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
Alternativas: 
 
(alternativa C) (CORRETA) 
As asserções I e I são proposições verdadeiras, e a I é uma justificativa da I. 
 
 
Resposta comentada: 
A criança com constipação apresenta muitas vezes defecação dolorosa e/ou infrequente, 
incontinência fecal e dor abdominal; é causa de sofrimento significativo para a criança e sua 
família. A definição atual de constipação infantil foi estabelecida pelos critérios de ROMA IV, que 
apresenta para crianças de 4 anos até adolescentes (uma vez por semana por pelo menos um 
mês). Pelo menos 2 critérios abaixo: – duas ou menos evacuações no banheiro por semana; – 
pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; – história de comportamento de 
retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes; – história de evacuações dolorosas ou 
duras; – história de fezes de grande diâmetro quepodem obstruir o vaso sanitário; – grande 
massa fecal no reto. – Deve haver critérios insuficientes para o diagnóstico de síndrome do 
intestino irritável. – Os sintomas não devem ser plenamente explicados por outra condição 
médica. 
Bibliografia: Constipação crônica funcional: como o pediatra deve manejar: sprs.com.br/sprs 
2013 acesso em: Constipação crônica funcional: como o pediatra deve manejar: 
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcio 
DynaMed: Constipation in Children - https://www.dynamed.com/condition/constipation-in- 
children 
http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcio
http://www.dynamed.com/condition/constipation-in-
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4ª QUESTÃO 
Enunciado: 
Lactente de 18 meses, aparentemente eutrófico, chega à Emergência com história de 
evacuações líquidas há 2 dias. A criança apresenta 5 episódios diarreicos por dia, sem muco ou 
sangue, associado a vômitos e febre. Não se sabe informar sobre o volume da diurese. Ao 
exame, apresenta-se irritado, com olhos fundos, ausência de lágrimas, sedento por água, com 
pulsos rápidos e sinal da prega que desaparece lentamente (em tempo inferior a 2 segundos). 
Sobre o caso acima, pode-se afirmar que: 
Alternativas: 
 
(alternativa C) (CORRETA) 
trata-se de um quadro de diarreia aguda com desidratação, necessitando de reidratação oral 
na unidade de saúde. 
 
 
Resposta comentada: 
A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas 
nas últimas 24 horas. De acordo com a OMS, a doença diarreica pode ser classificada em três 
categorias Diarreia aguda aquosa, Diarreia aguda com sangue (disenteria) e Diarreia 
persistente. A avaliação do estado de hidratação do paciente com diarreia deve ser criteriosa e 
inclui o exame do estado geral do paciente, dos olhos, se há lágrimas ou não, se o paciente 
tem sede, o nível de consciência, presença do sinal da prega cutânea, e como se encontra o 
pulso e o enchimento capilar. Uma criança irritada, com olhos fundos, ausência de lagrimas, 
sedento, com pulsos rápidos e fraco e com sinal da prega que desaparece lentamente com 
tempo inferior a 2 segundos, é considerada com desidratação e deve seguir o plano B do 
tratamento, com reidratação oral na unidade de saúde. 
Referência Bibliográfica. 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Gastroenterologia. Guia Prático 
de Atualização: Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Nº 1, Março de 2017. 
 
5ª QUESTÃO 
http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf
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Enunciado: 
Paciente com 28 anos de idade, sexo masculino, chega à Unidade Básica de Saúde com relato 
que há 2 anos percebeu seus olhos amarelados e logo em seguida, a pele. O mesmo, na 
época, não procurou atendimento médico por estar morando em uma aldeia indígena onde 
compartilhavam todos os utensílios (escova de dente e até seringas para coleta de sangue). 
Encontra-se sem a carteira de vacinação. Ao exame físico, encontrou-se eritema palmar e 
aranhas vasculares. Refere soropositividade para hepatite B no ano passado quando foi doar 
sangue. Apresenta os seguintes resultados de exames: HBsAg negativo, anti-HBc total 
positivo, anti-HBs positivo, HBeAg negativo. 
A análise dos exames define o dignóstico de: 
Alternativas: 
 
(alternativa C) (CORRETA) 
hepatite B soroconvertida. 
 
 
Resposta comentada: 
Conforme Referência: 
Paciente apresenta os seguintes resultados: HBsAg negativo, anti-HBc total positivo, anti-HBs 
positivo, HBeAg negativo e baseado na sorologia o paciente encontra-se com hepatite B 
soroconvertida conforme tabela inserida no espaço "Feedback". 
PORTO, C. C. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
McGEE, S. Evidence-Based Physical Diagnosis. 5 ed. Elsevier 
Salomão, Reinaldo 
Infectologia: Bases clínicas e tratamento / Reinaldo Salomão - 1. ed. - Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017 
 
6ª QUESTÃO 
Enunciado: 
Criança com 4 anos de idade foi vista colocando na boca uma bateria tipo disco retirada de um 
brinquedo. Acabou ingerindo o corpo estranho. Evoluiu assintomática. Foi levada pela mãe ao 
pronto-socorro. Realizou uma radiografia de tórax e abdome cerca de 3 horas após o episódio. 
A bateria estava localizada no esôfago médio. Foi estimado um diâmetro de 20 mm. 
JUSTIFIQUE a conduta adequada a ser tomada nesse momento, considerando a situação 
relatada. 
Alternativas: 
-- 
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Resposta comentada: 
(valor 2,5)Trata-se de uma emergência médica, devendo ser retirada por endoscopia o mais 
rapidamente possível, haja visto que a criança permanece estável e há apenas 3 horas da 
ingestão. A lesão esofágica por baterias de botão é rápida – estudos mostram que o esôfago, 
em menos de 15 minutos já há danos significativos pela presença da bateria, e a lesão continua 
mesmo após remoção. 
Referência 
Schvartsman, Benita G., S. e Paulo Taufi Maluf Jr. e Magda Carneiro-Sampaio. Pronto-socorro 3a 
ed. (Coleção Pediatria). Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição). Editora Manole, 2018. 
 
7ª QUESTÃO 
Enunciado: 
M.P.S, adolescente de 15 anos procura serviço médico determinada a iniciar atividade sexual 
com o namorado de 18 anos. Relata ser o primeiro rapaz com quem se relaciona afetivamente 
e é uma relação de respeito mútuo. Apesar de classificar-se como “um pouco desinformada”, 
garante ao médico e à psicóloga do serviço que “é segura o suficiente para tomar suas próprias 
resoluções e usar corretamente a medicação” e que, no momento, seu desejo é obter a 
prescrição de pílulas anticoncepcionais. Durante a consulta o médico busca, em vão, vincular os 
familiares da garota ao atendimento, aconselhando-a a informá-los sobre sua decisão. Em 
resposta, esta enfatiza que não quer “em hipótese alguma” que os pais fiquem sabendo que 
pretende iniciar uma vida sexual – já que eles são severos, conservadores, enfim, julga que não 
“iriam entender”. 
Sobre a situação acima, assinale a conduta médica a ser tomada, considerando os aspectos 
éticos do atendimento ao adolescente: 
Alternativas: 
 
(alternativa D) (CORRETA) 
o médico deve, sob sigilo, prescrever o medicamento anticoncepcional, esclarecer sobre prática 
sexual segura e responsável, pois a adolescente mostrou autonomia e maturidade ao procurar 
atendimento. 
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Resposta comentada: 
"o médico deve, sob sigilo médico, prescrever o anticoncepcional, esclarecer sobre prática 
sexual segura e responsável, pois a adolecente mostrou autonomia e maturidade ao procurar 
atendimento", afirmativa correta pois adolescente mostrou autonomia e capacidade de 
autocuidado ao buscar a prescrição médica de contracepção antes de iniciar a atividade sexual. 
O sigilo médico sobre a situação deve ser mantido conforme o artigo 74 do Código de Ética 
Médica: “É vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, 
inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de 
discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”. 
As demais encontram-se erradas considerando: 
A autonomia é um processo que se inicia por volta dos 10 anos de idade e vai se consolidando 
ao longo da vida. Nas consultas de saúde com o adolescente deve-se considerar a capacidade 
autônoma e de autocuidado do menor. Há três situações de risco em que o adolescente têm 
direito ao sigilo: atividade sexual, infecção sexualmente transmissível(exceto HIV) e 
experimentação de drogas. Na questão, a adolescente mostrou-se madura para buscar 
orientação médica e seu desejo de sigilo sobre a iniciação sexual e contracepção deve ser 
respeitado. 
A consulta do adolescente tem várias particularidades. Diferentemente da criança em que a 
consulta é feita toda na presença dos cuidadores responsáveis, em algum momento da 
consulta o adolescente tem direito à privacidade, ou seja, ser atendido sozinho em espaço 
privado.O início da atividade sexual é uma atividade de risco para gravidez e doenças 
sexualmente transmissíveis mas cuja confidencialidade ao médico deve respeitar o sigilo 
solicitado pela adolescente. 
Segredos íntimos próprios da adolescência não requerem quebra de sigilo, entre eles está 
incluída a atividade sexual segura em relação afetiva sem violência por sedução ou imposição. A 
relação da adolescente com seu parceiro afetivo é caracterizada por respeito mútuo e a menor 
mostra autonomia e maturidade para o uso de contraceptivos. Assim, o médico deve respeitar 
o sigilo solicitado pela menor, tanto sobre a decisão em iniciar a atividade sexual quanto em 
relação à prescrição do contraceptivo. 
Referências: 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Consulta do adolescente: abordagem clínica, orientações 
éticas e legais como instrumentos ao pediatra, Manual de Orientação - Departamento Científico 
de Adolescência - , 10 de janeiro de 2019. 
Manual Técnico para o Cuidado à Saúde do Adolescente na Atenção Básica/ Lília Freire 
Rodrigues de Souza Li/ Elizete Prescinotti Andrade/Juliana Pasti Villalba. Campinas, SP. IPADS 
2019. 
Bioética clínica: reflexões e discussões sobre casos selecionados. 3. ed. / Coordenação de 
Gabriel Oselka. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Centro de 
Bioética, 2009. 
 
8ª QUESTÃO 
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Enunciado: 
Homem, 65 anos, é atendido em uma Unidade Básica de Saúde com queixas de epigastralgia 
há 1 mês. No início, persistia por poucas horas após a refeição, mas nos últimos dias está mais 
duradoura e acompanhada de plenitude pós prandial, náuseas e vômitos com restos 
alimentares. Filha acompanhante revela estar preocupada com a perda de peso de seu pai. É 
agricultor, hipertenso, e tem histórico de tabagismo e etilismo. Ao exame físico, apresenta 
regular estado geral, com palidez cutâneo-mucosa, emagrecido e com dor importante à 
palpação do epigástrio. 
Considerando o caso acima, analise as afirmativas: 
I. A principal hipótese diagnóstica para o caso é dispepsia funcional. É precindível realizar 
exames invasivos. 
I. A pesquisa de Helicobacter pylori deve ser realizada apenas se o paciente apresentar suspeita 
de úlcera. 
I. O paciente apresenta sinais de alarme e deve ser investigado para causas orgânicas que 
justifiquem os sintomas dispépticos. 
IV. Deve ser solicitada endoscopia digestiva alta, pois o paciente tem mais de 50 anos e 
apresenta sinais de alarme. 
É correto o que se afirma em: 
Alternativas: 
 
(alternativa C) (CORRETA) 
III e IV. 
 
 
Resposta comentada: 
Paciente com mais de 50 anos de idade, com queixas dispépticas há apenas 1 mês, tabagista, 
com sinais de alarme para doenças orgânicas deve ser investigado para as possíveis causas 
secundárias desta síndrome dispéptica. A anemia e a perda ponderal nesta idade podem sugerir 
fortemente a presença de neoplasia como causa dos sintomas. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA: 
DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo Friche. Gastroenterologia essencial. 4.ed. Rio de. 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
9ª QUESTÃO 
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Enunciado: 
Paciente de 65 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento encaminhado por seus 
familiares em viatura comum e com relato de síncope. Eles relatam que o mesmo é 
hipertenso, diabético com abandono ao tratamento, e tabagista com carga importante há 
décadas. Ao exame físico: se encontrava em regular estado geral, desnutrido, afebril, 
acianótico, eupneico, hipocorado 3+/4+, pele fria e sudoréica. Pressão arterial de 90x40 
mmHg, Glasgow 10, frequência cardíaca 125 bpm, respiratória 22 irpm e perfusão em 
membro inferiores maior que 02 segundos. Aparelho respiratório com murmúrio vesicular 
presente e difusamente diminuído e sem ruídos adventícios. Abdome plano, com ruído 
hidroaéreo presente, sem sinais de irritação peritoneal e doloroso difusamente. Ao toque retal, 
identificou presença de fezes, sangue “vivo” e ausência de lesões. 
Assinale a alternativa correta considerando o relato acima. 
Alternativas: 
 
(alternativa C) (CORRETA) 
A conduta inicial é administração de ringer lactato para estabilização do paciente. 
 
Resposta comentada: 
A hemorragia digestiva baixa de caracteriza por estar a jusante do ângulo de Treitz. 
A enterorragia por ser encontrada em hemorragia digestiva alta dependendo do 
volume da mesma. 
O primeiro passo é a estabilização do paciente em relação ao quadro de hipotensão 
com admnistração de ringer lactato. 
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
 
10ª QUESTÃO 
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Enunciado: 
Idoso, 66 anos, com antecedente de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sofreu queda da 
própria altura em casa, sendo levado à emergência onde foi constatada uma fratura do fêmur 
direito e realizada correção cirúrgica. Na consulta ambulatorial, 30 dias após o procedimento, 
uma pontuação de 4/6 pontos na escala de atividades básicas de vida diária (ABVDS) de Katz e 
10/27 pontos na escala de Lawton para as atividades instrumentais de vida diária (AIVDS). Após 
08 meses do referido procedimento, ele administra seus compromissos financeiros e faz suas 
compras. Atualmente, consegue estar atualizado em relação aos eventos familiares, 
comemorações da vizinhança e atualidades. Na avaliação funcional atual apresenta uma 
pontuação de 6/6 pontos na escala de atividades básicas de vida diária (ABVDS) de Katz e 
22/27 pontos na escala de Lawton para as atividades instrumentais de vida diária (AIVDS). 
Pode-se concluir ao fazer a avaliação do referido paciente que o idoso 
Alternativas: 
(alternativa A) (CORRETA) 
é independente para as atividades básicas e é dependente leve para as atividades instrumentais 
de vida diária. 
 
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Resposta comentada: 
A avaliação geriátrica ampla busca avaliar a funcionalidade; equilíbrio, mobilidade e risco de 
quedas, avaliação do humor, cognição, deficiências sensoriais, incontinência urinária, 
polifarmácia, fatores socioambientais, diretivas antecipadas de vontade, para isso utiliza-se 
além da anamnese e exame físico, também a avaliação funcional. 
A avalição funcional é feita por meio também de escalas de funcionalidade visando avaliar as 
condições do paciente geriátrico na realização das atividades básicas e instrumentais da vida 
diária, sendo usadas assim a escala de Katz e a escala de Lawton. A escala de Katz pontua no 
máximo 6 sendo sua interpretação é a seguinte: 6 pontos: Independente; 4 pontos: 
Dependência Parcial; 2 pontos: Dependência importante. Já a escala de Lawton a interpretação 
é a seguinte: 9 pontos: Totalmente dependente; 10-15 pontos: Dependência grave; 16- 20 
pontos: Dependência moderada; 21- 24 pontos: Dependência leve; 25- 27 pontos: 
Independente. 
Assim o paciente possui independência para atividades básicas da vida diária e dependência leve 
para atividades instrumentais da vida diária. 
Referência: 
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Recurso 
online. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998>. Acesso em: 19 ago. 
2022. 
PORTO, C. C.; PORTO, A.L. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2017. 
Recurso online. ISBN 978-85-277-3103-4. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731034> Acesso em: 19 ago. 
2022.

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