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000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 1 de 12 CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Habilidades e Atitudes Médicas IV Professor (es): Período: 202301 Turma: Data: N1_ESPECIFICA_HAM 4_25ABRIL2023 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 07199 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: Lactente com 1 mês e 15 dias de vida apresentando icterícia, associada a acolia e colúria. Sem edemas, diarreia, vômito ou sangramentos cutâneo-mucosos. Em aleitamento materno complementado com fórmula. Gestação sem intercorrências com sorologias negativas. Nasceu de parto cesário, 38 semanas, com 3270 g, 49,5 cm, apgar 09/10. Sem consaguinidade. Desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade. No exames físico apresentava P: 5350 g C: 62cm, bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, ictérica 3+/4+ (pele, esclera). Sem outras alterações. Considerando o caso clínico apresentado, analise as assertivas a seguir: I – Espera-se encontrar nos exames laboratoriais aumento de bilirrubinas totais, fosfatase alcalina, gama GT e transaminases. Bilirrunina direta superior a 1 mg/dL. I – A síndrome ictérica do paciente é sugestiva de icterícia do leite materno, sendo esta fisiológica, não sendo necessário investigação por exames, devendo-se suspender o leite materno. I – A icterícia associada a acolia fecal e a colúria indicam que o paciente tem uma colestase, podendo ser investigado com exame de imagem, como ultrassonografia de abdome. É correto o que se afirma em: Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) I e I I I. 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 2 de 12 Resposta comentada: I – Considerando que o paciente apresenta uma icterícia colestatica, espera-se encontrar nos exames laboratoriais aumento de bilirrubinas totais, fosfatase alcalina e gamaGT, transaminases, com bilirrunina direta maior que 1 mg/dl. Portanto essa assertiva está correta. I – O quadro do paciente é sugestivo de icterícia de causa colestática, sendo, portanto, patológica (assertiva errada). I - O paciente apresenta icterícia iniciada após a 2 semana de vida, persistente, associado a acolia e colúria, sugerindo um quadro de icterícia colestatica, sendo inicialmente solicitados exames laboratoriais (Bilirrubinas totais e frações, TGO, TGO, Fosfatase Alcalina) e Ultrassonografia de abdome. Assertiva está correta. Bibliografia de referência: Júnior, Dioclécio, C. et al. Tratado de pediatria. v.1. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Editora Manole, 2022. 2ª QUESTÃO Enunciado: Paciente feminina, 78 anos, moradora de uma casa térrea com jardim e acesso fácil. Foi encaminhada para avaliação geriátrica ampla por estar com dificuldades em realizar atividades da vida diária, como tomar banho e vestir-se sozinha. Tem apresentado quedas frequentes nos últimos seis meses. Após a visita domiciliar do médico da família, constatou-se déficit na mobilidade e equilíbrio, com alto risco de quedas. A paciente também apresenta sinais de depressão, queixas de perda de audição e incontinência urinária. A) Descreva 03 dimensões da conduta semiólogica na avaliação geriátrica ampla a ser realizada com o paciente do caso. B) Elabore um plano de cuidado a partir da avaliação do paciente. Alternativas: -- 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 3 de 12 Resposta comentada: Segundo McGee (2018), a conduta semiológica na avaliaçãp geriátrica ampla deve ser realizada de forma sistemática e abrangente. a) (valor 1,25) O estudante deve citar as dimensões abaixo. A avaliação funcional, incluindo o equilíbrio, mobilidade e risco de quedas, é uma das dimensões mais importantes na avaliação geriátrica. Nessa avaliação, deve-se examinar a marcha e a capacidade de equilíbrio do paciente, além de realizar testes específicos de mobilidade e risco de quedas, como o Timed Up and Go e o Berg Balance Scale. A avaliação cognitiva é outra dimensão importante na avaliação geriátrica. Deve-se utilizar instrumentos padronizados, como o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), para avaliar a função cognitiva do paciente. O exame oftalmológico e auditivo também são importantes para avaliar possíveis deficiências sensoriais que possam afetar a qualidade de vida do paciente. A avaliação da incontinência urinária deve ser realizada por meio da história clínica e do exame físico, além de exames laboratoriais e de imagem, se necessário. A polifarmácia também deve ser avaliada, considerando todas as medicações utilizadas pelo paciente, possíveis interações medicamentosas e ajustes que possam ser necessários. b) (valor 1,25) O Plano de cuidado deve-se levar em conta a individualidade do paciente, seus interesses, motivações e habilidades, para criar uma estratégia que permita a independência e o bem-estar do paciente idoso. Promover a prevenção e o tratamento precoce de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, desenvolver a atividade física regular para melhorar o condicionamento físico e a saúde mental. A polifarmácia pode ser abordada através de revisões regulares de medicamentos com o objetivo de reduzir o número de medicamentos prescritos e evitar interações medicamentosas potencialmente perigosas. Oferecer ideias para prevenir a queda e promover a habilidade funcional garantindo assim a segurança do paciente. A educação para ajudar o paciente a compreender a importância e a disponibilidade de serviços de saúde. Atenção professor, em negrito encontra-se palavras chaves a serem observadas na resposta do estudante. Referencial: MCGEE, Steven R. Evidence-based physical diagnosis. 4th ed. Philadelphia, PA: Elsevier, 2018 3ª QUESTÃO 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 4 de 12 Enunciado: Mãe informa, em consulta pediátrica, que o filho de 8 anos de idade realizou treinamento fecal com 2 anos de idade, mas, desde os 6 anos, apresenta perda de fezes nas roupas. O menino evacua 2 vezes por semana, porém, perde fezes nas roupas íntimas mais que 6 vezes por semana. Relata alimentação rica em carboidratos e açúcares e pobre em fibras. O filho não percebe quando as perdas fecais ocorrem. Já tratou constipação, porém de forma irregular e por curto período. Durante a consulta, o paciente permanece retraído e nega qualquer problema, mas a mãe diz que ele sofre bullying na escola. Ao exame físico, apresenta massa abdominal palpável na fossa ilíaca esquerda e o toque retal mostra grande quantidade de fezes na ampola retal. Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I - O paciente do caso clínico apresenta quadro de constipação intestinal funcional com incontinência fecal por retenção. PORQUE I – Apresenta perda de parcela de conteúdo fecal secundária à retenção crônica de fezes e detecção de impactação fecal ao exame físico (palpação abdominal ou toque retal). A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) As asserções I e I são proposições verdadeiras, e a I é uma justificativa da I. Resposta comentada: A criança com constipação apresenta muitas vezes defecação dolorosa e/ou infrequente, incontinência fecal e dor abdominal; é causa de sofrimento significativo para a criança e sua família. A definição atual de constipação infantil foi estabelecida pelos critérios de ROMA IV, que apresenta para crianças de 4 anos até adolescentes (uma vez por semana por pelo menos um mês). Pelo menos 2 critérios abaixo: – duas ou menos evacuações no banheiro por semana; – pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; – história de comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes; – história de evacuações dolorosas ou duras; – história de fezes de grande diâmetro quepodem obstruir o vaso sanitário; – grande massa fecal no reto. – Deve haver critérios insuficientes para o diagnóstico de síndrome do intestino irritável. – Os sintomas não devem ser plenamente explicados por outra condição médica. Bibliografia: Constipação crônica funcional: como o pediatra deve manejar: sprs.com.br/sprs 2013 acesso em: Constipação crônica funcional: como o pediatra deve manejar: https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcio DynaMed: Constipation in Children - https://www.dynamed.com/condition/constipation-in- children http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcio http://www.dynamed.com/condition/constipation-in- 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 5 de 12 4ª QUESTÃO Enunciado: Lactente de 18 meses, aparentemente eutrófico, chega à Emergência com história de evacuações líquidas há 2 dias. A criança apresenta 5 episódios diarreicos por dia, sem muco ou sangue, associado a vômitos e febre. Não se sabe informar sobre o volume da diurese. Ao exame, apresenta-se irritado, com olhos fundos, ausência de lágrimas, sedento por água, com pulsos rápidos e sinal da prega que desaparece lentamente (em tempo inferior a 2 segundos). Sobre o caso acima, pode-se afirmar que: Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) trata-se de um quadro de diarreia aguda com desidratação, necessitando de reidratação oral na unidade de saúde. Resposta comentada: A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. De acordo com a OMS, a doença diarreica pode ser classificada em três categorias Diarreia aguda aquosa, Diarreia aguda com sangue (disenteria) e Diarreia persistente. A avaliação do estado de hidratação do paciente com diarreia deve ser criteriosa e inclui o exame do estado geral do paciente, dos olhos, se há lágrimas ou não, se o paciente tem sede, o nível de consciência, presença do sinal da prega cutânea, e como se encontra o pulso e o enchimento capilar. Uma criança irritada, com olhos fundos, ausência de lagrimas, sedento, com pulsos rápidos e fraco e com sinal da prega que desaparece lentamente com tempo inferior a 2 segundos, é considerada com desidratação e deve seguir o plano B do tratamento, com reidratação oral na unidade de saúde. Referência Bibliográfica. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Gastroenterologia. Guia Prático de Atualização: Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Nº 1, Março de 2017. 5ª QUESTÃO http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-Aguda.pdf 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 6 de 12 Enunciado: Paciente com 28 anos de idade, sexo masculino, chega à Unidade Básica de Saúde com relato que há 2 anos percebeu seus olhos amarelados e logo em seguida, a pele. O mesmo, na época, não procurou atendimento médico por estar morando em uma aldeia indígena onde compartilhavam todos os utensílios (escova de dente e até seringas para coleta de sangue). Encontra-se sem a carteira de vacinação. Ao exame físico, encontrou-se eritema palmar e aranhas vasculares. Refere soropositividade para hepatite B no ano passado quando foi doar sangue. Apresenta os seguintes resultados de exames: HBsAg negativo, anti-HBc total positivo, anti-HBs positivo, HBeAg negativo. A análise dos exames define o dignóstico de: Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) hepatite B soroconvertida. Resposta comentada: Conforme Referência: Paciente apresenta os seguintes resultados: HBsAg negativo, anti-HBc total positivo, anti-HBs positivo, HBeAg negativo e baseado na sorologia o paciente encontra-se com hepatite B soroconvertida conforme tabela inserida no espaço "Feedback". PORTO, C. C. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. McGEE, S. Evidence-Based Physical Diagnosis. 5 ed. Elsevier Salomão, Reinaldo Infectologia: Bases clínicas e tratamento / Reinaldo Salomão - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017 6ª QUESTÃO Enunciado: Criança com 4 anos de idade foi vista colocando na boca uma bateria tipo disco retirada de um brinquedo. Acabou ingerindo o corpo estranho. Evoluiu assintomática. Foi levada pela mãe ao pronto-socorro. Realizou uma radiografia de tórax e abdome cerca de 3 horas após o episódio. A bateria estava localizada no esôfago médio. Foi estimado um diâmetro de 20 mm. JUSTIFIQUE a conduta adequada a ser tomada nesse momento, considerando a situação relatada. Alternativas: -- 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 7 de 12 Resposta comentada: (valor 2,5)Trata-se de uma emergência médica, devendo ser retirada por endoscopia o mais rapidamente possível, haja visto que a criança permanece estável e há apenas 3 horas da ingestão. A lesão esofágica por baterias de botão é rápida – estudos mostram que o esôfago, em menos de 15 minutos já há danos significativos pela presença da bateria, e a lesão continua mesmo após remoção. Referência Schvartsman, Benita G., S. e Paulo Taufi Maluf Jr. e Magda Carneiro-Sampaio. Pronto-socorro 3a ed. (Coleção Pediatria). Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição). Editora Manole, 2018. 7ª QUESTÃO Enunciado: M.P.S, adolescente de 15 anos procura serviço médico determinada a iniciar atividade sexual com o namorado de 18 anos. Relata ser o primeiro rapaz com quem se relaciona afetivamente e é uma relação de respeito mútuo. Apesar de classificar-se como “um pouco desinformada”, garante ao médico e à psicóloga do serviço que “é segura o suficiente para tomar suas próprias resoluções e usar corretamente a medicação” e que, no momento, seu desejo é obter a prescrição de pílulas anticoncepcionais. Durante a consulta o médico busca, em vão, vincular os familiares da garota ao atendimento, aconselhando-a a informá-los sobre sua decisão. Em resposta, esta enfatiza que não quer “em hipótese alguma” que os pais fiquem sabendo que pretende iniciar uma vida sexual – já que eles são severos, conservadores, enfim, julga que não “iriam entender”. Sobre a situação acima, assinale a conduta médica a ser tomada, considerando os aspectos éticos do atendimento ao adolescente: Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) o médico deve, sob sigilo, prescrever o medicamento anticoncepcional, esclarecer sobre prática sexual segura e responsável, pois a adolescente mostrou autonomia e maturidade ao procurar atendimento. 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 8 de 12 Resposta comentada: "o médico deve, sob sigilo médico, prescrever o anticoncepcional, esclarecer sobre prática sexual segura e responsável, pois a adolecente mostrou autonomia e maturidade ao procurar atendimento", afirmativa correta pois adolescente mostrou autonomia e capacidade de autocuidado ao buscar a prescrição médica de contracepção antes de iniciar a atividade sexual. O sigilo médico sobre a situação deve ser mantido conforme o artigo 74 do Código de Ética Médica: “É vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”. As demais encontram-se erradas considerando: A autonomia é um processo que se inicia por volta dos 10 anos de idade e vai se consolidando ao longo da vida. Nas consultas de saúde com o adolescente deve-se considerar a capacidade autônoma e de autocuidado do menor. Há três situações de risco em que o adolescente têm direito ao sigilo: atividade sexual, infecção sexualmente transmissível(exceto HIV) e experimentação de drogas. Na questão, a adolescente mostrou-se madura para buscar orientação médica e seu desejo de sigilo sobre a iniciação sexual e contracepção deve ser respeitado. A consulta do adolescente tem várias particularidades. Diferentemente da criança em que a consulta é feita toda na presença dos cuidadores responsáveis, em algum momento da consulta o adolescente tem direito à privacidade, ou seja, ser atendido sozinho em espaço privado.O início da atividade sexual é uma atividade de risco para gravidez e doenças sexualmente transmissíveis mas cuja confidencialidade ao médico deve respeitar o sigilo solicitado pela adolescente. Segredos íntimos próprios da adolescência não requerem quebra de sigilo, entre eles está incluída a atividade sexual segura em relação afetiva sem violência por sedução ou imposição. A relação da adolescente com seu parceiro afetivo é caracterizada por respeito mútuo e a menor mostra autonomia e maturidade para o uso de contraceptivos. Assim, o médico deve respeitar o sigilo solicitado pela menor, tanto sobre a decisão em iniciar a atividade sexual quanto em relação à prescrição do contraceptivo. Referências: Sociedade Brasileira de Pediatria. Consulta do adolescente: abordagem clínica, orientações éticas e legais como instrumentos ao pediatra, Manual de Orientação - Departamento Científico de Adolescência - , 10 de janeiro de 2019. Manual Técnico para o Cuidado à Saúde do Adolescente na Atenção Básica/ Lília Freire Rodrigues de Souza Li/ Elizete Prescinotti Andrade/Juliana Pasti Villalba. Campinas, SP. IPADS 2019. Bioética clínica: reflexões e discussões sobre casos selecionados. 3. ed. / Coordenação de Gabriel Oselka. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Centro de Bioética, 2009. 8ª QUESTÃO 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 9 de 12 Enunciado: Homem, 65 anos, é atendido em uma Unidade Básica de Saúde com queixas de epigastralgia há 1 mês. No início, persistia por poucas horas após a refeição, mas nos últimos dias está mais duradoura e acompanhada de plenitude pós prandial, náuseas e vômitos com restos alimentares. Filha acompanhante revela estar preocupada com a perda de peso de seu pai. É agricultor, hipertenso, e tem histórico de tabagismo e etilismo. Ao exame físico, apresenta regular estado geral, com palidez cutâneo-mucosa, emagrecido e com dor importante à palpação do epigástrio. Considerando o caso acima, analise as afirmativas: I. A principal hipótese diagnóstica para o caso é dispepsia funcional. É precindível realizar exames invasivos. I. A pesquisa de Helicobacter pylori deve ser realizada apenas se o paciente apresentar suspeita de úlcera. I. O paciente apresenta sinais de alarme e deve ser investigado para causas orgânicas que justifiquem os sintomas dispépticos. IV. Deve ser solicitada endoscopia digestiva alta, pois o paciente tem mais de 50 anos e apresenta sinais de alarme. É correto o que se afirma em: Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) III e IV. Resposta comentada: Paciente com mais de 50 anos de idade, com queixas dispépticas há apenas 1 mês, tabagista, com sinais de alarme para doenças orgânicas deve ser investigado para as possíveis causas secundárias desta síndrome dispéptica. A anemia e a perda ponderal nesta idade podem sugerir fortemente a presença de neoplasia como causa dos sintomas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA: DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo Friche. Gastroenterologia essencial. 4.ed. Rio de. Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 9ª QUESTÃO 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 10 de 12 Enunciado: Paciente de 65 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento encaminhado por seus familiares em viatura comum e com relato de síncope. Eles relatam que o mesmo é hipertenso, diabético com abandono ao tratamento, e tabagista com carga importante há décadas. Ao exame físico: se encontrava em regular estado geral, desnutrido, afebril, acianótico, eupneico, hipocorado 3+/4+, pele fria e sudoréica. Pressão arterial de 90x40 mmHg, Glasgow 10, frequência cardíaca 125 bpm, respiratória 22 irpm e perfusão em membro inferiores maior que 02 segundos. Aparelho respiratório com murmúrio vesicular presente e difusamente diminuído e sem ruídos adventícios. Abdome plano, com ruído hidroaéreo presente, sem sinais de irritação peritoneal e doloroso difusamente. Ao toque retal, identificou presença de fezes, sangue “vivo” e ausência de lesões. Assinale a alternativa correta considerando o relato acima. Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) A conduta inicial é administração de ringer lactato para estabilização do paciente. Resposta comentada: A hemorragia digestiva baixa de caracteriza por estar a jusante do ângulo de Treitz. A enterorragia por ser encontrada em hemorragia digestiva alta dependendo do volume da mesma. O primeiro passo é a estabilização do paciente em relação ao quadro de hipotensão com admnistração de ringer lactato. PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 10ª QUESTÃO 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 11 de 12 Enunciado: Idoso, 66 anos, com antecedente de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sofreu queda da própria altura em casa, sendo levado à emergência onde foi constatada uma fratura do fêmur direito e realizada correção cirúrgica. Na consulta ambulatorial, 30 dias após o procedimento, uma pontuação de 4/6 pontos na escala de atividades básicas de vida diária (ABVDS) de Katz e 10/27 pontos na escala de Lawton para as atividades instrumentais de vida diária (AIVDS). Após 08 meses do referido procedimento, ele administra seus compromissos financeiros e faz suas compras. Atualmente, consegue estar atualizado em relação aos eventos familiares, comemorações da vizinhança e atualidades. Na avaliação funcional atual apresenta uma pontuação de 6/6 pontos na escala de atividades básicas de vida diária (ABVDS) de Katz e 22/27 pontos na escala de Lawton para as atividades instrumentais de vida diária (AIVDS). Pode-se concluir ao fazer a avaliação do referido paciente que o idoso Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) é independente para as atividades básicas e é dependente leve para as atividades instrumentais de vida diária. 000071.990019.36eed3.c78cc2.9a05f1.2a498a.833a9b.73619 Pgina 12 de 12 Resposta comentada: A avaliação geriátrica ampla busca avaliar a funcionalidade; equilíbrio, mobilidade e risco de quedas, avaliação do humor, cognição, deficiências sensoriais, incontinência urinária, polifarmácia, fatores socioambientais, diretivas antecipadas de vontade, para isso utiliza-se além da anamnese e exame físico, também a avaliação funcional. A avalição funcional é feita por meio também de escalas de funcionalidade visando avaliar as condições do paciente geriátrico na realização das atividades básicas e instrumentais da vida diária, sendo usadas assim a escala de Katz e a escala de Lawton. A escala de Katz pontua no máximo 6 sendo sua interpretação é a seguinte: 6 pontos: Independente; 4 pontos: Dependência Parcial; 2 pontos: Dependência importante. Já a escala de Lawton a interpretação é a seguinte: 9 pontos: Totalmente dependente; 10-15 pontos: Dependência grave; 16- 20 pontos: Dependência moderada; 21- 24 pontos: Dependência leve; 25- 27 pontos: Independente. Assim o paciente possui independência para atividades básicas da vida diária e dependência leve para atividades instrumentais da vida diária. Referência: PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Recurso online. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998>. Acesso em: 19 ago. 2022. PORTO, C. C.; PORTO, A.L. Exame Clínico. 8. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2017. Recurso online. ISBN 978-85-277-3103-4. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731034> Acesso em: 19 ago. 2022.
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