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Pós-graduação em Direito Público Disciplina: Direito Constitucional Aula 4/4 Prof.ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Profa. Bruna Leyraud Vieira Moniz Ribeiro Mestranda em Direito no UNISAL, aluna especial no Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu da USP (Faculdade de Direito - Universidade São Paulo) MIDIAS SOCIAIS: Instagram: profabrunavieira Facebook: @professorabruna E-mail: professorabrunavieira@gmail.com Senha de desconto para livros da Editora FOCO (https://www.editorafoco.com.br/): professorabruna Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1. Controle de constitucionalidade 1.1.Conceito: mecanismo de verificação da compatibilidade de um ato normativo em face da Constituição Federal. 1.2. Fundamento: princípio da supremacia da Constituição Federal. 1.3. Objeto: todas as normas que encontram fundamento de validade diretamente na Constituição. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.4. Formas de inconstitucionalidade a) Por ação Inconstitucionalidade material Inconstitucionalidade formal b) Por omissão Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.5. Classificação do controle 1.5.1. Quanto ao momento: a) Prévio ou preventivo: é feito quando o ato normativo impugnado ainda não está em vigor. O controle é feito no projeto de lei (CCJ e veto jurídico – art. 66, §1º, da CF). b) Posterior ou repressivo: é feito quando o ato normativo eivado de vício de inconstitucionalidade já foi editado. O controle é feito na lei ou no ato normativo. - Existe exceção? Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.6. Diferenças entre controle difuso e controle concentrado a) Difuso (espalhado) X Concentrado b) Incidental X Principal c) Concreto X Abstrato d) Via de defesa ou exceção X Via de ação. 1.7. Controle difuso: aquele realizado por qualquer juiz ou tribunal num caso concreto. É também denominado de controle incidental, pois a declaração de inconstitucionalidade se dá não de forma principal, mas incidentalmente, no processo. O pedido principal não é a declaração de inconstitucionalidade, mas um provimento jurisdicional num caso concreto, que depende da apreciação da constitucionalidade do ato normativo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.8.1. Efeitos no controle difuso: em regra são inter partes (apenas para as partes) e ex tunc (retroativos). 1.8.2. Art. 52, X, da CF: compete privativamente ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE - Abstrato - Controle objetivo - Via de ação - Competência - Legitimidade ativa - Parâmetro e objeto Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.9. Controle concentrado (via de ação) 1.9.1. Conceito e objeto: exercido por meio de uma ação própria, em que o pedido principal é a declaração da inconstitucionalidade ou da constitucionalidade de uma lei ou ato normativo. 1.9.2. Ações: a) ADI – Ação Direta de Incons-titucionalidade (genérica, por omissão e interventiva) b) ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade c)ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.1. Ação Direta de Inconstitucionalidade –ADI a) Paradigma: CF vigente, ou seja, CF/88. b) Fundamentos: artigo 102, I, “a”, da CF e a Lei Federal 9.868/99. c) Objetivo: verificar se uma lei ou um ato normativo federal ou estadual está de acordo com a CF. d) Legitimados: art. 103 da CF (universais e especiais) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; *IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; *V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; *IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Legitimados especiais: art. 103, IV, V e IX, da CF (devem demonstrar pertinência temática) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 •Observação: o STF entende que a UNE – União Nacional dos Estudantes não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, pois não se enquadra no conceito “entidade de classe”. •Cláusula de reserva de plenário: é obrigatória tanto para o controle difuso (art. 97 da CF c/c art. 948 do CPC) como para o controle concentrado (art. 97 da CF c/c art. 23 da Lei nº 9.868/99): somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Além disso, existe a súmula vinculante nº 10 - STF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 que determina que viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. Vale lembrar que de acordo com o art. 949, parágrafo único, do CPC, os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 e) Possibilidade de medida cautelar (art. 10 e 11, § 1º, ambos da Lei nº 9.868/99): suspende a execução da lei. Efeitos: erga omnes (para todos) e ex nunc (não retroativos). Depende de decisão da maioria absoluta dos membros (salvo no período de recesso). O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O art. 11, § 2º, da Lei nº 9.868/99 determina que a concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário (efeito repristinatório). O art. 12. da Lei nº 9.868/99 determina que havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do AGU e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Obs: a repristinação e o efeito repristinatório não se confundem. A primeira faz com que seja restabelecida a vigência de uma lei revogada, por conta da lei que a revogou também ter sido revogada por outra lei. Isso só pode ocorrer na hipótese de expressa previsão legal, conforme determina o art. 2º, § 3º, da LINDB – Lei nº 12.376/10. O efeito repristinatório decorre do controle abstrato de constitucionalidade das leis. Em regra, quando uma lei é declarada inconstitucional os efeitos dessa decisão retroagem à data da edição da lei (ex tunc). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Desse modo, a lei que foi revogada por outra, que posteriormente foi declarada inconstitucional, pode voltar a produzir efeitos. Com a declaração de inconstitucionalidade da lei revogadora, todo o seu passado é apagado. É como se essa lei nunca tivesse existido e, portanto, não teria tido o poder de revogar outra norma. A antiga lei volta a produzir efeitos,pois a revogação advinda de uma norma inconstitucional não tem eficácia. Vale lembrar que o art. 27 da Lei nº 9.868/99 admite a modulação dos efeitos e nesse caso não haveria efeito repristinatório. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 f) AGU (art. 103, §3º, da CF): quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. O STF entende que o AGU não está obrigado a defender o ato questionado quando o próprio Supremo já tiver decidido pela inconstitucionalidade da norma a pela inconstitucionalidade da norma. g) PGR: o Procurador-Geral da República será ouvido após o AGU, de acordo com o parágrafo 1º do art. 103 da Constituição. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 h) Art. 9º, § 1º, da Lei nº 9.868/99: em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. i) Possibilidade de modulação dos efeitos da decisão: por motivos de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, o STF poderá conceder eficácia ex nunc (a partir do trânsito em julgado da decisão ou de outro momento que venha a ser fixado), ou, ainda, restringir os efeitos da decisão, mediante votação por maioria de 2/3 de seus membros. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 h) Efeitos da decisão final: erga omnes, ex tunc e vinculante. De acordo com o art. 102, § 2º, da CF, e art. 28, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ADI’s e nas ADC’s produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. j) A decisão é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória; contra tal decisão cabem apenas os Embargos de Declaração. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Amicus curiae (amigo da corte): art. 7º, § 2º, da Lei 9.868/99 traz a possibilidade do relator do processo, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos legitimados, admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades. Finalidade: pluralizar o debate constitucional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999. CAPÍTULO I DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. CAPÍTULO II DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Seção I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da Constituição Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Parágrafo único. (VETADO) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 3o A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; II - o pedido, com suas especificações. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. Parágrafo único. (VETADO) Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. § 1o (VETADO) § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, para que emita parecer sobre a questão, ou fixar designar perito ou comissão de peritos ata para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Seção II Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. § 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado- Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. § 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos,será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1. Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC a) Paradigma: CF vigente. b) Fundamento: artigo 102, I, “a”, da CF (EC nº 3/93) e a Lei Federal 9.868/99. c) Objetivo: tem por finalidade verificar a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo federal. d)Legitimados: art. 103 da CF (universais e especiais ou temáticos) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 e) Pressuposto: art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 – a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Obs: As leis já são presumidamente constitucionais – a ADC serve para transformar essa presunção relativa em absoluta. f) Possibilidade de cautelar (art. 21 da Lei nº 9.868/99): depende de decisão da maioria absoluta dos membros do STF. Efeito: o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da norma objeto de questionamento ficará suspenso (prazo para conclusão:180 dias, sob pena de perda da eficácia da cautelar). g) A ADC não admite desistência (art. 16 da Lei nº 9.868/99) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 g)Efeitos da decisão final: erga omnes, ex tunc e vinculante. Na ADC também há a possibilidade de modulação dos efeitos. h) AGU: não há defesa a ser promovida pelo Advogado-Geral da União. 1.2. ADI e ADC: são ações de natureza dúplice, ambivalentes ou ações de sinais trocados – significa que a procedência de uma equivale à improcedência de outra e vice-versa. ADI + ADC – ADI – ADC + Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 CAPÍTULO III DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Seção I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória de Constitucionalidade Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) I - o Presidente da República; II - a Mesa da Câmara dos Deputados; III - a Mesa do Senado Federal; IV - o Procurador-Geral da República. Art. 14. A petição inicial indicará: Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 14. A petição inicial indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II - o pedido, com suas especificações; III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. Art. 17. (VETADO) Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade. § 1o (VETADO) § 2o (VETADO) Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias. Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição. § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Seção II Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 CAPÍTULO IV DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar- se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar- Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar- se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível,ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos. § 3o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.“ Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos seguintes parágrafos: "Art. 482. .................................................................. § 1o O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos. § 3o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.“ Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 30. O art. 8o da Lei no 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos: "Art.8o ...................................................................... ....... I - .................................................................................. ... .................................................................................. ...... Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica; .................................................................................. ..... § 3o São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade: I- o Governador do Distrito Federal; II - a Mesa da Câmara Legislativa; III - o Procurador-Geral de Justiça; IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais; VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa. § 4o Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições: I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade; II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias; III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar. § 5o Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal." Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF a) Paradigma: CF vigente. b) Fundamento: artigo 102, §1º, da CF e a Lei Federal 9.882/99. c) Objetivo: verificar se uma lei ou ato normativo viola um preceito fundamental previsto na Constituição.O objeto da ADPF é o mais abrangente de todas as ações de controle concentrado. Cabe tal ação quando uma lei ou ato normativo federal, estadual, municipal e norma pré-constitucional, ou seja, normas editadas antes da vigência da constituição, violem preceitos fundamentais. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 d)Legitimados: art. 103 da CF (universais ou especiais) e) Possibilidade de liminar (art. 5º da Lei nº 9.882/99): pelo voto da maioria absoluta dos membros do STF. A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. f) Princípio da subsidiariedade: segundo o parágrafo 1º do art. 4º da Lei nº 9.882/99, a ADPF é cabível apenas quando não há outro meio eficaz para sanar a lesividade. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 g)Efeitos: erga omnes, ex tunc e vinculante. Obs: há a possibilidade de modulação dos efeitos. h) Art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.868/99: da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias. i) Possibilidade de modulação dos efeitos: art. 11 da Lei nº 9.882/99 i) Peculiaridades da Lei 9882/99: -Caráter Subsidiário -Ausência de conceito de preceito fundamental -Possibilidade de liminar -Defesa da AGU: a Lei 9.882/99 não exige a defesa do ato impugnado pelo Advogado-Geral da União. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Mecanismos de interpretação utilizados no controle de constitucionalidade: a) Interpretação conforme a constituição ou apenas “interpretação conforme”: é um mecanismo de interpretação utilizado pelo Supremo que tem por finalidade “salvar” a norma, não a declarando inconstitucional e banindo-a do ordenamento jurídico brasileiro, mas preservando-a. Tem por fundamento o princípio da conservação ou da preservação das normas. b) Declaração Parcial sem redução de texto: a Corte não declara a norma inconstitucional e retira-a do ordenamento jurídico, mas apenas declara que determinada interpretação (parte) dada à norma é inconstitucional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 c) Parcelaridade: significaque o Supremo, ao analisar uma norma que esteja sendo impugnada por razões de inconstitucionalidade, pode declarar inconstitucional todo o seu conteúdo ou apenas parte dele. Ex: art. 7º, § 2º, EOAB – declarou inconstitucional apenas a expressão “desacato”. d) Princípio da correlação, da congruência ou da adstrição: no controle concentrado não há necessidade do STF atender esse princípio, não está adstrito ao pedido formulado na pedi Pode, por exemplo, declarar a inconstitucionalidade de interpretações dadas ao texto e ainda de dispositivos não impugnados, mas relacionados aos que foram objeto da ação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 LEI No 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999. Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fundamental, nos termos do § 1o do art. 102 da Constituição Federal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) II – (VETADO) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; II - (VETADO) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. § 2o (VETADO) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 3º A petição inicial deverá conter: I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado; II - a indicação do ato questionado; III - a prova da violação do preceito fundamental; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 IV - o pedido, com suas especificações; V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. § 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental. § 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. § 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 4o (VETADO) Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias. § 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo. Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento. Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. § 1o (VETADO) § 2o (VETADO) Art. 9o (VETADO) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. § 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 2o Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. § 3o A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178o da Independência e 1 11o da República. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ADI por omissão ou ADO a) Conceito e objeto: É uma ação constitucional que tem por objetivo sanar uma inconstitucionalidade por omissão ou, também denominada, omissão inconstitucional. Prevista no artigo 103, § 2º, da CF e no Capítulo II-A da Lei Federal 9.868/99. Tal capítulo foi acrescentado pela Lei Federal 12.063 de 27 de outubro de 2009. b) Legitimados: segundo o artigo 12-A da Lei 9.868/99 podem propor ADI por omissão os mesmos legitimados à propositura da ADI, ADC e ADPF. Desse modo, todas as observações feitas, em relação aos legitimados, no item da ADI genérica, valem aqui. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 c)Possibilidade de Cautelar em ADI por omissão - Havendo excepcional urgência e relevância da matéria poderá ser concedida medida cautelar em sede de ADI por omissão. O Tribunal, o voto da maioria absoluta dos membros e após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão, é quem é competente para conceder a cautelar. -Art. 12-F, § 1º, Lei 9.868/99: a medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Sendo concedida será aberto o prazo de cinco dias para que os responsáveis pela omissão se manifestem. Vale lembrar que essa possibilidade foi trazida pela Lei 12.063 de 27 de outubro de 2009 que acrescentou, além de outros dispositivos, o artigo 12-F à Lei 9.868/99. - O PGR pode ser ouvido dentro de três dias se o relator julgar indispensável. - No julgamento da cautelar poderá haver sustentação oral tanto pelo advogado do requerente quanto pelos órgãos responsáveis pela omissão. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 d) Defesa da AGU: não há defesa pelo Advogado-Geral da União, devido à ausência de norma. e) PGR: será ouvido apenas se o relator do processo considerar indispensável. Se isso ocorrer, deverá ser feito dentro do prazo de 3 dias, conforme parágrafo 2º do artigo 12-F da Lei 9.868/99. f) Efeitos: declarada a inconstitucionalidade por omissão, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias. Vale lembrar que a declaração de inconstitucionalidade por omissão só poderá se presentes na sessão pelo menos oito ministros. g) A ADI por omissão não admite desistência (art. 12-D da Lei nº 9.868/99 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Capítulo II-A (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Seção I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 12-B. A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). II - o pedido, com suas especificações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 1o Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 1o Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 2o O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 3 O Procurador-Geral da República, nas ações Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 3o O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Seção II (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 1o A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 2o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da República, no prazo de 3 (três) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 3o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 3o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art.12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Seção III (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 1 Em caso de omissão imputável a órgão Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 1o Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). § 2o Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ADI interventiva (art. 34, VII, CF): nas hipóteses de violação a princípios constitucionais sensíveis, a intervenção deve ser antecedida por uma ação - ADI Interventiva. É necessária a requisição do STF, após ter dado provimento à representação do Procurador-Geral daRepública, que se materializa por meio da ADI Interventiva. Princípios constitucionais sensíveis: a) Forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) Direitos da pessoa humana; c) Autonomia municipal; d) Prestação de contas da Administração Pública Direta e Indireta; e) Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ADI interventiva (art. 34, VII, CF): nas hipóteses de violação a princípios constitucionais sensíveis, a intervenção deve ser antecedida por uma ação - ADI Interventiva. É necessária a requisição do STF, após ter dado provimento à representação do Procurador-Geral da República, que se materializa por meio da ADI Interventiva. Princípios constitucionais sensíveis: a) Forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) Direitos da pessoa humana; c) Autonomia municipal; d) Prestação de contas da Administração Pública Direta e Indireta; e) Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle de constitucionalidade estadual: o artigo 125, §2º, da CF traz a possibilidade dos Estados instituírem a representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual. Trata-se do controle estadual de constitucionalidade das leis, que visa ao exame da compatibilidade formal e material das normas estaduais e municipais em face das Constituições Estaduais. A ação de inconstitucionalidade deve ser proposta perante Tribunal de Justiça do Estado, para tanto deve haver previsão e regulamentação nas próprias Constituições Estaduais, que não poderão atribuir a legitimação para agir a um único órgão, de acordo com a parte final do artigo 125, §2º, da CF. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Mecanismos de interpretação utilizados no controle de constitucionalidade: a) Interpretação conforme a constituição ou apenas “interpretação conforme” b) Declaração Parcial sem redução de texto c) Princípio da parcelaridade d) Princípio da correlação, da congruência ou da adstrição: no controle concentrado não há necessidade do STF atender esse princípio, não está adstrito ao pedido formulado na pedi Pode, por exemplo, declarar a inconstitucionalidade de interpretações dadas ao texto e ainda de dispositivos não impugnados, mas relacionados aos que foram objeto da ação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 PEÇA PROFISSIONAL. O governo brasileiro, preocupado com os índices crescentes de ataques terroristas no mundo, vinculou-se à Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, convenção internacional, de âmbito multilateral, que estabelece restrições aos direitos dos presos condenados por crimes resultantes de atividades terroristas. O presidente da República assinou o tratado e o enviou ao Congresso Nacional, conforme disposição do art. 49, I, da Constituição Federal e, não, de acordo com o § 3.º do art. 5.º dessa Carta, e, em poucos meses, o Congresso Nacional aprovou o texto do tratado na forma de decreto legislativo. Após isso, o presidente da República editou decreto promulgando e ratificando o tratado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Já estando internamente em vigor o referido decreto, percebeu-se que vários juízes, em todo o território nacional, aplicavam plenamente o art. 22 do tratado, no qual se lê: “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. Visando a impossibilitar, de algum modo, a aplicação do referido artigo, sob o argumento de sua inconstitucionalidade, o presidente de um partido político com representação no Congresso Nacional procurou, em nome do partido, os serviços advocatícios de um(a) profissional, pretendendo uma solução urgente e uniforme para o caso, de modo que, com apenas uma ação, seja alcançado efeito para todos os indivíduos no território brasileiro. Na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo partido político mencionado Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo partido político mencionado nessa situação hipotética, redija a peça jurídica mais adequada ao caso, de acordo com a jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: - competência do órgão julgador; - legitimidade ativa e passiva; - possibilidade de contestação judicial da constitucionalidade do referido tratado; - argumentos a favor da inconstitucionalidade do mencionado art. 22; - requisitos formais da peça judicial proposta. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ORGANIZAÇÃO DE IDEIAS Dê atenção ao enunciado e siga as “pistas” por ele fornecidas para a correta escolha da peça processual. Note que, além de referir-se a “partido político com representação no Congresso Nacional” (texto do art. 103, VIII, da CF), a questão requer “uma solução urgente e uniforme” para que “com apenas uma ação, seja alcançado efeito para todos os indivíduos no território brasileiro”. Dessa forma, o candidato deve redigir uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido de medida cautelar, cujos principais aspectos são: a) Legitimidade ativa – Partido político com representação no Congresso Nacional – legitimado universal para a ADIn (art. 103, VIII, da CF). b) Legitimidade passiva – Congresso Nacional e Presidente da República (a Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ORGANIZAÇÃO DE IDEIAS b) Legitimidade passiva – Congresso Nacional e Presidente da República (a incorporação de tratados e convenções internacionais ao direito interno é ato complexo, pois demanda a manifestação de duas vontades: a do Congresso Nacional, via decreto legislativo, e a do Presidente da República, por decreto). c) Atos impugnados – Decreto legislativo e Decreto do Presidente da República. d) Fundamentos – violação do art. 5º, L, da CF. e) Competência – Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, “a”, da CF). f) Outros requisitos formais – pedido de cautelar; pedido de informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou o ato normativo impugnado, em trinta dias; pedido de intimação do Advogado-Geral da União para manifestar-se em quinze dias; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ORGANIZAÇÃO DE IDEIAS pedido de intimação do Procurador-Geral da República para elaboração de parecer, em quinze dias; pedido de ratificação da cautelar e de julgamento de procedência do pedido principal, com eficácia erga omnes, vinculante e ex tunc. O valor da causa r$ 1.000,00 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ORGANIZAÇÃO DE IDEIAS Eis a estrutura argumentativa (silogismo): 1. FATO: o art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, ratificada pelo Brasil, prevê que “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. O dispositivo vem sendo aplicado plenamente pelos juízes; 2. DIREITO: a Constituição Federal determina que “às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação” (art. 5º, L, da CF); 3. CONCLUSÃO: logo, o art. 22 da Convenção Internacional é inconstitucional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ELABORAÇÃO DA PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Partido político com representação no Congresso Nacional (qualificação do CPC),por seu advogado que firma a presente (procuração anexada), com escritório para recebimento de intimações na (endereço – art. 106, I, do CPC), vem à presença de Vossa Excelência, respeitosamente, propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 em face do Presidente da República e do Congresso Nacional, representado por seu Presidente, nos termos dos arts 102, I, “a” e “p”; e 103, VIII, da Constituição Federal, bem como dos arts. 1º a 12 da Lei nº 9.868/1999, pelas razões a seguir aduzidas: 1. DOS FATOS O governo brasileiro, preocupado com os índices crescentes de ataques terroristas no mundo, vinculou-se à Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, convenção internacional, de âmbito multilateral, que estabelece restrições aos direitos dos presos condenados por crimes resultantes de atividades terroristas. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O presidente da República assinou o tratado e o enviou ao Congresso Nacional, conforme disposição do art. 49, I, da Constituição Federal e, em poucos meses, o Congresso Nacional aprovou o texto do tratado na forma de decreto legislativo. Após isso, o presidente da República editou decreto promulgando e ratificando o tratado. Já estando internamente em vigor o referido decreto, vários juízes, em todo o território nacional, passaram a aplicar o disposto no art. 22 do Tratado, no qual se lê: “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. A disposição fere frontalmente o que dispõe a Constituição Federal, como abaixo se lê. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 2. DO DIREITO a) Competência do órgão julgador A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar originariamente a presente causa, bem como para apreciar a medida cautelar ao final requerida encontra-se prevista no art.102, I, “a” e “p”, da CF, o que afasta qualquer questionamento a respeito. b) Legitimidade ativa e passiva O art. 103, VIII, da CF prevê a legitimidade dos partidos políticos com representação no Congresso Nacional para propor ação direta de inconstitucionalidade, como é o caso do partido requerente (doc 1). Ademais, não é necessário demonstrar pertinência temática, em razão de a jurisprudência do STF ter firmado sua condição de legitimado universal para a propositura de ADIn. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Por outro lado, justifica-se a legitimidade passiva do Presidente da República e do Congresso Nacional (por intermédio de seu Presidente), porque correspondem à autoridade e ao órgão responsáveis pela edição, respectivamente, do Decreto presidencial e do Decreto legislativo aqui impugnados. c) Cabimento de ADIn Registre-se, também, que é firme a jurisprudência pelo cabimento de ADIn contra normas provenientes de tratados ratificados pelo Brasil que, em regra, tem o mesmo status das leis ordinárias. Caso aprovados pelo procedimento do art. 5º, § 3º, da CF, equivalem às emendas constitucionais – o que não é o caso dos autos –, mas ainda assim podem ser objeto de controle, por não serem normas constitucionais originárias. Ademais, pela recente jurisprudência do STF, os tratados internacionais sobre Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Ademais, pela jurisprudência do STF, os tratados internacionais sobre direitos humanos têm força normativa supralegal, ou seja, estão acima das leis mas, ainda assim, abaixo do texto constitucional. Por isso, também nesse caso se pode falar em controle de constitucionalidade, por deverem observâncias às normas da Constituição. Por fim, importa ressaltar que o procedimento de incorporação dos tratados ao direito brasileiro demanda a manifestação de duas vontades: a do Congresso Nacional, que edita o decreto legislativo na forma do art. 49, I, da CF, e a do Presidente da República, em observância ao disposto no art. 84, VIII, do texto constitucional. Dessa forma, a presente ação direta tem por objeto os dois atos normativos, haja vista sua interdependência. Afastadas as possíveis dúvidas sobre o cabimento da ADIn no caso presente, junta- se aos autos cópia dos atos impugnados, de acordo com o art. 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 d) Inconstitucionalidade do art. 22 da Convenção atacada Como relatado, o art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas tem o seguinte texto: “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. Ao contrário, a Constituição de 1988 expressamente garante o direito de as presidiárias permanecerem com seus filhos durante o período de amamentação: Art. 5º.(...) L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 A inconstitucionalidade da norma da convenção internacional é tão direta, clara e flagrante que se pode utilizar aqui a nomenclatura inaugurada pelo Min. Sepúlveda Pertence, que costumava referir-se à “inconstitucionalidade chapada” para designar casos como o presente. 3. DA MEDIDA CAUTELAR Como acima exposto, o art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas afronta diretamente o texto do art. 5º, L, da CF, e, por isso, deve ter seus efeitos suspensos. Sendo assim, com fundamento no art. 102, I, “p”, da CF, o partido político requerente pede que seja deferida a medida cautelar, nos termos do art. 10 da Lei 9.868/1999, após audiência do Presidente da República e do Presidente do Congresso Nacional, em cinco dias. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Isso porque, como já se demonstrou, estão presentes a relevância do fundamento (fumus boni iuris, representado pela “inconstitucionalidade chapada” do art. 22 da Convenção) e o perigo na demora da decisão (periculum in mora – que, caso proferida apenas ao final, coloca em risco o período de cuidados e de amamentação de diversas crianças, que serão desumanamente retiradas do convívio de suas mães). Para tanto, caso V. Exa. entenda necessário que se determine a oitiva do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, no prazo de três dias (art. 10, § 1º, da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 4. DO PEDIDO Por todo o exposto, o partido político requer que seja(m): a) deferida a medida cautelar, após intimação do Presidente da República e do Presidente do Congresso Nacional, em cinco dias, para que o STF suspenda os efeitos do art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas (art. 10 da Lei 9.868/1999), até a decisão final da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade; b) determinada a intimação dos responsáveis pela edição dos atos impugnados, ou seja, do Presidente da República e do Presidente do Congresso Nacional, para que prestem informações no prazo de trinta dias (art. 6º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999); Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 c) ouvido o Advogado-Geral da União, após o prazo para informações, no prazo de quinze dias (art. 103, § 3º da CF e art. 8º da Lei 9.868/1999); d) ouvido o Procurador-Geral da República, após a manifestação do AGU, também no prazo de quinze dias (art. 103, § 1º, da CF e art. 8º da Lei 9.868/1999); e) ao final, confirmada a liminar deferida, declare-se a inconstitucionalidade material do art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, suspendendo-se definitivamente a eficácia dos atos normativos impugnados (decreto legislativo e decreto presidencial), que incorporaram o texto da referida Convenção ao direito interno. ElayneAlbertina Gomes Macêdo - 11068040408 Dá se à causa o valor de R$ 1.000,00 para fins procedimentais Termos em que pede deferimento. Local ..., data ... . Advogado ... OAB ... [Não assine, rubrique ou, de outra forma, identifique sua prova!] fim da peça Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ESTADO DE DEFESA -Quem decreta (art. 136 da CF) -Hipóteses de cabimento -Formalidades e conteúdo do decreto que institui o estado de defesa (art. 136, § 1º ,CF) - Prazo (art. 136, § 2º, CF) -Regras que vigoram durante a vigência do estado de defesa (art. 136, § 3º). -Participação do Congresso Nacional (art. 136, § § 4º a 7º). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
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